segunda-feira, abril 21, 2025

MEMÓRIAS DO BLOGUE.

                RUA DOS CAVALEIROS

Na zona história da nossa cidade existem ruas cujo os nomes nos levam, muitas vezes, a interrogar-nos sobre o porquê daqueles nomes!?
Manuel da Silva Castelo Branco nos seus livros; “Subsídios para o Estudo da Toponímia Albicastrense do Século XV e Subsídios para o Estudo da Toponímia Albicastrense do Século XVI”. Conta-nos algumas histórias deliciosas e dá-nos alguns dados importantíssimos sobre estas ruas.
Para curiosidade de alguns e esclarecimento de outros, aqui fica o porquê da Rua do Cavaleiro, hoje designada como Rua dos Cavaleiros!...
Esta pequena rua, tem o seu início na Praça Camões, (numa das partes laterais do edifício do arquivo distrital), e desagua na rua do Arressário.
Segundo o Dr. Miguel Achioli da Fonseca, nela morou, em meados do século XV. Vasco Anes (tambem designado por Vasco Anes Folgado ou Vasco Anes Sequeira), neto do Mestre de Aviz D. Fernando Rodrigues de Sequeira. Teve o foro de vassalo del-rei, sendo vedor dos vassalos na dita vila e seu termo (por carta de 15.2.1453) e procurador às cortes de Lisboa, em 1439. Foi também Cav.º Fid. C.R... sendo por esse motivo conhecido vulgarmente pelo “Cavaleiro” dizendo o referido autor que, por antonomásia, tomou este nome a rua em que viveu, nas casas dos Arcos ou dos Sequeiras (que deviam ficar no cruzamento das ruas do Arressário e do Cavaleiro). Desta forma o tenho repetido, bem como outros autores. Entretanto, encontrei uma carta datada de 19.12.1636, em que Diogo Gonçalves, escuteiro e sua mulher Maria Lopes vendem a D. Juca, mercador judeu e a sua mulher D. Clara, todos moradores na dita vila, uma casa situada na “rua que chamam do cavaleiro”. Daqui, hesito neste momento em confirmar a afirmação do Dr. Miguel Achioli, pensando mesmo se tal designação não provirá de outro cavaleiro, talvez o próprio Mestres de Aviz, que ali nasceu...

Alguns livros editados por Manuel da Silva Castelo Branco.
Albicastrense Ilustres
Alcaides-mores de Castelo Branco
Amor e a Morte... nos antigos Registos Paroquiais Albicastrenses
Assistência aos doentes na Vila de Castelo Branco e seu termo, entre
finais do Séc. XV e começos de 1806 até 1836
Familiares do Santo Oficio em Castelo Branco
Heráldica dos Bispos de Castelo Branco
Retratos de Frei Roque do Espirito e de Frei Egídio da Aposentação
do Museu Francisco Tavares Proença.
Recordando Albicastrenses Ilustres: D. Frei Fernando Rodrigues de Sequeira, 24º Mestre da Ordem de Aviz, (1387-1433)
Notas e Documentos para a História dos Judeus e Cristãos-Novos
em Castelo Branco
Noticia Histórica sobre a Fonte das Águas Férreas, em Castelo Branco
Registos Paroquiais Quinhentistas da Igreja de Santa Maria do Castelo
da Vila de Castelo Branco
Subsídios para o Estudo da Toponímia Albicastrense do Século XV
Subsídios para o Estudo da Toponímia Albicastrense do Século XVI
Poetas do “ Cancioneiro Geral” Ligados a Diversas Povoações
do actual distrito de Castelo Branco
Vínculos Genealógicos que Liga o Marechal Humberto de Alencar Castelo Branco presidente cessante da Republica do Brasil à cidade de Castelo Branco.
O ALBICASTRENSE

sexta-feira, abril 11, 2025

BENDITAS ELEIÇÕES DE 2025

OBRAS NA TERRA ALBICASTRENSE




Depois de algum marasmo, as prometidas obras na terra albicastrense arrancaram de vez.
Não vou aqui bater no nosso presidente, pois isso seria demasiado fácil, vou antes, apelar para que se for reeleito nas próximas eleições, não deixe para os últimos meses o cumprimento de promessas feitas. 
Contudo, não posso deixar de afirmar, que fica por cumprir uma promessa fundamental, as 250 novas famílias para a nossa zona histórica, redundaram num fracasso quase total.
O ALBICASTRENSE

segunda-feira, abril 07, 2025

MEMÓRIAS DO BLOG - EDIFÍCIO DO CONSERVATÓRIO

 A SUA HISTÓRIA
     (Inicialmente batizado como Teatro das Beiras)

Teatro Príncipe das Beiras

Em 1880 centenas de albicastrenses realizaram uma subscrição pública, que terá juntado a quantia de 6 000$00 réis, para construção de um pequeno teatro na cidade de Castelo Branco, nascia assim aquele que viria a ser o “infeliz” Teatro Príncipe das Beiras.

Porém a existência deste edifício como Teatro, bem poderá dizer-se… foi uma autêntica tragédia grega. As obras para construção deste teatro, iniciaram-se em 1880 e em 1882 as paredes e o telhado estavam de pé e assim ficaram por alguns anos, ao ponto de a população o ter alcunhado de Teatro da Barraca. Tal facto não impediu porém, que durante a sua parca existência como teatro, tivesses sido inaugurado por duas vezes com pompa e circunstância, mesmo sem estar devidamente preparado para tal. Entre 1882/1894 muitas foram as companhias de Lisboa, Porto, Espanholas e até uma Russa que ali realizaram os seus espetáculos, não esquecendo os amadores locais. 
Em 1894 catorze anos após o início da sua construção para teatro, a Câmara Municipal compra o edifício do Teatro para edifício dos Paços do Concelho por 18 000$00 reis. Em 1901 o edifício teve honras de inauguração como edifício dos Paços do Concelho de Castelo Branco. Era seu presidente na altura Pedro da Silva Martins e vice-presidente José Guilherme Morão.
Em 1935 os Paços do Concelho mudaram-se para o solar dos viscondes de Oleiros, onde aliás ainda hoje se encontram.
Com a saída dos Paços do Concelho em 1935, o edifício recebeu a partir dessa altura varias repartições públicas e particulares: Foi Biblioteca, Tribunal Judicial sendo atualmente Conservatório.
Com a saída dos Paços do Concelho em 1935, o edifício recebeu a partir dessa altura varias repartições públicas e particulares: Foi Biblioteca, Tribunal Judicial sendo atualmente Conservatório Regional.
Como em quase todas as histórias, a história deste bonito edifício tem em meu entender um final feliz. Nasceu para ser teatro e não o foi por muito tempo, depois foi Paços do Concelho, mas também por pouco tempo, de seguida foi Biblioteca e depois Tribunal, por fim dá-nos musica como Conservatório. 
Como em quase todas as histórias, a história deste bonito edifício tem em meu entender um final feliz. Com 145 anos de história, o nome deste bonito edifício bem poderia chamar-se: “Uma casa ao serviço dos albicastrenses”.
PS. Os dados históricos foram recolhidos no livro ”O Programa POLIS em Castelo Branco – álbum histórico” da Autoria de: António Silveira, Leonel Azevedo e Pedro Quintelo de Oliveira.
O ALBICASTRENSE

terça-feira, abril 01, 2025

MEMÓRIAS DO BLOG - MAIO DE 2010

 OS NOSSOS ARTISTAS

  

  
Para adoçar os olhos nesta época tão difícil aos visitantes deste blogue, nada mais apropriado que mostrar aqui algumas bonitas imagens da nossa cidade.
Falta acrescentar que estes postais fazem parte de uma bonita colecção de oito, e que foram editados na década de oitenta, pela “falecida” papelaria Semedo. Sendo autor dos desenhos António Russinho.

ALGUMAS NOTAS SOBRE ANTÓNIO RUSSINHO
(Pintor e animador cultural albicastrense)
Nasceu em Castelo Branco em data que não consegui descortinar. Estudou em Lisboa onde conviveu com homens ligados à cultura do seu tempo. Criou com Norberto Correia, a "Grei Lusitana", que reúne colegas de várias Faculdades e que desenvolve um programa de atividades culturais. Na nossa cidade cria o Círculo de Educação e Cultura e ensinou em várias escolas da cidade. Em 1952 cria aquilo que viria a ser a menina bonita dos seus olhos, a "Pró Arte". Instituição que ao longo de trinta anos, terá realizado na nossa cidade, mais de 150 concertos.
Foi colaborador de vários jornais da nossa região e vereador da Câmara Municipal da nossa cidade. Em 1985, António Russinho realizou no Liceu de Castelo Branco uma exposição que tinha como tema "As 4 Estações do Ano", (guaches) e "Castelo Branco - cidade" (lápis). António Russinho foi galardoado em 1 de Outubro de 1989, com a medalha de Mérito Cultural. Na casa onde viveu na praça Camões, está hoje instalado o Arquivo Distrital. Morreu na década de 90 do século XX (data que desconheço). António Russinho tem hoje na Quinta Pires Marques, uma rua com o seu nome.
O ALBICASTRENSE

quarta-feira, março 26, 2025

JORNAL "A BEIRA BAIXA" 1937 / 1976

MEMÓRIAS
 DA 
TERRA ALBICASTRENSE 

1º EDICAO: 12 DE ABRIL DE 1937
DIRECTOR E EDITOR: ANTÓNIO RODRIGUES CARDOSO
ADMINISTRADOR E PROPRIETÁRIO:  JOSÉ PORTELLA FEIJÃO
EDITADO NA RUA ALFREDO KEIL 






O ALBICASTRENSE

segunda-feira, março 17, 2025

ZONA HISTÓRICA DA TERRA ALBICASTRENSE


RUA DOS FERREIROS

UMA RUA ONDE MORA A TRISTEZA
😡  😢  😠  😖

Percorri hoje a rua dos Ferreiros, rua onde captei as duas imagens desta publicação. Imagens cujo o céu coloquei a preto e branco como forma dar realço á escuridão instalada. 
Rua que no passado chegou a ser uma das mais movimentadas da terra albicastrense, mas, que hoje, está ao mais completo abandono. 
Ao passar hoje na rua, tive a sensação que estava dentro de um cemitério, tal é o silêncio a tristeza instalada.

 Muito se tem falado ao longo dos anos da nossa zona histórica.  
Muito foi prometido pelos vários  inquilinos que se sentaram na cadeira da autarquia albicastrense.
Porém, passamos por ruas como a rua dos Ferreiros e que vemos nós? Dezenas e dezenas de casas em ruinas, como se não bastasse essa tristeza, temos a ainda a sensação, que no futuro pouco ou nada vai mudar.
O ALBICASTRENSE

segunda-feira, março 10, 2025

HISTÓRIA DA IGREJA DE S. MIGUEL DE CASTELO BRANCO - POR ANTÓNIO ROXO


Em 1900 o jornal "Retratos da Beira", publicou o excelente trabalho que podem ler a seguir. Tenho para mim, que António Roxo bem merece que 125 anos depois possamos ler o que ele escreveu, façam o favor de ler.


O ALBICASTRENSE

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