quinta-feira, junho 30, 2011

EFEMÉRIDES MUNICIPAIS - XLVIII



A rubrica Efemérides Municipais foi publicada entre Janeiro de 1936 e Março de 1937, no jornal “A Era Nova”. Transitou para o Jornal “A Beira Baixa” em Abril de 1937, e ali foi publicada até Dezembro de 1940.
A mudança de um para outro jornal deu-se derivada à extinção do primeiro. António Rodrigues Cardoso, “ARC” foi o autor desde belíssimo trabalho de investigação, (Trabalho que lhe deve ter tirado o sono, muitas e muitas vezes).
O texto está escrito, tal como foi publicado.
Os comentários do autor estão aqui na sua totalidade.
(Continuação)
logo em 2 de Fevereiro temos nova sessão e os vereadores fizeram nada menos que isto:
Por se achar vaga a ocupação do Carsereyro da cadeya desta Cidade. Nomearão para servir a mesma ocupação de Carsereyro a António Luiz desta cidade por conhesserem que tem os requezitos nescessarios com o ordenado cstumado de outenta e dous mil réis em que entrão dez alqueires de azeite que ele deve do mesmo dinheyro comprar para aluminar a cadeya como he estillo”.
Era esta riqueza o ordenado do carcereiro; oitenta mil reis por ano e destes oitenta e dois mil reis havia de tirar o dinheiro preciso para comprar dez alqueires de azeite para iluminar a cadeia. É Verdade que um alqueiro de azeite se comprava então por dez tostões ou menos ainda, mas mesmo assim não era para fazer fortuna o ordenado do carcereiro. Na sessão de 7 de Fevereiro de 1791 temos assunto de importância:
Nesta vereação sendo apresentada pelo Dr. Juiz de Fora huma ordem do General da Província na qual mandava que preparassem quartéis para vinte e cinco Praças de Cavalaria que S. Majestade manda estabellecer nesta terra aquartelandoas separadas dos moradores ou por cazas delles mesmos, e sobre cuja ordem atendendo esta Camara ao vexame que se seguia aos moradores desta Cidade em se aquartellarem por suas cazas as referidas Praças. Determinou que se fizesse hum quartel à custa do Povo desta Cidade e seu termo visto que a utilidade rezultava em beneficio de todo elle, para este fim determinou tãobem que se preparasse logo a Estallaje velha da rua da Ferradura que já em outro tempo servio de quartel”.
Mas o que parece nem sempre é o que é, e desta vez ainda o caso se verificou. Seis dias depois, ou seja em 13 de Fevereiro, realizou-se nova sessão:
Nesta vereação se determinou que visto não haver dinheyro para se formar quartel para vinte e sinco Praças q. S. Magestade mandou estabellecer nesta Cidade senão do producto do monte da Piedade o qual pertence aos Povos deste termo fossem convocados os Procuradores dos mesmos Povos para consentirem que do referido producto se formassem ao quarteis para cujo fim detreminarão o dia de quarta feira em que se hão de contar dezasseis do corrente mez de Fevereyro”.(Continua)
PS. Mais uma vez informe os leitores dos postes “Efemérides Municipais”, que o que acabou de ler é, uma transcrição fiel do que foi publicado na época.
O Albicastrense

domingo, junho 26, 2011

A “CASA DE CHÁ” DO JARDIM E A ARQUEOLOGIA DA CIDADE

Começaram as obras na casa que está ligada ao Jardim do Paço. O edifício albergou desde a década de oitenta do século passado o Museu Académico interessantíssima colecção da vida académica da cidade que entretanto desapareceu da vista. Ao que sabemos, ainda agora, quando alguém da Romagem de Saudade perguntou pelo seu espólio teve como resposta um cúmplice silêncio. A casa estava em estado de completo abandono desde as últimas obras e intervenções realizadas em em 2002 no jardim quando este hino à Natureza deixou de ser verde natural para se transformar numa nave de reboco e de cimento pintado de branco. Nessa ocasião desobstruíram-se alguns dos arcos do passadiço dando outra leitura a esta zona do complexo monumental. Na casa agora em obras vai surgir a nova bilheteira, o centro de interpretação do jardim e uma casa de chá.
«A casa de chá é uma invenção do século XX. Não há nenhum documento histórico que aluda a essa função. E mesmo as parcas referências ao assunto revelam mais uma intenção de quem as proferiu do que uma realidade histórica».
Realmente mais um café, para quê? Para fazer concorrência directa aos da zona histórica? Aí realmente a palavra chá assume outros significados. O produto não tem lá muita saída a não ser o chá de limão e o de camomila às vezes. Quando se vai tomar um chazinho geralmente isso diz respeito à reunião e à camaradagem duma bucha com queijo e chouriço cá da terra, acompanhada de “chá” tinto ou branco. Mas isso são coisas populares, de cá, nossas, pouco interessam para quem pensa isto do turismo e do desenvolvimento económico das zona antiga da cidade... Os turistas o que querem é chá. Em duas visitas que recentemente fizemos ao jardim deu para constatar que as obras, que não estão identificadas quanto ao seu promotor, não estavam a ter nenhum acompanhamento ou monitorização, nomeadamente arqueológico. A não ser que os trabalhadores que estavam com a picareta a remexer a terra e com o camartelo a destruir os muros sejam os técnicos do património presentes. Não me parece. O muro histórico que ligava a casa ao jardim alagado e do qual há fotografias antigas está a ser demolido sem se recolherem, como nos disseram quaisquer informações dos seus rebocos ou estuques e tentar perceber o seu desenvolvimento face à arquitectura do local . A casa tem vãos chanfrados o que, parece-nos, denota poder ser uma construção muito mais antiga que o jardim setecentista. Já há cantarias trabalhadas pelo chão sem qualquer contextualização.
Apenas uma pergunta não é obrigatório, segundo a Lei, o acompanhamento arqueológico desta empreitada?
Então onde é que ele está? Não esqueçam que sempre se podem vir a encontrar vestígios das folhas dos chazinhos bebidos pelos senhores bispos em amenos finais de tarde. Enfim. Uma pergunta, o Jardim de Castelo Branco é monumento Nacional não é?
PS- Face ao observado, em companhia de um amigo, dirigi-me à Delegação de Cultura do Centro de Castelo Branco. Aí fomos prontamente recebidos por um diligente funcionário que nos informou, depois de nos mostrar o despacho, que, efectivamente, estas obras têm de ter acompanhamento arqueológico. Subentende-se que esses acompanhamento é efectuado desde o começo das mesmas ou não será assim?
O Albicastrense

sábado, junho 25, 2011

QUIOSQUE VIDAL


Ao passar pelo “Quiosque Vidal”, dei comigo a interrogar-me sobre a longevidade deste velho quiosque, e sobre a sua resistência à concorrência desenfreada das grandes superfícies.
Quarenta e oito anos ao serviço dos albicastrenses, quase meio século de existência!... Se tivesse que escrever um slogan para atribuir a este “Velho Quiosque”, ele só poderia ser:
AO SERVIÇO DOS ALBICASTRENSES, SEMPRE!...
O “Quiosque Vidal” foi aberto ao público em Maio de 1963, o autor da proeza foi José Vidal, (o quiosque ainda hoje tem o seu nome), durante os 48 anos de existência, apenas mudou de uma ponta do passeio verde, para a outra.
O autor destas linhas, é frequentador do velho quiosque desde a sua abertura, sendo pois testemunha do serviço prestado por ele, em prol dos albicastrenses e da sua cidade. Actualmente o velho quiosque dá emprego a quatro albicastrenses, porém, é notório o seu reduzido espaço de atendimento ao público.
Perante tal facto, este albicastrense interroga-se se o espaço que era ocupado pelo antigo posto de turismo, não poderia servir para melhorar este velho quiosque, de maneira a que ele possa servir melhor os albicastrenses e poder eventualmente ter mais algum trabalhador. Metendo a mão em negócio alheio, o autor deste blog só pode sugerir aos responsáveis pelo quiosque, e aos responsáveis pela sua autarquia, que os albicastrenses e a sua cidade, ficariam muito melhor servidos com este espaço um pouco mais amplo.
A sugestão aqui fica, agora vamos esperar para que este assunto possa ter asas (não para voar), mas para ser uma realidade a curto prazo.
O Albicastrense

quinta-feira, junho 23, 2011

EXTINÇÃO DOS GOVERNOS CIVIS



Durante bastante tempo, afirmei neste blog que os lugares de Governadores Civis, eram uma espécie de recompensa com que os partidos que ganhavam as eleições, premiavam alguns dos seus militantes (ditos ilustres), que não conseguiam ser eleitos para deputados ou Câmaras Municipais. Disse igualmente que o trabalho desenvolvido por eles, mais não era que o beija-mãos a quem os nomeava. Foi pois com alguma satisfação, que recebi a noticia de que o governo que agora tomou posse, resolveu não nomear novos Governadores.
A este governo que não teve o meu voto, e pelo qual não tenho qualquer simpatia, este albicastrense só pode dizer: muito bem meus senhores!... Claro que agora virão a público os defensores destes cargos, com argumentos de que eles faziam a ponte entre o governo e a região, ou ainda, que o população via neles uma forma de fazer chegar ao governo, as suas reivindicações e outras tantas tretas que todos nós já nos habituamos a ouvir. Porém, a verdade verdadinha, é que este órgão da administração pública, que dizia representar administrativamente o Governo da Republica em cada distrito, era na prática um apêndice partidário de quem ganhava as eleições.
Que haja muita pouca baba e ranho pela extinção deste órgão, é o mínimo que este albicastrense pode desejar em memória do defunto.
O Albicastrense

quarta-feira, junho 22, 2011

PINTORES DESCONHECIDOS DA MINHA TERRA


JÚLIA BISPO
Se quiser ver ao vivo estes quadros, dê um saltinho ao café Postiguinho (Praça Postiguinho de Valadares), beba um bom café, e delicie-se a ver obras de pintores famosos, pintados nos dias de hoje por Júlia Bispo.
Júlia Bispo que não tendo nenhuma formação nesta área, resolveu aventurar-se nela, sem constrangimentos ou receios de qualquer espécie.
É verdade que se trata de uma pequena exposição, com pouco mais que meia dúzia de quadros, porém, os seus passos serão recompensados pelo bom café que ali irá beber, e ainda, por ter a sorte de poder ver ao vivo, quadros de pintores famosos, mesmo que sejam apenas cópias.
PS. Se nestes tempos de crise tiver ainda alguma cheta disponivel, pode adquirir um dos quadros expostos.
O Albicastrense

segunda-feira, junho 20, 2011

DAR VOZ A QUEM A NÃO TEM ......


JOSÉ DE CASTILHO DISSE........
Sou o proprietário da casa "bem restaurada", tudo com dinheiro do meu bolso; nunca pedi subsídios e é com muito orgulho que o digo, sobretudo nos tempos que correm. Vou à casa com frequência, portanto ninguém pode sofrer mais do que eu com aquela inestética situação. Em devido tempo pesquisei e obtive informação de que aqueles cabos e horríveis caixas cinzentas são da EDP, Cabovisão e PT. Dirigi-me a essas entidades há muito, muito tempo, disseram-me que o material é deles mas que é à Câmara Municipal que incumbe passá-los pelas instalações subterrâneas (os tais tubos enormes de diferentes cores que se vêem a sair de perigosos buracos em toda a zona histórica).
Dirigi-me a essa entidade várias vezes e na última disseram-me que os penduricalhos iam sair definitivamente e passar as ligações por baixo do chão até ao corrente mês de Junho. Ainda têm 11 dias para cumprir a promessa. Para além de ter de suportar o mau aspecto da fachada dum edifício histórico, no qual viveram antepassados meus, sou prejudicado por ter o velho contador da luz "meio pendurado" à espera que o novo possa ser ligado, evidentemente pela baixada subterrânea. Já esgotei os meus argumentos perante a Câmara. Se conhecerem lá alguém que dê um jeitinho, agradeço a ajuda. Espero que as palavras estupidez e burrice usadas no texto não sejam para mim, de qualquer modo parecem atiradas ao ar sem destinatário directo, o que era escusado.
José Martins Barata de Castilho

VELHAS IMAGENS DA MINHA CIDADE - XVIII




MEMÓRIAS
Por vezes sinto a necessidade de folhear alguns dos velhos álbuns fotográficos, onde fui acomodando muitas das fotografias que fui captando ao longo dos anos. Numa dessas visitas aos velhos álbuns, reencontrei duas fotografias que aqui ponho à consideração dos visitantes deste blog. A pergunta relativa a estas fotografias, é a seguinte:
Que sala é esta, e em que local tinha ela raízes?
Para os mais jovens aqui fica uma pequena ajuda. Esta sala foi instalada na instituição (!), na década de 80 do século passado, e arrasada por “personagens lunáticas” durante as obras (ditas de restauro) dessa instituição em finais do mesmo século.
PS. Tal como das outras vezes, as respostas certas só serão publicadas dois ou três dias depois, para que todos possam responder.
O Albicastrense

sexta-feira, junho 17, 2011

ROMAGEM DA SAUDADE - 2011


A nossa cidade vai ter este fim de semana como acontecimento, a 18ª Romagem da Saudade.
Gostaria de lembrar aqueles que normalmente passam ao lado deste acontecimento, que estes encontros se realizam desde 1946 e que durante esse tempo, os Romeiros da Saudade prestaram homenagem a muitos ilustres de Castelo Branco, a antigos professores, a figuras populares de Castelo Branco e ainda a colegas já desaparecidos.
Também este albicastrense quer prestar homenagem a estes bravos “combatentes”, pela sua persistência em continuar esta bela iniciativa, independentemente do tempo, que vai pouco a pouco levando alguns dos “velhos” romeiros. Mas também aqui podemos
afirmar:
"Por cada Romeiro da Saudade que partir, outro ocupará o seu lugar".
Para eles aqui fica uma pequena recordação, sobre a 5ª Romagem da Saudade, realizada em 1971.
Este trabalho que não está aqui na sua totalidade, foi publicada na revista “Estudos de Castelo Branco”, em Janeiro de 1972.
O Albicastrense

quinta-feira, junho 16, 2011

VÂNDALOS


As fotografias com que ilustro este post, documentam a falta da letra é na palavra castelo, letra que foi arrancada e destruída pelos “amigos” da noite, ao passarem à porta do novo Centro de Turismo de Castelo Branco.

Mais palavras para quê !?

VERGONHOSO

"Uma palavra bem pronunciada pode economizar não só cem palavras, mas também cem pensamentos." (Henri Poincaré)

O Albicastrense

quarta-feira, junho 15, 2011

EXPOSIÇÃO - XXI



ANTÓNIO ANDRADE FERNANDES
"CORTE RASO"
Foi realizado no ao de 2008 e é uma pintura a acrílico sobre madeira e manta de trapos.
Com este quadro pretendo alertar para um problema actual e que nos diz respeito a todos. O corte por vezes irresponsável (veja - se os ciprestes da Senhora de Mércules) das árvores.
Ao protegermos as árvores e a natureza estaremos a lutar por um mundo melhor e esta temática não deverá ser só matéria de inquietação para crianças e ecologia.
O Albicastrense

terça-feira, junho 14, 2011

ZONA HISTÓRICA DE CASTELO BRANCO


A recuperação das velhas casas da zona histórica de Castelo Branco, (na opinião deste albicastrense) deveria ser a prioridade das prioridades da autarquia minha terra, infelizmente o que acontece, é que essa prioridade é demasiadas vezes esquecida em detrimento de outras prioridades, prioridades que muitas vezes mais não são, que vaidades de quem troca o essencial pelo supérfluo.
Porém, nem tudo é negativo, nos últimos tempos a autarquia da minha terra, tem adquirido e recuperado algumas das velhas casas com bastante sucesso, (infelizmente poucas).
Vem esta conversa a propósito, das caminhadas que normalmente faço pela zona histórica, caminhadas onde por vezes me apetece bater com a cabeça na parede, devido às burrices que por ali continuam a acontecer.
A situação que aqui vou postar é de tal maneira anedótica, que até parece difícil de acreditar.
As fotografias que ilustram este post, mostram-nos uma casa restaurada (e bem restaurada), na zona histórica de Castelo Branco, mais propriamente da Rua do Arco do Bispo.
Então não é, que restauraram esta velha casa e deixaram ficar na fachada o arraial de fios e as asquerosas caixas de metal que lá estavam!...........
Será que está tudo maluco!?
Será que este arraial de fios e as asquerosas caixas, são uma espécie de brasão de armas dos antigos titulares da casa?
Meus amigos, esta velha casa já tem brasão de armas!... (como aliás se pode ver numa das fotografias).
Perante tal estupidez, este albicastrense só pode pedir a quem restaurou esta casa, que vá até lá, olhe bem de frente para a fachada, e pergunte a si próprio se gosta do triste espetáculo.
Haja paciência para tanta estupidez é o mínimo que podemos argumentar perante este tipo de burrice.
O Albicastrense

domingo, junho 12, 2011

EFEMÉRIDES MUNICIPAIS - XLVII

A rubrica Efemérides Municipais foi publicada entre Janeiro de 1936 e Março de 1937, no jornal “A Era Nova”. Transitou para o Jornal “A Beira Baixa” em Abril de 1937, e ali foi publicada até Dezembro de 1940.
A mudança de um para outro jornal deu-se derivada à extinção do primeiro. António Rodrigues Cardoso, “ARC” foi o autor desde belíssimo trabalho de investigação, (Trabalho que lhe deve ter tirado o sono, muitas e muitas vezes).
O texto está escrito, tal como foi publicado.
Os comentários do autor estão aqui na sua totalidade.
(Continuação)
A sessão imediata realizou-se no dia 26 de Janeiro e o que nela se passou conta-o assim o escrivão Aranha:
Nesta vereação se acordou que vista a pouca segurança que tem a cadeya desta cidade se consertasse fazendoselhe toda a obra processaria para a sua segurança neteficandosse o mestre Pedreyro Alexandre Domingos Guedes para fazer os precisos apontamentos para com elles se por em Praça a mesma obra a se a rematar”.
Este mestre pedreiro Alexandre Domingos Guedes, pela identidade de sobrenome e apelido, devia ser pai ou avo do escrivão da Câmara Francisco Domingos Guedes, que nós conhecemos muito bem aqui há perto de sessenta anos. Logo quatro dias depois, 30 de Janeiro, estavam os vereadores outra vez a contas com a nova sessão.
A guerra aos pardais tinha afrouxado nos últimos anos, dai vinha notar-se que esta passarada daninha fazia maiores estragos do que nunca e por isso os bons dos vereadores:
Acordarão que por serem os Pardais húas aves tão nocivas e perjuiciaes que por serem muitos em razão de se multiplicarem cada anno com dobradas creaçoens fazem hum considerável estrago nas searas, novidades, ortallices e todas as mais castas de plantas em geral, prejuízo de todos por serem cauza das carestias e faltas que se exprimentão: Pelo que determinarão que todos os moradores desta Cidade e de todo o seu termo mate cada hú seis pardaes e os entregue ou as suas cabessas athé o fim de março do prezente anno infalivelmente antes que elles principiem a crear e todos se virão entregar a esta Camara e se lhes cortarão os bicos em todos os Domingos e dias Santos que ouver athé o fim do dito mês de Março depois das duas horas da tarde em que estarão juntos para reçebellos no forma seguinte..."
A “forma seguinte” resumia-se nisto: O escrivão da Câmara fazia uma relação de todos os moradores da cidade, nas povoações rurais os juízes do povo faziam outro tanto, à medida que cada qual viesse entregar os seus pardais ou as respectivas cabeças tomar-se-ia nota e aí de quem não cumprisse! Ia parar à cadeia e pagava multa dez tostões.
E os juízes que não cumprissem ou enganassem a Câmara, dizendo que tinha entregado os seis pássaros ou as suas cabeças, quem o não tivesse feito (porque nas povoações rurais os pardais eram entregues aos juízes), pagavam a multa seis mil reis.
E nesta sessão só se tratou de pardais e mais nada.
(Continua)
PS. Mais uma vez informe os leitores dos postes “Efemérides Municipais”, que o que acabou de ler é, uma transcrição fiel do que foi publicado na época.
O Albicastrense

sábado, junho 11, 2011

CELEBRAÇÕES DO 10 DE JUNHO


CELEBRAÇÕES DO 10 DE JUNHO
EM CASTELO BRANCO
EM
"10 IMAGENS"
Dizem que uma imagem vale por mil palavras!... Como este albicastrense não dispõe dessas mil palavras, deixa aqui, não uma mas dez, para que aqueles que visitam este blog, possam deixar aqui, as muitas palavras em falta.






O Albicastrense

ANTÓNIO ROXO - DEPOIS DO ABSOLUTISMO - (12)

"MEMÓRIAS DA TERRA ALBICASTRENSE" Espaço da vida político-social de Castelo Branco, após a implantação do regime constitucional. U...