sexta-feira, março 21, 2014

CRÓNICAS DO QUINTAL DOS MARRECOS - VIII

A DIVIDA
No quintal marrecal instalou-se a confusão, marrecos espertos sobre a dívida da tasca, (perdão! Do quintal...), assinaram um papelucho onde afirmam que é necessário renegociar a malvada, contudo, o marreco primeiro veio a público escarrapachar que os calotes assumidos devem ser respeitados e pagos de acordo com o negociado. 
O Zé Alfarrabista, ilustre intelectual na área dos livros de quadradinhos, com currículo que vai desde a velha quarta classe ao curso superior usurpado na universidade velhinha, afirmou na tasca do Zé Ladainhas, que estamos mais uma vez perante uma grande cagada. Afirmando de imediato, que nem os espertos sobre a dívida estão certos, nem o marmanjo do primeiro sabe o que diz, pois ele é que sabe como se deve pagar a "cabrona" da malvada.
Perante o espanto da clientela da copofonia, avançou com a  milagrosa solução para combater a dita cuja: 

Pagamos a desgraçada em quatro suaves prestações, prestações a pagar durante cem anos: nos primeiros 25 anos não pagávamos nada, nos segundos 25 anos só pagão os ricos, nos terceiros 25 anos ficávamos isentos, na última, pagam todos aqueles que  esticaram as botas nos 75 anos anteriores".

Perante tão tentadora e extraordinária proposta, o marreco "Manel" dos Poemas (ilustre poeta do quintal marrécal), propôs desde logo a criação de uma comissão de apoio a esta ideia. O Tonho dos Pregões, marreco especialista na área da pesquisa do "diz que não disse", prontificou-se de imediato a integrar esta comissão e propôs a criação de uma segunda comissão, para apoiar a primeira. 
Zé Ladainhas, proprietário da tasca e grande industrial na área da copofonia,  perante o entusiasmo dos clientes da tasca, (não paravam de esvaziar copos) assumiu de imediato o compromisso de criar uma terceira comissão.
Comissão composta por entendidos na área do "manda abaixo que está cheio", que teria como prioridade não deixar cair em mãos rotas, as deliberações aprovadas por unanimidade e aplausos.
Maria da Luz, cliente da tasca nos tempos mais escuros da sua vida, (quase todos! infelizmente...) não quis ficar de fora e propôs que se comemorasse de imediato as resoluções aprovadas com um copo de meio quartilho da melhor pinga do Zé Ladainhas, proposta aprovada com ovação e aplausos. 
Ps. Convidam-se todos os marrecos do quintal, a integrar estas comissões, podem fazê-lo na referida tasca.
MORADA
Tasca do Zé Ladainhas
Rua da Comédia, s/n
Lugar dos Calotes
O Albicastrense

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