Os albicastrenses continuam aguardar “serenamente” pela decisão da nossa autarquia, no que diz respeito ao túnel, (fotos 2 e 3).
BEM – VINDOS A UM BLOGUE LIVRE DE OPINIÕES SOBRE CASTELO BRANCO, SEJAM ELAS BOAS OU MÁS. O BLOGUE É DE TODOS E PARA TODOS OS ALBICASTRENSES…
quarta-feira, abril 30, 2008
TÚNEL DO LARGO DE S. JOÃO - 3
Os albicastrenses continuam aguardar “serenamente” pela decisão da nossa autarquia, no que diz respeito ao túnel, (fotos 2 e 3).
terça-feira, abril 29, 2008
segunda-feira, abril 28, 2008
sábado, abril 26, 2008
TOPONÍMIA ALBICASTRENSE - (XIX)
Ruas da Minha Cidade
(Bairro do Socorro)
Esta rua, situa-se num dos novos bairros da cidade (Bairro do Socorro), e a personalidade que lhe dá nome, tem para mim um significado especial, pois trata-se de um antigo familiar meu (irmão do meu bisavô), que morreu em 1956.
Esta rua, fica muito perto do local onde moro, porém desconhecia por completo a sua existência até há poucos dias.
Joaquim Martins Bispo nasceu a 28 de Junho de 1868, filho de João Martins Bispo, sapateiro e de Quitéria de Jesus ambos naturais de Castelo Branco, e moradores na rua dos Ferreiros. Casou com Amélia Gil, na igreja paroquial da freguesia e concelho de Castelo Branco, no dia 12 de Outubro de 1895.
Comerciante de grande prestígio na cidade, onde ganhou o título de decano dos comerciantes albicastrenses da sua época.
Entre os muitos empreendimentos em que esteve envolvido na cidade de Castelo Branco, podemos destacar: construção do antigo Hotel Turismo, melhoramentos no jardim do paço, construção do Cine Teatro Avenida e na constituição da corporação de bombeiros voluntários de Castelo Branco.
Fundador da antiga casa a “Popular”, que na altura teve direito a noticia nos jornais da cidade, a loja foi criada num edifício propositadamente construído para o efeito na rua Mousinho Magro, prédio que ainda hoje existe conforme podemos ver na fotografia aqui colocada.
Foi Presidente da Câmara Municipal, (1) Vereador, Administrador do Concelho, Vogal da Junta Geral do Distrito, Presidente da Associação Comercial, e Director do antigo Teatro de Castelo.
Joaquim, faleceu
Mas quem é que, tributando verdadeira afeição à terra natal, a não alcandora nos píncaros da lua!? Presidente da Câmara, vereador, Administrador do Concelho, comerciante e industrial, a sua opinião era sempre escutada com religiosidade e respeito, raras vezes se enganando nos seus conceitos e maneiras de ver. Ponderado e com uma pratica imensa da vida, que foi longa e trabalhosa, vencia as dificuldades com um sorriso nos lábios e uma candura no coração, nunca se esquivando a colaborar na resolução de qualquer empreendimento quando visse que dele podia resultar um beneficio para o desenvolvimento de Castelo Branco. Meu parente muito próximo e meu amigo sincero, eu olhava-o e admirava-o como uma grata reminiscência do passado, desse glorioso passado em que não se mentia e tudo decorria meiga e brandamente. E que satisfação não era a sua, quando eu, num curto intervalo dos meus afazeres, dava uma saltada ate Castelo Branco!
Então, agarrando-me carinhosamente no braço, levava-me por ali fora a todos os recantos da cidade, na insofrida ânsia de me mostrar os seus mais recentes progressos. Ainda me lembro de que, em dada altura, me levara, com agilidade e optimismo dum rapaz e trepando pelas íngremes ruas do Castelo, até lá acima ao Miradouro de S. Gens, belo empreendimento camarário e que havia sido inaugurado há pouco. A subida fora para mim, apesar de novo, um tanto fatigante, mas os frutos colhidos, com tão surpreendente espectáculo, regalaram-me a alma! Dizia-me Joaquim Martins, todo alegre e envaidecido:
Então que tal o Jorge? Magnifico, adorável, embasbacante! Respondia-lhe. E não lhe mentia. É que o panorama dali desfrutado, vasto e grandioso, nunca mais se esquece, perdendo-se os olivedos por ali fora, quase até aos contrafortes da Gardunha! Depois, vindo os dois por ali abaixo de escantilhão, ala para a parte nova da cidade, que, nessa altura, começava a germinar, a desentranhar-se em artérias modernas e espaçosas.
E Joaquim Martins, pletórica de seiva e bom humor, não obstante a sua avançada idade, ia-me dando informes de tudo e a propósito de tudo… Olha, aqui, vai construí-se o Cine Teatro, e mais alem, outra “garagem”. Outra “garagem”!? Sim, outra “garagem”. Depois, compreendes a nossa terra não pode estagnar, ficar para traz… É preciso caminhar … E eu, enternecido, ia-o ouvindo atentamente, nas suas doutas explicações, certo de que com Homens assim, Castelo Branco jamais sossegara.
Quando em 1929, se efectuou, na capital da Beira Baixa, o IV “Congresso Beirão”, o entusiasmo e dinamismo dispendidos por Joaquim Martins, foram de tal ordem apreciáveis, em especial nos sectores: recepção de congressistas, ornamentação de ruas e festivais no parque, que, sem a sua colaboração, o dito congresso, seria como uma coisa sem açúcar ou um caldito, embora substancial a que faltasse o devido tempero. É que o prestigio e o bom nome da cidade que viu nascer, estavam em jogo, tornando-se pois, necessário desenvolver um esforço prodigioso para que tudo saísse um miminho e a avalanche de visitantes levasse, da linda e acolhedora terra beiroa, as mais gratas impressões.
Depois, muito mais tarde, a quando da “1º Romagem de Saudade”, a sua actividade mostrou-se, igualmente, prodigiosa e pletórica de seiva e mocidade. Ainda estou a vê-lo, nessa parada de solidariedade dos antigos escolares do liceu, um tanto triste e cabisbaixo, por o vendaval lhe haver, inclementemente destruído grande parte das ornamentações… Mas eu, para o consolar, ia-lhe dizendo que a chuva não tinha… importância e que a falta de festões e bandeiras, seria suprida, com vantagem, pelo calor da nossa fé e pelo entusiasmo dos nossos corações!
Era um Homem bom e um ferrenho admirador de tudo quanto pudesse enaltecer a terra que lhe serviu de berço.
Falecendo quase nonagenário, nunca foi velho! A sua actividade, impulsionada por um invulgar entusiasmo, dava-lhe um ar juvenil, encantador, metendo a um canto os que podiam já ser, sem favor seus netos! Quando, em 1947 na “Romagem de Gratidão”, os romeiros mais novos, lhe puseram, sobre os ombros, como homenagem às suas excelsas virtudes a avançada idade, uma capa de estudante, a fim de descerrar, na frontaria da “Domus Municipalis”, a lapide comemorativa da romagem do ano anterior, a sua desenvoltura, puxando pelo pano que a envolvia, foi de tal ordem rápida e magnifica, que a todos enterneceu! Isto tudo, meus amigos, faz parte do passado, dum passado relativamente recente.
É certo, mas muito saudoso para o meu sensível coração. Não quis, o destino, que Joaquim Martins Bispo, o egrégio Papa da infindável legião dos saudosistas pudesse assistir à última “ Romagem”. Ele achava-se já por essa altura, gravemente enfermo, desconhecendo, mesmo que a grande festa de solidariedade dos antigos escolares do liceu estava a decorrer. Fui visita-lo, contrito e cabisbaixo. Ainda me reconheceu e abraçou carinhosamente, não obstante a morte se aproximar a passos agigantados.
E decorridos umas semanas após o meu regresso ao Porto, Joaquim Martins Bispo desapareceu do número dos vivos, deixando em todos os que tiveram a ventura de o conhecer, a mais profunda das saudades. E assim se vão extinguindo, pouco a pouco, os grandes valores da boa terra albicastrense, e nós ficando mais sós, mais tristes e mais descrentes… Uma pena!
sexta-feira, abril 25, 2008
Castelo Branco na História XXIII
Por portaria de 9 de Outubro de 1849 foi concedida à Confraria de Nossa Senhora do Rosário autorização para continuar a exercer os ofícios divinos na igreja de Santa Maria com a obrigação, de tomar a seu cargo a conservação e decência do templo, sem que essa concessão lhe conferisse o direito à posse do edifício.
Da invocação de Nossa Senhora do Rosário e comunicando com a capela-mor da igreja houve uma capela, instituída por Gaspar Mouzinho Magro, por testamento feito em 29 de Agosto de 1684 e um codicilo de 26 de Abril de 1685.
Este benemérito nasceu
Os bens de Gaspar Mouzinho Magro foram descritos num tombo, ainda existente, ao qual se deu princípio em 20 de Junho de 1706, em obediência á seguinte disposição testamentária: “Primeiramente se há-de fazer tombo, de todos os bens de raiz e casas que se acharem serem nossas, assim meus como do meu irmão para que em nenhum tempo se possam alhear nem trespassar e porque não faça duvida declaro que esta Capela que ambos instituímos, assim ele como eu, é uma só e não uma do meu irmão e outra minha e a missa quotidiana somente uma”.
Segundo o testamento, haviam falecido seus irmãos Francisco Mouzinho e Merenciana Mouzinho, deixando os seus bens a Nossa Senhora do Rosário com obrigação de missa quotidiana, no caso de não existirem filhos dele e que já tinham falecido também os seus filhos Luís e António.
Contem, o mesmo testamento, as seguintes disposições: “E porque meu irmão instituiu uma Capela de seus bens, na mesma forma e maneira eu instituo à qual vinculo e ajunto todos os meus bens, nomeio por minha herdeira a Sempre Virgem do Rosário, da Igreja de Santa Maria do Castelo, queira aceitar esta nossa herança e queira por seus infinitos merecimentos e como mãe de Jesus Cristo, que nesta herança entrem também as nossas almas, como de seus escravos e cativos para que este nome, merecemos gozar da presença eterna de seu filho Jesus Cristo. Amem. Amem. Amem”.
Publicado no antigo jornal Beira Baixa em 1951
Autor. M. Tavares dos Santos
O Albicastrense
quarta-feira, abril 23, 2008
Apanhados albicastrenses
terça-feira, abril 22, 2008
1º de Maio de 1900
1º De Maio
Em
Castelo Branco
01 – 05 – 1900
A festa foi engalanada pela tuna Artistas Albicastrense, que durante o dia percorreram as ruas da cidade, ao som dos acordes musicais e do estrondear dos foguetes que estalejavam no espaço.
A festa prolongou-se pela noite dentro na sede da tuna, onde ouve os discursos, alusivos ao 1º de Maio.
Cento e oito anos depois, aqui fica o cartaz da Intersindical, relativo ao 1º de Maio de 2008.
O Albicastrense
sábado, abril 19, 2008
sexta-feira, abril 18, 2008
Tiras Hunoristicas
O jornal Gazeta do Interior, publica esta semana um óptimo artigo sobre o historial do largo de S. João, da autoria do meu amigo Pedro Salvado.
BIGODES E COMPANHIA
Decifraram o mistério do túnel do largo de S. João…
Eis o resultado da investigação:
Por fim a grande descoberta!!!!!
ALBICASTRENSES ILUSTRES - II
Comendador-mor na Ordem de Avis foi eleito Grão-Mestre em 1386, substituindo neste cargo D. João I, aclamado rei de Portugal nas Cortes de Coimbra de 1385.
Muito ligado ao rei a quem serviu ainda príncipe, como aio e introdutor nas regras da cavalaria, com ele se achou em vários sucessos e empresas, como referem as crónicas: no cerco de Lisboa e na batalha de Aljubarrota.
Pertenceu ao seu Concelho e ficou por Defensor do Reino quando D. João I passou por Africa, em 1415, à conquista de Ceuta. Mandou edificar a igreja de N. Senhora das Neves em Borba, belo templo de 3 naves, sustentadas por 14 colunas de mármore branco e, no qual há a seguinte inscrição: Esta igreja é da ordem de Aviz: mandou-a fazer o muito nobre Senhor D. Frei Fernando Roiz de Sequeira, Mestre de Cavalaria e da Ordem de Avis, no ano da era de 1401.
Durante o seu Mestrado veio a Portugal o Mestre da Ordem de Calatrava, D. Gonçalo Nuno de Gusmão, reclamar a obediência que, pela sua instituição, a ordem portuguesa lhe devia mas, recebido por D. Fernando Rodrigues de Sequeira com honras e cortesia não alcançou dele o “reconhecimento dessa dependência, pelo que furioso se retirou para Castela, lançando excomunhões e recorrendo mais tarde, em 1435, ao concilio de Basileia. Nessa altura, Já D. Fernando Rodrigues de Sequeira jazia na sua magnífica urna de mármore amarela que mandara construir no baptistério da igreja conventual de Avis, pois falecera a 31-8-1433.
Na parede fronteira à urna, existe uma lápide com a cruz florenciada de Avis sobreposta por um escudo tendo 5 vieras (armas dos Sequeiras); elmo e penacho sobre o escudo e, ainda, a roda da fortuna ou da Santa Catarina, com a seguinte divisa: Avis. Avis. Sequeira. Sequeira; na parte inferior uma inscrição faz sucinta memória dos factos mais salientes da vida do 24 ª Mestre da Ordem de Avis.
Autor: Manuel da Silva Castelo Branco
terça-feira, abril 15, 2008
CASTELO BRANCO NA HISTÓRIA E NA ARTE - XXII (IGREJA DE SANTA MARIA - (II)
O ALBICASTRENSE
Túnel no Largo de S. João - 2
domingo, abril 13, 2008
Túnel no Largo de S. João
Apareceu a cerca de três metros da superfície um túnel! Estive lá e fotografei o já famoso túnel, pois os albicastrenses fazem bicha para o observar. Segundo sei, as entidades locais, estudam a situação imprevista, vamos portanto esperar pelo resultado deste estudo.
Não quero estar a dar palpite sobre este achado, mas tendo em conta a existência de antigos poços de água ali perto, quase que apostaria que se trata de um túnel de escoamento de águas.
Os técnicos têm a palavra… o povinho aguarda pela sentença.
sábado, abril 12, 2008
Abril – 2008
Com Abril, Sempre!
Mais que lembrar, pensar, ou falar aqui ficam as palavras de quem sabe o significado de Abril.
Eu Sou Português Aqui
Eu sou português
aqui
em terra e fome talhado
feito de barro e carvão
rasgado pelo vento norte
amante certo da morte
no silêncio da agressão.
Eu sou português
aqui
mas nascido deste lado
do lado de cá da vida
do lado do sofrimento
da miséria repetida
do pé descalço
do vento.
Nasci
deste lado da cidade
nesta margem
no meio da tempestade
durante o reino do medo.
Sempre a apostar na viagem
quando os frutos amargavam
e o luar sabia a azedo.
Eu sou português
aqui
no teatro mentiroso
mas afinal verdadeiro
na finta fácil
no gozo
no sorriso doloroso
no gingar dum marinheiro.
Nasci
deste lado da ternura
do coração esfarrapado
eu sou filho da aventura
da anedota
do acaso
campeão do improviso,
trago as mão sujas do sangue
que empapa a terra que piso.
Eu sou português
aqui
na brilhantina em que embrulho,
do alto da minha esquina
a conversa e a borrasca
eu sou filho do sarilho
do gesto desmesurado
nos cordéis do desenrasca.
Nasci
aqui
no mês de Abril
quando esqueci toda a saudade
e comecei a inventar
em cada gesto
a liberdade.
Nasci aqui
ao pé do mar
duma garganta magoada no cantar.
Eu sou a festa
inacabada
quase ausente
eu sou a briga
a luta antiga
renovada
ainda urgente.
Eu sou português aqui
o português sem mestre
mas com jeito.
Eu sou português
aqui
e trago o mês de Abril
a voar dentro do peito.
Eu sou português aqui
José Fanha
O Albicastrense
quinta-feira, abril 10, 2008
CASTELO BRANCO NA HISTÓRIA - XXI (IGREJA DE SANTA MARIA - I)
Foi esta Igreja sede de uma das duas freguesias em que outrora, esteve dividida a cidade. A freguesia de Santa Maria foi extinta e anexada à de S. Miguel por decreto de 20 de Julho de 1849. Segundo um auto de medição e descrito da Igreja, que figura no livro do Tombo da Comenda e que foi lavrado em 1753 pelo juiz do Tombo Manuel Falcão, constava nessa data que ela era obra dos Templários; é possível, porém, que a sua edificação seja anterior à do castelo e que ela já existisse em Mancarche, povoação mais remota à qual os Templários deram, no século XIII, a designação de Castelo Branco.
Sendo o edifício obra dos Templários, era natural que a sua traça obedecesse, ao estilo gótico da época, no qual foi edificada a alcáçova do castelo; o seu pórtico principal era ”guarnecido de um círculo de meia laranja de pedra, fundado em colunas” o que parece significar que era formado por arcaturas de volta plena apoiadas em colunatas, que caracterizavam as construções monumentais do estilo românico, anterior ao gótico.
Tinha este templo, desde a porta principal até ao arco da capela-mor, cerca de
Na capela das almas existia uma lápide de cantaria com a seguinte inscrição:
Grande número de inscrições tumulares, algumas das quais em letra gótica, se podiam ler outrora no pavimento da Igreja; porém com o objectivo de se obter o nivelamento do lajedo, foram muitas dessas inscrições vandálicamente destruídas e apagadas.
(Continua) - 21/103
Publicado no antigo jornal Beira Baixa em 1951
Autor. M. Tavares dos Santos
O ALBICASTRENSE
segunda-feira, abril 07, 2008
Os Nossos Tesouros
domingo, abril 06, 2008
sábado, abril 05, 2008
Castelo Branco na História XX
(Continuação do número anterior)
Por portaria de 17 de Julho de 1835 do ministério da Guerra, satisfazendo um pedido da Câmara Municipal, concedeu-lhe licença “para se apearem os arcos das muralhas da cidade e ser empregada a pedra em obras de manifesta utilidade pública”. Em 21 de Outubro do mesmo ano, o Ministério da Guerra determinou, uma nova portaria, que se desse imediato cumprimento à primeira. Ordenou também o Governo, por uma portaria de 9 de Março de 1839, que fosse vendida parte da pedra das paredes do castelo e, por outra de 20 de Março do mesmo ano, que se vendessem a telha e os madeiramentos. O terreno do parque do castelo foi cedido à Câmara pelo governo, por portaria de 19 de Novembro de 1852, para nele se fazer um cemitério; tendo porém prevalecido o bom censo, não chegou a efectuar-se esse absurdo projecto. No mesmo local foi construído, em 1867, um edifício que se destinava a liceu mas veio utilizado para Escola do Magistério Primário; em 1919 foi ali instalado um posto radiotelegráfico do exército. Foi, portanto, no século XIX que o vandalismo dos albicastrenses, acoberto pela complacência e pela indiferença das entidades oficiais, promoveu inexoravelmente a destruição das suas relíquias históricas que, se hoje existissem, constituiriam uma valiosa e interessante curiosidade turística numa cidade em que não abundam as preciosidades artísticas nem as edificações monumentais. Os agentes atmosféricos também contribuíram para a ruína do velho castelo dos templários. Uma violenta tempestade que se desencadeou na noite de 15 de Novembro de 1825 fez desabar algumas paredes da alcáçova e desmoronou a porta da Vila. No principio do ano de 1936, as chuvas torrenciais causaram a derrocada da ultima torre que restava do castelo, no ângulo nascente norte. Foi feita a reconstrução das paredes dessa torre, pela Direcção Geral dos Edifícios e Monumentos Nacionais, em 1940. Todavia, não foi então feito, como era mister, um estudo prévio da reconstrução e a cidade assistiu indiferente a mais uma mutilação da sua velha fortaleza: Impensadamente considerada uma excrescência, não obstante ser coeva da fundação do castelo, foi totalmente demolida a antiga alcáçova, da qual ainda se podiam ver, em 1939, umas casas de cilharia ostentando na fachada principal duas janelas góticas geminadas e uma porta do mesmo estilo. E assim ficou implacavelmente restringida a umas pungentes ruínas, pelos ímpios iconoclastas indígenas com a cooperação das entidades oficiais e dos agentes meteóricos, uma das venerandas fortalezas medievais que os denodados Templários erigiram, com acrisolado desvelo, para defesa da fé e da independência da Pátria.
PS. O texto é apresentado nesta página, tal qual foi escrito na época.
Publicado no antigo jornal Beira Baixa em 1951
Autor. M. Tavares dos Santos
O Albicastrense
sexta-feira, abril 04, 2008
EXPOSIÇÃO DE PINTURA
MACHACO
Na falta de palavras próprias, dou escrita a quem sabe, ”as palavras que se seguem constam no catálogo da exposição”.
Alguns dos seus elementos deixam transparecer um território genético criativo individualizado e um ancoramento a um universo mítico muito particular, que não se traduziam numa cartografia geográfica específica. Dentro da sua autonomia expressiva, as propostas machaquianas, que se desenrolam por vezes entre um esquematismo diluído e um firme abstracionismo, constroem, isso sim, territórios cujas descodificações conduzem a uma interrogação intima.
Pedro Salvado
O Albicastrense
quarta-feira, abril 02, 2008
Tiras Humorísticas
Seguiu-se, ao restauro da ponte, uma boa miga na tasca da tia Amélia.
ANTIGAS FONTES E POÇOS DA TERRA ALBICASTRENSE - (iI)
A NOSSA HISTÓRIA (Continuação) As fontes públicas mais antigas de que há notícia são as da Feiteira, do Penedo, do Torneiro, o Chafariz da ...
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" PATRIMÓNIO DA TERRA ALBICASTRENSE " O texto sobre o bordado de Castelo Branco que vão ler a seguir é, da autoria de...
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SETE ANOS PARA RECUPERAR UMA CASA NO LARGO DO ESPÍRITO SANTO Sete anos depois de ter divulgado pela primeira vez, a colocação de grades...