A
rubrica Efemérides Municipais foi publicada entre Janeiro de 1936 e
Março de 1937, no jornal “A
Era Nova”.
Transitou para o Jornal “A
Beira Baixa”
em Abril de 1937, e ali foi publicada até Dezembro de 1940.
A
mudança de um para o outro jornal, deu-se derivada à extinção do
primeiro. António Rodrigues Cardoso, “ARC”
foi o autor desde belíssimo trabalho de investigação, (Trabalho
que lhe deve ter tirado o sono, muitas e muitas vezes).
O
texto está escrito, tal como foi publicado.
Os
comentários do autor estão aqui na sua totalidade.
(Continuação)
Continuando,
temos agora a sessão de 9 de Maio de 1798. Apareceram nela a Nobreza
e o Povo, porque era preciso informar o Governo da Rainha sobre um
requerimento de Simão da Costa Caldeira Pedroso, que pretendia tapar
uma porção de terreno de quarenta palmos de largura e de
comprimento tudo o que ia “desde
a Moreira que deve ficar fora athé a outra quina da casa”
de que o requerente já era possuidor, junto ao Largo de S . João.
Vereadores,
Nobreza e Povo acharam que o requerimento era de atender e os
louvados avaliaram o foro, que pelo terreno devia ser pago em reis.
Que
terreno fosse esse não sabemos nós dizer, porque a “Moreira
que deve ficar fora”
ninguém sabe onde ficava, mas devia ficar pelas alturas das casas
que a família Caldeira Pedrosa hoje ainda possui ali perto, no
começo das descida para o chafariz da Mina.
A
sessão seguinte realizou-se no dia 15 de Maio e meteu também
Nobreza e Povo, porque também se tratava da cedência de terreno por
afloramento.
Primeiro
era Manuel Gonçalves Custodio que pretendia aforar “um bocado
de terra do concelho, no sitio da Devesa do lugar de Escalos de
Baixo”.
Responderam
todos que sim, que estava bem.
Depois
era um requerimento de “Maria
Luiza Pica Peixe, que pretendia tapar uma terra na folha de S.
Bartholomeu no sitio do Carvalhinho”;
mas a requerente tinha morrido e por isso atirou-se o requerimento
para o cesto dos papeis velhos e passou-se adiante.
A
sessão seguinte realizou-se no dia 7 de Junho. O que nela se passou
foi isto:
“Nesta
Veriação foi aprezentada huma Provizão em que Sua Mag. consede a
esta Camera a liberdade de poder nomear hum novo Medico com o Partido
de Duzentos e quarenta mil reis como consta de huma Provizão que se
acha Registada no Livro do Registos desta Camara a folha 297 e por
todos uniformemente foi determinado que nomeavão para Medico desta
cidade segundo Partido igual ao que já há de duzentos e quarenta
mil reis a Felipe Joaquim Henriques de Payva por com correrem nella
os requezitos necessarios, porque no tempo que tem rezedido nesta
cidade tem dado provas do seu bom talente, e atevidade, e zello tem
curado nesta mesms cidade sem qiue athe o prezente tenha percebido
couza alguma”.
(Continua)
PS.
Aos leitores dos postes “Efemérides
Municipais”: o
que acabaram de ler, é uma transcrição fiel do que foi publicado
na época.
O
Albicastrense
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