segunda-feira, agosto 09, 2021

ALBICASTRENSES DO PASSADO

 FRANCISCO VIEIRA DE ALMEIDA

A placa que pode ser vista nesta publicação, encontra-se na parede  duma casa situada da rua dos Ferreiros. Se Vieira de Almeida hoje visitasse  a rua onde viveu, tenho apara mim, que morria de novo num abrir e fechar de olhos.

Francisco Lopes Vieira de Almeida nasceu em Castelo Branco a 5 de Agosto de 1888. Faleceu em Cascais, no dia 20 de Janeiro de 1962.

FOI UM FILÓSOFO E ESCRITOR PORTUGUÊS

Diplomado pelo Curso Superior de Letras,  ingressou, como docente, na já então Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, pelo grupo de história, em 1915. Em 1921, porém, passou para o Grupo de filosofia, onde ascendeu a professor catedrático, em 1932. Manteve-se em atividade até 1958. Monárquico liberal, próximo de autores como Pequito Rebelo  e Hipólito Raposo  nos alvores da Primeira Republica, viria a aproximar-se gradualmente do ideário republicano, estando entre os fundadores da breve (apenas dois números) Revista dos Homens Livres (1923) (livres das Finanças e livres dos Partidos), projeto frentista contra a degeneração da Republica  na década de 1920. Fracassada essa frente, e implantada a ditadura que estará na base do Estado Novo,desenvolveu contactos com o grupo da Seara de Nova, por intermédio de Câmara Reys,  mesmo depois de António Sérgio  se afastar da revista.  Encontra-se ainda colaboração da sua autoria na Revista de História (1912-1928) e na revista Prisma (1936-1941).

Opositor declarado do Estado Novo, apoiou numerosas iniciativas de restauração da democracia, mantendo o seu posicionamento nas fases de maior repressão do regime. Seria também proponente da candidatura do general Humberto Delgado a Presidente da Republica, figurando ao seu lado na célebre conferência de imprensa no Café Chave d'Ouro, no Porto,  na tarde de 10 de maio de 1958, na qual o general, quando interrogado pelos jornalistas sobre Salazar,respondeu: «Obviamente, demito-o!».
Foi, com mais de 70 anos de idade, detido pela PIDE  e encarcerado em Caxias, juntamente com António Sérgio, Jaime Cortesão e Mário de Azevedo Gomes, pelo apoio dado à candidatura presidencial de 
Humberto Delgado, em 1958. No ano seguinte, em 1959, de novo com Jaime Cortesão, Antonio Sergio e Azevedo Gomes, convidaria os socialistas Aneurin Bevan e Mendès-France para conferências em Portugal,  que são proibidas, sendo os organizadores, de novo, detidos. A sua obra filosófica, em que avultam os trabalhos sobre Lógica, Estética, Epistemologia e História, encontra-se editada pela Fundaçao Calouste Gulbenkian, que a reuniu entre os anos de 1986 e 1988, com organização e apresentação de Joel Serrão e Rogério Fernandes

Foi agraciado, a título póstumo, com as seguintes condecorações: Grande-Oficial da Ordem de Liberdade (30 de Outubro de 1987) e Grande-Oficial da Ordem da Instrução Publica(19 de Setembro de 2017).
(Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre).

O ALBICASTRENSE

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