A rubrica
Efemérides Municipais foi publicada entre Janeiro de 1936 e Março
de 1937, no jornal “A
Era Nova”.
Transitou para o Jornal “A
Beira Baixa”
em Abril de 1937, e ali foi publicada até Dezembro de 1940.
A mudança
de um para outro jornal deu-se derivada à extinção do primeiro.
António Rodrigues Cardoso, “ARC”
foi o autor desde belíssimo trabalho de investigação, (Trabalho
que lhe deve ter tirado o sono, muitas e muitas vezes).
O texto
está escrito, tal como foi publicado.
Os
comentários do autor estão aqui na sua totalidade.
(Continuação)
A
sessão de 28 de maio, que é a que vem a seguir começa por esta
forma interessante: “Nesta
Vereação em que prezedia o Vereador mais velho e Juiz pela
Ordenação Jozé Martins Goullão em auzencia do dito Menistro (este
dito Menistro era Juiz de Fora) foy por elle e pellos mais officiaes
sa Camara dito que findava a sua serventia reclamavão todas as
nomeaçoens de Thezoureyros e Recebedores que se acharem feitas, para
não serem responsaveis a couza alguma dellas”.
Isto
é: como desapareciam da Câmara e não sabiam bem o que haveria em
mateira de finanças, os tesoureiros e recebedores que aguentassem
quaisquer falhas que por lá houvesse, porque eles dai lavavam as
suas mãos.
E,
realmente, os vereadores que até esta data tinham servido tiveram
de abandonar as cadeiras senatoriais, porque logo a seguir foi aberta
a carta régia em vinham os nomes dos vereadores que haviam de servir
daí por diante e viu-se que eram os seguintes: Francisco José da
Carvalho Freire Falcão, José da Silva Castelo Branco e Francisco da
Fonseca Coutinho e Castro. Procurador era o José Vaz da Cunha.
Mas
os novos vereadores, pelos vistos, não vinham com muita vontade de
trabalhar, porque deixaram passar o resto do mês de Março e todo o
mês de Abril perfeitamente em claro e só se reuniram no dia 4 de
Maio.
Nesta
sessão, porém mostraram que eram tesos, porque... Façam favor de
ler: “Nesta
Vereação forão condenados Francisco Bonitinho por faltar a levar a
Bandeira dos carpinteiros no primeiro dia das Ladainhas em quinhentos
réis, e Francisco Couto por faltar em levar a Bandeira dos Alfayates
no mesmo dia em igual quantia: Tãmbem foy condenado António
Pantonilha (ou
Pontorrilha? - Pode ler-se dos dois modos)
por levar a Bandeira dos ortelões hum rapaz descalço de seu mandado
tendo sido nomeado o dito Pantonilha”.
Nomearam
para Juiz dos Sombreireiros, António Simões de Alcains.
(Continua)
PS. Aos
leitores dos postes “Efemérides
Municipais”,
o que acabaram de ler, é uma transcrição fiel do que foi publicado
na época.
O
Albicastrense
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