quarta-feira, maio 28, 2014

EFEMÉRIDES MUNICIPAIS – LXXXVI

A rubrica Efemérides Municipais foi publicada entre Janeiro de 1936 e Março de 1937, no jornal “A Era Nova”. Transitou para o Jornal “A Beira Baixa” em Abril de 1937, e ali foi publicada até Dezembro de 1940.
A mudança de um para outro jornal deu-se derivada à extinção do primeiro. António Rodrigues Cardoso, “ARC” foi o autor desde belíssimo trabalho de investigação, (Trabalho que lhe deve ter tirado o sono, muitas e muitas vezes).

O texto está escrito, tal como foi publicado.
Os comentários do autor estão aqui na sua totalidade.
(Continuação)
À sessão de 22 de Maio de 1796 segue-se a de 8 de Junho. Logo de entrada os vereadores ocuparam-se dum assunto de “vulto”, como se vê pelo que diz a acta respectiva:
Nesta Vereação foy determinado que visto a nescessidade que havia de huma caza para matadouro dos assougues do Gado que neles se mata e não haver outro mais comodo para o dito fim senão a caza que serve de Palheyro que he de Simão da Costa Sevada que trazia arrendado Pedro Gil pelo preço annual de dous mil reis se tomasse de arredamento por conta do conselho para o sobredito fim pela mesma renda de dous mil reis e que esta determinação se notificasse ao feitor do dito Simão da Costa e ao arrendatário para a largar e que a dita renda corra do dia sete do corrente mez que principiou por conta desta Camara”.
A seguir os vereadores quiseram saber a lei em que viviam a respeito de dinheiro e para isso mandaram que “se exzaminasse os livros da renda e despeza e arremataçoes do mesmo Conselho para se saber se ouve nellas algum engano e se há sobejo ou alcansse”.
E não se limitaram a isto: determinaram que dai em diante se fizesse o mesmo de seis em seis meses, e que o escrivão da Câmara apresentasse para este fim os livros necessários e que fosse o procurador da Câmara o encarregado de ”exzaminar os mesmos livros e rever as contas”.
E, não contentes com isto, os bons vereadores: ”Determinarão mais e nomearão para Sindico desta Camara ao Dr. Joze dos Reys Teixeira Castellão desta Cidade pelo que vencerá pelo seu trabalho oito mil reis annuais que serão lanssados em despesa conforme era costume antigo nesta Camara e qual servirá e cumprirá em tudo segundo as obrigações do dito cargo e segundo o custume”.
(Continua)

PS. Aos leitores dos postes “Efemérides Municipais”, o que acabaram de ler, é uma transcrição fiel do que foi publicado na época.
O Albicastrense

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