sábado, dezembro 28, 2013

EFEMÉRIDES MUNICIPAIS – LXXXI

A rubrica Efemérides Municipais foi publicada entre Janeiro de 1936 e Março de 1937, no jornal “A Era Nova”. Transitou para o Jornal “A Beira Baixa” em Abril de 1937, e ali foi publicada até Dezembro de 1940. A mudança de um para outro jornal deu-se derivada à extinção do primeiro. António Rodrigues Cardoso, “ARC” foi o autor desde belíssimo trabalho de investigação, (Trabalho que lhe deve ter tirado o sono, muitas e muitas vezes).

O texto está escrito, tal como foi publicado.
Os comentários do autor estão aqui na sua totalidade.

(Continuação)
Realizou-se a sessão imediata no dia 10 de Janeiro. Do que se passou nela diz a acta:
nesta Vereação se determinou se alugassem humas casas para viverem ou se aquartelarem os comandantes de Destacamento que se acha estabelecido nesta cidade ficando responsável pela sua renda os rendimentos do conselho os todas as vezes que os ditos comandantes a não pagarem como são obrigados”.
Eram obrigados os comandantes de tal destacamento a pagar as rendas das casas; mas, pelo sim, pelo não, sempre se dava aos donos das casas a garantia dos bens do conselho, porque podiam os tais comandantes pregar calote e não se havia de ir pleitear com eles, porque, enfim, eram gente da tropa...
A sessão de 19 de Janeiro teve a assistência dos procuradores do conselho e do Povo da Lousa:
que haviam sido convocados para responderem sobre hum requerimento que os habitantes do dito Lugar fizeram a S. Magestade para se lhe conceder a graça de poderem aplicar os sobejos das cinzas do seu Concelho para modificação da Ermida de Santo António e São Francisco que totalmente se acha minada, responderam todos uniformemente que convinhão na expressada aplicação pela nescessidade que havia da mencionada obra”.
Foi por causa desta obra que, quando se tratou de reconstrução da Igreja matriz de Santa Maria do Castelo, os procuradores da Lousa votaram contra a aplicação dos sobejos das suas sisas às importantes despesas que aquela reconstrução exigia. A sessão de 27 de Fevereiro teve a assistência da Nobreza e Povo para que se pronunciassem sobre um requerimento de Diogo da Fonseca Barreto Mesquita que queria:
tapar huma terra que possue na Folha de Mercolles no sitio dos carris chamado da Quejeira da Estacia que leva sincoenta alqueires de semeadura”.
A Nobreza e o povo mostraram-se muito razoáveis. Declararam todos:
que eles convinhão que o Sup. Tapasse a mencionada Terra não só por ser verdade o que alega no seu requerimento mas pela conhecida utelidade ao publico dos Tapumes que aumentão a agricultura”.
E lá ficou tapada a terra do fidalgo Diogo da Fonseca, que ficava perto da queijeira da Estacia, que era nem menos do quue o sitio que hoje é conhecido pelo nome da “Terra do Desembargador”.
(Continua)
PS. Mais uma vez informe os leitores dos postes “Efemérides Municipais”, que o que acabou de ler é, uma transcrição fiel do que foi publicado na época.
O Albicastrense

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