quarta-feira, agosto 06, 2014

CRÓNICAS DO QUINTAL DOS MARRECOS - X


No quintal marrécal, está instalado o caos “massarocal” em virtude de ter rebentado um petardo de enormíssimas dimensões, numa das caixas fortes do quintal. Garante quem sabe, que a cratera aberta pelo petardo é de tal profundidade, que serão necessários mais de seis mil milhões de massarocas para tapar o buracão.
Fontes anónimas e nada credíveis, garantiram a este cronista, que o marreco responsável pela guarda das massarocas, descendente de ilustre família marrecal e pessoa acima de qualquer suspeita, terá dividido com a distinta família, carradas e carradas de massarocas para que elas não morressem à fome.
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Na tasca do Zé da Boa Pinga, a discussão do dia fazia-se à volta deste assunto. O Manel Santinho, argumentava para quem o quisesse ouvir, que o marreco Salgadinho é um grande marreco, pois não é todos os dias que se vê alguém distribuir tanta massaroca, pelos pobres marrecos familiares.
O Zé Língua Afiada sempre atento ao que se vai dizendo na tasca, propôs de imediato que perante tal atitude de solidariedade familiar do marreco Salgadinho, se fizesse uma recolha de fundos entre os marrecos que ainda não estão tesos, para depositar no Banco Mau, fundos que serviriam para erguer uma estátua do marreco Salgadinho no átrio do Banco Bom.
A Rosa dos Fretes, marreca sempre atenta aos plenários da tasca, de copo na mão argumentava para quem a quisesse ouvir: "Eu não vou contribuir para essa causa maluca e mal cheirosa, então o Chico-Espertalhão faz um buraco maior que algumas crateras que existem na lua, e vocêmeses querem erguer-lhe uma estátua?"
Acrescentando de imediato: "O meu amigo Picha-Rápido “esqueceu-se” de pagar uma caixinha de camisinhas no Lidl, foi preso, julgado e condenado a pagar 260 euros, este manhosos arrebentou com a caixa forte que governava e vai ficar no bem bom.
Aliás, eu proponho que os espertalhões que dirigiam os cofres fortes arrebentados, sejam enterrados no panteão dos safados, assim sempre podemos ir lá, salivar-lhes em cima" (será que a Rosa dos Fretes estava a propor enterra-los vivos, ou era depois de mortos?).
O Toni dos Biscates que não perde uma oportunidade para entornar mais um copo de três, propôs de imediato, que todas as propostas apresentadas fossem aprovadas e enviadas ao marreco presidente para ele as promulgar. Sugestão aprovada com aclamação e dois copos de três pela goela abaixo.
O Zé da Tasca, farto de ouvir tanta asneirada e sem paciência para tanta palermice, após os ditos cujos terem entornado os últimos copos, deu por encerrada a sessão plenária e colocou os respetivos malucos na rua.
O cronista Marrecal. 

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