MANUEL JOAQUIM HENRIQUES DE PAIVA
1752 - 1829
BEM – VINDOS A UM BLOGUE LIVRE DE OPINIÕES SOBRE CASTELO BRANCO, SEJAM ELAS BOAS OU MÁS. O BLOGUE É DE TODOS E PARA TODOS OS ALBICASTRENSES…
Não sabendo bem o ano da sua abertura, não estarei porém muito longe da verdade se dizer que poderá ter acontecido por volta dos anos 20 ou 30.
A referida Tasca teve a sua primeira residência no começo da rua dos Ferreiros, para quem vem do largo de S. João, mais precisamente no prédio que fica de frente ao actual restaurante que ali podemos ver “O Ferreiro”.
O seu proprietário e fundador, era um sujeito chamado Crespo, e por esse motivo a tasca ostentava o seu nome, “ A Tasca do Crespo”.
Na década de 40, Zé Carmona compra a tasca ao Crespo, e na porta do lado instala uma carvoaria é caso para dizer: que de uma cajadada, mata dois coelhos, ou seja junta no mesmo estabelecimento vinho e carvão o que era normal nessa altura.
A mudança do nome da tasca estava em curso, sem que Zé Carmona se apercebesse de tal, a partir desse momento a taberna ficava a ser conhecida pela tasca do Carvoeiro, contra a sua vontade, pois sempre que alguém prenunciava o nome, lá vinha o “Ralhete Carvoeiro? Não… Zé Carmona!”.
Na década de
É nesta altura que é criado na tasca um dos grupos de apostadores, mais conhecidos ao longo da sua existência, “Os Prognósticos” que era na maioria constituído por trabalhadores da antiga Auto-Mecânica. Por volta de 90, Zé Carmona reforma-se e retira-se do negócio trespassando a tasca.
Novo dono, representa novas ideias, varias mudanças, e a metamorfose acontece… nem o velho nome escapou a esta razia… e eis que surge “O Medieval” que já terá tido melhores dias…
Da velha tasca nada resta além das lembranças espalhadas, pelas memórias de alguns albicastrenses, que se iram apagando com a passagem do tempo.
O Albicastrense
JORNAL “A RECONQUISTA”
(62 ANOS DE EXISTÊNCIA)
Foi seu primeiro editor o comerciante Francisco Vilela e era composto e impresso na Tipografia Semedo,
Tinha por princípio e como estatuto redactorial o seguinte texto:
“O bem comum é o nosso programa e o nosso fim. Interessa-nos tudo de que possa resultar algum benefício para a colectividade, quer para a pequena colectividade local quer para a grande colectividade nacional. Como normas permanentes do nosso pensar e sentir, estão os princípios eternos do cristianismo”.
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Sessenta e dois anos depois o jornal “A Reconquista” é sem qualquer dúvida hoje, um dos elos mais importante na ligação entre os albicastrenses e a sua cidade por esse mundo fora.
É apenas um exemplo, e vale o que vale, mas gostaria de aqui contar uma pequena história pessoal demonstrativa deste facto, em tempos bastante difíceis para a juventude Portuguesa .
Entre Setembro de 73 e Março de 1975 estive em Angola a cumprir o meu serviço militar, o destacamento de Fuzileiros do qual fazia parte foi colocado no leste de Angola. Os meios de comunicação entre aquele local e o resto do mundo eram, a rádio e um pequeno avião que de quinze em quinze dias ali se deslocava.
A chegada deste pequeno avião era motivo de festa entre as nossas tropas estacionadas em Chilombo, (assim se chamava aquele lugar do fim do mundo), este pequeno avião trazia-nos mantimentos e muito principalmente o correio expedido do metrópole (designação dada a Portugal continental).
Um irmão meu mandava-me regularmente de Castelo Branco dois jornais (A Bola e A Reconquista), a maior parte das vezes os jornais desapareciam pelo caminho, porém em algumas ocasiões chegavam! Fora do prazo mas chegavam! Já lidos e relidos por meio mundo.
Ainda hoje consigo recordar o que era receber o jornal ”A Reconquista”, a sua leitura era algo prioritário, e muitas vezes fazia-o na antes da leitura das muitas cartas das inúmeras madrinhas de guerra que todos nós tinha-mos na altura, depois das cartas da família voltava a ser lido, de seguida era guardado para mais tarde voltar a ler.
É apenas um dado pessoal, passado há trinta e três anos, mas não tenho qualquer dúvida que este acontecimento é ainda hoje repetido (33 anos depois), por muitos dos albicastrenses emigrados por esse mundo fora.
A sua linha editorial é sem qualquer dúvida discutível, no entanto os serviços prestados ao longo destes 62 anos aos albicastrenses são incalculáveis e digno de admiração por todos nós.
Ao seu director e a todos os seus trabalhadores o Albicastrense deseja no mínimo mais 62 anos de existência.
O Albicastrense
QUE CAIU DO NINHO
Esta é a história do pardalinho
que caiu do seu ninho,
e só dizia baixinho, píu, piu.
afinal dizia … Mãe, Mãe,
ajuda-me pois estou perdido,
sem saber o caminho.
que pegando no pardalinho
sussurrou baixinho dizendo:
Que te aconteceu passarinho?
que caiu do seu ninho,
e só dizia baixinho piu, piu.
que caiu do seu ninho,
e parecia, que dizia baixinho,
levem-me para o meu cantinho.
que caiu do seu ninho,
e só dizia piu, piu.
com o adeus ao pardalinho,
pois até parecia que ao despedir-nos
ele dizia baixinho.
“Bem-haja, pelo novo lar”
João Rodrigues Castelo Branco
(Amato Lusitano)
Café Beirão
BLOG: "CASTELO BRANCO - O - ALBICASTRENSE " DEZANOVE ANOS DE EXISTÊNCIA ( 5 de setembro de 2005 = 5 de setembro de 2024 ) --------...