A rubrica Efemérides Municipais foi
publicada entre Janeiro de 1936 e Março de 1937, no jornal “A Era Nova”. Transitou para o Jornal “A Beira Baixa” em Abril de 1937, e ali foi publicada até Dezembro de
1940.
A mudança de um para outro jornal
deu-se derivada à extinção do primeiro. António Rodrigues Cardoso, “ARC” foi o autor desde belíssimo trabalho de investigação, (Trabalho
que lhe deve ter tirado o sono, muitas e muitas vezes).
O texto
está escrito, tal como foi publicado.
Os
comentários do autor estão aqui na sua totalidade.
(Continuação)
As sessões dão em seguida um salto de perto de dois meses, visto
que, depois da de 12 de Maio, a primeira que aparece e a de 4 de Julho e nesta
apenas se tratou da avaliação das ervagens.
Eram em número de 30 e foram avaliadas em 1.425.000 réis. No mês
de Agosto de 1799 não se reuniu a Camara uma vez sequer para amostra.
Na
sessão de 16 de Setembro, quem fez todas as despesas da festa foi o Procurador
do Conselho. A respectiva acta começa assim:
“Nesta requereo o Procurador do Conselho
que fosse mandado nothefeicar o Padre António da Maya Nogueira para que não
tapasse um bocado de terra que se acha de trás da Sé junto a hum Palheiro que
ahi edificou por licença deste Senado porquanto tomava huma grande extensão de terreno
e tirava os logradouros de Povo desta cidade”.
Requereu e a Câmara achou que tinha razão e resolveu que assim se
fizesse. Logo a seguir requereu mais que o “Depositário Geral das Sisas,
e Decimas desta Camara e também do que se principiou a cobrar para a factura
das pontes da Ocreza… fosse notheficado para dar fiança Edonia ou aliás seja
removido”.
Nomearam-se para “almotaceis nos três mezes futuros” o Dr. Joao Antunes Pelejão e José da
Silva Castelo Branco e com isso se contentaram os bons dos vereadores.
Salta-se
agora para o 1º de Janeiro de 1800. Na forma do costume, foram nomeadas as “Justiças para as
terras do termo”, mas desta vez os vereadores não se ficaram por aí.
A seguir nomearam os derramadores da sisa, escolhendo para esse serviço o Dr. José
Esteves Póvoa, Manuel Martins Más-Barbas (1),
José Vaz da Cunha, António Martins Pantorrilha, Manuel António e Manuel da
Silva Canelas.
(Continua)
(1) Quando
comecei a publicar as Efemérides
Municipais de António Rodrigues Cardoso,
nunca me passou pela cabeça que nelas iria encontrar o nome de Manuel Martins
Más-Barbas, meu Penta-avó.
PS. Aos leitores dos postes “Efemérides Municipais”: o que acabaram de ler, é uma transcrição fiel do que foi
publicado na época.
O Albicastrense
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