A
rubrica Efemérides Municipais foi publicada entre Janeiro de 1936 e
Março de 1937, no jornal “A
Era Nova”.
Transitou para o Jornal “A
Beira Baixa”
em Abril de 1937, e ali foi publicada até Dezembro de 1940.
A
mudança de um para outro jornal deu-se derivada à extinção do
primeiro. António Rodrigues Cardoso, “ARC”
foi o autor desde belíssimo trabalho de investigação, (Trabalho
que lhe deve ter tirado o sono, muitas e muitas vezes).
O
texto está escrito, tal como foi publicado.
Os
comentários do autor estão aqui na sua totalidade.
(Continuação)
Ainda
no mês de Julho há nova sessão, que se realiza no dia 29. O que
costa se passou assim:
“E
logo por effeito do requerimento que tinha feito o Comissário do
Assento da Tropa desta cidade que tendendo a estirilidade do anno
passado que a palha triga se pagaria cada huma arroba a cento e vinte
à boca do Palheiro, a de feno de Erva sem restolho a cento e
quarenta arroba, e a de restolho a sessenta reis posta tão á boca
do Palheiro a custados Lavradores”.
TAXA
DAS LAVADEIRAS
“Igualmente
pello requerimento que fez o Físico mor da Tropa desta cidade
determinarão que cada hum lençol de dois panos de largo e hum de
comprido se dariam vinte reis, por huma toalha de cinco palmos sinco
reis, por seis guardanapos vinte reis, por umas Pantalonas de Estopa
de quatro palmos de comprimento que sejão de Estopa quinze reis, por
doze Barretes de pano de Linho vinte reis; por huma camiza de Linho
vinte reis; por huma fronha ou Capessal sinco reis”.
As
lavadeiras, vamos lá, não ficariam muito ricas, se porventura
fizessem obra limpa, o que talvez não sucedesse.
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A
sessão que se segue à de 1 de Outubro de 1797 realizou-se em 16 de
Novembro. Para esta sessão foi convocada a Nobreza e o Povo, por
haver assunto importante a tratar, o qual assunto importante era “o
Requerimento do Reverendo Manuel de Azevedo desta Cidade em que
pretende se lhe aforem dez varas de terreno junto a quinta da
Excelentíssima Mitra no Largo de Sam João para edeficar huma casa”.
Todos
disseram que sim, que se aforasse o terreno, “pressedendo
a Demarcar, e avaluação para por esta se vir ao conhecimento de
competente foro”:
Dois
dias depois foi o Senado Municipal até ao Largo de S. João demarcar
o terreno para a casa , “a
qual caza pode ter quarenta e outo palmos de comprido, e trinte e
sinco de largo pegando a parede a quinta do canto que fica virada
para a parte do Norte no sitio de Sam João”.
Esta casa é hoje pertença da família Almeida Garrett.
Ainda
depois tiveram de ir lá os louvados José Roque e Francisco Ferreira
para a avaliação do terreno e na sua alta sabedoria “a
avaluarão o foro a pagar em quarenta reis anualmente”.
(Continua)
PS.
Aos leitores dos postes “Efemérides
Municipais”:
o
que acabaram de ler, é uma transcrição fiel do que foi publicado
na época.
O
Albicastrense
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