sábado, maio 28, 2022

PRECIOSIDADES DA NOSSA ZONA HISTÓRICA


 UMA MAGNIFICA JANELA AO ABANDONO
 
As casas em ruínas na nossa zona histórica são uma triste realidade, realidade à qual não podemos fugir. Basta entrar na rua dos Ferreiros ou Arco do Bispo (entre muitas outras), para nos apercebermos desta desgostosa realidade.

Ontem deambulei mais uma vez pela nossa zona histórica. Ao vistoriar a antiga rua do Saco, parei para olhar para a magnífica janela que pode ser vista nesta publicação. Como se pode ver na imagem, ela tem inscrita a data de 1633, infelizmente essa data, não lhe dá o direito de estar numa casa bem arranjadinha.


E
sta casa tem frontaria na rua da Santa Maria e encontrasse em ruínas, pois foi deixada ao abandonada à mais de trinta anos. Apenas um desabafo: que gente somos nós que consentimos que uma verdadeira pérola como esta janela, esteja numa casa a cair de podre?
Responda quem quiser e souber, pois este albicastrense confessa não ter resposta.
O ALBICASTRENSE

quinta-feira, maio 26, 2022

CURIOSIDADES TOPONÍMICAS DA TERRA ALBICASTRENSE - (III)

TOPONÍMIA ALBICASTRENSE


(Continuação)
Mas a cidade foi crescendo, quer ocupando partes do amplo espaço da Devesa, quer irradiando para mais de que um polo de crescimento passando três deles a ser conhecidos pelos nomes das capelas cujos arredores foram ocupando, como os de S. Marcos, do Espirito Santo da Senhora da Piedade.
Em todos esses espaços foram nascendo novos largos, ruas e travessas e foram surgindo nomes que os individualizavam: de Santo António, da Sé, das Damas, dos Prazeres, da Quinta Nova, largo, rua e travessa de S. Marcos, travessa do Chafariz, largo e rua do Espírito Santo e largo e calçada da Senhora da Piedade. Mais tarde, na zona do Montinho ou da Fonte Nova, foi implantada a rua com este último nome, para ligação ao largo da Sé.
É de supor que muitos destes nomes terão sido atribuídos em seguimento da recomendação feita à Câmara pelo Governador Civil e referida na ata da sessão de 17 de Janeiro de 1846.
 “Foi presente um oficio com dada de ontem do Governo Civil deste Distrito para que esta Câmara dê a competente denominação as ruas e travessas que as ao tiverem (o que se satisfez)  
(Continua)
Recolha de dados: "Estudos de Castelo Branco". Artigo da autoria de: Manuel A. de Morais Martins.
O ALBICASTRENSE

sábado, maio 21, 2022

MEMÓRIAS DA TERRA ALBICASTRENSE



Recuperar e pintar antigas imagens da terra albicastrense, dá-me uma enorme satisfação. 



Quando “apanho” uma antiga imagem da terra albicastrense (muitas das vezes em péssimo estado), não registo à tentação de a recuperar das maletas que o tempo lhe provocou, de seguida,  dar-lhe cor, sem porem a alterar.

Espero que estas três imagens, coloquem um bonito sorriso no rosto dos albicastrenses que virem a ver esta publicação, pois se assim acontecer, o meu tempo terá sido bem utilizado.

A primeira imagem foi captada em 1927 por António César d’Abrunhoza. As oura duas podem ser igualmente do mesmo autor.


O ALBICASTRENSE

quinta-feira, maio 19, 2022

CURIOSIDADES TOPONÍMICAS DA TERRA ALBICASTRENSE - (II)

TOPONÍMIA ALBICASTRENSE

(Continuação)
Fora da cerca, mas já muito antigas, eram duas as ruas ligadas a ocupações artesanais, a rua das Oleiros e a do Arrabalde dos Oleiros.
Outra, a dos Currais, outra, a instalações de recolha de animais, e a do Arrabalde dos Açougues, à existência de estabelecimentos de matança de rês e venda da sua carne. 
A rua de S. Sebastião e o largo de S. João a localização das Capelas, já desaparecidas, com estas invocações, a da Ferradura talvez devido à sua forma, as da Amoreirinha e da Figueira pela razão apontada. Em relação à do Sobreira e a do Pina, talvez por nela se situar residência de alguns membros
 da importante família daquele apelido.                                                  
(Continua)
Recolha de dados: "Estudos de Castelo Branco". Artigo da autoria de: Manuel A. de Morais
                                           O ALBICASTRENSE

segunda-feira, maio 16, 2022

O PASSADO E O PRESENTE - (XXVIII)

CASTELO BRANCO ATRAVÉS DOS TEMPOS



Vigésim
a oitava  publicação da rubrica: Imagens do passado e do presente da terra albicastrense"

(PORMENORES DA DEVESA DO ANTIGAMENTE).


Cerca de cem anos separam as duas imagens desta publicação.

A imagem  antiga mostra-nos a Devesa como ela era nos finais do século XIX, princípio do século XX. 

A Devesa desse tempo, estendia-se entre o que hoje designamos de Devesa e o atual Bairro do Cansado.

A imagem antiga, mostra-nos o antigo palácio da família Fevereiro, solar que iria ser mandado  abaixo,  na década de 50 do passado século.

O meu bem-haja (a título póstumo), a todos aqueles que ao longo das suas vidas captaram estas fantásticas imagens. Sem elas, nunca saberíamos como era a terra albicastrense no passado.

O ALBICASTRENSE

sábado, maio 14, 2022

CURIOSIDADES TOPONÍMICAS DA NOSSA ZONA HISTÓRICA - (I)

TOPONÍMIA ALBICASTRENSE
(ZONA HISTÓRICA)


Todas as ruas travessas, becos e calejas da zona histórica da cidade, adentro da cerca medieval, tinham a sua denominação, umas vezes ligadas aos artesoes que nelas se concentravam, como a dos Ferreiros, dos Oleiros e dos Peleteiros, outras a atividade nelas exercidas, como o largo da Praça ou a rua do Mercado e dos Lagares, e outras ainda à própria muralha, como a rua do Muro ou a aberturas nela existente, como a do Postiguinho de Valadares e a do Postigo.
Havia ainda as alusivas a antiga residência ou poiso de entidades ou corporações de importância assinalável, como a rua do Bispo e a do Cavaleiro.
A dos Chões parece indicar a proximidade pequenas propriedades muradas, a do Poço das Covas a existência nela de um manancial de agua, e a da Sobreiro teria assinalada a presença de tal espécie e a do Arressário por se situar em lugar alto. Para outras não encontrei justificação real ou provável, como seja a do Caclé (ou Caquelé?), a das Cabeças, a dos Passarinhos e a D`Ega. A designação da rua do Saco dá bem a entender que se tratava de um beco.

Recolha de dados: "Estudos de Castelo Branco", artigo da autoria de: Manuel A. de Morais Martins.

(Continua)

                                            O ALBICASTRENSE

quinta-feira, maio 12, 2022

ANTIGO PARQUE DA CIDADE

MEMÓRIAS DA TERRA ALBICASTRENSE
Quadros com fotografias do antigo Parque da Cidade.
Quem  quiser pode adquirir um destes quadros. 
(Dimensão dos quadros - 60x44) 
TENHO OUTRAS IMAGENS
O ALBICASTRENSE

segunda-feira, maio 09, 2022

O PASSADO E O PRESENTE - (XXVI)

CASTELO BRANCO ATRAVÉS DOS TEMPOS



Vigésim
a sexta  publicação da rubrica: Imagens do passado e do presente da terra albicastrense"

( PORMENORES DA NOSSA DEVESA, ATRAVÉS DOS TEMPOS).


Um local na terra albicastrense, onde apenas se mantém, parte do antigo quartel.
Estas  publicações nunca seriam possíveis, sem a antiga imagem da terra albicastrense. 
O meu bem-haja (a título póstumo), a todos aqueles que ao longo das suas vidas captaram estas fantásticas imagens. 
Pois sem elas, nunca saberíamos como era a terra albicastrense no passado.
PS. A imagem antigo foi pintada  pelo autor deste blogue.
O ALBICASTRENSE

quinta-feira, maio 05, 2022

UM CASO MISTERIOSO NA NOSSA ZONA HISTÓRICA.

           “O MISTÉRIO
 DA ANTIGA RUA DO SACO”

Numa conversação que tive com Luís Vicente Barroso, concertámos entre nós, que a situação da antiga Rua do Saco tinha que ser mais uma vez denunciada publicamente. Combinámos pois que cada um de nós iria redigir uma publicação sobre a mágoa que é andar pela Rua Mouzinho Macro, e não poder transitar na primitiva Rua do Saco.

A história conta-se assim em poucas palavras:
- Em 2012 os responsáveis pela nossa autarquia, voltaram a adquirir a antiga Rua do Saco e iniciaram obras de requalificação na dita cuja;
- Em 2013 após o termo das obras o feito teve direito a uma pequena inauguração, (festança onde não faltaram o discurso, a fanfarra e os foguetes); No dia seguinte aferrolharam os portões que dão acesso ao local e, nove anos depois, o local encontra-se fechado a sete chaves.

Confesso que doí - e doí mesmo muito - subir a Rua Mouzinho Magro, passar ao lado portão que dá acesso à antiga rua do Saco e não poder gozá-lo, uma vez que se encontra encerrada desde a sua inauguração.
É costume dizer-se que por vezes somos colocados perante situações que não conseguimos compreender, absurdos que por mais que pensemos nada de nada de lá sai, e este é o caso da recuperação desta antiga rua.
- Será que alguém consegue explicar-me de forma fácil e para que eu compreenda, o porquê de nove anos depois da fanfarrada, nada de nada tenha sido feito para possibilitar aos albicastrenses visitar e beneficiar da
recuperação deste bonito espaço?
O argumento de que no local existem duas casas em condições desgraçadas e que podem colocar em perigo quem por ali andar é valido, assim como também é legítimo dizer que tendo que a nossa autarquia adquirido as respetivas casas, não mexeu uma palha ao longo dos nove anos para as recuperar de forma a tornar possível visitar o local.
Os albicastrenses não podem continuar a passar pelo local e virar a cara para o outro lado, como se este amargurado assunto não lhes diga respeito.
 
Eu apelo aos meus amigos albicastrenses, para partilharem esta publicação, assim como a do Luís Barroso.
 Desta forma iremos pressionar quem comanda atualmente a nossa terra albicastrense a resolver este tristíssimo e incompreensível mistério da Rua do Saco.

UM POUCO DA HISTÓRIA DA ANTIGA RUA DO SACO
No livro: “O Programa Polis em Castelo Branco – Álbum Fotográfico da autoria de António Silveira, Leonel Azevedo e Pedro Quintela d’ Oliveira encontrei alguns dados sobre a antiga rua do Saco. 
“A designação toponímica desta artéria deve-se, muito provavelmente, à sua configuração específica - abre em ângulo reto a partir da fachada lateral da antiga biblioteca municipal, (Praça Camões), e não tem qualquer saída, formando um L invertido, por esta razão assemelha-se a um saco, dai a sua dominação. Este arruamento pertence, provavelmente ao século XVI, embora o registo documental mais antigo remonte a um processo inquisitorial de 1628. 
Esta artéria desviou o curso normal da sua história, como espaço público, quando um vereador em exercício, António César de Abrunhosa, requereu em 1890 a supressão do beco denominado rua do Saco (…) no sitio em que uma das suas casas confina com o edifício dos Paços do Concelho. 
Na origem deste pedido está a aquisição de todos os prédios com servidão desse local, pelo conhecido comerciante da praça albicastrense.
A Câmara discutiu o assunto e aceitou a perdição. Em 1927 o espaço passou de vez para a posse da família Abrunhosa, com a autorização dada pela nossa autarquia para a instalação de um portão na entrada da velha rua”.

Resta acrescentar que nesta rua, terá nascido um dos mais ilustres albicastrenses de sempre. Segundo J. D. Porfírio Silva no seu livro.”Memorial Cronológico e Descritivo Da Cidade de Castelo Branco” editado em 1838, consta o seguinte sobre esta rua: “O Cardeal da Mota, que nasceu na rua do Saco em umas casas próximas ao celeiro da comenda, aos 4 de Agosto de 1685”.

O ALBICASTRENSE

segunda-feira, maio 02, 2022

ENCICLOPEDIA ALBICASTRENSE

ALBERGARIA DE SANTA EULÁLIA

No dia 2 de Abril de 1431, foi construído, em Castelo Branco, a Albergaria de Santa Eulália, situada na Rua dos Ferreiros, entre a Porta da Vila e a Rua do Postiguinho de Valadares.
Esta Albergaria estava equipada com camas e uma cozinha, a fim de facultar aos viajantes, dormidas, comida e  água, durante três dias.


Dava ainda pousada aos peregrinos, devotos e penitentes, que seguiam as Rotas de São Tiago de Compostela, Bouloge, Guadalupe, São Vicente do Algarve e outros lugares de piedade romagem. 
Dava ainda guarida aos doentes, aos leprosos (para o que tinha anexa uma Gafaria) e aos desamparados da sorte. Tanto a Capela, como o Morgadio, foram decaindo, até que foram extintos e liquidados em 1866.
Quando o largo do Postiguinho foi requalificado através das obras do Polis, apareceram num recanto do largo, ruínas que se pensa serem dessa antiga albergaria.
O ALBICASTRENSE

ANTIGAS FONTES E POÇOS DA TERRA ALBICASTRENSE - (iI)

 A NOSSA HISTÓRIA (Continuação) As fontes públicas mais antigas de que há notícia são as da Feiteira, do Penedo, do Torneiro, o Chafariz da ...