"SUBSÍDIOS PARA A HISTÓRIA REGIONAL DE BEIRA BAIXA"
Nas minhas deambulações pela
biblioteca da terra albicastrense, tenho
encontrado publicações que são autênticas delícias.
Estão neste prato de delicias (não gastronómicas), dois volumes que têm
como títulos; “SUBSÍDIOS
PARA A HISTÓRIA REGIONAL DE BEIRA BAIXA”, editados em 1940 e 1950”,
com direcção de J. Ribeiro Cardoso, pela Junta Provincial da Beira
Baixa. Dois volumes que bem merecem ser
saboreados, por quem gostar de conhecer melhor a história da nossa beira baixa.
Para abrir o apetite a quem gostar
deste tipo de menus, aqui ficam umas quadras populares retiradas de um trabalho
de Luís Chaves, sobre as colchas de Castelo Branco.
“Moreira & Moras”
Fiz
a cama na moreira,
com
tenção de madrugar:
Veio
o vento, abanou-me,
quem
está bem, deixa-se estar.
Fiz
a cama na moreira,
da
mora fiz o encosto:
Namorei-me,
fiz mui bem,
não
fosses tu do meu gosto.
Ó
alto pé da moreira,
onde
canta a cotovia;
Já
me vai querendo bem,
quem
tão mal me queira.
Ó
minha mora madurinha,
diz-me:
quem de amadurou?
-
Foi o sol, foi a lua,
foi
calor que me apanhou.
“Seda & Sirgo”
Chamais-me moreira triste;
Por que razão me chamais?
A moreira cria o sirgo,
com que vós vos asseais.
Minha mãe, criai o sirgo,
que eu irei ripar a folha.
Ao ramalhete mais alto,
da moreira toda.
Minha mãe, criai o sirgo,
minha mãe, criai, criai,
que eu irei ripar a folha,
ás moreiras de meu pai.
Dados sobres as referidas obras:
Obras
impressas a duas cores com fotogravuras, contendo temas de etnografia, história
medieval, transcrição de documentos foraleiros, arqueologia pré-histórica,
história moderna, numismática, epigrafia, indústrias agrícolas (sericultura,
tecelagem, etc), arquitectura popular, arquitectura religiosa, recolhas de
cancioneiro, e outros temas.
O Albicastrense
ResponderEliminarOlá amigo albicastrense !Fiquei mesmo curiosa .Será que não reeditam a obra ? Era bom se o fizessem
Um abraço
Amiga Idanhense sonhadora.
ResponderEliminarDificilmente estes dois volumes serão reeditados. Só se alguém consegui-se sensibilizar as autarquias de toda a beira baixa, para tal.
Resta-lhe a consulta na biblioteca ou algum alfarrabista.
Abraço