Se algum albicastrense sair à
rua e perguntar a quem quer que seja o nome de dois ou três estabelecimentos comercias com mais de meio século de existência em Castelo Branco, estou
convicto que a grande maioria terá grande dificuldade em dizer dois ou três nomes.
Vem esta minha inquirição ao
facto de ao passar á porta da Gráfica de S. José, ter perguntado a mim próprio, a antiguidade desta empresa e seu historial.
Esta empresa faz parte das
minhas recordações de infância, pois ainda hoje recordo que em finais da década
de 50 do passado século, (era eu uma criança) me vi forçado a ir dizer a um
primo meu que ali trabalhava, (através de uma janela), que o nosso avô tinha
morrido. Entre 1976 e 2003, muitas
foram as vezes que me desloquei à Gráfica de S. José em serviço, pois era ali
que o museu mandava fazer muitas das suas publicações, assim como cartazes e
panfletos referentes a exposições.
Recordações à parte, resolvi entrar e
falar com o senhor João Paulo Nunes, atual dono da empresa com seis
trabalhadores, mas que tempos passados chegou a ter vinte e seis.
Disse-me João Nunes que a
empresa deve o seu nome ao facto de ter sido fundada no dia 19 de março de
1954, (dia se S. José).
A empresa foi fundada pelos
Senhores Vilela e Monteiro, que alguns anos mais tarde a terão trespassado a
João Nunes e Arlindo Rafael, sendo hoje gerida por João Paulo Nunes filho de um
dos anteriores proprietários. Esta empresa que para
muitos albicastrenses poderá ser apenas mais uma, tem grande
historial na terra albicastrense, pois ali se publicaram as primeiras edições
da revista “Estudos de Castelo Branco“, o antigo jornal “Beira Baixa”, entre
muitas outras publicações com história na cidade de Castelo Branco.
No entanto, o que mais me
sur-preendeu quando entrei nas instalações da Gráfica
de S. José, foi verificar que as velhinhas máquinas
que durante muitos e muitos anos foram o ganha-pão de muitos
albicastrenses, ainda hoje independen-temente de já não funcionarem, ali
repousam, presença que dignifica o seu passado.
Sessenta e um anos após a sua
fundação, este albicastrense só pode desejar que a Gráfica de S. José não seja
apenas uma empresa com passado, mas também, uma empresa do presente com prospectivas de um grande futuro pela
frente.
O Albicastrense
ResponderEliminarAida Monteiro
Senhor Bispo, meu Amigo
Com muita, mesmo muita emoção, vi hoje o seu artigo sobre a Gráfica de São José.
Um dos fundadores foi o meu Pai, José Monteiro.
Teve o nome de São José, porque os fundadores eram Josés, pertenciam aos Josés de Portugal e tinham, na empresa, em destaque (não sei se ainda lá existe) - o lema dessa Associação, " Faz o Bem sem olhares a Quem ".
O meu Pai, durante a vida, honrou esse lema.
Essa casa tem, para mim, recordações emocionais incomensuráveis.
Bem haja por A recorda
ESCARNECIMENTO
ResponderEliminarO comentário anterior foi-me enviado por email.
Comentário que eu postei aqui como forma de homenagear um dos homens que dirigiu a Grafia de S. José durante alguns anos.
Para esta minha amiga um grande abraço do albicastrense.