terça-feira, dezembro 20, 2005

MUSEU DE FRANCISCO TAVARES PROENÇA JÚNIOR - IV



Museu Francisco Tavares Proença Júnior
Castelo Branco
Continuação.1976 – 1989 =IV

Muito mais poderia dizer sobre o que foi trabalhar no Museu entre 1976 e 89, altura em que a referida instituição era dirigida pelo Dr. António Forte Salvado, e do trabalho ali desenvolvido ao longo desse tempo.
Gostaria de terminar este ciclo de treze anos (1976-1989) relembrando o que era o Museu nessa altura, e para o fazer nada melhor que falar aqui, das dezenas e dezenas de pequenas edições, publicadas pelo Museu ao longo desses treze anos. Contando um pouco a história das peças ali expostas. Das muitas edições estou a lembrar-me neste momento de alguns títulos tais como.
- Uma Lápide sepulcral biface e uma lápide funerária de um Soldado Britânico;
- Pelourinhos e aguarelas;
- Os retratos de Frei Roque do Espírito Santo e de Frei Egídio da Apresentação;
- O Bordado de Castelo Branco edição de 1980;
- Roteiro do Museu edição de 1974;
- Monsanto;
- Artistas Naturais da Beira Baixa;
- Lage du Bronze Au Musee de F. Tavares Proença Júnior;
- A transposição de um solo de habitat paleolítico de Vilas Ruivas;
- Epigrafia Lusitano-Romana do Museu F.T. P.
Estas e outras edições são um testemunho desse tempo, e ainda hoje algumas, podem ser adquiridas na loja do Museu a preços meramente simbólicos. Ao folhear um desses livros que tem por nome “ Roteiro do Museu de Francisco Tavares Proença edição de 1980, e cuja capa aqui vos mostro, não posso deixar de pensar o seguinte:
- Será hoje o Museu melhor?
- Estará a população de Castelo Branco melor servida no que diz respeito ao seu Museu?
- E a cidade ficou a ganhar com as alterações no Museu?
A minha resposta as três perguntas é, 
Não!!!
A leitura desta pequena publicação vinte e cinco anos depois de ter sido editado, é mais que suficiente para poder afirmar tão claramente o “Não”. O Museu era nessa altura, uma instituição ligada as suas gentes, aos seus costumes, podendo até dizer-se que parecia que todos nós ali tínhamos qualquer coisa nossa, a Sala de Etnografia situada no primeiro andar, era o prova disso mesmo, onde os visitantes tantas vezes diziam: “em casa dos meus avós havia um banco igual a este”, ou ainda na sala dos pratos onde era frequente ouvi-los dizer: “a minha mãe tem em casa, um prato que era da minha avó, parecido a este”.
Muito mais haveria para dizer sobre o que era o museu, e o contentamento que era trabalhar ali, não era apenas um trabalho, era como se fosse a nossa segunda casa.
Vou terminar este período de treze anos da história do Museu Francisco Tavares Proença Júnior, com uma pequena frase, (por sinal muito utilizada pelo fundador do museu).
Facta non verba – "Contra os factos não á argumentos"
O ALBICASTRENSE

quarta-feira, dezembro 07, 2005

CASAS DA MINHA CIDADE - III

O CASARÃO DOS SILVA RIBEIRO

(Inicio de construção em 1866)

A degradação de alguns edifícios da cidade de Castelo Branco é infelizmente uma realidade, a questão já aqui foi colocada varias vezes por mim, porém existem excepções, a recuperação recente do casarão da família Silva Ribeiro por parte da Câmara Municipal de Castelo Branco é o exemplo a seguir. O edifício encontra-se situado na Rua dos Ferreiros e começou a ser construído no ano de1866, pela família Silva Ribeiro, na sua longa história de 139 anos, muito teria para contar se pudesse falar, foi residência da referida família durante muitos anos, mais tarde ali esteve instalado o Hotel de Salvação, o Hotel Central, e mais recentemente foi sede do Benfica de Castelo Branco. No r/c do referido casarão, muitos estabelecimentos comerciais ali se estabeleceram desde a sua construção, porem há um que aqui não posse deixar de referir por estar de algum modo ligado a ele por laços familiares, estou a referir-me ao Café do China que ali funcionou por volta de 1960 Muito mais se poderia dizer ou escrever sobre o casarão dos Silva Ribeiro, porém o mais importante é destacar a excelente recuperação do edifício por parte da Câmara Municipal de Castelo Branco e a sua entrega a algumas colectividades da cidade, colocando-o deste modo ao serviço dos albicastrenses. Resta dizer o seguinte uma andorinha não faz a primavera, vamos partir desde já para a obra seguinte.

À Câmara Municipal e ao seu Presidente 20 valores pelo trabalho ali realizado.

PS. Os dados Históricos referentes a esta noticia foram recolhidos noLivro “ Castelo Branco um Século na vida da Cidade Da Autoria de Manuel A. De Martins

Albicastrense

ANTÓNIO ROXO - DEPOIS DO ABSOLUTISMO - (12)

"MEMÓRIAS DA TERRA ALBICASTRENSE" Espaço da vida político-social de Castelo Branco, após a implantação do regime constitucional. U...