A rubrica Efemérides Municipais foi
publicada entre Janeiro de 1936 e Março de 1937, no jornal “A Era Nova”. Transitou para o Jornal “A Beira Baixa” em Abril de 1937, e ali foi publicada até Dezembro de
1940.
A mudança de um para outro jornal
deu-se derivada à extinção do primeiro. António Rodrigues Cardoso, “ARC” foi o autor desde belíssimo trabalho de investigação, (Trabalho
que lhe deve ter tirado o sono, muitas e muitas vezes).
O texto está escrito, tal como foi
publicado.
Os comentários do autor estão aqui na
sua totalidade.
(Continuação)
A sessão seguinte
realizou-se no dia 4 de Maio e nela não e fez mais nada do que nomear os
almotaceis para os três meses seguintes. Foram nomeados para o exercício do
cargo o Dr. João Antunes Pelejão e José da Silva Castelo Branco.
O pior era se os três
meses destes eram do tamanho dos três meses dos que serviram antes deles.
Nomeados em 18 de Novembro para servir nos “três meses futuros”, só foram
substituídos agora, quase passados seis meses!
Só torna a Câmara a
dar sinal de si um mês e quatro dias depois, em 8 de Junho, mas desta vez foi
para ceder os lugares aos novos vereadores, que eram Francisco da Fonseca
Coutinho, Diogo da Fonseca Barreto e Mesquita e Francisco José de Carvalho
Freire. Para procurador do conselho vinha nomeado José Vaz da Cunha.
Mas os novos
vereadores vinham com um coragem de primeira categoria para fazer entrar tudo
na ordem, e tanto que no mesmo dia em que tomaram conta das poltronas
senatoriais fizeram…
Ora façam favor de ler, se querem ver:
“Nesta determinarão que visto constar a confuzam de contas e
atrazamento de pagas em que se acha o Depositário do Conselho tanto pelo que
respeita a este como ao depozito dos beins de raiz e dinheiros dos Ingeitados
não querendo os Actuais Vereadores e Procurador daqui por diante abonalo nem
aprovalo em quanto se não liquidarem as suas contas e se mostrar capaz de pagar
o atrasado e o for cobrado. Determinarão que seja o dito Manoel António de
Carvalho notheficado para de hoje em diante não receber dinheiro algum
pertencente a qual quer dos referidos depozitos emquanto se lhe não tomarem
contas e se tomar arrezulçam conveniente nesta Camara”.
Chama-se a isto entrar com fúrias de
leão. Veremos se tinham razão para desconfiar do tesoureiro ou se tudo aquilo
não foi mais que o resultado de más vontades ou de intrigas de soalheiro.
PS. Aos leitores dos postes “Efemérides Municipais”: O que acabaram de ler, é uma transcrição fiel do que foi
publicado na época.
O Albicastrense
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