Os
médicos da família Henriques de Paiva, que mais se distinguiram na segunda
metade do séc. XVIII e primeiro quartel do século imediato, foram os irmãos
José Henriques Ferreira, Francisco António, Manuel Joaquim e Filipe Joaquim
Henriques de Paiva.
Numerosos
outros esculápios houve entre os parentes, directos ou colaterais, deslumbrados
na gloria do maior de todos, o insigne António Nunes Ribeiro Sanches.
Os
pais, António Ribeiro de Paiva e esposa, Isabel Aires Henriques, eram naturais
de Penamacor, sendo ele já crismado em Castelo Branco e servindo-lhe de
padrinho o Capitão-Mor, Pedro Cardoso Frazão Castelo Branco.
Cristão-novo
que era, António Ribeiro “Compareceu no
tribunal de fé, em Lisboa, a 17 de Janeiro de 1747. Disse que nascera em
Penamacor, morava em S. Vicente da Beira, e tinha vinte e seis anos de idade”
Ao
tempo, vivia ainda sua mãe, Maria Nunes Ribeiro, tendo falecido o progenitor, Gaspar
Rodrigues de Paiva.
Disse
também que “vivera sempre no reino,
assistindo em Castelo Branco, Penamacor e S. Vicente, mas estivera em Lisboa,
Guarda, Alpedrinha, Idanha, Sabugal e outras povoações que ficavam nas estradas
que para elas conduzem”.
Boticário
de profissão, António Ribeiro de Paiva também era cirurgião diplomado: “tendo
praticado com alguns cirurgiões, foi examinado perante o comissario das Beiras,
o Dr. Marcelino Eugénio Garcia, morador em Vila Franca de Trás-ao-Montes, pelos
cirurgiões Manuel Pinto de Escovão e António José de Andrade e obteve carta de
cirurgia em 15 de Fevereiro de 1744. Não confundir com o seu homónimo, que era
boticário em Castelo Branco e foi nomeado visitador e examinador na dita
comarca em 27 de Julho de 1804”.
Exerceu
a profissão em S. Vicente de beira, onde nasceu a filha primogénita do casal,
Isabel Henriques, terra do avô materno João Henriques Andrade, mas todos os
filhos são naturais de Castelo Branco, terra da avó materna, Ana Maria da
Cunha. Residiram estes avós, pelo menos durante algum tempo, na rua do Relógio.
(Continua)
Recolha
de dados
“Estudantes da Universidade de Coimbra
Naturais de Castelo Branco”. Da
autoria de Francisco Morais
e José Lopes Dias.
O Albicastrense