LEMBRANÇAS....
”Para
a história do Bispado de Castelo Branco”
(Continuação)
Estremecem
de indignação e de impotência da época. Provavelmente de
Alcântara, debalde Junot proclama aos portugueses e, em primeiro
lugar, a esta cidade (20 de Novembro de 1807), os falsos
propósitos de nos “salvar da dominação inglesa”, de
manter a disciplina e o bom comportamento da suas tropas, sob a pena
das leis e conselhos de guerra; debalte, seria acolhido com Delabord,
Loison, o governador Peyre Ferry e outros chefes gauleses à mesa do
prelado, no magnifico Paço, concorrendo a cidade no bom gasalhado
aos intrusos, em boletos, requisições e facilidades de varias
ordem.
Sofriam-se
ultrajes na honra e na fazenda, e assim sucederia em outras terras
beiroas, Sarzedas, Covilhã, Alpedrinha e Tinalhas, até que,
decorridos tempos, contra a saque, o morticínio e o incêndio, os
primeiros gritos de explosão patriótica levantassem a resistência
e a insurreição por toda a parte.
Por
ali passou o Conde de Aranda, comandante do exercito franco-espanhol
na Campanha de 1762, o infante espanhol D. Carlos, em 1833, e bem
merecia evocar-se o que de curioso, trágico ou burlesco, presenciou
o histórico cenário. Mas
após o ultimo bispo de Castelo Branco, foi-se de deteriorando e
delapidando o recheio do Paço, até 1835, em que passou a outras
funções.
Ali se hospedou Saldanha em 1846, que por medida de segurança mandou recolher a baixela a Tomar, restituída no ano seguinte e conservada em deposito particular, até 1854, em que se verificou ter o peso de 28864,9 oitavas de prata. Tudo foi entristecendo e envelhecendo naquela casa, até à instalação do liceu em 1911 e após ter decaído em funções mesquinhas....
Ali se hospedou Saldanha em 1846, que por medida de segurança mandou recolher a baixela a Tomar, restituída no ano seguinte e conservada em deposito particular, até 1854, em que se verificou ter o peso de 28864,9 oitavas de prata. Tudo foi entristecendo e envelhecendo naquela casa, até à instalação do liceu em 1911 e após ter decaído em funções mesquinhas....
(Continua)
Texto
retirado do livro:
“Estudantes
da Universidade de Coimbra Naturais
de Castelo Branco de: Francisco Morais e José Lopes Dias”
O
ALBICASTRENSE
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