quinta-feira, janeiro 31, 2019

CHAFARIZ DE SÃO MARCOS - (IX)

EM DEFESA DO CHAFARIZ DE SÃO MARCOS
(UM CHAFARIZ MUITO MAL AMADO) 
  "MEMÓRIAS  DO CHAFARIZ DE SÃO MARCOS"                 

A água do velho chafariz era antigamente oriunda de um nascente que germinava numa das encostas do castelo da nossa cidade. 
Era conduzida até ao chafariz, por meios subterrâneos. 
Muitas foram as obras feitas ao longo dos tempos no velho chafariz, porém, muitas delas foram autênticos absurdos.  
Numa dessas reparações (século XIX), substituíram a boca de granito que tinha, para lhe colocarem um tubo de ferro.
O Albicastrense

domingo, janeiro 27, 2019

CHAFARIZ DE SÃO MARCOS - (VIII)

EM DEFESA DO CHAFARIZ DE SÃO MARCOS
(UM CHAFARIZ MUITO MAL AMADO)


MEMÓRIAS DO CHAFARIZ DE SÃO MARCOS

O nome deste chafariz deve-se  ao facto de estar situado nas proximidades da capela que tem como orago São Marcos.
 Foi construído no século XVI e era designado outrora pelo nome de Chafariz da Devesa, porque esta abrangia a extensão compreendida desde a muralha (ruas Vaz Preto e Tenente Valadim) até ao actual bairro do Cansado.

O Albicastrense

sexta-feira, janeiro 25, 2019

CHAFARIZ DE SÃO MARCOS - (VII)

EM DEFESA DO CHAFARIZ DE SÃO MARCOS
(Um chafariz  muito mal  amado).

                                        MEMÓRIAS DO CHAFARIZ DE SÃO MARCOS

Em Abril de 1655 a autarquia da nossa cidade reconhecendo a importância do Chafariz da Devesa, (hoje de S. Marcos), aprovou um documento em sessão camarária onde determinou o seguinte:
“Toda a pessoa de qualquer qualidade que seja, que lavar no dito tanque dele ou fora dele roupa ou outra qualquer coisa pagará pela primeira vez dois mil réis e pela segunda quatro; toda a pessoa que lançar alguma pedra pequena ou grande no dito tanque pagara dois mil réis e a mesma pena terá qualquer pessoa que tirar pedra do cano do dito chafariz ou derrubar alguma pedra do bordo por baixo do tanque; toda a pessoa que derrubar alguma das ameias do tanque pagará seis mil réis de coima; toda a pessoa que no dito tanque aguçar alguma ferramenta no bordo ou em alguma pedra do dito tanque pagará dois mil réis.

As quais condenações todas serão pagas na cadeia e sendo filho, pagará seu pai por ele e qualquer pessoa com uma testemunha o pode a coimar”.
O ALBICASTRENSE

terça-feira, janeiro 22, 2019

CHAFARIZ DE SÃO MARCOS - (VI)

EM DEFESA DO CHAFARIZ DE SÃO MARCOS
(Um chafariz  muito mal  amado).

POBRE E INFELIZ CHAFARIZ,
 QUE TÃO DESVENTURADA GENTE TENS 
A CUIDAR DE TI!...
MEMÓRIAS  DO CHAFARIZ DE SÃO MARCOS

No século XX (último restauro do velho chafariz), o tanque que tinha sido construído no século XVII, foi quase todo ele enterrado, como se pode ver nestas imagens. 
O Albicastrense

sábado, janeiro 19, 2019

CHAFARIZ DE SÃO MARCOS - (V)

PUBLICAÇÃO POSTADA POR MIM NO FACEBOOK
 DO 
GRUPO CASTELO BRANCO

AOS MEMBROS DO GRUPO CASTELO BRANCO
"UMA PARTILHA UM ABRAÇO" 
Estive ontem dia 19 de Janeiro na reunião pública do executivo da nossa autarquia, reunião que se realiza nas terceiras sextas-feiras de cada mês.
Fiz nessa reunião, uma intervenção sobre a miserável situação do nosso Chafariz de São Marcos e do descontentamento dos albicastrenses do grupo Castelo Branco no facebook, sobre a ruinosa situação em que ele se encontra. Descontentamento declarado por mais de mil partilhas, (na sua totalidade), feitas no grupo a uma publicação ali colocada por mim, sobre o velho Chafariz. 
Em resposta à minha intervenção sobre o catastrófico estado em que se encontra o nosso chafariz, o presidente Luís Correia começou por dizer, que não liga ao Facebook  e desconhecia esse facto  (pensava eu, que o presidente tinha Facebook!).
Quanto ao nosso chafariz, nada disse sobre o seu abandono ao longo dos anos, informando depois os presentes na reunião, que a autarquia tem no ministério da cultura um projeto para ser aprovado no montante de 17 mil euros, para recuperar o velho chafariz (e eu a pensar que o nosso presidente contava tudo aos jornais da nossa terra!).
Como já disse anteriormente, sou por natureza uma pessoa otimista, pessoa que acredita em palavra dada, contudo, os meus 68 anos ensinaram-me a não ser excessivamente otimista e a ficar de pé-atrás, sobre certas promessas de políticos.
Por isso, não posso deixar de aqui colocar aos membros deste grupo de albicastrenses, pessoas que já demonstraram o seu carinho pelo velho chafariz a seguinte questão:
Vamos continuar a partilhar o poste que já foi partilhado por mais de mil albicastrenses, como forma de demonstrarmos ao nosso presidente que independentemente de ele não ligar ao facebook, este grupo de albicastrenses irá estar de ouvidos e olhos bem vigilantes, não para ver se palavra dada é palavra cumprida, mas antes, para assistir ao inicio das obras no nosso chafariz.
                                              O Albicastrense 

terça-feira, janeiro 15, 2019

CHAFARIZ DE S. MARCOS - (IV)

EM DEFESA DO CHAFARIZ DE SÃO MARCOS

EU SÓ QUERIA ENTENDER!

 NÃO ESTOU CONTRA A CONSTRUÇÃO DE NOVAS CICLOVIAS.

SÓ QUERIA PERCEBER A RAZÃO DE HAVER DINHEIRO  PARA NOVAS CICLOVIAS, E NÃO HAVER PARA RECUPERAR O NOSSO VELHO CHAFARIZ DE SÃO MARCOS?

O ALBICASTRENSE

sábado, janeiro 12, 2019

CHAFARIZ DE S. MARCOS - (III)

AOS ALBICASTRENSES
EM DEFESA DO CHAFARIZ
DE SÃO MARCOS
Enquanto não existirem sinais por parte da nossa autarquia, de que irão ser tomadas medidas para resolver a triste situação do nosso chafariz (não valem sinais de fumo),  este albicastrense, irá continuar a postar imagens sobre a catastrófica situação do infeliz chafariz.
O Albicastrense 

quarta-feira, janeiro 09, 2019

CHAFARIZ DE S. MARCOS - (II)

                    EM DEFESA DO CHAFARIZ DE SÃO MARCOS

As imagens aqui postadas não necessitam de explicações, pois elas murmuram por si. Todavia, o nosso velho Chafariz de São Marcos carece de quem se pronuncie por ele, nesta fase tão lastimável da sua existência, por isso, este albicastrense não pode ficar silencioso. 
Muito se disse nos últimos anos sobre a possível recuperação do velho chafariz, ouve até projeto para o recuperar, contudo, o projeto caiu no caixote do lixo e nunca mais saiu de lá. Perante este deixa andar dos responsáveis políticos da terra albicastrense, que podemos nós simples cidadãos fazer?
Eu resolvi enviar um emale à nossa autarquia a contestar o desastroso estado em que o  velho chafariz de São Marcos se encontra. Em simultâneo, vou colocar no meu facebook uma imagem da indigna situação em que o chafariz se encontra.
E você  que está a ler este poste,
 que vai fazer?
Termino afirmando que o velho chafariz necessita de todos os albicastrenses para sair da situação em que encontra. Passar ao lado, é ignorar uma realidade que não pode ser ignorada.
 
 

A defesa do velho chafariz não é uma contenda contra quem quer que seja, é antes, um dever de cidadania e uma obrigação  que não podemos deixar de assumir.
O Albicastrense

quarta-feira, janeiro 02, 2019

CHAFARIZ DE S. MARCOS

UMA TRISTE SITUAÇÃO 
QUE ENVERGONHA  A TERRA ALBICASTRENSE.  
EM DEFESA DO CHAFARIZ DE SÃO MARCOS

O primeiro poste de 2019, só podia ser sobre uma pérola da terra albicastrense abandonada por todos nós.
Em 2008 postei aqui uma publicação sobre o nosso velhinho chafariz de S. Marcos, depois disse, voltei a falar do assunto mais cinco vezes. Onze anos depois, o velho chafariz continua abandonado e acha-se cada fez pior, ou seja, de nada ajudaram as minhas súplicas para que algo fosse feito em seu beneficio. 
Fui visita-lo no primeiro dia do novo ano, confesso que vim de lá enfurecido e disposto a apertar o pescoço a quem me aparecesse pela frente, que tivesse responsabilidades pela desgraçada situação em que o triste chafariz de se encontra.
As imagens aqui postadas foram recolhidas nessa minha visita, imagens, que deveriam cobrir de vergonha, todos os responsáveis políticos da terra albicastrense, assim, como enfurecer todos os albicastrenses que verdadeiramente adoram a sua terra.
Como forma de agradecer ao velho chafariz o muito que deu a terra albicastrense, resolvi voltar a postar uma entrevista feita pela dupla "Bigodes & Companhia" em 2008.
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O chafariz de São Marcos está classificado como Imóvel de Interesse Público pelo Decreto nº 95/78, DR 210 de 12 Setembro 1978.
A dupla, “Bigodes e Companhia”, conhecedores das minhas intenções de apresentar neste bloque o historial dos Chafarizes da nossa cidade, resolveram fintar-me, (são uns invejosos) e munidos dos respectivo acessórios para esta tarefa, foram fotografar e entrevistar o velho chafariz de S. Marcos.
Aqui fica a entrevista entre o velho chafariz e a  dupla "Bigodes e Companhia". Gostaria no entanto de esclarecer, que o blogue, “Castelo Branco – O Albicastrense”, não se responsabiliza por este trabalho maluco.
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- Eminente chafariz, em primeiro lugar gostaríamos de agradecer esta conversa, pois somos sabedores que um tal, ”Albicastrense” se preparava para o vir chatear com perguntas patetas.
- Perguntem, eu gosto de contar a minha história. 
- Como é ter nome de Santo?
- Sabem eu nem sempre tive este nome, no início era conhecido como Chafariz da Devesa.
- Da Devesa!  Sim … 
Por volta do século XVI ou XVII, (a minha memória já deixa muito a desejar) já aqui estava instalado. Este local fazia parte da extensão de terreno que ia desde a antiga muralha, (atual rua Vaz Preto) até ao sítio do cansado. 
Só muito mais tarde e graças à Capela que tenho como vizinha, foi batizado com o nome porque me conhecem hoje.
Sabem, esta coisa de ser chafariz é uma tristeza, já nada querem connosco, pois estamos praticamente abandonados. 
- São mais de 400 anos de existência. 
- Foram muitas as gerações de albicastrenses, que por aqui passaram.
Nos primeiros tempos, os albicastrenses vinha beber a água que jorrava da minha boca, conversar, desabafar, namorara e até brincar com a minha água. Com o passar dos tempos perdi beleza e popularidade.
Os residentes da nossa cidade esqueceram-me, os políticos desprezaram-me, e até as mulheres que aqui vinham lavar a roupa deixaram de o fazer. Por fim até a bicharada que aqui vinha beber a minha água, deixou de aparecer.
- Está muito magoado com os albicastrenses? 
- E com razão… vocês sabem de onde vinha a água que eu dava a beber aos moradores da nossa cidade nesses tempos?
- Não!
- Pois, ninguém sabe!
- Hoje já ninguém quer saber da história dos velhos chafarizes da nossa cidade. Mas eu vou dizer-lhe; a minha água era oriunda de um nascente que germinava numa das encostas do castelo da nossa cidade, e conduzida até mim por meios subterrâneos. Hoje nada sei do líquido que me corre nas entranhas. 
Sofri muitas reparações ao longo dos tempos, porém, muitas delas foram autênticos absurdos. Vocês acham que estou bem conservado?
- Para ser-mos sinceros… está uma autêntica desgraça.
- Vocês têm cara de parvos mas pelo menos são honestos! Vejam no século XIX, sofri mais uma das muitas reparações que me fizeram ao longo dos tempos. Nessa reparação entre outras coisas, substituíram-me a boca de granito que dava de beber à bicharada, por um tubo de ferro!
- Não pode ser!
- Pode… pois, ainda hoje a tenho. No século XX (a última reparação que sofri), o meu tanque que tinha sido construído no século XVII, foi quase engolido pelo chão como podem ver.  Mas nem tudo foi mau nestes cerca de 400 anos!
- Ah… então também ouve coisas boas!
- Sim!
- Em Abril de 1655 a autarquia da nossa cidade reconhecendo a minha importância, (nessa altura ainda me chamavam de Chafariz da Devesa) aprovou um documento em sessão Camarária, onde determinou o seguinte
“Toda a pessoa de qualquer qualidade que seja, que lavar no dito tanque dele ou fora dele roupa ou outra qualquer coisa pagará pela primeira vez dois mil réis e pela segunda quatro; toda a pessoa que lançar alguma pedra pequena ou grande no dito tanque pagara dois mil réis e a mesma pena terá qualquer pessoa que tirar pedra do cano do dito chafariz ou derrubar alguma pedra do bordo por baixo do tanque; toda a pessoa que derrubar alguma das ameias do tanque pagará seis mil réis de coima; toda a pessoa que no dito tanque aguçar alguma ferramenta no bordo ou em alguma pedra do dito tanque pagará dois mil réis. As quais condenações todas serão pagas na cadeia e sendo filho, pagará seu pai por ele e qualquer pessoa com uma testemunha o pode a coimar”.
- Bons tempos esses! Tempos, em que se preocupavam comigo.
- Mas em 1978, foi considerado Imóvel de Interesse Público.
- De que serve tal distinção! Se a água que irrompe da minha boca, não serve para matar a sede a quem por aqui passa. 
Se o meu tanque está cheio de porcaria e ninguém se preocupa em limpa-lo. 
Se as minhas paredes estão uma indecência e ninguém as pinta. 
Se alguém quiser uma fotografia minha, tenha que levar como brinde na minha foto a imagem e de uma carrinha que aqui tem garagem. 
É caso para dizer: “Sou considerado imóvel de Interesse Publico, no entanto, ninguém cuida de mim, como seria se não tivesse qualquer classificação”?
- Amigo Chafariz de S. Marcos, a dupla “Bigodes e Companhia” lamenta profundamente o seu miserável estado de saúde. Promete-mos voltar quando tivermos boas notícias, Bigodes e Companhia

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PS. Onze anos depois da publicação desta pateta "entrevista", mas com dados históricos verdadeiros, nada mudou (perdão!.. está tudo pior), acabo atestado o seguinte: O infame estado em que se encontra o nosso velhinho Chafariz de S. Marcos, faz rebolarem nos seus túmulos os albicastrenses que no passado o ergueram, os de hoje, (independentemente de se estarem borrifando para ele), assim como a terra albicastrense.
                                                    O Albicastrense

ANTÓNIO ROXO - DEPOIS DO ABSOLUTISMO - (12 "ÙLTIMA")

Última publicação do excelente trabalho que António Roxo publicou em antigos jornais da terra albicastrense.   “O Espaço da vida polític...