MANUEL
DE OLIVEIRA DA SILVA CASTELO BRANCO
Nasceu
em Castelo Branco a 25 de Dezembro se 1802, sendo filho de José da
Silva Castelo Branco e de sua mulher D. Antónia do Almorão Capelo e
Silva.
Tendo
assentado praça com 19 anos, a 5 de Fevereiro de 1821, é nomeado
porta-estandarte a 11 de Novembro do mesmo ano.
Passou
a oficial em cadete, sendo alferes a 14 de Dezembro de 1825, em
Cavalaria 11. Em virtude dos seus ideais liberais, emigrou no mês de
Outubro de 1828, pela Galiza, para Inglaterra.
Estando
em Plymouth em 1892, dali partiu para os Açores no navio Bolivar,
desembarcando em Angra do Heroísmo, na Terceira, a 7 de Março do
mesmo ano. Fez parte do exercito liberal que desembarcou nas praias
do Mindelo, a 8 de Julho de 1832, sendo promovido a tenente a 26 do
mês seguinte.
Toma
parte nas açoes que tiveram lugar no sítio do Porto, onde foi
gravemente ferido, tendo sido distinguido pelo valor demonstrado com
o grau de Cavaleiro da Torre e Espada.
Promovido
a Capitão, a 25 de Julho de 1833, está presente na Asseiceira a 16
de Maio de 1834, valendo-lhe a sua actuação nesta batalha, o
Oficia-lato da Torre e Espada. Fez parte da Divisão
Auxiliar a Espanha, onde esteve em Arminon.
Nomeado
Cavaleiro da Ordem de Aviz, foi promovido a major a 1 de Julho de
1844, demonstrando grande zelo na repressão contra as guerrilhas de
bandidos e malfeitores, quando
comandava a 4ª e 5ª secções Militares da Sub-Divisão de
Beja. Por decreto de 20 de Janeiro de 1847 é promovido a
Tenente-Coronel do regimento de Cavalaria 8, por distinto
comportamento e relevantes serviços na açao de Torres Vedras de
1846.
Distinguido
com o grau da Cavaleiro da Ordem de Nossa Senhora da Conceição de
Vila Viçosa, morreu na Acção do Alto do Viso, próximo de
Setúbal, a 1 de Maio de 1847, quando à frente dos soltados
comandava uma carga de cavalaria, como refere Pinho Leal.
Como
militar e cavaleiro, dele ficou uma aura de bravura e intrepidez, de
tal modo que Cristóvão Aires na História da Cavalaria Portuguesa,
afirma:
“Quantos
soltados da nossa cavalaria sabem o que representa para a sua arma os
nomes, por exemplo, do Marguês de Sá de Bandeira, de Cristóvão
Teive, e do Barão de Sicosme, de José da Fonseca, de Simão da
Costa Pessoa (Conde de Vinhais), de D. Carlos de Mascarenhas, de
Manuela de Oliveira Castelo Branco, de António José da Cunha
Salgado e, de tantos outros, que se tornaram ilustres quer nas lides
cruentas da guerra ou quer nos profícuos trabalhos da paz? Pois
estes nomes, com os factos que os tornaram conhecidos e memoráveis,
devem ser decorados”.
Recolha
de dados: “Figuras ilustres de Castelo
Branco”, de Manuel da Silva Castelo Branco.
O
Albicastrense
Sem comentários:
Enviar um comentário