terça-feira, maio 27, 2008

Vestigios Arqueológicos


Na
Praça Postiguinho de Valadares

Na continuação do que aqui escrevi sobre o aparecimento de vestígios arqueológicos na praça Postiguinho de Valadares, volto hoje a este mesmo assunto, em virtude do desenrolamento que este assunto teve.
Passei por aquele local no domingo passado, e qual não foi o meu espanto quando constato, que tudo o que tinha sido descoberto foi pura e simplesmente afundado, submergido, mergulhado, fundeado ou somente mandado às urtigas e tapado novamente!!!!!!!
Estes vestígios, vieram á luz nos primeiros dias de Maio, no entanto nenhum dos jornais da cidade mencionou o seu aparecimento.
É no mínimo estranho!!! Para mais quando isto acontece numa cidade onde o aparecimento de vestígios arqueológicos não é um acontecimento quotidiano.
A sensação com que fiquei em todo este processo, é a de que o secretismo foi o segredo do negócio!!!!
Destapou-se o chão, escondeu-se a descoberta, não se dizendo nada a ninguém!!! De seguida, mergulhou-se novamente os vestígios na escuridão do passado.
Podem dizer-nos que aqueles vestígios não têm qualquer interesse, no entanto, sabendo eu que na rua dos Ferreiros, (
naquele mesmo local) existiu a capela de Santa Eulália, construída no século XIV e uma albergaria com o mesmo nome, tenho sérias dúvidas sobre a decisão tomada pela nossa autarquia, para mais quando ela é tomada com todo este secretismo.

Capela de Santa Eulália

(1)-Erguia-se na Rua dos Ferreiros, no troço compreendido entre o Postiguinho de Valadares e a antiga porta da vila que existia na muralha e que dava acesso à antiga rua da Corredoura.
Hoje denominada de Bartolomeu da Costa. Foi instituída por Martim Esteves no século XIV e os seus administradores ou morgados eram abrigados a manter, com os seus rendimentos, um hospital na vila de Castelo Branco. Os administradores limitaram-se porem, a custear com os rendimentos uma albergaria destinada a dar guarida aos peregrinos religiosa e aos viandantes pobres. A albergaria de Santa Eulália estava instalada numa casa anexa à capela. Martim Esteves deixou o vínculo a Vasco Anes, para este o legar a um seu filho “ que não fosse sandeu nem desmemoriado”. Rui Vasquez, 3ª sucessor do vínculo, formou em 1431 uma pedição ao Rei D. João I para que lhe fosse permitido aumentar os bens de Santa Eulália, alegando que “ não se cumprira inteiramente aquilo que nas disposições se ordenara, como do dito morgado era conteúdo”. Ignora-se se a pedição obteve deferimento. Sabe-se, todavia, que antes de 1514. Data da instituição da Misericórdia de Castelo Branco, já existiam na vila umas confrarias pobres que sustentavam com os seus minguados recursos um pequeno hospital.
O Dr. Hermano de Castro e Silva, no seu livro: A Misericórdia de Castelo Branco, publicado em 1891 assegura ter visto um velho documento, muito deteriorado pela acção do tempo, no qual se afirma que aquelas confrarias não tinham compromisso porque “ a fazenda foi deixada por diversas pessoas que, como confrades deixavam cada uma à confraria do Santo de que era devota, para as missas que agora se dizem pelas almas de todos os benfeitores delas defuntos”.
Foi com os bens destas confrarias que o Rei D. Manuel fundou a Misericórdia de Castelo Branco. No século XIX a capela de Santa Eulália foi transformada em palheiro e no século seguinte arrasada para, no local onde havia sido erecta, ser edificado uma casa de habitação.

A serem estes vestígios, restos da antiga capela é caso para dizer:
No século XIX metamorfosearam esta capela em palheiro, no século XX foi arrasada, e no século XXI parece!!! Que nem as suas raízes merecem ser desvendadas.

Pobre capela de Santa Eulália!!!!!!!
(1) - O texto é apresentado nesta página, tal qual foi escrito na época.
Autor.
M. Tavares dos Santos

O Albicastrense

27 comentários:

  1. Anónimo17:03

    O que se passou é no mínimo vergonhoso. Mas os albicastrenses aguentam tudo aos forasteiros. É tudo gente pacífica e ordeira, tipo rebanho de ovelhas, com comunicação social incluída.

    ResponderEliminar
  2. Anónimo10:24

    No dia em que se conseguir acabar com todo o lastro histórico da cidade, esta acaba, extingue-se. e já falta pouco.

    ResponderEliminar
  3. Anónimo11:20

    INFORMAÇÃO DE ÚLTIMA HORA

    ResponderEliminar
  4. Anónimo11:24

    Segundo informação oral que circula nas Docas estes vestigíos foram datados pela "istoriadora-arcóloga" Morteira como sendo de 1899 e portanto sem nenhum interesse. Castelo branco é uma cidade fundada em 1898, logo os documentos medievias e as vistas de Duarte de Armas são uma invenção. No sub solo de Castelo Branco não há nada.

    ResponderEliminar
  5. Anónimo11:41

    Porquê 1898?

    ResponderEliminar
  6. Anónimo12:32

    Deve ser por isto coincidência:
    1898-2008

    ResponderEliminar
  7. Anónimo13:02

    2008 o ano da betonização total

    ResponderEliminar
  8. Anónimo15:12

    IMPORTANTES REVELAÇÕES
    16h30m p.m.

    ResponderEliminar
  9. Anónimo16:37

    Considerando a grande quantidade e a alta qualidade dos trabalhos desenvolvidos pelo Polis e pela câmara municipal, a arqueologia municipal de Castelo Branco vai ser reforçada com a contratação de um novo elemento. Sem concurso e para quê? Já se sabe quem é vai ser o escolhido. O júri, que meteu vários presidentes do passado e altos responsáveis por estas coisas, não teve dúvidas na escolha deste novo albicastrense dada a vasta experiência da personagem e o seu alto gabarito técnico e científico, religioso , político e ético.

    ResponderEliminar
  10. Anónimo16:40

    Trata-se do grande Professor BAMBO.
    Fica uma dupla arqueológica local completa e de grande peso. Paritária! Bem escolhido sim senhora.
    Arqueologia em Castelo Branco só com rezas, encantamentos e outras artes…Como para a responsável da Câmara, nunca aparece nada, a coisa só lá vai com um milagre do BAMBO

    BAMBO, AMIGO, CASTELO BRANCO ESTÁ CONTIGO

    ResponderEliminar
  11. Anónimo16:40

    Trata-se do grande Professor BAMBO.
    Fica uma dupla arqueológica local completa e de grande peso. Paritária! Bem escolhido sim senhora.
    Arqueologia em Castelo Branco só com rezas, encantamentos e outras artes…Como para a responsável da Câmara, nunca aparece nada, a coisa só lá vai com um milagre do BAMBO

    BAMBO, AMIGO, CASTELO BRANCO ESTÁ CONTIGO

    ResponderEliminar
  12. Anónimo16:40

    Trata-se do grande Professor BAMBO.
    Fica uma dupla arqueológica local completa e de grande peso. Paritária! Bem escolhido sim senhora.
    Arqueologia em Castelo Branco só com rezas, encantamentos e outras artes…Como para a responsável da Câmara, nunca aparece nada, a coisa só lá vai com um milagre do BAMBO

    BAMBO, AMIGO, CASTELO BRANCO ESTÁ CONTIGO

    ResponderEliminar
  13. Anónimo16:55

    eheheheheh

    ResponderEliminar
  14. Anónimo16:58

    Apoiado. A cultura está mais rica e com peso.

    ResponderEliminar
  15. Anónimo17:24

    HÁ POR AÍ JORNAIS QUE SÃO A VOZ DO DONO.
    D.ALCAIDE PAGA O SUSTENTO.
    SE NÃO ISTO ERA UM ESCANDALO.

    ResponderEliminar
  16. Anónimo17:58

    O bAMBO VAI ABRIR CONSULTÓRIO nO pOSTIGO POR CIMA DO PARQUE DE ESTACIONAMENTO pARA FAZER APARECER CARROS.

    ResponderEliminar
  17. Anónimo18:13

    È uma importante hipótese esta do Bambo sim senhor.

    ResponderEliminar
  18. Meus amigos.
    Ou comentam com seriedade os temas aqui colocados, ou ficam sem palavra.
    A escolha é vossa, a responsabilidade é minha.
    O albicastrense

    ResponderEliminar
  19. Anónimo18:15

    OLHA O BAMBO OU BAMBA DO REI?

    ResponderEliminar
  20. Anónimo18:21

    Aquilo era afinal uma fábrica de rolhas que havia ali. E mais nada. Era o chamado postiguinho dos rolheiros pela quantidade de rolhas que havia naquela rua. As rolhas serviam para tapar a boca daqueles que se iam alimentar a sopa dos pobres.

    ResponderEliminar
  21. Anónimo18:53

    Os poderes do Bambo já começaram a funcionar. Transformou a arqueóloga municipal em mulher invisivel. É um casal de peso: Bambo e Bambolina forever

    ResponderEliminar
  22. Anónimo01:31

    Se aquela zona vai ser uma praça, qual era o problema de aqueles achados ficarem à vista, caso se confirmasse que era tal capela do séc. XIV.
    Incompreensível a atitude dos jornais locais. Será que ninguém os avisou?

    ResponderEliminar
  23. Anónimo10:12

    se querem a minha opinião
    é a seguinte:
    os arqueologos devem analisar a coisa
    se tiver interesse com julgo então
    deve ser limpo iluminado e colocar um chão de vidro por cima
    então todo o mundO vê e não estraga
    que tal

    um poeta

    ResponderEliminar
  24. Anónimo19:47

    oh poeta, concordo a 100% com a tua ideia, mas vai dizer isso ao presidente da camara que ele ainda se ri por cima loolllololo
    BETAO DA VOTOS, ARQUEOLOGIA NAO! Logo que se lixe, arrasa-se tudo e constroi se estacionamentos para os estranjeiros virem ca comprar isto tudo e venderem tudo...qualquer dia castelo branco é tipo Allgarve...

    ResponderEliminar
  25. Anónimo18:07

    big brother is watching you

    ResponderEliminar

ANTIGAS CAPELAS DA TERRA ALBICASTRENSE - «CAPELA DE SÃO PEDRO»

MEMÓRIAS DO BLOGUE MEMÓRIAS DE OUTROS TEMPO Esta capela estava situada nas proximidades do chafariz de S. Marcos, num local ocupado atualmen...