segunda-feira, setembro 26, 2005

MUSEU DE FRANCISCO TAVARES PROENÇA JÚNIOR

Tendo trabalhado no Museu durante 27 anos e estando actuamente aposentado, pensei em ter neste blog uma coluna com informações sobre as suas actividades, e ao mesmo tempo dizer o que penso sobre as mesmas.
Tendo trabalhado no Museu entre 1976 e 2003, vou aproveitar igualmente este blog para aqui contar o que foi trabalhar nesta instituição e o seu percurso cultural ao longo desse tempo.
Falarei também do que foi trabalhar com o Dr. António Forte Salvado, primeiro director do Museu com quem tive a honra e o prazer de trabalhar, não esquecendo porem a personagem seguinte, falarei ainda do que foi trabalhar com a Dr. Ana Margarida. Irei também falar
CASA DO PESSOAL DO MUSEU
e
GRUPO DE ANIMAÇÃO CULTURAL DO MUSEU
1976 - 1989
Junho de 1976 foi o mês da minha entrada no Museu, ali tive a oportunidade de conhecer uma pessoa por quem ainda hoje tenho um grande respeito e uma admiração do tamanho do mundo, Dr. António Forte Salvado. Que dizer do Dr. Salvado?
Que bom seria ter engenho e arte para aqui poder dizer o que pense, e o que sinto, mas a falta de capacidade na escrita, limita-me o saber transcrever para estas linhas tudo aquilo que me vai na alma, apenas direi o Museu Tavares Proença, perdeu com a sua saída em 89 de uma forma vergonhosa e escapafurdia, a sua alma, ficando apenas com o seu espaço físico.
O que um é corpo sem alma?
Apenas um cadáver em decomposição!

Entrei no Museu como já disse anteriormente em Junho de 76, como era o Museu nessa altura?
Dois anos após o 25 de Abril o Museu dava mais alguns passos no sentido de escancarar as suas portas á cidade, o panorama cultural da cidade era desolador apenas duas ou três organizações se mexiam na cidade, as actividades no museu fervilhavam de emoção, as exposições de pintura sucediam-se muitos dos melhores pintores Portugueses, exponham, pela primeira vez em Castelo Branco, o numero de visitantes aumentava a olhos vistos, já se comentava vir a Castelo Branco e não visitar o Museu era com ir a Roma e não ver o papa.
Tive o privilégio de conhecer praticamente todos os grandes pintores Portugueses, das décadas de 70 / 80, não vou aqui dizer os seus nomes pois se o fizesse, alguém ficaria de fora por esquecimento.
Durante os treze em que fiz parte do grupo de trabalho que agitava culturalmente esta cidade, sob a chefia do Dr. Salvado, terão sido feitas mais de 250 exposições de pintura no museu. Porem o museu não era só pintura em colaboração com o saudoso Eng. Russinho e a sua Pró-Arte os concertos sucediam-se, Músicos de vários países davam-nos música no salão do museu.
Que saudades tenho eu do velho piano...
Continua em breve....
O ALBICASTRENSE

3 comentários:

  1. Também me lembro muito bem do Russinho, artista com o qual tive a sorte de privar, dos concertos Pró Arte já não tenho uma vivência mas apenas os ecos. Ainda assisti a um concerto do Vasco e Grazi Barbosa e, claro, sei muito bem que piano é esse...ou julgo saber. Um Steinway de cauda (não sei se meia ou maior). A última vez que o vi, estava no Centro de Juventude a ainda se podia tocar.

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  2. Idanhense, o piano não está na Santa Casa já há bastante tempo.

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  3. Anónimo16:37

    Seria óptimo fazer referências mais concretas sobre os concertos da Pro-Arte, nomeadamente por quem eram organizados.
    Quanto ao Dr Salvado, corroboro inteiramente as referências que lhe faz.
    Parabéns
    Assina: jotta

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