quinta-feira, setembro 05, 2024

DÉCIMO NONO ANIVERSARIO

BLOG: "CASTELO BRANCO - O - ALBICASTRENSE"

DEZANOVE ANOS DE EXISTÊNCIA

(5 de setembro de 2005 = 5 de setembro de 2024)
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Dezanove anos depois da sua criação, não posso deixar de afirmar, que nem em sonhos imaginei que passados 19 anos o blog ainda poderia existir. 
Olhando para trás, vejo um percurso que nunca imaginei ser capaz de caminhar, via do qual este albicastrense com pouco mais que a velha 4ª classe, muito se orgulha. 
Cometi erros, dei muitos pontapés na língua Portuguesa (coisa que muito lamento), recebi insultos e carinhos, contudo, duma coisa tenho a certeza: valeu a pena, pois a terra do meu coração é merecedora de todo o meu amor e carinho. 

Vou caminhar até ao vigésimo aniversário, depois…. ficam as memórias para quem as quiser consultar.

O ALBICASTRENSE


terça-feira, setembro 03, 2024

MEMÓRIAS DO PASSADO

  CASA DO ARCO DO BISPO

Observando atentamente a casa que fica ao cimo do Arco, verificamos que é um edifício antiquíssimo que mostra claramente indícios de ter várias sobreposições de muros e, ao alto, apresenta uma janela que constitui a prova da sua existência já em meados do séc. XIII. A janela é em estilo gótico, ainda tão tímido que o arco parece redondo, e tem um tímpano liso, de tradição romana. Bem pode ser, pois, da época da transição entre os estilos e coeva do arco. Por outro lado, observando os desenhos de Duarte de Armas da vista da vila tirada da banda de nordeste, constatamos que ali foram desenhadas duas casas torreadas e fortificadas, com um pequeno pano de muralha que se diferencia bem da muralha da cerca da vila. No local podemos observar que a casa sobre o Arco é um edifício torreado, que faz lembrar a casa do desenho de Duarte de Armas.

DEIXEM-ME SONHAR

 As imagens aqui colocadas, mostram as muitas maldades cometidas no passado sobre a antiga casa do Bispo, sobre essas maldades não vale a pena falar, pois as preocupações pelo nosso património no passado eram praticamente inexistentes.
Contudo, este  albicastrense depois de muito olhar para a casa, não pode deixar de confessar que a nossa zona histórica muito teria a ganhar se eventualmente fosse possível recuperar a residência do Bispo. 
Depois, podia instalar-se lá, um espaço de estudo sobre o bispado albicastrense.  Como sonhar não é proibido, porque não apelar ao Mecenato Cultural para tal eventualidade, ou será que na terra albicastrense não existem empresas de sucesso que queiram ficar bem na fotografia?

 

FICA A SUGESTÃO PARA QUEM A QUISER APROVEITAR.


O ALBICASTRENSE

terça-feira, agosto 27, 2024

REGISTOS PAROQUIAIS QUINHENTISTAS

 CASTELO BRANCO ATRAVÉS DOS TEMPOS

Aos 13 dias baptizey costança filha de pero vaz Vasconcelos e de ysabel mansa foram padrinhos joan roiz castello branco e antonio vaz estacio e maria de guois e joana Roiz todos parentes e a guerra parteira.

                                               Domingos tomé

Pedro Vaz de Vasconcelos era filho de Manuel de Vasconcelos, Cav. Fid. C.R. que viveu em C. Branco, onde casou com D. Constança Rodrigues de Castelo Branco, filha do poeta do Cancioneiro Geral João Rodrigues de Castelo Branco. Sucedeu na casa de seu pai e viveu na mesma vila, onde faleceu a 10-8-1610 e jaz enterrado defronte da porta principal da Igreja de S. Maria, tendo casado com D. Isabel Manso, filha de Filipe Vaz Carrasco, escudeiro fidalgo e cavaleiro de guarda de EL-Rei e de sua mulher D. Brites Manso.
Foram seus filhos;

- O Padre Manuel de Vasconcelos, nascido em C. Branco em 1575 e falecido a 13-7-1674 em Torres vedras, formou-se em Cânones na Universidade de Coimbra a 3-7-1604 e foi um dos grandes benfeitores da Misericórdia de C. Branco, a quem deixou a maior parte dos seus bens, como refere entre outros, o Dr. José Lopes Dias em Estudantes da Universidade de Coimbra, naturais de C. Branco;
- António de Vasconcelos que foi batizado a 14-5-1565 na Igreja de S. Maria, frequentou a Universidade de Coimbra e foi escrivão da Misericórdia de C. Branco em 1614 e o testamenteiro do Padre Heitor Borralho de Almeida, vigário de S. Maria, tendo falecido a 6-3- 1610;
- D. Constância Rodrigues, cujo registo de batismo aqui vai exarado e que faleceu moça e solteira a 21-10-1596 e jaz na capela-mor da igreja de S. Maria; Filipe Vaz de Vasconcelos (ou Carrasco), que foi batizado a 15-11-1567 na igreja de S. Maria, bacharelando-se em Cânones na Universidade de Coimbra a 13-7-1567 e foi mestre-escola da Sé de Portalegre; - Joana Manso e D. Maria de Vasconcelos, que faleceram.
- António Vaz Estaço era filho de Simão Vaz Frazão, que foi almoxarife e Juiz dos Direitos Reais de C. Branco, a quem foi dada carta de brazão com armas dos Frazões e de sua mulher D. Violante Estaço. Viveu em C. Branco, onde exerceu o cargo de almoxarife e casou com D, Ana Frazão de que descendem entre outros, os Frazões do Sabugal e os barões de Ruivos
 Recolha de dados: “Registos Paroquiais Quinhentistas 
de Castelo Branco”. Da autoria de Manuel da Silva Castelo Branco.

O ALBICASTRENSE

terça-feira, agosto 20, 2024

CHAFARIZ DE S. MARCOS

 UM CHEIRO NAUSEABUNDO IRRADIA DO NOSSO CHAFARIZ

Ao passar na passada sexta-feira frente ao Chafariz de S. Marcos, um cheiro nauseabundo entrou-me pelas narinas que me deixou atordoado. Cheiro que infesta o local e atrai mosquitos que podem transmitir doenças muito graves. O tanque do chafariz que devia ter água limpa, está praticamente vazio, ao ponto da pouca água que tem, estar completamente contaminada. Confesso que não consigo mesmo entender este tipo de desgraças, ou seja, a nossa autarquia recuperou o chafariz, ele fica bem lindinho durante algum tempo, depois... o diabo que trate dele! 

 

Por amor de Deus, gasta-se uma pipa de euros em festas (muitas vezes de qualidade duvidosa) e depois deixam o nosso património ao abandono!

O ALBICASTRENSE

terça-feira, agosto 13, 2024

BAIRRO DO VALONGO

OS POSTES DO FAROESTE 

Á Cerca de cinco anos a autarquia da terra albicastrense, requalificou o Bairro do Valongo. Entre as melhorias feitas, destaca-se a colocação de tubos subterrâneos para se colocar os fios da EDP e das operadoras de comunicações. Imaginavam os moradores do bairro, que finalmente o seu bairro ia ter uma aparência mais digna. 
CONCLUSÕES: 
- A EDP derrubou os postes de madeira e ergueu novos postes em metal, colocando os fios nos tubos subterrâneos. 
- As operadoras de comunicações fecharam os olhos, e esquivaram-se de fazer o que a EDP  fez. 
- Resumindo,  a nossa autarquia gastou uma pipa de euros  para meter tubos subterrâneos e os "senhores"  das operadoras,  chagaram-se  para isso. 
Como se não bastasse tal BARBARIDADE E ESTUPIDEZ, a autarquia albicastrense que custeou as obras, fica calada caladinha e não se lhe conhece voz sobre tal desgraça. Os moradores do bairro miram os postes e interrogam-se: "mas os fios não eram para passar por baixo da terra, e os poste para serem tirados?Este albicastrense vê para os postes, e imagina que está no faroeste! Um pergunta: quem manda na terra albicastrense, a sua autarquia ou as operadoras de comunicações? 

  

O ALBICASTRENSE

segunda-feira, agosto 05, 2024

TRAGÉDIAS DO PASSADO


CASTELO BRANCO NO PASSADO
 
Em 1704, no reinado de D. Pedro II, como Portugal houvesse aderido ao pacto da Grande Aliança, no qual se concertavam, além do nosso pois, a Inglaterra e a Áustria com o fim de apoiar pretensões da Arquiduque Carlos de Áustria ao trono da Espanha, vago pelo falecimento de Carlos II, foi esta região invadida por um corpo de exército hispano-francês. 

A vila foi cercada no dia 22 de maio daquele ano e rendeu-se no dia seguinte, tendo sido ocupada durante quarenta dias pelo exército invasor, que a saqueou, cometendo atrozes violências e praticando inúmeras destruições. Foi então demolida uma parte da muralha e incendiada a Igreja de Santa Maria do Castelo. 

O ALBICASTRENSE  


quarta-feira, julho 31, 2024

TRAGÉDIAS DO PASSADO

CASTELO BRANCO NO PASSADO


No seculo XVI o castelo foi teatro da seguinte tragedia: D Fernando de Meneses, Comendador da Ordem de Cristo e Alcaide-Mor de Castelo Branco, combinou com Manuel de Fonseca Coutinho, Alcaide-Mor de Idanha-a-Nova contrair matrimonio, cada um deles com a irmã do outro. Surgiram, porem, entre ambos, graves desavenças que obstaram aos casamentos. 


Desvairado pelo odio, Manuel de Fonseca Coutinho entrou clandestinamente no castelo pela Porta da Traição e matou D. Fernando de Meneses e os seus criados Bernardo da Silva e Manuel de Matos. Para o julgamento do crime deslocou-se de Lisboa a Castelo Branco uma alçada de desembargadores com cinquenta homens de guarda. 
O réu foi condenado a ser degolado em efigie por se achar ausente, nas custas do processo e a indemnizar os herdeiros de D. Ferrando de Meneses com dez mil cruzados a cada uma das famílias dos dois criados com quatro mil cruzados. Decorrido algum tempo, Manuel de Meneses Coutinho foi indultado pelo Rei D. João IV com a restituição das suas honrarias mas proibido de residir em Castelo Branco e em sete léguas em redor. 
Fixou residência em Oledo onde possuía avultados bens. Porfírio da Silva atribuiu a este episódio a origem do nome da Porta da Traição, que já existia anteriormente como em muitos outros castelos. Era por essa porta de comunicação com uma galeria subterrânea, que os defensores da fortaleza podiam sair para os campos, nas ocasiões de assédio, quando reconheciam a impossibilidade de defesa.
O ALBICASTRENSE 

quarta-feira, julho 24, 2024

MEMÓRIAS DO MUSEU FRANCISCO TAVARES PROENÇA JUNIOR


MUSEU E COMUNIDADE

"Recordar António Forte Salvado"

                                   
                       
O ALBICASTRENSE

quarta-feira, julho 17, 2024

RUA MOUZINHO MAGRO - "A TRISTEZA MORA NELA".

 
Muitas são as promessas feitas sobre a nossa zona histórica, muitas vezes se diz que desta vez é de vez, porém, entramos na nossa querida zona histórica e captamos imagens como estas. A pobre rua Mouzinho Magro está uma autentica tristeza, tristeza que até faz chorar as pedras da calçada.
 Perante tanta tristeza instalada na pobre rua, só posso dizer: 
"MENOS CONVERSA E MAIS OBRAS".

😕  😖  😓  😛

O ALBICASTRENSE
 

sexta-feira, julho 12, 2024

TOPONIMIA ALBICASTRENSE - RUA JOÃO EVANGELISTA


A Rua João Evangelista não será seguramente uma das ruas mais conhecidas da terra albicastrense, aliás, estou convicto que poucos saberão onde ela fica.  Não porque esteja escondida num qualquer bairro da cidade, mas antes, por estar numa zona um pouco recatada da nossa cidade.

Dados históricos

São várias as fontes históricas, que dão detalhes sobre a vida do evangelista e apóstolo. Algumas são apócrifas, como outro Evangelho, que, segundo alguém, devem ser atribuídas precisamente à sua pena.
Sabemos que João era o mais novo entre os Doze e o que viveu mais que todos. João era natural da Galileia, de uma região às margens do Lago de Tiberíades. Por isso, era de uma família de pescadores. Seu pai se chamava Zebedeu e sua mãe Salomé. Seu irmão, Tiago, chamado Maior, também foi apóstolo. Jesus sempre se referia a ele e estava no meio dos poucos, que O acompanham, nas ocasiões mais importantes: por exemplo, quando ressuscitou a filha de Jairo, na sua Transfiguração sobre o Monte Tabor e durante a sua agonia no Getsêmani. 
Durante a Última Ceia, João ocupou um lugar de honra, à direita do Senhor, em cujo ombro encostou a cabeça, como gesto de carinho. Naquele momento, o Espírito Santo infundiu-lhe a sabedoria, com a qual pôde escrever o seu Evangelho na velhice. 
João foi o único que esteve aos pés da Cruz, além de Maria, com a qual passou os três dias antes da ressurreição; foi também o primeiro a chegar ao túmulo vazio, após o anúncio de Maria Madalena. Porém, deixou Pedro entrar por primeiro, por respeito e por ser mais velho. Desde então, transferiu-se com Maria para Éfeso, onde começou a sua pregação do Evangelho na Ásia Menor. 
Parece que João sofreu pela perseguição de Domiciano e foi exilado para a ilha de Patmos. Depois, com a chegada de Nerva, retornou para Éfeso, onde terminou seus dias, com mais de cem anos, por volta do ano 104.
O ALBICASTRENSE

quarta-feira, julho 10, 2024

MEMÓRIAS DO BLOGUE - ENCICLOPÉDIA - (VI)

 

ACONTECIMENTOS DE OUTROS TEMPOS
(Trezentos e vinte anos depois)

No dia sete de Julho de 1704, após a saída das tropas castelhanas da vila de Castelo Branco, onde estiveram desde 22 de Maio, abriu-se a porta de S. Tiago, uma das sete entradas na vila, a qual se sitiava a norte e ao cimo da calçada da Alegria.
Portugal tinha-se envolvido na guerra da sucessão de Espanha, tomando partido do Arquiduque Carlos de Áustria, que era apoiado pela Inglaterra e Holanda e prometeu a D. Pedro II que se viesse a ser rei de Espanha, cederia a Portugal algum território e vilas e cidades Espanholas, que se situasse em junto da fronteira com Portugal, bem como grande parte da província da Galiza.

A recolha dos dados históricos é de José Dias.
A compilação é de Gil Reis e foram publicados no Jornal ”A Reconquista
O ALBICASTRENSE

quarta-feira, julho 03, 2024

MEMÓRIAS DA VIDA PARTIDÁRIA DA TERRA ALBICASTRENSE

O movimento a que me refiro, é o MES (Movimento de Esquerda Socialista) A casa foi devastada pelo tempo, o movimento político evaporou-se, os militantes, uns morreram, outros passaram-se para outros partidos. 
Para terminar tenho a dizer, que conheci albicastrenses que militaram neste movimento, gente íntegra que muito lutaram por um Portugal melhor é mais justo, mas que já não estão entre nós. 


MES - “UM POUCO DA SUA HISTÓRIA”.

A sua criação resultou da articulação política de  sindicalistas militantes do catolicismo progressista, intelectuais de diversos sectores e de quadros do associativismo académico, alguns dos quais vinham assumindo posições conjuntas em documentos e acções de agitação política no período anterior à Revolução. Muitos dos primeiros militantes do MES tinham-se envolvido nas lutas oposicionistas contra a ditadura,  com destaque para o movimento que, em 1969, concorreu às eleições para a Assembleia Nacional, sob a sigla da Comissão Democrática Eleitoral (CDE). 
A formação do MES foi anunciada pela  "Declaração do Movimento de Esquerda Socialista - M.E.S", subscrita por Agostinho Roseta, Augusto Mateus, Jerónimo Franco, Jorge Sampaio, Marcolino Abrantes, Paulo Bárcia, Rogério de Jesus, António Machado, Alberto Martins, Luís Filipe Fazendeiro, Luís Manuel Espadaneiro, Carlos Prata, José Galamba de Oliveira, Joaquim Cavaqueiro Mestre, José Manuel Galvão Teles, Eduardo Ferro Rodrigues, Nuno Teotónio Pereira, Ceser de Oliveira, Vítor Wengorivius, Eduardo Dionísio, João Martins Pereira e João Bernard da Costa entre outra gente menos menos conhecida de todos nós.

                                                    O ALBICASTRENSE

quinta-feira, junho 27, 2024

MEMÓRIAS DO BLOGUE - "UM POSTAL DE CÂNDIDA BRANCA FLORES".

MEMÓRIAS DO BLOQUE - "10 ANOS DEPOIS"!
NA BUSCA DA FATI

(TRINTA E SEIS ANOS DEPOIS)
(Publicação de 22 de junho de 2014)

O postal que aqui estou a postar, foi encontrado por mim numa velha casa em ruínas na antiga rua do Saco, quando da recuperação desta rua pela nossa autarquia. 
Diz o postal: Para a Fati, com um beijinho da Cândida Branca Flor”. Cândida Branca Flor morreu há 13 anos. (A cantora colocou termo à vida a 11 de Julho de 2001 através da ingestão de álcool e comprimidos). 
Faz hoje trinta e seis anos (2014) que este postal foi oferecido pela Cândida à “Fati”, por este motivo e também por ser um pouco abelhudo, resolvi colocar aqui o postal para ver se consigo descobrir o seguinte:

Quem será esta “Fati” que morava numa velha casa da rua de Santa Maria, casa que tinha traseiras para a antiga rua do Saco?

Calculo que esta Fati (se for viva), possa ter cerca de cinquenta anos. O motivo deste meu raciocínio, prende-se com o facto de terem passados entretanto 36 anos e ter em conta que normalmente, são os jovens que pedem este tipo de recordações. 
Aos albicastrense que visitam este blog peço o seguinte: Se conhece alguém que more, ou que tenha morado na rua de Santa Maria, (perto do centro artístico albicastrense), pergunte a essa pessoa se conhece ou conheceu algum com o nome de Fátima (Fati é diminutivo de Fátima)
Entre o lixo existente na casa em ruínas, encontrei também uma fotografia, (
imagem que pode ver neste poste). Será esta jovem a Fati? 
Como todos temos um pouco de Sherlock Holmes, que tal dar uma ajuda na resolução deste enigma, partilhando este poste no seu Facebook. Este meu pedido pode ser para alguns uma autêntica patetice, (o que não deixa de ser verdade) todavia, deixem-me pensar e sonhar que através da Internet talvez consigamos devolver o postal da Cândida Branca Flor a alguém que com certeza já foi muito feliz a olhar para ele
Nota de hoje; 27/06/2024.
Infelizmente nada descobri na altura sobre a Fati. Será que dez anos apos a minha primeira publicação sobre o paradeiro da jovem que pode ser vista na imagem  (que suponho ser  pessoa a quem Cândida ofereceu o postal e colocou dedicatória), será possível avançar na descoberta deste enigma? Neste grupo já se provou que por vezes os "milagres" acontecem, por isso, peço a colaboração de todos para sabermos quem foi esta Fati, e se ainda está viva.                                  
                                                         O ALBIASTRENSE

quinta-feira, junho 20, 2024

PISTA DE PATINAGEM

TER RAZÃO ANTES DO TEMPO


"PISTA DE  PATINAGEM DO CCCCB.

 VAI SER ABERTO CONCURSO PARA LHE FAZER O FUNERAL.

 

Muitas vezes aqui afirmei que a construção da pista de patinagem tinha sido uma autêntica estupidez, burrice, que só os intervenientes na sua construção não quiseram enxergar. A utilização da referida pista ao longo dos anos, foi uma autêntica desilusão, raramente vi por ali gente a utiliza-la. Como se sabe pelo jornal "Reconquista", brevemente irá ser aberto concurso para lhe fazer o funeral.

Apenas uma questão, não deveria ser responsabilizado quem contra tudo e contra todos, resolveu gastar uma pipa de euros numa coisa que apenas serviu para alimentar o seu ego?


 
                                       
                                        
                                       
                                              O ALBICASTRENSE

sábado, junho 15, 2024

ALBICASTRENSES ILUSTRES - XXXV

 FRANCISCO ANTÓNIO RIBEIRO DE PAIVA 

(1753/1831)

Professor da Faculdade de Filosofia Naturalidade - Castelo Branco, 23.7.1757 - Antuzede (Coimbra), 11.1831. Filiação - António Ribeiro de Paiva e Isabel Aires Henriques.

Matrículas - Filosofia, 12.11.1773; Matemática, 20.12.1774; Medicina, 1777.Graus - Bacharel Formado, 21.11.1777; Licenciado, 27.11.1778; Doutor, 10.1.1779. Cadeiras - História Natural (1780-1783), subst. interino/demonstrador; Física Experimental (1780-1783), subst. interino/demonstrador; História Natural (1783-1791), 2º substituto; Física Experimental (1783-1791), 2º substituto; Zoologia e Mineralogia (1791-1813), 1º lente. Jubilação - Por Carta Régia de 29.7.1813Cargos - Vereador do Corpo da Universidade (1.3.1809); Decano da Faculdade de Filosofia (7.6.1811); Director da Faculdade de Filosofia (19.6.1811-1831).

Publicações - Introductiones Zoologiae (Coimbra, 1794). 
Observações - Irmão do Lente da Faculdade de Filosofia Manuel Joaquim Henriques de Paiva. 

Doutorou-se gratuitamente por Aviso Régio de 23.12.1778. Serviu no Corpo de Voluntários Académicos em 1808. Cavaleiro da Ordem de Cristo. Sócio da Academia Real das Ciências.


Nota: O excerto apresentado foi retirado da obra Memoria Professorum Universitatis  Conimbrigensis, com a autorização do Prof. Doutor Augusto Rodrigues, editor literário.

                                                         O ALBICASTRENSE

sábado, junho 08, 2024

MEMÓRIAS DA TERRA ALBICASTRENSE

O BUSTO DE VAZ PRETO

No dia dois de junho de 1920, foi colocada no antigo passeio público, (Centro Cívico), a primeira pedra do que havia de ser um monumento erigido em memória do conselheiro Vaz Preto, a cuja influencia política, junto do Rei D. Carlos, se ficou a dever a passagem por Castelo Branco, da linha-férrea da Beira Baixa. Porém, dado que as dimensões do busto em bronze não estavam proporcionadas à vastidão da praça do Município, em 1943 a edilidade municipal decidiu colocar o monumento no Largo da Sé. 

Já neste milénio, o busto que tinha destaque no largo da Sé, foi apeado do seu enorme pedestal, para ir para um pedestal menor. Resta acrescentar que a construção do busto de Vaz Preto, se fez por subscrição pública.


PS. A recolha dos dados históricos é de José Dias. A compilação é de Gil Reis e foram publicados no Jornal” A Reconquista

O ALBICASTRENSE

quinta-feira, maio 30, 2024

MEMÓRIAS DO BLOGUE: “O ANTIGO PELOURINHO DE CASTELO BRANCO”

MEMÓRIAS DA TERRA ALBICASTRENSE.

Nos finais do século XIX e princípios do seguinte, decidiram as vereações de determinados municípios, que os seus velhos pelourinhos, eram “símbolos de tempos passados que interessava mandar abaixo!...” vai daí, mandavam demolir aquilo que afinal mais não era, que um marco puro da passada autonomia municipal, secular padrão das suas antigas liberdades.
Os pelourinhos eram erguidos no largo principal das povoações, quando estas subiam à categoria de vila. Em Castelo Branco, o velho Pelourinho com alguns séculos de existência, não escapou à onda destruidora e, também ele foi mandado abaixo. 
Do livro; "Pelourinhos e Forcas" de Jaime Lopes dias, aqui fica um pequeno apontamento, sobre o antigo pelourinho da terra albicastrense.
CASTELO BRANCO
De origem remotíssima, Castra Leuca dos romanos, sucessora da Belcagia ou de castro mais antigo, Castelo Branco, Vila Franca no alvorecer da nacionalidade, povoação formosa que se reclina na esbelta elevação que se impõe e destaca no dilatado horizonte que corre da Gardunha às Talhadas e ultrapassa a fronteira, teve forais dados por D. Sancho I em 1188, por Pedro Alvitis, mestre da Ordem do Templo, em 1213, por Pedro de Sousa, grão-mestre da Ordem de Cristo, em 1495, e por D. Manuel em 1 de Junho de 1510. Vila desde a fundação, classificada de notável por D. João II, D. José elevou-a à categoria de cidade em 21 de Março de 1771.
Sede de Correcção, cabeça de Comarca, teve como não podia deixar de ter, com tais pergaminhos, o seu pelourinho na Praça, hoje conhecida por Praça Velha, em frente dos antigos Paços Municipais. 
Viu-o ainda, e em seus degraus se sentou o sr. dr. Augusto de Sousa Tavares, e com ele certamente pessoas de sua idade, que bem poucas são já hoje em Castelo Branco. Não é possível reproduzi-lo ou desgrave-lo em sua minúcia, mas pode em todo o caso, afirmar-se, segundo as absequiosas informações do sr. dr. Augusto Tavares, que a plataforma se compunha de dois degraus quadrados sendo a coluna, capitel e remate de arquitectura pobre.
A existência do pelourinho, e não só do pelourinho mas também da forca de Castelo Branco, é-nos atestada ainda pelo seguinte capitulo do Compromisso da Misericórdia, de 1 de Novembro de 1596, reduzido do da cidade de Lisboa, e mandado guardar por provisão de 17 de Junho de 1597, “Capitulo XXVII dos padecentes”.
Quando alguma pessoa houver de padecer por justiça, irão o Provedor e irmãos da mesa a acompanhá-lo, e irá a bandeira, a qual levará um irmão metido em um balandrao, e dois da mesma maneira com tocheiros acessos, e um irmão com uma vara junto à bandeira, e os Capellais da casa em precisão, e outro irmão com outra vara regendo, e o crucifixo, no couce da procissão, e quatro irmãos vestidos, com seus balandraos com tochas acesas e um dos enfermeiros levará as consolações convenientes para esforçarem o padecente, e mandarão lavar uma caldeira com água benta, e nesta ordem irão até à porta da cadeia, onde esperarão até tirar a justiça, o padecente, que virá metido em uma vestia branco de pano de linho, que os mordomos da Capella mandarão fazer quando tiveram recado que há-de padecer, mandando primeiro a campainha com a insígnia, que se costuma andar pelos padecentes, para ser notório aos que o quiserem acompanhar: elle em saindo se assentará em joelhos diante do crucifixo, e lhe darão a beijar, e se assentarão todos em joelhos, os Capellais começarão a ladainha, e não se levantarão até dizerem – Santa Maria – o que todos responderão – Ora pro nobis – e então se levantarão, e começarão a andar prosseguindo a ladainha na mesma ordem, em que vierão, passando os quatro irmão que iam detrás do crucifixo para diante junto aos Capellais, e ficará o padecente detrás do crucifixo; e os pregoeiros irão diante da bandeira de Nossa Senhora por não fazerem tumassa com os pregões ao padecente, e chegando a alguma Igreja pôr-se-ão todos de joelhos, e dirão três vezes em voz alta – Senhor Deus Misericórdia – e em se levantando o que levar o crucifixo dá-lho a beijar nos pés ao padecente, e chegando à Igreja do Espírito Sancto osterá uma missa presta para nella, de fora, ver a Deus, e lhe pedir perdão de seus pecados, e irão continuando até ao lugar onde houver de padecer; e então neste aperto, começarão os ditos Capellais a cantar o: Ne recorderis pecato mea Domine – lançando água benta sobre o dito padecente até dar sua alma a Deus, que a criou, e remiu com o seu precioso sangue.
E porque a Misericórdia de Deus a todos abrange, é bem que os que padecem não sejam de todos esquecidos, se ordenou pelo irmão, e fundadores desta casa, que o ano que houver padecentes se faça memoria delles pelo dia de todos os Santos, e depois da missa do dia mandará o mordomo da Capella a insígnia pela Vila para que se ajuntem os irmãos na casa da Misericórdia para depois de vésperas irem em procissão vestidos com seus balandraos, e círios nas mãos, com bandeira e crucifixo, e uma tumba buscar a ossada dos que tiveram padecido, e tornando à Misericórdia, e posta a tumba no meio da igreja haverá pregação, e ele acabado enterrarão a ossada.
E o que padecer por justiça no pelourinho, ou em outros lugares particulares, terá o mordomo da Capella cuidado de o mandar enterrar quando forem horas, conforme seu regimento, e se alguns morrerem queimados por justiça, morrendo na Fé Católica, logo naquele dia à tarde em que padecem, o mordomo da Capella mandará um servidor da casa, que vá ajuntar a ossada que ficar por queimar do tal padecente, e o trará em um lençol para se enterrar em lugar sagrado, porque a caridade que Nosso Senhor deixou encarregado que usássemos com nossos próximos será de todo cumprido com os padecentes”.
Sobre a data da destruição, lavada a efeito em consequência de edificações em redor da Praça e para regularização da mesma, nada conseguimos averiguar ao certo.
Em todo o caso, a avaliar pelo que escreveu o Bispo de Angra, D. João Maria Pereira de Amaral e Pimental (obr. Cit., pág. 221) deve ela ter-se efectuado posteriormente a 1880. Diz assim, o venerando antiste:
Nem esta moda está tão vulgarizada que se envergonhem de possuírem seus pelourinhos, a Sertã, cabeça de comarca, Castelo Branco, cabeça de distrito, e Lisboa, capital do reino.... Oleiros quis, porém avantajar-se a estas terras, e no dia 22 de Março do corrente ano de 1880, fez apear o padrão da sua maior gloria”.
Em resposta à circular da associação dos Arqueólogos, de 19 de Junho de 1900, já atrás referida, disse a Câmara Municipal do Conselho de Castelo Branco, em 4 de Julho do mesmo ano, que no território do município não existiam pelourinhos. Das transcrições feitas é fácil concluir que: Castelo Branco teve pelourinho e forca, aquele destruída há mais de 50 anos; e que o caminho para a forca, se fazia pelo Espírito Santo, capela em que os padecentes pediam pela ultima vez perdão a Deus. Localização exacta? Pergunta para qual eu não consegui resposta e que aqui deixo com sincero desejo de que algum mais feliz investigador, possa esclarecer.
Jaime Lopes Dias
PS. Setenta  muitos anos depois da publicação deste artigo, o tal investigador que Jaime Lopes Dias esperava que um dia aparecesse para fazer luz sobre o destino que teria sido dado ao velho Pelourinho da terra albicastrense, nunca apareceu, continuando tudo na mesma. As imagens publicadas nesta publicação, são da autoria do aguarelista, Fernando Perfeito de Magalhães, publicadas no livro; "Pelourinhos e Aguarelas", editado pelo Museu Francisco Tavares Proença Júnior em 1977.
                                                                           O ALBICASTRENSE

DÉCIMO NONO ANIVERSARIO

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