sexta-feira, julho 21, 2006

FRANCISCO TAVARES PROENÇA JÚNIOR


Dando continuidade ao prometido vou hoje avançar alguns séculos no tempo e apresentar outro grande albicastrense.
O arqueólogo e o Homem

FRANCISCO TAVARES PROENÇA JÚNIOR
(1883 – 1916)
- Fundador do Museu de Castelo Branco –
1883 - 1 De Junho: nasce em Lisboa, de família de alto de relevo social e político em Castelo Branco e na Beira baixa;
1899 - Aluno do Colégio de Arreton-Vicarage, na Ilha de Wight, Inglaterra. Visita Museus, Galarias e Monumentos. Primeiros ensaios literários;
1901 - Estadia em Davos (Suiça), no Sanatório de Schatz-Alps. Dedica-se à fotografia. Estuda na Serra da Estrela e nova permanência na Suiça.
Publica: A Tuberculose;
1902 - Regressa a Portugal. Durante algum tempo, reside na Serra da Estrela. Matricula-se na Faculdade de Direito de Coimbra. É cada vez mais consistente o seu amor pela arqueologia e ciências afins.
As férias são aproveitadas para a realização de explorações arqueológicas na região de C. Branco;
1903 - Continua a frequentar, com resultados irregulares, a Faculdade,
publica no instituto ( nº 7e9 do volume. 50) os artigos: Coisas velhas – O acampamento da Ocresa e Coisa Velhas – Sepulturas de Mouros;
1904 Sócio efectivo da Real Associação de Arquitectos e Arqueólogos, da Société Préhistorique de France, e sócio titular da Société Française de Fouilles Archéologiques.
Publica: Antiguidades – I – Resultado de explorações feitas nos arredores de Castelo Branco em Setembro e Outubro de 1903; e Vestígios do passado ( vol. 51, nº 1, do instituto);
1905 - Apresenta comunicações ao Congresso Pré-Hitórico de Périgueux. Visita estações pré-históricas Francesas. Continua as suas explorações arqueológicas na região de Castelo Branco,
Publica: A Fé (conto); Notice sur deux monuments épigraphiques; Camilo Castelo Branco, 1825-1890, Autobiografia coordenada e anotada;
1906 - Condecorado pelo Governo Francês: Oficial da Instrução Publica. Toma parte no Congresso de Pré-história realizado no Mónaco. Sócio do Instituto de Coimbra.
Publica; Essai de classification des dolmens Portugais; O Congresso Pré-histórico de França; O Dr. Capitan e a « Notice sur deux monuments épigraphiques » ; Camilo Castelo Branco e Gabriel de Mortillet; Eduardo Piette – algumas palavras a seu respeito; O tiro de combate;
1907 - Abandona o curso de Direito, manifestando a intenção de se matricular no curso superior de letras.
Publica: Inscrições romanas da Castelo Branco; e, no Compte-rendu du Congrès Préhistorique de France, os artigos. Quelques mots á Mr. Doigneau, Sur les mégalithes et enceintes portugaises e Essai d’inventaire des enceintes portugaises;
1908 - Participa no Congresso de Pré-história de Autun.
Publica: Les enceintes portugaises, leur classification, leurs types; e Ensaio d’ inventário dos Castros portugueses;
1909 - Sócio correspondente da Sociedade Martins Sarmento.
Publica; Anta da Urgueira (Beira Baixa);
1910 - Organiza o Museu de Castelo Branco. Edita e dirige a revista Materiais, da qual saíram no decorrer do ano, três números. Publica: Archeologia do Distrito de Castelo Branco ( 1º Contribuição para o seu estudo); Inscrições inéditas. Sobrevivências, tipos e costumes, As queijeiras redondas de Castelo Branco e as cabanas da Serra da Estrela; e em
L’Homme Pré histórique, o artigo Sur les instruments portugais en pierre polie;
1911 - Sai de Portugal. Deambula por várias localidades espanholas;
1912 - Acentua-se a tuberculose. Consulta médica em Davos-Platz:
1913 - Viagem a Itália;
1915 - Publica: Avant la Guerre – Inventions d’artillerie;
1916 – Na Suiça.
Publica: La vie ( qualques notes), Avec un appendice sur la turbeculose. 24 De Setembro: morre em La Rosiaz, Lausanne. 14 De Outubro: Funeral em Castelo Branco.
Na sua pedra tumular no cemitério de Castelo Branco constava a seguinte inscrição.
AQUI JAZ NA BOA TERRA DE CASTELO BRANCO UM HOMEM DE QUEM DEVE COM PROPRIEDADE DIZER-SE, DO SEU ESPÍRITO INQUIETO E CRIADOR, DA SUA MENSAGEM DE SUPERIOR BELEZA E DE INCALCULAVEL PROJECÇAO SOCIAL, QUE HÁ MORTOS QUE VERDADEIRAMENTE NÃO MORREM.
Dados de José Lopes Dias,
Tirados do livro. Roteiro do Museu de Francisco Tavares Proença
Da. Autoria de António Forte Salvado

O Albicastrense

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