domingo, setembro 30, 2018

EFEMÉRIDES MUNICIPAIS – CXXIX


A rubrica Efemérides Municipais foi publicada entre Janeiro de 1936 e Março de 1937, no jornal “A Era Nova”. Transitou para o Jornal “A Beira Baixa” em Abril de 1937, e ali foi publicada até Dezembro de 1940.
A mudança de um para outro jornal deu-se derivada à extinção do primeiro. António Rodrigues Cardoso, “ARC” foi o autor desde belíssimo trabalho de investigação, (Trabalho que lhe deve ter tirado o sono, muitas e muitas vezes).
(Continuação)
No dia 1 de Janeiro de 1808 os vereadores reuniram-se em casa do Juiz de fora, José Mourão, e fizeram a eleição das Justiças.
Deviam ter precedido um pouco à chucha-calada, porque ainda cá estavam franceses. Não eram muitos, resumiam-se no governador as armas da cidade e na guarnição desta, mas eram os bastantes para fazer tremer toda a gente que por cá tinham ficado.
No dia 6 do mesmo ano tornou a haver um simulacro de sessão, em que apenas se confirmou a arrematação do real de água, que tinha sido feita em 1 de Setembro de 1807. É que, dois dias antes, quase todos os soldados franceses que cá estavam tinham saído em direção  a Alcântara e começava a respirar-se um pouco mais à vontade.
No dia 9 saiu o resto dos franceses em direção a Lisboa, entrando na conta o próprio governador das armas da cidade, e então, sim, foi um grande alívio.
Em todo o caso os vereadores não estavam com muita pressa de fazer sessão que merecesse esse nome, porque só reuniram no dia 30 para substituir o depositário do subsídio literário, que era Manuel Sanches Goulão, por António Ripado.
No dia 3 de Fevereiro, apesar do Príncipe Regente estar no Rio de Janeiro, apareceu uma carta regia com a nomeação dos novos vereadores da Câmara, que eram Francisco José de Carvalho Freire Falcão, José da Silva Castel-branco e António Ignácio Cardoso, Procurador do concelho era António de Almeida.
Era a junta Governativa em nome do Príncipe Regente.
(Continua) 
PS. Aos leitores dos postes “Efemérides Municipais:
O que acabaram de ler é uma transcrição do que
foi publicado na época.
O Albicastrense

quinta-feira, setembro 27, 2018

MEMÓRIAS DO BLOGUE - (2008 / 2018)

DEZ ANOS DEPOIS
Quem olhar para a primeira imagem deste poste e não seja albicastrense, certamente terá muitas dúvidas em acreditar que as outras três imagens, retratam o mesmo local dez anos depois.
A primeira imagem foi captada por mim e postada neste blogue em 2008, as seguintes em 2014.
Muito e bom trabalho foi feito nos últimos últimos vinte anos na terra albicastrense, (na minha modesta opinião), alguma borrada foi igualmente feita também ao longo desse tempo (também na minha modesta opinião). 
Porém, ao olharmos para a imagem central deste poste, não podemos deixar de pensar que muito cambiou na terra albicastrense nos últimos vinte anos.
Numa altura em que o homem que sucedeu a Joaquim Morão se diz estar a ser investigado pela justiça (e desde logo, condenado pelas más-línguas…), parece-me  justo realçar aqui o trabalho começado pelo seu antecessor e, continuado por ele.
Termino este poste dizendo o seguinte: para bem da terra albicastrense, dos albicastrenses que acreditaram e votaram em Luís Correia e principalmente por ele próprio, desejo muito seriamente que tudo seja esclarecido e se prove a sua inocência. 
Ps. Resta acrescentar o seguinte:  sendo eu um albicastrense que muito contestou determinadas obras do anterior presidente e do atual (as minhas muitas criticas à situação da nossa zona histórica são o exemplo disse), estou pois muito à vontade para dizer o que vou dizer. Até prova em contrario, este albicastrense acredita na seriedade e na honestidade do atual presidente da terra albicastrense.
O Albicastrense

domingo, setembro 23, 2018

CAPELA DA NOSSA SENHORA DA AJUDA

PORMENORES
DO ALTAR E DO TECTO DA CAPELA DA NOSSA SENHORA DA AJUDA
CASTELO BRANCO
(Rua dos Ferreiros)
C
O Albicastrense

sábado, setembro 22, 2018

TOPONÍMIA ALBICASTRENSE

A TERRA ALBICASTRENSE
(Continuação)
Fora da cerca, mas já muito antigas, eram duas as ruas ligadas a ocupações artesanais, a rua das Oleiros e a do Arrabalde dos Oleiros, outra, a dos Currais, outra, a instalações de recolha de animais, e a do Arrabalde dos Açougues, à existência de estabelecimentos de matança de rês e venda da sua carne.
A rua de S. Sebastião e o largo de S. João à localização das Capelas, já desaparecidas, com estas invocações, a da Ferradura talvez devido à sua forma, as da Amoreirinha e da Figueira pela razão apontada em relação à do Sobreira e a do Pina, talvez por nela se situar residência de alguns membros da importante família daquele apelido.
Mas a cidade foi crescendo, quer ocupando partes do amplo espaço da Devesa, quer irradiando para mais de que um pólo de crescimento passando três deles a ser conhecidos pelos nomes das capelas cujos arredores foram ocupando, como os de S. Marcos, do Espírito Santo da Senhora da Piedade.
Em todos esses espaços foram nascendo novos largos, ruas e travessas e foram surgindo nomes que os individualizavam: de Santo António, da Sé, das Damas, dos Prazeres, da Quinta Nova, largo, rua e travessa de S. Marcos, travessa do Chafariz, largo e rua do Espírito Santo e largo e calçada da Senhora da Piedade.
Mais tarde, na zona do Montinho ou da Fonte Nova, foi implantada a rua com este último nome, para ligação ao largo da Sé.
É de supor que muitos destes nomes terão sido atribuídos em seguimento da recomendação feita à Câmara pelo Governador Civil e referida na ata da sessão de 17 de Janeiro de 1846.
(Continua)
Ps. Texto retirado do livro, "Castelo Branco, Um Século na Vida da Cidade", da autoria de, Manuel A. de Morais Martins
O Albicastrense

quarta-feira, setembro 19, 2018

CAPELA DA NOSSA SENHORA DA AJUDA

POSTE DE SETEMBRO DE 2006

Construída no Século XVIII, a Capela da Nossa Senhora da Ajuda apresenta, uma elegante frontaria ao estilo barroco e terá (?) sido mandada construir pela família Pina de Carvalho Freire Falcão, mais tarde terá sido adquirida pela Família Tavares Proença, cujos herdeiros mais tarde a venderam a D. Ana Maria Teixeira Gordino. 
Falei com a sua atual proprietária “D. Ana Maria”, que amavelmente me contou um pouco da história da Capela e dos contactos feitos por ela junto da Autarquia Albicastrense, no sentido da sua recuperação, tendo ainda permitido a recolha destas imagens.
Quem por ali passar e olhar para a fachada da referida Capela, não imagina o estado caótico em que a mesma se encontra, as fotografias aqui expostas deveriam cobrir de vergonha todos aqueles que de uma ou outra maneira, têm responsabilidades politicas e culturais na nossa cidade. 
Senhor Presidente da Câmara Municipal de Castelo Branco, ouvi-o há algum tempo a dizer na RTP, que “Castelo Branco era hoje uma cidade moderna e virada para o futuro”.

A interrogação a fazer aqui só pode ser uma: “Então uma cidade moderna permite que o seu passado histórico, seja ele público ou privado se encontre nesta situação Sr. Presidente”?
Faço aqui um apelo ao Presidente Joaquim Morão, no sentido de ir visitar a Capela da Nossa Senhora da Ajuda, (até pode ser que ela o ilumine), e juntamente com a D. Ana Maria, encontre uma solução honrosa que permita resolver rapidamente esta triste situação. 
Castelo Branco só será verdadeiramente uma cidade ”moderna e virada para o futuro”, quando situações como esta deixarem de existir.

Ps. Vamos lá colocar a “bela” Capela da Nossa Senhora da Ajuda, no roteiro turístico da nossa cidade senhores autarcas? 

O poste que acabou de ler foi postado neste blogue em Setembro de 2006, infelizmente os meus apelos não foram escutados por quem de direito.

DOZE ANOS DEPOIS

Volto hoje ao tema, porque ao passar na passada semana pela rua dos Ferreiro, fui surpreendido por ver á porta da D. Ana Maria (Rua dos Ferreiros), uma camioneta a carregar alguns objectos.
Segundo sei, a nossa autarquia terá comprado o palacete de D. Ana Maria, palacete que inclui a Capela da N. Senhora da Ajuda.
Quero acreditar que a compra do palacete por parte da nossa autarquia, poderá ser uma mais-valia para a recuperação da capela, contudo, não vou aplaudir nem lançar foguetes, pois, muitas foram já as vezes em que as boas intenções (que eu julgava existirem), se transformaram em autênticas desilusões.
Vamos aguardar para ver o que aí vem, contudo peço deste já vigilância a todos os albicastrenses, para a proteção do que ainda existe nesta antiga capela (altares, teto, pias e moveis).
O Albicastrense

segunda-feira, setembro 17, 2018

NOTICIAS DE OUTROS TEMPOS.


O FOTOGRAFO BARATA

Quem se lembra desta figura albicastrense?

Jornal Beira Baixa
Noticia de 18 de Março de 1972


Abertura do Novo Estúdio de José Pedro Barata.

O Albicastrense


 


sexta-feira, setembro 14, 2018

O NOSSO MUSEU - "A TRISTEZA MORA ALI"


Como se não bastasse a lentidão das obras que decorrem no nosso museu, vagareza que  parece que anda, mas que pouco vai andando, morosidade que me dá cabo dos nervos e me magoa a alma, ainda sou obrigado a ver o velho pátio do museu no lamentável estado em que ele se encontra.

UMA VERGONHA!
"É MÍNIMO QUE SE PODE DIZER 
DO ESTADO DEPLORÁVEL EM QUE SE 
ENCONTRA O PÁTIO DO NOSSO MUSEU"
O Albicastrense

quarta-feira, setembro 12, 2018

TOPONÍMIA ALBICASTRENSE


PLACA TOPONÍMICA 

Hoje ao passar pela rua do relógio, alguém me chamou atenção para a falta da placa toponímica desta rua. 
Segundo a mesma pessoa, a placa apareceu destruída no chão à mais de um ano (segundo parece um camião terá batido nela), e desde essa altura, nunca mais os responsáveis pela toponímia da nossa autarquia lá colocaram uma nova. A placa dizia  o seguinte: 
Rua do Relógio – (Antiga Rua da Estalagem).
A pergunta que aqui deixo a quem de direito, só pode ser uma: para que raio existe uma comissão de toponímia na nossa autarquia?

Será que ela existe para verbalizarem que existe?

Meus amigos, vamos lá colocar os pés nas ruas da cidade e  colocar em dia,  o muito que  existe por fazer na toponímia albicastrense.
O Albicastrense

segunda-feira, setembro 10, 2018

NOTÍCIAS DE OUTROS TEMPOS

Jornal "Reconquista", de 26 de Novembro de 1964
"ERA ALI A PRAÇA VELHA"


          Para quem não saiba,
a Praça Velha tinha
 lugar  onde hoje se encontra
 o tribunal.

O Albicastrense
  

sexta-feira, setembro 07, 2018

COMENTÁRIOS - (XXVII) - ZONA HISTÓRICA - RUA DE SANTA MARIA

TESTEMUNHOS 
Os comentários deixados pelos visitantes neste blogue, são fundamentais, pois sem eles esta coisa não teria graça nenhuma. Actualmente os postes são partilhados por mim no facebook, por isso, muitos do novos comentários ficam unicamente ali postados.
Em meu entender, muitos dos comentários deixados nos postes, merecem muito mais que a pequena caixa onde são colocados, por isso, mais uma vez aqui ficam três testemunhos que em meu entender merecem ser lidos por todos os albicastrenses.  

Joaquim Baptista disse....
RUA DE SANTA MARIA - Nesta rua nasci e cresci. Ainda se vê uma das 3 casas que habitei com meus pais e tios. Esta rua, naquele tempo, era a rua de excelência, tinha de tudo: vários sapateiros, uma sapataria, tascas e mercearias, uma colectividade de relevo e que ainda hoje existe, um latoeiro e um caldeireiro, vários alfaiates, modistas, um ferreiro, 2 consultórios médicos, um advogado, uma senhora que fazias bolos caseiros para venda, uma loja de mobílias, uma oficina de mármores e granitos e essencialmente o respeito e consideração entre os moradores, pois ali residiam pessoas com diferentes níveis sociais. Tudo isso desapareceu (até as pessoas) e do comércio só resta uma tasca e uma associação - O Centro Artístico Albicastrense - colectividade de grande prestígio na cidade, antigamente e hoje.
Que belos bailes ali se fizeram e que bons petiscos ali se comeram. 
A degradação está bem identificada pelas fotos e continua pela Rua dos Ferreiros que começa na Praça Luís de Camões e termina na Rua das Olarias (largo de S. João).
Estas duas ruas bem podiam ser um espelho da cidade antiga, mas infelizmente estão no esquecimento do progresso actual. A preservação do original citadino não conta, mas depois surgem festas medievais no original citadino degradado. Mais não escrevo.

Joaquim Baptista disse....
Voltei a pensar na minha rua e ainda me esqueci de referir uma carvoaria, uma cabeleireira, um senhor que morava mais ou menos no nº 40 ou 42 e fazia no verão gelados artesanais que depois vendia nos tradicionais barquilhos na cidade num triciclo e todo vestido de branco. Na altura eram uma maravilha. 
No inverno vendia castanhas. Havia ainda um forno para utilização pública para coser o pão, bolos e assados, forno esse que segundo constou a Camara adquiriu-o para recuperação.
Foi essa a notícia que circulou. A recuperação não existiu até hoje, o local lá continua e possivelmente o o proprietário nem sabe da sua existência. As traseiras do velho Cine Teatro Vaz Preto, dava para essa rua com saída aos frequentadores da Geral. Agora parece ser tudo sobre esta RUA.

José de Castilho disse...
Andei na Escola do Castelo e lembro-me bem da vida que fervilhava naquelas ruas todas. Hoje a zona histórica está praticamente desabitada, as lojas acabaram, os moradores morreram ou foram para outro lado.
Os supermercados nas grandes superfícies arruinaram o comércio tradicional e agora já podem vender o que querem aos preços que querem. Claro, ficam em geral localizados onde antigamente era campo e tem de se ir lá de carro, tudo muito longe. Como na zona histórica não há grandes possibilidades de estacionar os automóveis não é prático morar ali e ir fazer compras, tão longe para ir a pé.
Depois vieram também as leis com asaes e máquinas especiais de facturar, que fizeram fechar o resto de algumas lojas que ainda havia. 
A cidade deslocou-se para antigos arredores, onde havia hortas, olivais e terrenos de cultivo em mimosas quintas. É a vida. Conclusão: o antigo centro histórico da cidade morreu e não vai ressuscitar. Haverá que intervir para o reanimar da forma mais adequada.

Para terminar  o meu bem haja aos autores destes dois comentários, depoimentos que nos dão uma ideia do que era a nossa zona histórica, ainda não à muitos anos. 
O Albicastrense

quinta-feira, setembro 06, 2018

MEMÓRIAS DE OUTROS TEMPOS

CINEMA
NO 
ANTIGO PARQUE DA CIDADE
Confesso que tenho muitas saudades do cinema ao ar livre, que durante muitos e muitos anos passou no antigo Parque da Cidade. 
Haverá algum albicastrense que tendo visto cinema no antigo Parque da Cidade, ao olhar para a imagem onde se vê o antigo ecrã e para o anúncio publicado no antigo jornal "Beira Baixa" (1972), não fique nostálgico?
                                     
                                                   O Albicastrense                                                  

terça-feira, setembro 04, 2018

ZONA HISTÓRICA DA TERRA ALBICASTRENSE


        RUA DE SANTA MARIA

Percorrer esta rua é “castigo” que não outorgo
 a ninguém, todavia, se tivesse uma varinha magica que me permitisse fazer alguma magia, pegava nela e dizia:  “que todos  aqueles que permitiram esta calamidade, percorrem esta rua cem vezes por dia, como penitencia”.  



                                                           O Albicastrense

sábado, setembro 01, 2018

RUA DAS RUÍNAS DA PISCINA.


Ontem ao descer a rua da Piscina (para quem não saiba, a rua que desce do Castelo até à rua da Granja), dei comigo a enxergar a placa toponímica que se encontra no final desta rua, e a perguntar a mim próprio: “Esta rua tem um nome que não corresponde à verdade”.
Meus amigos, a partir de agora e sob proposta do albicastrense (espero que a nossa autarquia não me mande aferrolhar por alterar o nome da rua), a mesma deve começar a ser designada por, Rua das Ruínas da Piscina.
Brincadeira a parte, uma questão não posso deixar de colocar aos albicastrenses neste poste: 
Como foi possível deixar-mos sepultar a nossa piscina? 
Mais uma vez os albicastrenses ficaram no seu cantinho assistindo ao espetáculo, como se nada daquilo lhes dissesse respeito.
O Albicastrense

ANTÓNIO ROXO - DEPOIS DO ABSOLUTISMO - (12)

"MEMÓRIAS DA TERRA ALBICASTRENSE" Espaço da vida político-social de Castelo Branco, após a implantação do regime constitucional. U...