sexta-feira, outubro 25, 2024

A NOSSA HISTÓRIA

O Mestre da Ordem do Templo D. João Escritor fez em 1245, no Porto, uma concordata com o Bispo da Guarda para a cedência de um lugar apropriado em Castelo Branco para a construção de uma casa de habitação para aquele prelado e sua comitiva, e de um celeiro onde ele pudesse arrecadar os produtos das suas rendas. 
Estas edificações foram feitas na Rua do Arco do Bispo e sobre o arco do mesmo nome, que estabelece a comunicação dessa rua a Praça Camões.
Recolha de dados: "Castelo Branco na História e na Arte", de Manuel Tavares dos Santos
O ALBICASTRENSE

terça-feira, outubro 22, 2024

RUA DO ARCO DO BISPO -

UMA RUA ONDE MORA A TRISTEZA 

Podia escarrapachar aqui um enorme texto sobre a miserável situação em que a rua do Arco do Bispo se encontra, todavia, por mais que dissesse seriam apenas palavras, por isso, prefiro ficar calado caladinho, e  recomendar uma visita à rua para lá se poderem indignar e chamar nomes aos responsáveis pela desgraça. 
=========================
AOS ALBICASTRENSES PEÇO QUE VISITEM A RUA E SE INDIGNEM  PERANTE TANTA TRISTEZA.
😖  😠  😬  😣








O ALBICASTRENSE

segunda-feira, outubro 14, 2024

ILUSTRES DA CASTELO BRANCO

 PROFESSOR DR. FARIA DE VASCONCELOS

(1880-1939)

O seu nome foi dado a uma das escolas da nossa cidade, porém, não tenho duvidas que este albicastrense será um ilustre desconhecido, para a grande maioria dos habitantes da cidade onde ele nasceu, em 1880. 
                                                 ==================
António de Sena Faria de Vasconcelos estudou Direito, em Coimbra e em 1902 foi para a Bélgica estudar na Universidade Nova onde chegaria a Professor Catedrático. Em 1912 funda a Escola Nova de Bièrges-Les-Wavre. Adolphe Ferrière sublinhou o valor desta escola, que usava a inteligência e a ação em vez da memória. Ferrière foi amigo e admirador de Faria de Vasconcelos. 
A fundação da sua escola na Bélgica, a sua participação como professor no Instituto Jean-Jacques Rousseau () o trabalho que prestou em Cuba e na Bolívia, onde publicou muitos livros sobre Psicologia, traduzidos para inúmeras línguas, foi muito importante. Ainda hoje é conhecido nesses países. A sua contribuição para a criação e desenvolvimento das Escolas do Magistério Primário em Cuba e na Bolívia foi, de resto, fundamental.
Voltou para Portugal sendo professor na Universidade de Lisboa, continuando a escrever. Não sabemos qual teria sido a sua relação com o regime de Salazar. Participará, com António Sérgio,  numa tentativa de reforma educativa. Ferrière considerou modelar a escola que fundou e dirigiu na Bélgica. “Une École Nouvelle en Belgique” é uma obra que se encontra traduzida em inúmeras línguas, tal como outras que Faria de Vasconcelos nos deixou.A admiração que por ele existe no ‘Mundo Hispânico’ é fácil de observar: basta falar nele na Galiza. Um dos seus livros foi distribuído por todos os professores bolivianos. Em Portugal, na maioria dos casos, permanece desconhecido. Mais estranho ainda: a maioria das suas obras, escritas originalmente em francês ou castelhano, nunca foram traduzidas para português. 
A revista. “Estudos de Castelo Branco” publicou textos seus em várias edições, que compõem um aumento significativo para o conhecimento da vida e obra, de Faria de Vasconcelos.
Ps. Em 2019 o corpo de Faria de Vasconcelos e esposa, 
foram transferidos do cemitério dos Prazeres para o cemitério  albicastrense.
O ALBICASTRENSE

sexta-feira, outubro 11, 2024

ANTIGAS FONTES E POÇOS DA TERRA ALBICASTRENSE - (III)

                                                    A NOSSA HISTÓRIA

(Último)
O Poço das Covas, que deu o nome a uma das ruas da parte velha da povoação e o Poço do Concelho, localizado na confluência da Rua dos Olarias com a de Bartolomeu as Costa, eram tradicionalmente considerados como antiquíssimos. Não foram mencionados nas atas das sessões da Câmara de 7 de abril de 1655 e 18 de agosto de 1790, talvez por terem água impropria para beber e serem muito diminutos os seus caudais. Também não é conhecida a data da construção do Poço de Santiago, situado ao Sul da rua do mesmo nome. Tinha um caudal abundante, mas a sua água não era de boa qualidade.
No século XIX o abastecimento público foi algo melhorado com a captação de mais quatro mananciais: A Fonte das Águas Férreas, os dois poços da Devesa, a Fonte do Cansado e os chafarizes da Mina e da Granja. A Fonte das Águas Férreas, foi construída em 1828 ao sudoeste da cidade, no limite da quinta que foi de Rafael José da Cunha. 
O povo atribuía à água desta fonte a virtude de curar algumas doenças do aparelhe digestivo. Dos poços construídos na Devesa o mais antigo era o do lado nascente do quartel do regimento de Cavalaria nº 8. 
O do lado do poente foi mandado abrir pela Câmara Municipal, em 1844, para a captação de uma nascente que surgiu quando se procedia à abertura dos caboucos para a edificação do quartel.
A Fonte do Cansado, ao sudeste da cidade e cuja água era das mais apreciadas, foi construída em 1848.
 (Fim)
PS. O texto é apresentado nesta página, tal qual foi escrito na época.
Publicado no antigo jornal "Beira Baixa" em 1952. Autor: 
Manuel Tavares dos Santos.
O ALBICASTRENSE

sábado, outubro 05, 2024

ANTIGAS FONTES E POÇOS DA TERRA ALBICASTRENSE - (II)

 A NOSSA HISTÓRIA

(Continuação)
As fontes públicas mais antigas de que há notícia são as da Feiteira, do Penedo, do Torneiro, o Chafariz da Graça e da Defesa que tem atualmente a designação de Chafariz de S. Marcos.
Em sessão de 7 de abril de 1655, determinou a Câmara Municipal, que todo aquele que na Fonte da Feiteira ou na do Penedo lançasse pedra ou molhasse palha pagaria dois mil reis da cadeia e qualquer pessoa poderia acoimar com uma testemunha.
As fontes da Feiteira e do Penedo desapareceram, tendo-se tornado difícil saber hoje, a sua localização. Na mesma sessão da Câmara também se deliberou o seguinte: “Toda a pessoa de qualquer qualidade que seja que na Fonte do Torneiro lançar gato ou cão ou raposa ou outro qualquer bicho pagará quatro mil réis da cadeia e toda a pessoa que tirar algum bordo da dita fonte pagará seis mil réis da cadeia e lançando pau ou pedra pequena pagará quinhentos réis e, sendo filho-família, o que fizer alguma das coisas sobre ditas pagará seu pai por ele a condenação”.
A Fonte do Torneiro, também desaparecida, estava adjacente ao muro de vedação da Quinta da Carapalha em cujas imediações está atualmente a Estação do Caminho de Ferro. Em sessão de 18 de agosto de 1790 determinou a Câmara Municipal que se obrigasse uma pessoa de cada casa a limpar as fontes da Graça, da Pequeixada, da Devesa, do Tostão e da Fonte Nova “com pena de um tostão aplicado para a mesma limpeza, indo pessoas capazes de trabalhar que retirarão o entulho para longe”. Verifica-se, pois, que no fim do século XVIII havia, além das fontes citadas, mais a da Pàqueixada, da Devesa e a do Tostão e já existia também a Fonte Nova.
A Fonte da Pàqueixada, estava na confluência da atual Alameda de Salazar, (hoje 2010 Alameda da Liberdade) com a rua de D. Dinis em que foi transformado o antigo beco da Pàqueixada. Era um poço com grande abundância de água salobra que, segundo tradição possuía as virtudes de curar a inflamação dos olhos e de fazer despegar as sanguessugas da boca dos animais.
A Fonte do Tostão, era um poço circular situado na serra da Cardosa, nas proximidades do local onde existiu a Capela de S. Gens. A água deste poço era apreciada como uma das melhores de Castelo Branco. A Fonte Nova, ao nordeste da cidade, era um poço de grande caudal cuja água era utilizada como boa para usos domésticos.
(Continua) 
PS. O texto é apresentado nesta página, tal qual foi escrito na época.
Publicado no antigo jornal "Beira Baixa" em 1958. Autor: 
Manuel Tavares dos Santos.
O ALBICASTRENSE

terça-feira, outubro 01, 2024

ANTIGAS FONTES E POÇOS DA TERRA ALBICASTRENSE - (I)

A NOSSA HISTÓRIA

Durante longos anos a população de Castelo Branco suportou resignamente a carência de água necessária para o abastecimento publico.
O povo utilizava, nos usos domésticos e para dessedentar-se, a água de fontes e poços existentes nos prédios rústicos das cercanias, merce da generosidade ou complacência dos seus proprietários. Entre estes poços e fontes contavam-se os das quintas do Polida, das Pedra, das Laranjeiras, de Montalvão, da Cubeira, da Carapalha, do Jardim e do Ribeiro das Hortas.
Várias fontes e poços públicos, construídos pelo município, forneciam, quase sempre, água impropria para consumo, já por ser extraída por meio de recipientes pouco higiénicos, já por ser provavelmente de nascentes sujeitas a inquinações por estarem situadas sob arruamentos.
FONTES E POÇOS PUBLICOS
As fontes publicas mais antigas de que há notícia são as da Feiteira, do Penedo, e do Torneiro, o Chafariz da Graça e o da Devesa que tem atualmente a designação de S. Marcos. Em sessão de 7 de abril de 1655 determinou a Camara Municipal que todo aquele que na fonte da Feiteira ou na do Penedo lançasse pedra ou molhasse palha pagaria dois mil reis da cadeia e qualquer pessoa poderia acoimar com uma testemunha.
(Continua)
O trabalho que acabou de ler foi retirado da monografia:  “CASTELO BRANCO NA HISTÓRIA E NA ARTE” de Manuel Tavares dos Santos, editado em 1958.
O ALBICASTRENSE

terça-feira, setembro 24, 2024

CAPELA DE SÃO MARCOS

A SUA HISTÓRIA

Situada no largo do mesmo nome, foi instituída no século XVI, sob a invocação de Santo Inácio de Loiola, pelo padre Sebastião Lopes Melrraxo, para que os seus rendimentos servissem de património a qualquer candidato a clérigo que não o possuísse para receber ordens sacras, com o encargo de mandar celebrar quarenta e cinco missas por ano.
As propriedades desta instituição foram extraviadas e anexadas a outras, por má-fé e desleixo da mordomia, constituída principalmente por lavradores. Foi também extraviada a escritura da instituição. A mordomia tinha a seu cargo a conservação do edifício e mandava ali dizer missa em todos os dias santificados. A capela foi construída em 1565 e ampliada posteriormente. 

Teve na fachada principal um alpendre formado por seis arcos de cantaria apoiados em sete colunas. Foi reconstruída no seculo XIX, ficando com um espeto muito pobre. 

No largo de S. Marcos há um cruzeiro de cantaria formado por um fuste cilíndrico e um plinto quadrangular assente sobre dois degraus quadrados. Sobre o capitel, muito simples, há um crucifixo protegido por uma caixa envidraçada que apresenta a forma comum dos velhos candeeiros de iluminação publica. 

PS.. Em 1983 aconteceram mudanças importantes na capela, para permitir uma melhor utilização da capela mortuária.

Dados: “Castelo Branco na História e na Arte”,
de Manuel Tavares dos Santos.
       O ALBICASTRENSE

A NOSSA HISTÓRIA

O Mestre da Ordem do Templo D. João Escritor fez em 1245, no Porto, uma concordata com o Bispo da Guarda para a cedência de um lugar apropri...