segunda-feira, novembro 17, 2014

EFEMÉRIDES MUNICIPAIS – XCII


A rubrica Efemérides Municipais foi publicada entre Janeiro de 1936 e Março de 1937, no jornal “A Era Nova”. Transitou para o Jornal “A Beira Baixa” em Abril de 1937, e ali foi publicada até Dezembro de 1940.
A mudança de um para outro jornal deu-se derivada à extinção do primeiro. António Rodrigues Cardoso, “ARC” foi o autor desde belíssimo trabalho de investigação, (Trabalho que lhe deve ter tirado o sono, muitas e muitas vezes).

O texto está escrito, tal como foi publicado.
Os comentários do autor estão aqui na sua totalidade.
(Continuação)
Ainda no mês de Julho há nova sessão, que se realiza no dia 29. O que costa se passou assim:
E logo por effeito do requerimento que tinha feito o Comissário do Assento da Tropa desta cidade que tendendo a estirilidade do anno passado que a palha triga se pagaria cada huma arroba a cento e vinte à boca do Palheiro, a de feno de Erva sem restolho a cento e quarenta arroba, e a de restolho a sessenta reis posta tão á boca do Palheiro a custados Lavradores”.

TAXA DAS LAVADEIRAS
Igualmente pello requerimento que fez o Físico mor da Tropa desta cidade determinarão que cada hum lençol de dois panos de largo e hum de comprido se dariam vinte reis, por huma toalha de cinco palmos sinco reis, por seis guardanapos vinte reis, por umas Pantalonas de Estopa de quatro palmos de comprimento que sejão de Estopa quinze reis, por doze Barretes de pano de Linho vinte reis; por huma camiza de Linho vinte reis; por huma fronha ou Capessal sinco reis”.
As lavadeiras, vamos lá, não ficariam muito ricas, se porventura fizessem obra limpa, o que talvez não sucedesse.
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A sessão que se segue à de 1 de Outubro de 1797 realizou-se em 16 de Novembro. Para esta sessão foi convocada a Nobreza e o Povo, por haver assunto importante a tratar, o qual assunto importante era “o Requerimento do Reverendo Manuel de Azevedo desta Cidade em que pretende se lhe aforem dez varas de terreno junto a quinta da Excelentíssima Mitra no Largo de Sam João para edeficar huma casa”.
Todos disseram que sim, que se aforasse o terreno, “pressedendo a Demarcar, e avaluação para por esta se vir ao conhecimento de competente foro”:
Dois dias depois foi o Senado Municipal até ao Largo de S. João demarcar o terreno para a casa , “a qual caza pode ter quarenta e outo palmos de comprido, e trinte e sinco de largo pegando a parede a quinta do canto que fica virada para a parte do Norte no sitio de Sam João”. Esta casa é hoje pertença da família Almeida Garrett.
Ainda depois tiveram de ir lá os louvados José Roque e Francisco Ferreira para a avaliação do terreno e na sua alta sabedoria “a avaluarão o foro a pagar em quarenta reis anualmente”.
(Continua)
PS. Aos leitores dos postes “Efemérides Municipais: o que acabaram de ler, é uma transcrição fiel do que foi publicado na época.
O Albicastrense

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