terça-feira, janeiro 03, 2006

OS INDIANAS JONES - ALBICASTRENSES

OS INDIANAS JONES “ ALBICASTRENSES ”

Encontrei há alguns dias por mero acaso, a fotografia que aqui vos mostro. Ao vê-la senti alguma nostalgia, pois a mesma foi tirada acerca de 20 anos, perto do monte de S. Martinho em Castelo Branco.
Ao olhar melhor para a referida foto apercebi-me de que nem tudo tinha sido dito sobre o que era o Museu Francisco Tavares Proença, na época aqui referida por mim nas anteriores crónicas.
Falta falar num grupo de jovens albicastrenses a quem eu daria o nome de

INDIANAS JONES “ALBICASTRENSES”.

Quem eram estes jovens?

Joaquim Batista - José Henriques

Manuel Leitão - Mário Chumbinho - Pedro Salvado

Ainda hoje recordo o entusiasmo e a dedicação destes jovens à Arqueologia e ao Museu. Eram eles os Indianas Jones desse tempo. A secção de arqueologia do museu era muitas vezes o ponto de encontro deles, e em algumas das vitrinas ali existentes eram visíveis peças, encontradas em campanhas arqueológicas organizadas por eles próprios.
A fotografia aqui apresentada e na qual eu também estou presente, diz respeito a uma campanha arqueológica no monte de S. Martinho, organizada pelo Pedro Salvado e Joaquim Batista, com o apoio do museu, a mesma decorreu na década de 80.
Poderia ainda falar das muitas saídas ao campo, para localizar e fotografar a presença de vestígios arqueológicos no nosso distrito, sempre organizadas por alguns desses jovens pois a sua disponibilidade era total para com o museu.

Os INDIANAS JONES são hoje homens adultos, casados e com filhos, que sentirão eles quando se deslocam ao Museu e ali não encontram expostas as peças encontradas por eles?

Serão os seus filhos a próxima geração de Indiana Jones?

Ou será que os jovens de hoje se estão borrifando para a arqueologia?

De quem é a responsabilidade do desinteresse dos jovens pela arqueologia?

Poderia dar aqui a minha resposta a estas e outras interrogações, porém entendo que cada um deve tirar as suas próprias conclusões e se quiser pode dize-las aqui, pois do diálogo nasce o esclarecimento.

Opine sempre.

O Albicastrense

terça-feira, dezembro 20, 2005

MUSEU DE FRANCISCO TAVARES PROENÇA JÚNIOR - IV



Museu Francisco Tavares Proença Júnior
Castelo Branco
Continuação.1976 – 1989 =IV

Muito mais poderia dizer sobre o que foi trabalhar no Museu entre 1976 e 89, altura em que a referida instituição era dirigida pelo Dr. António Forte Salvado, e do trabalho ali desenvolvido ao longo desse tempo.
Gostaria de terminar este ciclo de treze anos (1976-1989) relembrando o que era o Museu nessa altura, e para o fazer nada melhor que falar aqui, das dezenas e dezenas de pequenas edições, publicadas pelo Museu ao longo desses treze anos. Contando um pouco a história das peças ali expostas. Das muitas edições estou a lembrar-me neste momento de alguns títulos tais como.
- Uma Lápide sepulcral biface e uma lápide funerária de um Soldado Britânico;
- Pelourinhos e aguarelas;
- Os retratos de Frei Roque do Espírito Santo e de Frei Egídio da Apresentação;
- O Bordado de Castelo Branco edição de 1980;
- Roteiro do Museu edição de 1974;
- Monsanto;
- Artistas Naturais da Beira Baixa;
- Lage du Bronze Au Musee de F. Tavares Proença Júnior;
- A transposição de um solo de habitat paleolítico de Vilas Ruivas;
- Epigrafia Lusitano-Romana do Museu F.T. P.
Estas e outras edições são um testemunho desse tempo, e ainda hoje algumas, podem ser adquiridas na loja do Museu a preços meramente simbólicos. Ao folhear um desses livros que tem por nome “ Roteiro do Museu de Francisco Tavares Proença edição de 1980, e cuja capa aqui vos mostro, não posso deixar de pensar o seguinte:
- Será hoje o Museu melhor?
- Estará a população de Castelo Branco melor servida no que diz respeito ao seu Museu?
- E a cidade ficou a ganhar com as alterações no Museu?
A minha resposta as três perguntas é, 
Não!!!
A leitura desta pequena publicação vinte e cinco anos depois de ter sido editado, é mais que suficiente para poder afirmar tão claramente o “Não”. O Museu era nessa altura, uma instituição ligada as suas gentes, aos seus costumes, podendo até dizer-se que parecia que todos nós ali tínhamos qualquer coisa nossa, a Sala de Etnografia situada no primeiro andar, era o prova disso mesmo, onde os visitantes tantas vezes diziam: “em casa dos meus avós havia um banco igual a este”, ou ainda na sala dos pratos onde era frequente ouvi-los dizer: “a minha mãe tem em casa, um prato que era da minha avó, parecido a este”.
Muito mais haveria para dizer sobre o que era o museu, e o contentamento que era trabalhar ali, não era apenas um trabalho, era como se fosse a nossa segunda casa.
Vou terminar este período de treze anos da história do Museu Francisco Tavares Proença Júnior, com uma pequena frase, (por sinal muito utilizada pelo fundador do museu).
Facta non verba – "Contra os factos não á argumentos"
O ALBICASTRENSE

quarta-feira, dezembro 07, 2005

CASAS DA MINHA CIDADE - III

O CASARÃO DOS SILVA RIBEIRO

(Inicio de construção em 1866)

A degradação de alguns edifícios da cidade de Castelo Branco é infelizmente uma realidade, a questão já aqui foi colocada varias vezes por mim, porém existem excepções, a recuperação recente do casarão da família Silva Ribeiro por parte da Câmara Municipal de Castelo Branco é o exemplo a seguir. O edifício encontra-se situado na Rua dos Ferreiros e começou a ser construído no ano de1866, pela família Silva Ribeiro, na sua longa história de 139 anos, muito teria para contar se pudesse falar, foi residência da referida família durante muitos anos, mais tarde ali esteve instalado o Hotel de Salvação, o Hotel Central, e mais recentemente foi sede do Benfica de Castelo Branco. No r/c do referido casarão, muitos estabelecimentos comerciais ali se estabeleceram desde a sua construção, porem há um que aqui não posse deixar de referir por estar de algum modo ligado a ele por laços familiares, estou a referir-me ao Café do China que ali funcionou por volta de 1960 Muito mais se poderia dizer ou escrever sobre o casarão dos Silva Ribeiro, porém o mais importante é destacar a excelente recuperação do edifício por parte da Câmara Municipal de Castelo Branco e a sua entrega a algumas colectividades da cidade, colocando-o deste modo ao serviço dos albicastrenses. Resta dizer o seguinte uma andorinha não faz a primavera, vamos partir desde já para a obra seguinte.

À Câmara Municipal e ao seu Presidente 20 valores pelo trabalho ali realizado.

PS. Os dados Históricos referentes a esta noticia foram recolhidos noLivro “ Castelo Branco um Século na vida da Cidade Da Autoria de Manuel A. De Martins

Albicastrense

terça-feira, novembro 29, 2005

BAIRRO DO VALONGO - CASTELO BRANCO

Um Albicastrense preocupado:

O Bairro do Valongo é em sem duvida nenhuma o Bairro mais esquecido pelos responsáveis da autarquia albicastrense, para chegar-mos a esta conclusão basta visita-lo e verificar no local as suas carências. Foi construída recentemente uma nova rua no Bairro do Valongo, rua para qual eu proponho desde já um nome: “Rua da Rotunda Com Casa”, em homenagem aos responsáveis por tão ilustre obra, pois a mesma é digna de figurar num qualquer livro do guinesse como exemplar único em Portugal e não só. Mais comentários sobre esta rotunda para que!? Não vale a pena – a obra fala por si. Os cabos de electricidade e telefone são autênticos arraiais nas ruas do bairro, como se pode ver, (foto-2), é assim praticamente em todas as ruas. Os passeios não existem. Só na entrada e saída do Bairro. Também podemos encontra-los no interior do Bairro, muitos deles em terra batida e outros de cimento. Não existe no Bairro um parque infantil, para quando a construção de um? Ou será que as crianças do Valongo são menos que as crianças da Carapalha, da Urbanização Pires Marques ou de outros bairros da cidade! Não existe no bairro um espaço verde onde as pessoas possam passar os seus tempos livres, só sendo possível o convívio á mesa de um café. Não existem no Bairro locais com paragens para os transportes públicos, ou seja no Inverno a espera de um autocarro dá direito banho certo, no verão não necessitamos de praia para ficarmos bem torradinhos. Das estradas do bairro nem vale apenas falar. Estão uma miséria! A falta de passadeiras em algumas ruas é infelizmente, ainda em alguns casos, uma realidade. Senhor Presidente – os acessos e saídas do bairro são obras importantes, mas insuficientes. Chegou o tempo de dar uma nova cara ao bairro do Valongo, pois os seus moradores também são albicastrenses.

POR UM BAIRRO MAIS DIGNO
O albicastrense

terça-feira, novembro 15, 2005

Casa do Pessoal do Museu F.T.P.Júnior

Casa do Pessoal do Museu Francisco Tavares Proença Júnior – colectividade fundada em 1980 pelos trabalhadores do museu, viria a ser extinta em 1990 dez anos após da sua fundação.

Qual a sua historia?

Quinze anos após a sua extinção penso ser hoje possível fazer aqui um pequeno resumo histórico do que foram esses dez anos. No início dos anos 80 a casa do pessoal do Hospital distrital Amato Lusitano de Castelo Branco era um exemplo a seguir pelo trabalho que desenvolvia em prol dos seus associados. Os trabalhadores do Museu, seguindo esse exemplo decidiram fundar a sua própria casa do pessoal, mas com objectivos mais alargados. A proposta a que se propunham era criar uma colectividade que desenvolvesse as suas actividades com todos aqueles que quisessem participar nelas, não esquecendo porem a vertente social para com os seus sócios os trabalhadores do Museu.

Tal propósito foi conseguido?

Modestamente olhando para traz, penso que sim, as centenas e centenas de pessoas que participaram nas actividades da casa do pessoal do Museu ao longo desses dez anos são a prova da minha certeza. Não vou aqui lembrar todas as iniciativas que ao longo dos anos desenvolvemos na cidade, mas não posso deixar de mencionar os torneios da malha com participantes vindos dos mais variados locais do país, os Rally Papers, os concursos de fotografia a nível Nacional com participação de concorrentes portugueses a residir no estrangeiro, os torneios de Xadrez e muitas outras iniciativas. Não posso igualmente esquecer os convívios de trabalhadores do Museu, as festas de Natal, os passeios culturais e muitas outras iniciativas entre os seus sócios. Gostaria ainda aqui lembrar o apoio que sempre tivemos dos comerciantes da cidade ás nossas iniciativas, as ofertas de centenas e centenas de troféus e as muitas prendas para distribuir pelos participantes, eram a provas do seu carinho e apoio, e por fim os últimos são sempre os primeiros, o apoio que sempre tivemos do então director do Museu, Dr. Salvado a todas as nossas iniciativas foi fundamental para o êxito da casa do pessoal.

O porquê da sua extinção.

A casa do Pessoal era em meu entender um complemento do próprio Museu, mas o seu raio de acção visava como não podia deixar de ser, uma vertente totalmente diferente. Enquanto o Museu tinha a sua vertente cultural a casa do pessoal tinha por objectivo uma aproximação dos Albicastrenses ao Museu através de iniciativas desportivas tais como os torneios de malha e Xadrez ou outro tipo de iniciativas, como concursos de fotografia. È portanto legitimo afirmar que havia entre o Museu e a casa do pessoal uma união de objectivos, partilhada pelas suas direcções. Com a saída do Dr. António Forte Salvado em 1989 de forma totalmente vergonhosa (a este assunto ainda lá iremos), do cargo de director do Museu, e com a entrada da nova directora, essa união de objectivos deixou de interessar a quem lhe sucedeu no cargo, era a morte anunciada da casa do pessoal, alguns meses depois, por vontade dos seus sócios dava-se a sua extinção.

A Casa do Pessoal tinha por lema:

FACTA NON VERBA

O albicastrense

sexta-feira, novembro 11, 2005

Casas da minha Cidade - II

O Largo da Sé é sem duvida um dos mais bonitos da nossa cidade, não pelas obras ali feitas ultimamente, que são de muito mão gosto, mas pelo conjunto de edifícios ali instalados entre os quais destaco a Sé, o Conservatório, o antigo edifício do Banco Nacional Ultramarino e ainda o edifício dos correios.

É sobre este ultimo que hoje aqui quer falar, construído no inicio dos anos vinte é sem duvida um dos mais belos exemplares da arte nova construída na cidade, feito de raiz para ser estação dos correios, teve a sua inauguração a 26 de Outubro de 1928, com a presença do ministro do Comércio da altura Eng. Araújo Correia.

Encontra-se hoje aos ratos, depois das muitas hipóteses levantadas para ali instalar tudo e mais alguma coisa.

Afinal a quem pertence a antiga estação dos correios?

Segundo notícias publicadas nos jornais da cidade á algum tempo o mesmo teria sido ou iria ser adquirido pela Câmara da cidade, com o objectivo de ali instalar não se sabe ao certo o que. (pois muitas foram as sugestões levantadas)

Meus senhores por favor chegou o momento de decidir, ou sim ou sopas, como diz o povo, o edifício não merece estar a cair de podre é tempo de tomar decisões. Senhor presidente da Câmara o tempo de dar tempo ao tempo já terminou é tempo de fazer obras e ali instalar o que for mais útil á cidade, senão houver ideias faça-se um inquérito junto dos habitantes da cidade, para saber o que mais gostariam de ali ver instalado.

Senhor Presidente deixar este belo edifício abandonado e aos ratos é que não, pois a cidade não é assim tão rica em edifícios para se dar ao luxo de perder este belo edifício, de que vale á cidade estar bonita, se alguns dos nossos melhores edifícios ameaçam cair de podre.

PELA CIDADE SEMPRE, O ALBICASTRENSE

O Albicastrense

sexta-feira, novembro 04, 2005

MUSEU FRANCISCO TAVARES PROENÇA JÚNIOR


EXPOSIÇÃO TEMPORÁRIA

"OLEIROS DE I
DANHA"
No
Museu Francisco Tavares Proença Júnior

Aquando da abertura desta página informei que a mesma estaria aberta á todas as iniciativas do Museu, assim como á divulgação de futuras exposições no mesmo.
Cumprindo o acordado, estive no Museu no dia 4 de Novembro onde pude ver a exposição que actualmente ali está exposta e cujo catálogo aqui ponho á disposição dos interessados.
Também disse na referida altura que teria opinião sobre as mesmas, como tal aqui vai ela, 20 valores pela bela exposição e o meu obrigado a todos os responsáveis pela sua organização.

O ALBICASTRENSE

ANTIGOS JORNAIS DA TERRA ALBICASTRENSE

    JORNAIS DA MINHA TERRA UM POUCO DO SEU PERCURSO AO LONGO DOS TEMPOS (V) (Continuação) Em Agosto de 1919 surgiu à luz do dia o jornal; “ ...