domingo, julho 19, 2015

VELHOS ESTABELECIMENTOS DA TERRA ALBICASTRENSE

Se algum albicastrense sair à rua e perguntar a quem quer que seja o nome de dois ou três estabelecimentos comercias com mais de meio século de existência em Castelo Branco, estou convicto que a grande maioria terá grande dificuldade em dizer dois ou três nomes.
Vem esta minha inquirição ao facto de ao passar á porta da Gráfica de S. José, ter perguntado a mim próprio, a antiguidade desta empresa e seu historial. 
Esta empresa faz parte das minhas recordações de infância, pois ainda hoje recordo que em finais da década de 50 do passado século, (era eu uma criança) me vi forçado a ir dizer a um primo meu que ali trabalhava, (através de uma janela), que o nosso avô tinha morrido. Entre 1976 e 2003, muitas foram as vezes que me desloquei à Gráfica de S. José em serviço, pois era ali que o museu mandava fazer muitas das suas publicações, assim como cartazes e panfletos referentes a exposições. 
Recordações à parte, resolvi entrar e falar com o senhor João Paulo Nunes, atual dono da empresa com seis trabalhadores, mas que tempos passados chegou a ter vinte e seis.
Disse-me João Nunes que a empresa deve o seu nome ao facto de ter sido fundada no dia 19 de março de 1954, (dia se S. José).
A empresa foi fundada pelos Senhores Vilela e Monteiro, que alguns anos mais tarde a terão trespassado a João Nunes e Arlindo Rafael, sendo hoje gerida por João Paulo Nunes filho de um dos anteriores proprietários. Esta empresa que para muitos albicastrenses poderá ser apenas mais uma, tem grande historial na terra albicastrense, pois ali se publicaram as primeiras edições da revista “Estudos de Castelo Branco“, o antigo jornal “Beira Baixa”, entre muitas outras publicações com história na cidade de Castelo Branco.
No entanto, o que mais me sur-preendeu quando entrei nas instalações da Gráfica de S. José, foi verificar que as velhinhas máquinas que durante muitos e muitos anos foram o ganha-pão de muitos albicastrenses, ainda hoje independen-temente de já não funcionarem, ali repousam, presença que dignifica o seu passado.
Sessenta e um anos após a sua fundação, este albicastrense só pode desejar que a Gráfica de S. José não seja apenas uma empresa com passado, mas também, uma empresa do presente  com prospectivas de um grande futuro pela frente.
O Albicastrense

2 comentários:


  1. Aida Monteiro
    Senhor Bispo, meu Amigo
    Com muita, mesmo muita emoção, vi hoje o seu artigo sobre a Gráfica de São José.
    Um dos fundadores foi o meu Pai, José Monteiro.
    Teve o nome de São José, porque os fundadores eram Josés, pertenciam aos Josés de Portugal e tinham, na empresa, em destaque (não sei se ainda lá existe) - o lema dessa Associação, " Faz o Bem sem olhares a Quem ".
    O meu Pai, durante a vida, honrou esse lema.
    Essa casa tem, para mim, recordações emocionais incomensuráveis.
    Bem haja por A recorda

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  2. ESCARNECIMENTO
    O comentário anterior foi-me enviado por email.
    Comentário que eu postei aqui como forma de homenagear um dos homens que dirigiu a Grafia de S. José durante alguns anos.
    Para esta minha amiga um grande abraço do albicastrense.

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