ANIVERSÁRIO
(setembro de 2005 - setembro de 2023)
😂 😃 😄 😅 😆 😇
No décimo oitavo aniversario deste blog, nada melhor que repor a primeira publicação do mesmo, assim, como os comentários que recebeu. Dezoito anos depois, confesso que não esperava andar por estas bandas tantos anos depois.
quarta-feira, setembro 07, 2005
CAFÉ LUSITÂNIA - 1827 - 2003
(Café típico da primeira metade do século XX)
Local de convívio de muitos albicastrenses ao longo de décadas, foi brutalmente destruído em 2003, para dar lugar a outro tipo de estabelecimento. Era lá que nos anos cinquenta e sessenta as classes mais pobres se reuniam, para ver televisão. Ainda hoje recordo as tardes de sábado e domingo, que em conjunto com um grupo de amigos, íamos para para lá assistir aos filmes de Mickey Rooney e Shirley Temple. Foi lá que assisti ás primeiras transmissões de futebol pela televisão.
Era lá que nos anos setenta, pós 25 de Abril se discutia política entre um jogo de bilhar e o beber de uma cerveja. Numa época em que a cidade de Castelo Branco está em claro desenvolvimento, como foi possível a sua destruição? Será que a defesa da nossa identidade cultural não é tão ou mais importante, que a construção de uma qualquer rua, parque de estacionamento ou rotunda!Que raio de pessoas somos nós, que tudo permitimos a quem nos governa, (ou desgoverna neste caso), quem foram os responsáveis pela sua destruição?TODOS OS ALBICASTRENSES!
UNS POR OMISSÃO, OUTROS POR FALTA DE SENSIBILIDADE CULTURAL E OUTROS, POR INCOMPETÊNCIA.O ALBICASTRENSE
(Café típico da primeira metade do século XX)
Local de convívio de muitos albicastrenses ao longo de décadas, foi brutalmente destruído em 2003, para dar lugar a outro tipo de estabelecimento. Era lá que nos anos cinquenta e sessenta as classes mais pobres se reuniam, para ver televisão. Ainda hoje recordo as tardes de sábado e domingo, que em conjunto com um grupo de amigos, íamos para para lá assistir aos filmes de Mickey Rooney e Shirley Temple.
Foi lá que assisti ás primeiras transmissões de futebol pela televisão.
Era lá que nos anos setenta, pós 25 de Abril se discutia política entre um jogo de bilhar e o beber de uma cerveja.
Era lá que nos anos setenta, pós 25 de Abril se discutia política entre um jogo de bilhar e o beber de uma cerveja.
Numa época em que a cidade de Castelo Branco
está em claro desenvolvimento, como foi
possível a sua destruição?
Será que a defesa da nossa identidade cultural não é tão ou mais importante, que a construção de uma qualquer rua, parque de estacionamento ou rotunda!Que raio de pessoas somos nós, que tudo permitimos a quem nos governa, (ou desgoverna neste caso), quem foram os responsáveis pela sua destruição?
TODOS OS ALBICASTRENSES!
UNS POR OMISSÃO, OUTROS POR FALTA DE SENSIBILIDADE CULTURAL E OUTROS, POR INCOMPETÊNCIA.
UNS POR OMISSÃO, OUTROS POR FALTA DE SENSIBILIDADE CULTURAL E OUTROS, POR INCOMPETÊNCIA.
O ALBICASTRENSE
PS. A publicação teve 6 comentários que podem ser igualmente lidos
Idanhense 09:03
Amigo Veríssimo. Bem-vindo
ao mundo da blogosfera. Já fazia falta um espaço destes a versar temas sobre
Castelo Branco. Eu de vez enquanto lá vou escrevendo alguma coisa sobre a
cidade, mas estou longe e muitas coisas passam sem que eu me aperceba.
Parabéns reiterados
Joaquim Baptista
perplexo 21:51
Já estava esquecido, mas também para mim foi um dos poucos locais onde podia
espreitar a televisão, nos primeiros anos de liceu, em que poucos televisores
havia.
Anónimo16:43
Mais um silencioso e irresponsável atentado à nossa
memória cultural. Desta vez o motivo deve ter sido justificado pela necessidade
de modernização dos espaços funcionais do centro. E vai daí o velho café foi
comprado por uma loja de óptica. É caso para perguntar o que é que o Polis,
afinal o motor dessa necessidade de ancorar a cidade à modernidade, andou a
fazer? Com efeito o café Lusitânia fazia parte da alma do centro cívico
albicastrense. Ainda que ultimamente muito degradado, aí se podiam observar os seus
cromados, os seus espelhos, os tampos marmóreos das suas mesas, matérias que
datavam da renovação que o espaço tinha orgulhosamente vivido, nos inícios da
década de trinta. Nesses tempos era um café para as elites. O Café Lusitânia possuía esse património de ter sido o primeiro café de Castelo Branco. Por outro lado, esta
conjugação consciente de materiais e objectos (espelhos, mesas, etc) reflectia
para lá de um peculiar gosto do proprietário (quase uma arte nova local), uma
nova maneira de encarar e de fruir estes espaços de sociabilidade citadina.
Anos mais tarde afirmar-se-iam nessa zona urbana outros estabelecimentos do
mesmo tipo, como o Café Arcádia hoje transformado numa loja de roupa ou a
gulosa pastelaria Rosel. Todo este pequeno mundo de idas e vindas (lembram-se o que era o bulício da
área a partir das cinco e meia, com os petiscos dos funcionários públicos ou
com os negócios e as conspirações dos senhores da terra), de olhares quantas
vezes vigiados, desapareceu. Restam as memórias. Por certo, não há outras
fotografias? E que sumiço é que tiveram os espelhos? Responda quem souber.
Mais. Para recordar é de observar a revista Terras de Portugal, nº 48, 1933
acho que existe exemplar na Biblioteca Municipal, artigo O Café Lusitania, com
fotografias do interior e da fachada.
Stalker 12:57
Ainda o frequentei, embora sem ser de forma assídua. Era um espaço muito peculiar,
mas que, tal como muitos outros, não resistiu ao ditame da Economia. Um dos
resistentes que conheço, aqui bem perto, é o alentejano, em Portalegre.
Rita 15:14
Alguém se o nome da revista é mesmo Terras de Portugal? É que gostaria de consultar a edição acima referida!
António Veríssimo 18:46
Rita. o nome é mesmo esse. Pode ver a revista na nossa biblioteca.
O ALBICASTRENSE
Parabéns por este blog, que tem sido muito importante para mim e, acredito, para muitas outras pessoas. É um blog de referência. Quando procuramos alguma informação na internet sobre Castelo Branco, dificilmente não nos é indicado este blog! Espero que o autor o continue por muito tempo, com saúde, alegria e tudo de bom que se deseja a quem se quer bem.
ResponderEliminarManuela Muito bem-haja pelas bonitas palavras e principalmente, pelos desejos de muita saúde e alegria. Um braço do tamanho do mundo.
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