A
rubrica Efemérides Municipais foi publicada entre Janeiro de 1936 e
Março de 1937, no jornal “A
Era Nova”.
Transitou para o Jornal “A
Beira Baixa”
em Abril de 1937, e ali foi publicada até Dezembro de 1940. A
mudança de um para outro jornal deu-se derivada à extinção do
primeiro. António Rodrigues Cardoso, “ARC”
foi o autor desde belíssimo trabalho de investigação, (Trabalho
que lhe deve ter tirado o sono, muitas e muitas vezes).
O texto está escrito, tal como foi publicado.
Os
comentários do autor estão aqui na sua totalidade.
(Continuação)
A
sessão imediata realizou-se em 22 de Junho. Foram nomeados para
avaliar as “ervagens do concelho e povo” os louvados Manuel
Martins Más-barbas e Eusébio Ferreira e, como conheciam tudo aquilo
como os seus dedos, avaliaram-nas
logo ali, sem mais demoras. Eram
vinte e quatro as ervagens e foram avaliadas em 1.185.000 réis.
A mais cara foi a dos Alvarinhos, a que se deu o valor de 72.000 réis; a mais barata foi a da Granja do Ribeiro, que ficou em 25.000 réis. E mais nada por então.
A mais cara foi a dos Alvarinhos, a que se deu o valor de 72.000 réis; a mais barata foi a da Granja do Ribeiro, que ficou em 25.000 réis. E mais nada por então.
O
mês de Julho passa em claro. Os bons doe vereadores só tiveram
forças para tornar a reunir-se em sessão no dia 16 de Agosto e o
que se passou conta o escrivão Aranha assim:
“Porpondosse
esta Vereação a necessidade q. há de se concertarem as calçadas
p. evitar assim total ruina e q. no conselho não havia prezentemente
dinhr. para esta e outra indispenssaveis obras se detreminou com
assistência dos Procuradores do Povo a venda dos Pastos dos olivais
para ovelhas como se tem praticado em diferentes ocazioens para
semelhantes fins: e a venda não só enteressa o publico mais ainda
os particulares pela utilidade q. rezulta aos seus Predios dos
Estercos das mesmas ovelhas e da guarda dos seus Tapumes tendo
mostrado a experiência q. em tempo algum são mais bem defendidos do
que quando se tem feito esta venda com excluzão de todos os outros
gados.
Nomearão
para Juiz do afficio de Alfayates a Franc. Jozé Garrido”.
Por
onde se vê que os donos dos olivais ainda tinham que agradecer à
Câmara o favor de lhes vender os pastos que neles criavam. Ganhavam
o “esterco das mesmas ovelhas”
e tinham quem lhes guardasse os olivais de graça.
De
mais a mais, o que os pastos rendessem serviria para consertara as
calçadas, que estavam numa desgraça....
Com
a nomeação do juiz dos alfaiates é que não se sabe se estes
ficaram bem servidos, mas enfim, foi o melhor que se pode arranjar.
(Continua)
PS.
Mais uma vez informe os leitores dos postes “Efemérides
Municipais”,
que o que
acabou de ler é, uma transcrição fiel do que foi publicado na
época.
O
Albicastrense
Apreciando a sua obra sobre Castelo Branco e sendo eu albicastrense na versão monforteiro, quero comunicar-lhe o lançamento do meu romance "Um Rei na Manga de Hitler", com chancela Gradiva, na sexta-feira às 9 da noite na Biblioteca Municipal de Castelo Branco. Grande parte da acção passa-se no nosso distrito e concelho. Desculpe a intromissão deste modo abusivo, mas quero dar-lhe conta do acontecimento. Um abraço, José Goulão
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