sábado, fevereiro 26, 2011

JORNAIS DA MINHA TERRA




UM PEQUENO RESUMO HISTÓRICO - (IV)
(Continuação)
Em Dezembro de 1911 saiu a primeira edição do jornal; ”O Futuro da Beira”. Tinha como subtítulo; “Pelo povo e para o povo”. Era impresso na rua dos Oleiros e tinha na sua direcção; Carlos Martins. Tinha como editor; Eugênio Cardoso. Tinha como redactores; António Guilhermino Lopes, António Romão e José Gardete Martins. A sua redacção situava-se em Proença a Nova. Dizia-se defensor; “Dos direitos das classes produtoras e órgão da Liga do Fomento da Beira”.
Nota: Para um jornal que se dizia defensor as classes produtoras, (parece que não consegui defender-se a si próprio) finou-se com a saída do número seis.
Em Fevereiro de 1912 apareceu o jornal, “A Beira”. Tinha como subtítulo; “Paz e Progresso”. Tinha como seu director; António Pignatelli. Como editor; Eugênio Cardoso. Como administrador; António Nunes Cardoso e António Nunes Basílio.
Aparece como propriedade do “Grupo União Albicastrense” e tinha a sua redacção na rua do Postigo. Era impresso na rua dos Oleiros.
Procurava defender os interesses do “Grupo”, (a briosa Corporação dos Bombeiros Voluntários) e os legítimos interesses da cidade.
Nota: Este jornal dizia-se defensor da Corporação dos Bombeiros Voluntários de Castelo Branco. Creio que não terá ajudado a apagar muitos fogos, uma vez que saiu de cena, após a publicação do décima número.
Em Dezembro de 1912 surgiu o jornal, “O Beirão”. Tinha como subtítulo; “Deus e Pátria”. Era um semanário Monárquico e tinha como director; António Rodrigues Cardoso, (cá está ele outra vez). Como administrador; José Geraldes Cardoso. Era editado na rua dos Cavaleiros. Dizia; “Que tinha por objectivo advogar dentro da lei, os direitos dos católicos e defender os fracos e os perseguidos”.
Nota: Este para a época aguentou-se bastante tempo. Publicou 200 edições ao longo dos seus cinco anos de existência. Cinco anos e duzentos números é sem duvida um feito para esses tempos.
Em 1912 iniciou a publicação o semanário; “O Futuro”. Tinha como subtítulo; “O órgão da Classe Operaria”. Era seu director; Júlio Pereira e tinha como administrador; Júlio E. Nard. Tinha como editor; Eugênio Cardoso.
A sede situava-se na rua dos Oleiros, em Castelo Branco. Era composto e impresso na tipografia Trindade..
Nota: Este tinha um bom nome, porém, para um jornal que tinha como subtítulo; “Órgão da classe operaria” dá ideia que foi abandonado por essa classe, pois finou-se após a publicação do número cinco.
A 22 de Setembro de 1912 surgiu à luz do dia em Castelo Branco, o jornal “O Rebate”, (sucessor do jornal “o Futuro). Dizia; “ser um órgão das classes trabalhadoras”.
Tinha como seu director; José Fernando Alves. Como administrador; José Eugênio Nard. Era seu editor; José Oliveira Carvalho. Tinha a sua administração, na rua do Saibreiro. Era propriedade de um grupo de operários de Castelo Branco. Era composto e impresso na tipografia Pelejão. Afirmava, “ser o continuador do programa do jornal, O Futuro”, que terminara pouco tempo antes. A partir do numero oito, dizia ser “propriedade do núcleo do Partido Socialista de Castelo Branco”. No entanto no numero 26 já afirmava que o jornal, “era propriedade de um grupo de Operários de Castelo Branco”.
Nota: Também este não foi seguido pelas classe que dizia defender, evaporou-se após a publicação no número 74 em 1915. Mesmo assim ainda por cá andou cerca de dois anos e meio.
Em Dezembro de 1912, iniciou a sua publicação o semanário “A União” Era seu director; José Barros Nobre. Tinha como editor e administrador; Joaquim Lúcio Pelejão. Era composto e impresso na tipografia de Joaquim Lúcio Pelejão. Dizia ser um semanário político, e que iria fazer a propaganda da agremiação partidária a que pertencia.
Assim como iria discutir os actos públicos das pessoas educadas e elogiar os actos de utilidade para o pais e para a região.
Nota: Parece que discutir os actos públicos a elogiar ao actos de utilidade para o pais e para a região não lhe valeu de muito, pois finou-se com a saída do número 65, em 1914.
Em Abril de 1915 Castelo Branco deu à luz o seu primeiro jornal desportivo, “O ECO”. Dizia ser; “Árduo defensor do desenvolvimento do desporto na nossa cidade”.
Tinha como director; António Pedro Costa e como redactor principal; Joaquim Santos N. Sal. Aparecia como seu administrador; Mário B. Ramos (que também era seu editor e proprietário).
A sede da administração localizava-se na rua 5 de Outubro. Era um jornal copiografado com desenhos feitos a mão.
Nota: Nem o facto de ser um jornal desportivo lhe valeu de muito, ficou fora de jogo com a saída no número nove, nesse mesmo ano de 1915
(Continua)
Os dados constantes nos postes: “Jornais da minha terra” foram recolhidos em antigos jornais da nossa cidade, e em publicações que se encontram na biblioteca da nossa cidade.
O Albicastrense

1 comentário:

  1. Olá ,António , permita-me que também o trate assim. Gostei de o ver pelo meu blogue e ainda bem que gostou . Conto com os seus comentários sinceros .
    Quanto ao seu artigo sobre os jornais albicastrenses , muito tenho aprendido nele pois só conhecia os actuais . Entre estes, o que conheço desde sempre é a Reconquista que o meu pai assinava . Espero continuar a ampliar os meus conhecimentos
    Um abraço
    Quina

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