LEMBRANÇAS
“Para a história do Bispado de Castelo Branco”
(Continuação)
Sem dilação, outorgada o mesmo
diploma pombalino “todos os privilegios e liberdades de que devem gozar e
gozam as outras cidades destes Reinos, concorrendo com ellas em todos os actos
públicos, e uzando os cidsdaons da mesma cidade todas a distincçoes e
preeminencias de que uzão os das outras sem diferença alguma”.
Pela carta régia da Chancelaria-Mor
do Reino, de 15.IV do mesmo ano, com duplicado para a Torre do Tombo e cópias
para a Câmara Municipal e a Correição de Castelo Branco, entra definitivamente
em vigor o diploma de cidadania. Pouco tempo depois, o breve
apostólico de Clemente XIV promove à dignidade se Sé catedral a igreja
paroquial, e estabelece o bispado, 19.VI do mesmo ano. A diocese fica
sufragânea do patriarcado, e o Pontífice confirma a nomeação do primeiro bispo,
D. Frei José de Jesus Maria Caetano, provincial
dos dominicanos e mestres dos filhos do Marquês de Pombal, enquanto
exorta o cabido, clero e fieis a obedecer ao seu prelado.
Logo, no breve do dia imediato lhe autoriza a
sagração anta três ou mais bispos de sua escolha. Foi efectivamente sagrado a 7-XI-1771,
e tomou posse a 21-XII, por procuração ao padre-mestre dos dominicanos e
provisor do novo bispado, Dr. Manuel Batista Dourado, natural se Portalegre.
A D. Frei José não lhe correu pressa vir ocupar a sede episcopal. Deixou estralejar os morteiros da calorosa e triunfal recepção aos ouvidos do provisor, já não era novo, a dispunha da felicidade de um feitio repousado e folgazão. Profìrio da Silva esclarece: “vulgarmente era conhecido pelo bispo-trasgo, por ser dotado dum génio e maneiras joviais, de quem por isso se contam varias anedotas de gracejos”
A D. Frei José não lhe correu pressa vir ocupar a sede episcopal. Deixou estralejar os morteiros da calorosa e triunfal recepção aos ouvidos do provisor, já não era novo, a dispunha da felicidade de um feitio repousado e folgazão. Profìrio da Silva esclarece: “vulgarmente era conhecido pelo bispo-trasgo, por ser dotado dum génio e maneiras joviais, de quem por isso se contam varias anedotas de gracejos”
(Continua)
O Albicastrense
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