terça-feira, outubro 31, 2023

MEMÓRIAS DA TERRA ALBICASTRENSE.

ATAS CAMARÁRIAS

CURIOSIDADES DO PASSADO DA 

TERRA ALBICASTRENSE

Sessão do 21 de Dezembro de 1795. 

Nesta vereação se determinou que visto António Jozé da Cunha não ter sido preenxido de toda a quantia que tinha emprestado para as Festas que nesta cidade se fizerão pello feliz nascimento da Princeza da Beira, e ainda se lhe restarem a quantia de duzentos mil réis os ouvesse de Jozé Pessoa Tavares pelo produto das Ervagens que a rematou para sy e para o João de Ordaz passando mandado pela referida quantia”.

Sessão do dia 1 de Janeiro de 1796. 

Nesta Vereação apareceu o Mister do Povo Alexandre Domingues e seu companheiro Francisco Jozé de Carvalho e requererão que por utilidade do Povo se estabelecesse hua Taberna de azeite sem que contudo esta privasse em algûa couza o direito dos particulares de mesma forma que se praticava com a Taberna do vinho com a declaração que devem ser excluídos do azeite todos os revendedores, à vista de cujo requerimento lhe foy deferido e se arematasse a dita Taberna com a condição de que o rematante seria obrigado a ter sempre azeite eficaz sugeito todas as vezes que o não tiver a pagar as mesmas Posturas que se achão estabelecidas contra os revendedores”.
O ALBICASTRENSE

sexta-feira, outubro 27, 2023

AS ANTIGAS PORTAS DA VELHA URBE ALBICASTRENSE

MEMÓRIAS DA VELHA URBE ALBICASTRENSE

Havia, nas primeiras muralhas da velha urbe albicastrense, quatro portas assim chamadas: do Pelame, de Santiago, da Traição e do Ouro.

Numa visita a Castelo Branco, reconheceu, porém, D. Dinis, quando em 1285, visitou a vila, que era mister alargar o perímetro das muralhas e logo ordenou que, à custa das rendas reais, se procedesse imediatamente à construção de novas muralhas.

E, como D. Dinis fez tudo quanto quis, a ordem do rei foi cumprida sem delongas. As segundas e últimas muralhas, ficaram com as seguintes portas:

- De Santiago;
- Da Traição;
- Do Ouro;
- Do Esteval;
- De Santarém;
- Do Espírito Santo;  
- Da Vila.
Anos depois, abriram-se para a comodidade do Povo, mais três serventias:  
- Do Relógio;
- Do Postigo;
- Do Postiguinho de Valadares. 
O ALBICASTRENSE

quinta-feira, outubro 26, 2023

MEMÓRIAS NA NOSSA ZONA HISTÓRICA

PLACAS EM MEMÓRIA DE GENTE ILUSTRE.

Pessoas que muito deram á terra albicastrense, mas, 
que vão caindo no esquecimento coletivo.
As três placas aqui publicadas, estão atualmente em casas ao abandono. 

A questão que se coloca é a seguinte: 
Será que quando as casas forem recuperadas, as placas
 se vão manter no lugar? 


O ALBICASTRENSE

sábado, outubro 21, 2023

MEMÓRIAS DO BLOQUE.

sábado, dezembro 20, 2008

HOMENS DA MINHA CIDADE

      JUCA

Sei que era natural de Castelo Branco e que jogou durante várias épocas no Benfica de Castelo Branco


No entanto pouco mais sei sobre ele. Nasceu em Castelo Branco no ano de (!), jogou nas décadas de 50 e 60 no Benfica de Castelo Branco, e morreu na terra que o viu nascer em 2008. Quando da sua morte,  esperava-se que a bandeira do Benfica de Castelo Branco cobrisse a urna deste homem, estranhamente, nem bandeira nem a presença dos diretores da altura apareceram no funeral. Como é costume dizer-se; "santos da casa não fazem milagres", em 2008 mais uma vez isso aconteceu.

Quinze anos depois da sua morte, aqui fica a homenagem dum albicastrense para outro albicastrense, que apenas conheceu de longe mas que muito admirava dentro do campo.

O ALBICASTRENSE

terça-feira, outubro 17, 2023

ANTÓNIO ROXO - DEPOIS DO ABSOLUTISMO - (9)

"MEMÓRIAS DA TERRA ALBICASTRENSE"

Espaço da vida político-social de Castelo Branco, após a implantação do regime constitucional.  Um fantástico trabalho que António Roxo publicou durante anos no jornal "Notícias da Beira". Que nos anos sessenta, a "Revista Estudos de Castelo Branco", publicou.
(Continuação)
(Continua)
O ALBICASTRENSE

sexta-feira, outubro 13, 2023

TOPONIMIA ALBICASTRENSE - "RUA J. A. MORÃO


 JOSÉ ANTÓNIO MORÃO
 (1786-1864

Foi Comissário dos Estudos do Distrito de Castelo Branco (com Carta de 12/03/1852), 2º Reitor, mas 1º nomeado, do Liceu de Castelo Branco (08/04/1852-02/05/1853). 
Formado pela Universidade de Coimbra em Matemática, Filosofia e Medicina (06/07/1812), exerceu como médico em Almada e Castelo Branco, foi Governador Civil de Castelo Branco (1848) na qualidade de Vogal do Conselho do Distrito, bem como Provedor da Misericórdia de Castelo Branco e Deputado da Nação pela Beira Baixa (1834). Legou a sua vasta biblioteca (mais de 3200 volumes) à cidade de Castelo Branco. 
O testamento do Dr. José António Morão, feito em Castelo Branco a 8.12.1863, proporciona uma curiosa imagem da sua personalidade. 
Ele permite-nos penetrar um pouco no íntimo das suas preocupações, entre as quais sobressai o horror que sentia pela falsa morte, como se infere da seguinte determinação: -«Pretendo que o meu corpo não seja soterrado enquanto ele não começar a exalar o cheiro do cadáver, se Deus Nosso Senhor tiver sido servido levar-me de morte repentina; se, porém, esta for em consequência de alguma atroz enfermidade, aguda ou crónica, enquanto o hirto e o glacial de meus membros ou sinais evidentes de gangrena externa não atestarem a extinção completa das funções vitais do meu ser»... Ainda sobre a sua morte, deixou outras disposições interessantes, com que concluímos este comentário:- «Pretendo ser levado à sepultura (rasa e sem qualquer lápide) tão longe da abjecção como da vaidade... Peço, já que não posso proibir, que aos meus parentes não trajem luto por minha morte além do tempo marcado pela pragmática destes reinos e que os meus criados o não vistam por mais de três dias, se tanto ainda quiserem fazer»
O ALBICASTRENSE

terça-feira, outubro 10, 2023

VERDADE OU MENTIRA!!

DIZEM QUE VÃO FAZER.

MAS… NADA  DE NADA  ACONTECE.

😒 😓 😔 😕 😖

Nos últimos anos tem circulado na terra albicastrense, que no local onde está instalado este antigo armazém de mercearias, irá nascer um centro funerário, complexo cujo projeto (segundo dizem) é da autoria de um arquiteto de renome português.  Consta até, que o armazém já teria sido adquirido pela nossa autarquia, mas…. numa das vitrinas do armazém, continua a estar "VENDE-SE". 
Confesso que não sei se a terra albicastrense necessita ou não do projeto que dizem existir, declaro que tudo isto me parece uma autêntica estupidez, pois publicitar-se uma construção e depois deixar arrastar pelas ruas da amargura toda esta situação, é profundamente lamentável.

Meus senhores, decidem-se!

Ou fazem ou não fazem, pois, os albicastrenses começam a ficar cansados de tanta indecisão.

O ALBICASTRENSE

sábado, outubro 07, 2023

ÁLBUM FOTORÁFICO DO CHAFARIZ DE S. MARCOS


 CHAFARIZ DE SÃO MARCOS

ATRAVÉS  DOS TEMPOS


(ÁLBUM FOTOGRAFICO DE UMA RELÍQUIA DA TERRA ALBICASTRENSE) 

Construído em finais do século XVI, numa época em que os arrabaldes da antiga vila de Castelo Branco cresciam e havia a necessidade de efetuar um melhor aproveitamento das águas nascentes, assim como dos velhos poços existentes na vila.
O velho chafariz de S. Marcos (inicialmente conhecido por chafariz da Defesa), é composto por um espaldar definido por duas pilastras ladeadas por volutas que assenta num tanque retangular em péssimo estado. 
O chafariz apresenta elementos decorativos, inspirados na arquitetura manuelina, no espaldar estão gravados relevos com a representação do escudo nacional, ladeado à direita pela esfera armilar e à esquerda por flores-de-lis sob a Cruz de Cristo.
J. A. Porfírio Silva, no seu "Memorial Chronológico e Descriptivo da Cidade de Castelo Branco", diz o seguinte sobre o velho chafariz.
O chafariz de São Marcos é assim denominado por estar próximo à capella de S. Marcos. A sua água que sai por uma só bica, é salobra e pouco asseada, e por isso só serve para usos muito ordinários, e para os gados beberem. Tem a nascente na encosta do Castelo, d'onde corre por um cano subterrâneo até ao seu destino, exceto no rigor do estio em que seca totalmente. 
A construção deste chafariz por ser bastante ordinário nada tem de notável; e à vista da pedra d'armas que nele se acha muito sitiante á que existe na casa da camara, pôde-se presumir que a edificação será da mesma época”, (palavras pouco elogiosas, para o nosso velho chafariz).

Resta acrescentar, que o velho chafariz está classificado como; IIP (“Imóvel de Interesse Público”,) pelo decreto nº 95/78, DR, I Série, n.º 210, de 12-09-1978).
 
O ALBICASTRENSE

quarta-feira, outubro 04, 2023

CURIOSIDADES TOPONÍMICAS

RUA DO MURO
(ANTIGA RUA DO PÉ DO MURO)

                                        Por Manuel da Silva Castelo Branco.

Tenho notícia da Rua do Pé do Muro (hoje conhecida por Rua do Muro) a partir de vários documentos quinhentistas, alguns dos quais irei sumariar por ordem cronológica.
Constituía então um arruamento que “corria” junto ao troço da cerca amuralhada da vila (o “muro”) virado ao Norte e compreendido entre as Portas de S. Tiago e da Vila, sem contudo estas serem atingidas pelas suas extremidades… 

Com efeito, a “ponta” inferior terminaria talvez na atual Travessa do Muro, que antes teria tomado várias designações (Rua de Álvaro Sola, Rua de Pedro Homem). Quando à “ponta” superior há várias hipóteses:

A) Acabaria no local, onde chega hoje a Travessa da Rua D’ Ega, correspondendo assim, inteiramente, à atual Rua do Muro.
B) A cerca de 80 metros daquela travessa, derivaria para a direita e depois à esquerda em direção à Porta de S. Tiago, mas sem a alcançar por ali se achariam então casas quintais e lagares…

De todos estes topónimos só o 1º aparece no rol de 1527. Dos dois restantes apenas tenho notícia documental a partir de 1761, mas tal facto não se pode considerar significativo, pois, como já vimos, Jorge Boino viveu em Castelo Branco e naquela zona durante o século XVI, sendo um dos capitães das ordenanças, organizadas em 1527…. Segundo o Cónego Anacleto Pires Martins, a Rua de Jorge Boino (assim chamada até 1834), correspondia ao troço superior da atual Rua do Muro.
Neste caso e de acordo com a hipótese a), ela substituiu a dita “ponta” da Rua do Pé do Muro (talvez a partir de meados do século XVI); seguindo, porém a hipótese b) somos levados a pensar que a referida derivação passaria a assumir (total ou parcialmente) um nome semelhante ao que ainda hoje ostenta (Rua do Caquelé), pois, em documentos do século XVIII, vai sempre mencionada por Rua do Caquelhe e antecedida pelas ruas de Jorge Boino, do Pé do Muro e de Pedro Homem.
Recolha de dados: “Subsídios para o Estudo da Toponímia Albicastrense do Século XVI”, de Manuel da Silva Castelo Branco.
O ALBICASTRESNE

domingo, outubro 01, 2023

CURIOSIDADES TOPONÍMICAS

 

Nas minhas deambulações pela zona histórica da terra albicastrense, passei variadíssimas vezes pela rua do Caquelé, ao passar por lá, quase sempre me interroguei sobre o significado do nome dessa rua. 
Decidi fazer alguma pesquisa sobre o significado desse nome, após alguma procura, aqui fica  o que descobri sobre o  nome dessa rua.

Num artigo publicado nas Atas das Primeiras Jornadas do Património Judaico da Beira Interior (2008). O Cónego Tarcísio Alves, dá-nos uma explicação engenhosa e surpreendente para a origem do nome deste topónimo.

Diz-nos ele: “Junto à Judiaria ficava o «almocakué» ou cemitério dos judeus. Este ficaria entre as Ruas do  Muro e Caquelé. Na verdade, a decomposição da palavra almocakué (cemitério) danos três elementos curiosos: al (o); mons (monte, campo); kakué (mortos). 
Da evolução do último elemento terá vindo «Caquelé», nome que ainda hoje existe numa das ruas daquela zona”.
Ps. Espero que esta minha explicação em relação ao nome de Caquelé, possa ajudar quem por  já ali passou e possa ter tido as mesmas duvidas que tive.
O ALBICASTRENSE

ANTIGAS FONTES E POÇOS DA TERRA ALBICASTRENSE - (iI)

 A NOSSA HISTÓRIA (Continuação) As fontes públicas mais antigas de que há notícia são as da Feiteira, do Penedo, do Torneiro, o Chafariz da ...