sábado, março 27, 2010

IMPIEDADES NA MINHA CIDADE

Já aqui disse por várias vezes, que ao longo dos tempos, aconteceram no burgo albicastrense, “impiedades” muito estranhas!.. E que por mais voltas que lhe possamos dar, a pergunta será sempre a mesma.

- Como foi possível que alguém tenha permitido esta barbaridade!
- Ou... como foi possível que ninguém se tivesse levantado contra esta desgraça!?

Como albicastrense que sempre aqui viveu, (com excepção do tempo em que estive na vida militar) e descendente de muitos outros albicastrenses, não posso deixar de me interrogar sobre as tais, “impiedades”.
Procurei no “Dicionário Nacional Geográfico Humanóide”, a designação correcta para este desapego intemporal pela nossa história local. Após alguma pesquisa, encontrei a tão proclamada designação:
Albicastruenses, (1) “Seres submissos e obedientes”.
A pequena reinação com que comecei este posts, tem como objectivo contar aqui, mais uma das muitas desgraças de que a minha cidade, tem sido vítima ao longo dos tempos.
UM PEQUENO RESUMO HISTÓRICO
Entre as muitas maletas de que a minha cidade foi vítima ao longo dos tempos, existem algumas dignas de figurarem no Guinness da estupidez.
- Em finais do século XVIII, decidiram os responsáveis da cidade, derrubar grande parte da velha muralha. Os albicastrenses, submissos e obedientes ficaram no seu canto e até compraram parte da pedra, para construírem as suas próprias casas.
- Na década de 50 do século XX, resolveram outros responsáveis mandar abaixo o velho Teatro do Largo de Santo António, para se construir no local, um edifício para uso militar.
- Ainda nesta década, resolveram os mesmos responsáveis mandar abaixo o Solar da Família Fevereiro, situado no Largo da Devesa para construir o mamarracho que lá existe.
- Na década de setenta, resolveram outros responsáveis arrasar o velho Hotel de Turismo de Castelo Branco.
Após o relato de algumas das calinadas do passado da nossa cidade, passemos aos dias de hoje, e àquilo que me levou a escrever este posts.
No inicio da década de noventa, entenderam os responsáveis pelo burgo albicastrenses, (Finais do reinado de Vila Franca) autorizar a construção de habitações na encosta do Castelo. A vereação que lhe sucedeu na casa grande, alinhou pela mesma bitola.
Os albicastrenses como sempre!.. Ficaram serenamente sentados, muito acomodados, a olhar para o dia de ontem.
Hoje constatamos, que ali nasceu não meia dúzia de casas como inicialmente se argumentava, mas uma resma de casas que transformaram aquela que era uma bonita encosta, num aglomerado de casas. Que haja gente, para quem a defesa da sua cidade venha depois dos interesses de uns tantos, é normal! Agora que a grande maioria dos habitantes dessa mesma terra, ficassem cegos, surdos e mudos, perante mais esta monstruosidade, é de gritar aos céus.
A questão a perguntar só pode ser uma!.. Tendo a nossa cidade, espaços mais que suficientes para se expandir, como foi possível, que alguém tenha decidido por todos nós, a destruição da encosta do castelo e que os albicastrenses, virassem a cara para o outro lado como se nada fosse com eles?
Responda quem souber e quiser, que este albicastrense até confessa, que em certas ocasiões, tem inveja de algumas pessoas que se amarram a portões, para impedir que certos senhores retalhem, vendam, ou destruam aquilo que é de todos em benefício de uns tantos.
(1) Palavra inexistente.


O Albicastrense

6 comentários:

  1. Anónimo19:34

    Estas aberracoes não vêm só de Vila Franca vem do amigo do Baltazar do Santo com a benção do amigo do nosso amigo
    Pode ser que a zanga das comadres esteja para breve
    e então caldeirada
    robin dos bosques

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  2. Anónimo01:25

    É fácil!
    Da próxima vez não apele ao voto no actual presidente!

    É preciso ter muita lata para criticar e simulataneamente lamber as botas!

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  3. Anónimo09:00

    Pois é bem verdade “robin dos bosques”, é que o amigo do nosso amigo, não é nosso amigo, nem amigo da cidade. Felizmente 4 anos passam rapidamente.

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  4. Caro anónimo.

    É preciso ter lata! Acusa-me de ser lambe botas… e depois não tem a bravura de escarrapachar o seu nome por baixo.

    Vamos a factos! Diz que eu fiz apelo ao voto no actual presidente da nossa autarquia!
    Só posso dizer-lhe duas coisas; ou você leu mal, ou eu não consegui desenvolver a ideia que pretenderia, no referido posts.
    Mas mesmo que eu apelasse ao voto no actual presidente (o que não aconteceu, pois nem sequer votei nele), tal não significaria que tenha que estar quietinho no meu cantinho.
    O futuro da nossa cidade, não deve nem pode estar, nas mãos daqueles que elegemos para a dirigir, mas sim nas mãos de todos aqueles que aqui moram.

    Meu amigo, quando elegemos determinada pessoa para um determinado lugar, não estamos a dar-lhe o poder totalitário, mas antes a eleger alguém em quem confiamos.
    Porém, devemos (e podemos felizmente) criticar sempre que não estejamos de acordo com o dito cujo, e não enfiar a cabeça na areia como a avestruz, (como os tais); “Seres submissos e obedientes”.
    Um abraço

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  5. Boa dia,

    Mas custa muito criar o raio de uma conta? Já viram o tempo que poupávamos? Basta irem a: https://www.google.com/accounts/NewAccount. É grátis e demora 5 minutos no máximo...

    Em relação ao post, vi recentemente na tv, imagens de quando os nortenhos se amarraram aos portões de um edifício que seria vendido à IURD (onde é que eles andam agora?). Devido às manifestações, a venda foi cancelada. Fez-me pensar neste caso e pensar que realmente reclamamos muito, mas se calhar, não fazemos tudo o que está ao nosso alcance para defender aquilo que é nosso por direito...

    Abraço!

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  6. Anónimo08:12

    Não vejo qual é o problem de se ter construido habitações no lado oposto da encosta do Castelo se é por causa das vistas da bela encosta que lá se situava, desenganem-se porque essa encosta estava moribundamente deixada ao abandono, fazendo-se assim um plano habitacional para essa mesma zona, mas o problema já parte muito detrás quando à uns anos deixaram construir ohotel tryp (colina do Castelo) e as piscinas de Castelo Branco não havendo plano urbanistico na altura nem escavações arqueológicas decentemente aprovadas. Agora quanto às casas que se encontram actualmente na encosta traseira do Castelo não passarão da actual cota...
    um aparte: Consegue-me arranjar registos do antigo Teatro onde actualmente se situa a prisão de Castelo Branco? Já ouvi dizer que era uma réplica do Dª MariaII de Lisboa mas em versão mais pequena claro...

    cumprimentos

    Gonçalo Martins

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