quinta-feira, agosto 21, 2014

DESCUBRA CASTELO BRANCO


UM MUSEU ESQUECIDO OU APENAS
UMA ESCOLHA JORNALÍSTICA ?

O jornal "Povo da Beira", apresenta esta semana como título principal da sua primeira página: “Descubra Castelo Branco”, trabalho que depois é apresentado nas duas páginas centrais com um sub-titulo: Castelo Branco, uma cidade a descobrir”, da autoria de Cristina Valente. Confesso que tal trabalho me provocou uma verdadeira azia cultural, não por se tratar de um mau trabalho (antes pelo contrário), mas, por constatar, que uma instituição centenária como o Museu Francisco Tavares Proença Júnior, não faz parte das instituições prioritárias a descobrir, por parte de quem visita a terra albicastrense.
Perante tal “esquecimento”, não posso deixar de me interrogar sobre se estarei apenas perante uma escolha jornalística, (que podemos ou não concordar), ou se o nosso museu, já não se recomenda a quem visita a cidade de Castelo Branco.
Palavra que me custou imenso não ver na reportagem da Cristina Valente, o nome de uma instituição que servi durante quase trinta anos, anos, em que se ouvia da boca de quem visitava o museu da terra albicastrense, o seguinte: Vir a Castelo Branco e não visitar o museu, é como ir a Roma e não ver o Papa”, afirmação que deixava todos os que ali trabalhavam, com um sorriso no rosto.
Vou contar aqui um caso (entre muitos e muitos outros, que aqui podia contar), que servirá para demonstrar a importância do museu naqueles tempos. Na década de 80 veio Castelo Branco um grande artista (já nesse tempo) fazer um espetáculo no velho parque da cidade, no dia a seguir ao espectáculo ele estava à porta do museu para o visitar, o artista era nem mais nem menos que, Carlos do Carmo.
- O que terá acontecido para que nos dias de hoje, o museu já nem sequer seja incluído numa reportagem de locais prioritários a descobrir na terra albicastrense?
- Será que o Museu Cargaleiro e o Centro de Cultura Contemporânea de Castelo Branco são novidades que é preciso promover, e que o museu Francisco Tavares Proença Júnior perdeu a importância, notoriedade e competência de outros tempos?
Muitas mais perguntas poderia eu continuar a fazer sobre este assunto, porém, prefiro que os albicastrenses que visitam este blog, me digam se existe ou não algum desamor entre a terra albicastrense e o seu museu, ou se estamos apenas perante uma mera escolha jornalística, de locais a visitar na nossa terra.
                                     O Albicastrense

2 comentários:

  1. Anónimo15:37

    O MFTPJ não é nem resulta de uma iniciativa da CMCB, fazer-lhe publicidade não dá votos...

    A CMCB financia de algum modo o jornal ou incentivou/pagou a notícia?

    AD

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  2. Caro anónimo.
    Quanto à primeira questão do seu comentário, a verdade é que o museu não depende da autarquia.
    A pergunta que se podemos e devemos fazer sobre isso, é se o museu deve continuar a depender de quem depende ou se pelo contrario deveria passar para a dependência da autarquia. Sobre isso existem opiniões diferentes.

    Quanto segunda questão, nada lhe posso adiantar sobre isso, porque nada sei sobre o assunto.
    Abraço


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