sábado, abril 29, 2023

CURIOSIDADES TOPONÍMICAS DA TERRA ALBICASTRENSE - (IV)

TOPONÍMIA ALBICASTRENSE

(Continuação)
No ano de 1862 foram atribuídos nomes a três ruas e um largo já existentes, algum deles por proposta do Vereador Castro de Refoios. 
Logo em janeiro a Câmara deliberou: Que a rua que vai da devesa em direção a S. Marcos se dominasse, Rua Formosa e que no cunhal da casa do Sr. Dr. Agostinho Fevereiro se escrevesse o nome da rua.
Esta tem agora o nome de João de Deus. E na sessão imediata o mesmo vereador propôs que o terreno desde o paredão do passeio da Devesa para o lado do quartel de Cavalaria se chame Praça d’ EL Rei o Sr. D. Luís. Foi aprovada ficando o mesmo Sr. encarregado de mandar colocar a sua inscrição e a da rua formosa onde julgue conveniente. Esta praça, mais conhecida por a Devesa, tem agora o nome de Campo da Pátria.
Da ata da sessão de 1 de Março seguinte consta que, entre outras, foi aprovado a proposta seguinte: “
Que a rua onde moram João dos Santos Caio, José Nunes das Bouças defronte da casa da assembleia se domine, Rua das Flores
”. 
Esta rua tem hoje o nome de Presidente Sidónio Pais e a associação denominada Assembleia estava instalada em casa na esquina com a rua do Pina, pertencente a família Ordaz Caldeira de Valadares e onde foi construída a Agência do Banco de Portugal.
E por fim logo na sessão de 26 de Abril, como já foi anotado no passo relativo a construção do mercado coberto, “o Sr. Castro de Refoios requer que à rua em frente da casa do Sr. Joaquim d’ Albuquerque de pusesse o nome de Bela Vista e à que se dirige à Pá Queixada a rua do Jasmim. Foi deferido o requerimento e o mesmo senhor encarregado de mandar fazer os restivos dísticos". 
A rua da Bela Vista foi dada depois o nome de S. Jorge por ocasião da procissão de Corpus Chrsti, e à do Jasmim o de Mouzinho Magro, como já atrás se registou. 
(Continua)
Recolha de dados: "Estudos de Castelo Branco". Artigo da autoria de: Manuel A. de Morais Martins.
O ALBICASTRENSE

sexta-feira, abril 28, 2023

MEMÓRIAS DA TERRA ALBICASTRENSE

PÉROLAS 

Duas fantásticas imagens captadas em Junho de 1952, por Manuel Jaime da Costa Roxo.

O autor das imagens captou-as quando da abertura abertura da avenida Espírito Santo, segundo consta nas imagens.

Local que hoje é conhecido por rua Dadrá. 


Se não fosse a segunda imagem, dificilmente alguém conseguiria identificar o local através da primeira.

Mais uma vez, o meu bem-haja a Manuela Covas, neta do autor das imagens a oferta destas autenticas pérolas.

ALBICASTRENSE



 

quinta-feira, abril 27, 2023

PARQUE CRUZ DO MONTALVÃO

CAMPO DE JOGOS DO MONTALVÃO NO PASSADO
HOJE:
PARQUE DA CRUZ DO MONTALVÃO

               

Em 2019 quando do início da requalificação do antigo Campo de Jogos do Montalvão, aplaudi o início das obras e estranhei o projeto. 
A minha estranheza, tinha a ver com as poucos sombras que o projeto mostrava. 
Como passo pelo local quase todos os dias, está minha estranheza penetrou em mim ainda mais, pois ao olhar para o antigo Campo de Jogos do Montalvão, agora, Parque da Cruz do Montalvão, argumentava para mim próprio, que ele poucas visitas irá ter. 
No verão, o sol irá torrar quem se atrever a visitá-lo, no inverno a chuva irá encharcar quem se atrever a visitá-lo. Reservas á parte, lá estrei na inauguração do parque, se constatar que me enganei na minha apreciação, terei que dar a mão à palmatória e bater palmas pela requalificação.             
                                       O ALBICASTRENSE

domingo, abril 23, 2023

UM POUCO DA HISTÓRIA DA NOSSA SENHORA DE MÉRCULES.

CASTELO BRANCO E O SEU ALFOZ

Muito se diz sobre a nossa romaria da Senhora de Mércules e muito mais se irá continuar a escrever e a dizer sobre ela.
Por isso, por vezes é necessário dar palavra a quem tem dados sobre este tipo de assuntos para que cada um de nós, não acrescente um ponto sempre que falar sobre esta nossa romaria.
---------------------------------
José Ribeiro Cardoso no seu livro: "CASTELO BRANCO E O SEU ALFOZ, ACHEGAS PARA UMA MONOGRAFIA REGIONAL" publicada em 1953 pelas livrarias Semedo e Feijão, diz o seguinte sobre este assunto. 
     

                       O     ALBICASTRENSE

sexta-feira, abril 21, 2023

CURIOSIDADES TOPONÍMICAS DA NOSSA ZONA HISTÓRICA - (I)



TOPONÍMIA ALBICASTRENSE
(ZONA HISTÓRICA)


Todas as ruas travessas, becos e calejas da zona histórica da cidade, adentro da cerca medieval, tinham a sua denominação. 
Umas vezes ligadas aos artesoes que nelas se concentravam, como a dos Ferreiros, dos Oleiros e dos Peleteiros, outras a atividade nelas exercidas, como o largo da Praça ou a rua do Mercado e dos Lagares, e outras ainda, à própria muralha, como a rua do Muro ou a aberturas nela existente, como a do Postiguinho de Valadares e a do Postigo.

Havia ainda as alusivas a antiga residência ou poiso de entidades ou corporações de importância assinalável, como a rua do Bispo e a do Cavaleiro.
A dos Chões parece indicar a proximidade pequenas propriedades muradas, a do Poço das Covas a existência nela de um manancial de agua, e a da Sobreiro teria assinalada a presença de tal espécie e a do Arressário por se situar em lugar alto. 

Para outras não encontrei justificação real ou provável, como seja a do Caclé (ou Caquelé?), a das Cabeças, a dos Passarinhos e a D`Ega. A designação da rua do Saco dá bem a entender que se tratava de um beco.

Recolha de dados: "Estudos de Castelo Branco", artigo da autoria de: Manuel A. de Morais Martins.

(Continua)

                                            O ALBICASTRENSE

terça-feira, abril 18, 2023

CURIOSIDADES TOPONÍMICAS DA TERRA ALBICASTRENSE - (III)

 TOPONÍMIA ALBICASTRENSE

(Continuação)
Mas a cidade foi crescendo, quer ocupando partes do amplo espaço da Devesa, quer irradiando para mais de que um polo de crescimento passando três deles a ser conhecidos pelos nomes das capelas cujos arredores foram ocupando, como os de S. Marcos, do Espirito Santo da Senhora da Piedade.
Em todos esses espaços foram nascendo novos largos, ruas e travessas e foram surgindo nomes que os individualizavam: de Santo António, da Sé, das Damas, dos Prazeres, da Quinta Nova, largo, rua e travessa de S. Marcos, travessa do Chafariz, largo e rua do Espírito Santo e largo e calçada da Senhora da Piedade. Mais tarde, na zona do Montinho ou da Fonte Nova, foi implantada a rua com este último nome, para ligação ao largo da Sé.

É de supor que muitos destes nomes terão sido atribuídos em seguimento da recomendação feita à Câmara pelo Governador Civil e referida na ata da sessão de 17 de Janeiro de 1846.
 “Foi presente um oficio com dada de ontem do Governo Civil deste Distrito para que esta Câmara dê a competente denominação as ruas e travessas que as ao tiverem (o que se satisfez)  
(Continua)
Recolha de dados: "Estudos de Castelo Branco". 
Artigo da autoria de: Manuel A. de Morais Martins.
O ALBICASTRENSE

domingo, abril 16, 2023

CURIOSIDADES TOPONÍMICAS DA TERRA ALBICASTRENSE - (II)

TOPONÍMIA ALBICASTRENSE
(Continuação)
Fora da cerca, mas já muito antigas, eram duas as ruas ligadas a ocupações artesanais, a rua das Oleiros e a do Arrabalde dos Oleiros.
Outra, a dos Currais, outra, a instalações de recolha de animais, e a do Arrabalde dos Açougues, à existência de estabelecimentos de matança de rês e venda da sua carne. 
A rua de S. Sebastião e o largo de S. João a localização das Capelas, já desaparecidas, com estas invocações, a da Ferradura talvez devido à sua forma, as da Amoreirinha e da Figueira pela razão apontada. Em relação à do Sobreira e a do Pina, talvez por nela se situar residência de alguns membro 
da importante família daquele apelido.                                               
(Continua)
Recolha de dados: "Estudos de Castelo Branco". Artigo da autoria de: Manuel A. de Morais
                                           O ALBICASTRENSE

terça-feira, abril 11, 2023

REGIMENTO DE INFANTARIA DE CASTELO BRANCO

RESUMO HISTÓRICO DA UNIDADE

Recentemente veio-me ás mãos, um livro sobre a história do Regimento de Infantaria de Castelo Branco, publicação da autoria do coronel de infantaria, Francisco José Ferreira Dias. De  imediato pensei para com os meus botões, que não era justo que um livro que descreve a história de regimento tao importante  e com tanta importância na terra albicastrense, pudesse estar longe dos olhos de muitos e muitos que o serviram.  
Eu fui incorporado nas instalações que o obrigaram durante muitos e muitos anos, em 1971. Fiz lá a minha inspeção, como escolhi ir para a Marinha, por isso não assentei praça ali, mas não  tenho duvidas em afirmar, que ainda existem entre nós, muitos homens que têm boas recordações do tempo que ali estiveram.
Se alguém quiser consultar este livro, estou convicto que o pode consultar na nossa biblioteca.
Ps. Ao coronel de infantaria, Francisco José Ferreira Dias, o meu bem-haja por este fantástico testemunho do nosso passado.
O ALBICASTRENSE

sexta-feira, abril 07, 2023

CATA - VENTOS

 O NOSSO MUSEU
Confesso que ao ler o trabalho de Costa Alves saído esta semana no jornal “Reconquista”, (aqui publicado para quem não o leu), não pude deixa pensar no Dr. António Forte Salvado. 
Muitas foram as vezes que falamos sobre a atual situação do nosso museu, situação, que muito o entristecia. Infelizmente partiu sem ver uma instituição à qual dedicou parte da sua vida, na desgostosa situação em que ela se encontra.
As palavras do atual presidente em relação ao muito proclamado concurso publico internacional para diretor do nosso museu, foi em resposta a uma intervenção minha numa assembleia pública da nossa autarquia.
Nessa assembleia, afirmei que tinha visitado o nosso museu e que tinha saído de lá de lagrimas nos olhos. Que não compreendia a falta de um diretor, de um técnico superior, de pessoal técnico e de vigilantes. Assim como a inexistência de um verdadeiro projeto cultural para o nosso museu. 
Respondeu então o presidente, que até ao final do ano o assunto estaria resolvido. 
Terminou o ano, e nada de nada aconteceu! 
Termino declarando, que  em tempos palavra dada era  palavra sagrada. Contudo, para a grande maioria dos nossos políticos de hoje, palavra dada não vale mesmo nada.
O ALBICASTRENSE

terça-feira, abril 04, 2023

RUMORES.........

EDIFÍCIO DA CAIXA GERAL DE DEPÓSITOS

A mudança da Caixa Geral de Depósitos para o antigo edifício do BNU na Devesa, tem sido motivo de estampidos na terra albicastrense.  Vários amigos perguntaram-me se eu  sabia de alguma coisa, quanto ao destino do bonito edifício. Ouve até, quem me assoprasse aos ouvidos, atestando que o edifício seria demolido, pois o presidente anda com a cisma de ali arrebitar  um hotel !! 
A todos apaziguei, atestando que tal não fazia sentido, pois o imóvel inaugurado em 1942, está classificado desde 2012 como monumento de interesse público. 

Convém no entanto elucidar os albicastrenses, do seguinte: independentemente do edifício ter a classificação de interesse público e ele pertencer à Caixa Geral de Depósitos, tal não é impeditivo de um qualquer “manhoso”, poder reformar esse estatuto e dar o dito por não dito.  

Este albicastrense apela a quem de direito, (atual presidente da nossa autarquia), que venha a público deitar agua na fervura, pois ficar calado caladinho não é a melhor atitude. 

Aos albicastrenses apelo, para que estejam atentos a toda esta conjuntura, uma vez, que proteger este bonito edifício, e dever de todos nós.

 
Ps. Nesta publicação podem ler o trabalho publicado pelo Jornal “Reconquista”, sobre este assunto                                    
                       O ALBICASTRENSE                       

ANTIGAS CAPELAS DA TERRA ALBICASTRENSE - (VII)

CAPELA DE NOSSA SENHORA DA CONCEIÇÃO "MEMÓRIAS DE OUTROS TEMPOS" E xistiu na antiga rua da Bela Vista, atualmente denominada de S...