A
rubrica Efemérides Municipais foi publicada entre Janeiro de 1936 e
Março de 1937, no jornal “A
Era Nova”.
Transitou para o Jornal “A
Beira Baixa”
em Abril de 1937, e ali foi publicada até Dezembro de 1940. A
mudança de um para outro jornal deu-se derivada à extinção do
primeiro. António Rodrigues Cardoso, “ARC”
foi o autor desde belíssimo trabalho de investigação, (Trabalho
que lhe deve ter tirado o sono, muitas e muitas vezes).
O
texto está escrito, tal como foi publicado.
Os
comentários do autor estão aqui na sua totalidade.
(Continuação)
Vem
a seguir a sessão de 25 de Março, a que assistiram o juiz de fora,
vereadores e procuradores do concelho, e o que se passou conta-o a
acta neste termos:
“Nesta
Vereação foy aprezentada huma carta da Raynha Nossa Senhora em data
de 21 do corrente mês e anno que por Postilhão tinha vindo aos
mesmos Juiz Vereador e Procurador desta Comarca em que lhe dava a
gostosa noticia de que no mesmo dia fora Nosso (o escrivão Aranha
quis certamente dizer Nosso Senhor); servido de felicitar estes
Reynos com o Nascimento de hum Princepe que a Princeza do Brasil e
sua amada e Prezada Nora dera à luz com feliz sucesso para que se
festejasse com todas aquellas demonstraçoens de aplauso e
contentamento do costume o que logo de poz em execussam”.
Saindo
de Lisboa depois do parto da Princesa no dia 21, para chegar aqui a
tempo de fazer entrega da carta régia, serem feitos os avisos aos
vereadores e realizar-se a sessão no dia 25, vamos lá que não
andou mal de todo.
Porque
é preciso notar que o postlihão vinha a cavalo e era preciso ter
pernas rijas para vencer em três dias a distancia de Lisboa a
Castelo branco pelos caminhos de cabras que então havia.
Na
sessão de 10 de Maio apenas “nomearão p.
Almotaçel para servir com o Dr. Jozé de Andrade a Jozé da Silva
Castellbranco que servirá nos tres meses seguintes”
E
não tiveram forças para “desachar”
mais nada.
Mas
tornaram a reunir-se logo três dias depois, no dia 13 e; “Nessa
Vereação coutaram os Alqueves e que se despejassem no termo de
tres dias que findão no dia 17 de corrente mês para o que se
lançassem Pregoens na forma do custume”. E
mais determinaram, “que se a rematassem as
courelas da Folha dos milhos e que se puzessem a pergão”. E
mais nada que isso, “por não haver mais
que despachar”.
(Continua)
PS.
Mais uma vez informe os leitores dos postes “Efemérides
Municipais”,
que o que
acabou de ler é, uma transcrição fiel do que foi publicado na
época.
O
Albicastrense
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