segunda-feira, maio 01, 2023

ALBICASTRENSES ILUSTRES

A colocação da Monografia de Castelo Branco da autoria de José Germano da Cunha na página do facebook do grupo Castelo Branco, levou-me a postar pela segunda vez, uma pequena biografia deste Albicastrense.

JOSE GERMANO DA CUNHA

(1839/1905)

PANSADOR E POETA

Nasceu em Castelo Branco a 22 de novembro de 1839; faleceu no Fundão a 3 de agosto de 1903. Filho do Dr. Daniel da Silva Pereira e Cunha  e de D. Leonor Cândida da Silva. Depois dos seus primeiros estudos, a falta de vista, que desde cedo se tinha começado a manifestar, acentuou-se por tal forma que, no ano de 1855, os abandonou por não poder seguir uma carreira literária. 
Não deixou, porém, de cultivar sempre as letras, até ao último momento de vida. Ainda bem novo colaborou no Almanaque de Lembranças com diversos artigos e poesias e depois em vários jornais, cujos títulos se podem ler no número homenagem que a Folha do Fundão publicou em 9 de agosto de 1903.
Foi redator e fundador do jornal O Apóstolo da Verdade, que em 26 de maio de 1870 começou a publicar-se no Fundão e que durou até 28 de julho de 1871. Colaborou no jornal A Beira Baixa, do Fundão, cujo primeiro número saiu em 4 de outubro de 1891. 
Foi redator e fundador do Jornal do Fundão, que saiu a público em 6 de fevereiro de 1898, e do Unhais da Serra, que teve princípio em 1 de fevereiro de 1900 e cujos primeiros números foram impressos em Lisboa.
Escreveu:
A torre dos namorados, 1866; Notícia histórica da Santa Casa da Misericórdia do Fundão, 1870; A propósito da Monografia de Castelo Branco; Fotografias (sonetos); Fotografias (versos humorísticos), 2.ª edição correta e muito aumentada, Lisboa, 1893; Apontamentos para a história do concelho do Fundão, Lisboa, 1892; O conselheiro de Estado José Silvestre Ribeiro; Jornalismo do distrito de Castelo Branco (resenha histórica); O Fundão (breve notícia com gravuras), Lisboa, 1898; Entre sombras (versos), 1903.

José Germano da Cunha, que tinha pelo Fundão um entranhado amor, prestou-lhe relevantíssimos serviços. 
O seu nome ficou ligado à Santa Casa da Misericórdia daquela vila, à construção do Casino Fundanense, um bom edifício moderno, que se deve à sua iniciativa e grande tenacidade; ao mercado público. 
José Germano da Cunha sofreu a perda total da vista poucos anos antes de falecer, mas suportou resignadamente  essa situação.
O ALBICASTRENSE 

2 comentários:

  1. Tanto para quem leu, como para quem não leu a "Monografia de Castelo Branco", de Antóno Roxo, vale muito a pena ler o "A propósito da Monografia de Castelo Branco", deste Sr. José Germano da Cunha. São deliciosos apontamentos sobre Castelo Branco, mais do que sobre o livro de António Roxo.

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  2. Confesso que nunca pus os olhos na biografia de Germano Cunha, mas deste já digo, que na próxima visita à nossa biblioteca, irei dar uma vista de olhos se lá existir algum exemplar. Fiquei com muita curiosidade derivado “aos apontamentos deliciosos”..
    Abraço

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