segunda-feira, novembro 27, 2023

UM MILHÃO DE VISITANTES

UM BLOGUE 
SEM VISITANTES DE NADA VALE.

O marcador deste blogue indica hoje, a bonita soma de um milhão de visitantes.

Se me dissessem em 2005 que este albicastrense com pouco mais que a antiga quarta classe, era capaz de criar um blogue sobre a terra albicastrense e que 18 anos depois ele tinha um milhão de visitantes, diria que quem afiançasse tal, que não podia estar bem da moleirinha. 

2683 publicações sobre a terra albicastrense, publicações poucas vezes apupadas, outras vezes apoiadas, mas sempre em defesa da terra albicastrense. 

Não sei quantos mais anos o blogue irá continuar, pois o futuro a Deus pertence, mas, enquanto houver vontade e saúde, ele vai manter-se.

Forte abraço para quem me tem acompanhado ao longo dos 18 anos  do blogue.

O ALBICASTRENSE

sexta-feira, novembro 24, 2023

ZONA DA DEVESA VAI SER REQUALIFICADA

MAIS DO MESMO

OU UM BELO CORETO NO CENTRO DA DEVESA!

😅 😆 😇 😄 😃 😂 😀
Segundo a notícia do jornal “Reconquista” desta semana, a Devesa vai ser qualificada em 2024. Ainda segundo a mesma notícia (que pode ser lida nesta publicação), o projeto está a ser elaborado pelo arquiteto catalão Josep LLuis Mateo, autor do centro de Cultura Contemporânea de Castelo Branco.

Não vou dissertar do que a notícia diz sobre o que vai ser feito, porem, confesso que gostaria de saber a opinião dos albicastrenses sobre as alterações avançadas na reportagem. Na minha modesta opinião que vale o que vale, alvitro desde já, que no meio da Devesa em vez de jogos de água que estão quase sempre secos e poucas vezes molhados, se coloque um fantástico Coreto rodeado do belas Flores no centro da Devesa.

Ainda segundo a minha pessoa, porque não fazer um baixo assinado entre os albicastreneses, dizendo a quem comanda a nossa terra, que queremos ser ouvidos sobre esta questão. 
Será que os albicastrenses se estão cagando para o que vai acontecer na Devesa, ou irão opinar sobre este assunto? 
                                                O ALBICASTRENSE

quarta-feira, novembro 22, 2023

MEMÓRIAS DA TERRA ALBICASTRENSE

ACTA DE 1 DE JANEIRO DE 1798


Numa altura em que muito se fala do S.N.S, talvez seja interessante ler uma acta de 1798 da autarquia albicastrense,  sobre a contratação de um cirurgião para a nossa cidade. 

 (Acta da sessão da nossa autarquia de 1 de Janeiro de 1798). 


A sessão realizou-se no dia 1 de Fevereiro e o principal assunto de que se tratou foi isto: E sendo proposto e requerimento de Manuel da Cunha Cirurgião Mor do Regimento  de Pena Macor  acantonado  nesta Cidade todos uniformemente disserão que querião  e era sua vontade fazer o Partido de cento e quarente mil reis tirado da siza desta Cidade  visto a necessidade  que ha de hum habil Cerurgião  para curar as frequentes imfermidades de Cerurgia  que costumão haver nesta cidade, e  com correrem nelle as qualidades necessarias para bem dezempenhar os deveres de seu menisterio, e ter dado Provas no tempo que aqui tem assistido do seu zelo e prontidão com que se presta a todas as curas da sua profição”. 
Estava a misericordia aberta e por isso, logo a seguir, todos os vereadores, procurador do conselho, Nobreza e Povo que assistiam á sessão, todos sem a menor divergência, foram de parecer que devia também criar-se um novo partido médico de duzentos e quarenta mil réis, ficando   porém, ao arbítrio da Câmara nomeá-lo  e demiti-lo “todas as vezes  que elle não cumpir com as suas obrigações”.                                                                                          
                                         O ALBICASTRENSE

quinta-feira, novembro 16, 2023

NOTÍCIA RELATIVA DO TORNADO DE 1954, PUBLICADA NO JORNAL "BEIRA BAIXA".

 13 DE NOVEMBRO DE 1954 

 O jornal “Beira Baixa” descreveu a catástrofe ocorrido em Castelo Branco, no mês de Novembro, da forma que podem ler a seguir.

 Um terrível furacão transformou a parte nova da cidade de Castelo Branco, num vasto campo de dor,  lágrimas, de ruínas e destroços.

"Faz hoje oito dias que caiu sobre esta sempre progressiva cidade a maior catástrofe de que há memória. Pelas 12 horas e 45 minutos escureceu o firmamento repentinamente e um tremendo furacão, acompanhado de chuva diluviana, reduziu, apenas em 30 segundos, a parte nova da cidade a um amontoado caótico de destroços.
Voaram as telhas e madeiramentos, rebentaram as caixilharias e portas, estilhaçaram-se vidraças das janelas e das montras mas estruturas metálicas dos armazéns e oficinas transformaram-se num amontoado de ferros torcidos. Houve edificações que ruíram pelos alicerces. As árvores caíram e ficaram devastados os jardins. No ar, a dança demoníaca do vento em remoinhos velozes e gigantes arrastando na sua fúria tudo o que estava ao seu alcance. Eram árvores, pedaços de móveis, bancos dos passeios, madeiras, pedras, telhas, tijolos, pedras, louça partida, pedaços de cortiça a rodopiar levantados no ar e despedidos tragicamente. 
Automóveis e camionetas eram levantados no ar e despedidos sobre os terrenos e contra as paredes das edificações como se fossem brinquedos infantis. Ficaram desmantelados os estabelecimentos comerciais e o vento, na sua ira avassaladora, arrastou não se sabe para onde os recheios das habitações. Caíram os postes de iluminação e dos telefones, feitos de ferro e cimento armado, e as redes respetivas eram dali a nada montes de fios metálicos emaranhados. Passado o furacão, a chuva torrencial continuou a obra de devastação. Montes de destroços pelas casas, edifícios públicos, oficinas, nas ruas, avenidas e alamedas. Depois um pesadelo coletivo, lágrimas e um silêncio aterrador.
Duas centenas de sinistrados foram levados nas ambulâncias e carros ligeiros ao Hospital da Misericórdia e às Casas de Saúde e ainda outros iam ao colo ou às costas às casas dos médicos ou às farmácias. Duas alunas do Liceu, dois rapazes e uma pobre criança ficaram a dormir o sono eterno, vitimas da tragédia imprevista. Nos semblantes de todos ficou a penas a máscara da dor. Pelos campos vizinhos também a desolação e o terror."
"O estranho fenómeno desenvolveu-se no sentido de um eixo que se pode fixar entre Montalvão e a Parrela, de sudoeste para nordeste, uma largura aproximada a 280 metros."
O ALBICASTRENSE

terça-feira, novembro 14, 2023

MEMÓRIAS DA TERRA ALBICASTRENSE.

 CURIOSIDADES DO PASSADO DA  TERRA ALBICASTRENSE

Jornal Beira Baixa Setembro de 1957, edifício das Finanças.
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A Junta de Província quer vender o Palácio Fevereiro. Em Agosto último já se tinham feito ouvir as vozes do descontentamento, em artigo publicado num dos jornais da cidade:
A nova de que a Junta de Província da Beira Baixa resolvera vender o “Palácio da Família Fevereiro”, situado no Campo da Pátria desta cidade, também conhecida pela “Casa da Finanças”, por virtude da natureza dos serviços públicos que ali têm estado instalados, provocou uma certa ansiedade e natural preocupação.
Na verdade, não encontramos motivos que justifiquem aquela medida, embora nos tivéssemos debruçado sobre ela, visando-a e analisando-a em todos os seus aspetos, quer técnicos uma vez que o prédio é utilizado por serviços públicos, quer económico, uma vez que se trata de uma alienação, e quer artístico uma vez que o edifício, embora não sendo o mais monumental da cidade, é uma das suas construções mais puras e mais sugestivas. 
O ALBICASTRENSE

sexta-feira, novembro 10, 2023

RECONSTRUIR A ANTIGA PORTA DO OURO DA VELHA URBE ALBICASTRENSE.

QUEM QUER ACREDITAR!!!!!

Uma notícia que me deixa imensamente feliz, mas na qual não acredito mesmo nada.

PROMESSAS FEITAS ANTERIORMANTE:
 
-250 novas famílias para a nossa zona histórica.
-Um novo pole do museu Cargaleiro no antigo quartel de GNR, na rua Vaz Preto.
-Recuperação do antigo quartel da Guarda Fiscal.
-Escola de chefes na rua de Santa Maria.
-Recuperação da casa ofertada por António Salvado para lá instalar a casa dos amigos do poeta.
-Balneários na rua d´Ega.
-Concurso para diretor no Museu e fim das obras que decorrem á mais de cinco anos.

Promessas que ainda estão por cumprir e que muito dificilmente serão cumpridas.  Confesso que muito gostaria de acreditar nesta autêntica aventura histórica. Façanha que este albicastrense tomaria como sua, pois a restauração de uma das antigas portas da velha urbe albicastrense, seria um feito digno de figurar no livro de ouro da cidade. 
Todavia acreditar em tal aventura, seria acreditar que ainda hoje me vai sair o Euro milhões. Amigo presidente, pode prometer tudo e mais alguma coisa, porem, primeiro cumpra promessas feitas, pois de contrário, estará a enganar quem votou em si.

                                        O ALBICASTRENSE

terça-feira, novembro 07, 2023

MEMÓRIAS DA TERRA ALBICASTRENSE.

 CURIOSIDADES DO PASSADO DA  TERRA ALBICASTRENSE

  FONTES E POÇOS PÚBLICOS 

As fontes públicas mais antigas de que há notícia são as da Feiteira, do Penedo, do Torneiro, o Chafariz da Graça e da Defesa que tem atualmente a designação de Chafariz de S. Marcos.

Em em sessão de 7 de Abril de 1655 determinou a Câmara Municipal, que todo aquele que na Fonte da Feiteira ou na do Penedo lançasse pedra ou molhasse palha pagaria dois mil reis da cadeia e qualquer pessoa poderia acoimar com uma testemunha. As fontes da Feiteira e do Penedo desapareceram, tendo-se tornado difícil saber hoje, a sua localização. Na mesma sessão da Câmara também se deliberou o seguinte: 

Toda a pessoa de qualquer qualidade que seja que na Fonte do Torneiro lançar gato ou cão ou raposa ou outro qualquer bicho pagará quatro mil réis da cadeia e toda a pessoa que tirar algum bordo da dita fonte pagará seis mil réis da cadeia e lançando pau ou pedra pequena pagará quinhentos réis e, sendo filho-família, o que fizer alguma das coisas sobre ditas pagará seu pai por ele a condenação”.

A Fonte do Torneiro, também desaparecida, estava adjacente ao muro de vedação da Quinta da Carapalha em cujas imediações está atualmente a Estação do Caminho de Ferro. Em sessão de 18 de Agosto de 1790 determinou a Câmara Municipal que se obrigasse uma pessoa de cada casa a limpar as fontes da Graça, da Péqueixada, da Devesa, do Tostão e da Fonte Nova “com pena de um tostão aplicado para a mesma limpeza, indo pessoas capazes de trabalhar que retirarão o entulho para longe”. Verifica-se, pois, que no fim do século XVIII havia, além das fontes citadas, mais a da Péqueixada, da Devesa e a do Tostão e já existia também a Fonte Nova.
                                            Recolha de dados;  jornal "Beira Baixa" de 1952.
                  Autor: Manuel Tavares dos Santos.
                                                       O ALBICASTRENSE

domingo, novembro 05, 2023

LEMBRAR PERSONALIDADES ESQUECIDAS

GENERAL  JOÃO  MALAQUIAS  DE  LEMOS 
(1818 – 1894)

Quem nunca entrou num cemitério e ao olhar para um velho jazigo emparedado, não tenha perguntado a si próprio: “Quem terá sido o tipo que está aqui emparedado”. Isso mesmo aconteceu comigo, quando no dia 1 fui ao nosso cemitério ao passar frente ao jazigo que a imagem mostra. 
Pesquisei na internet para descobrir quem foi o Malaquias de Lemos.  Descobri que  nasceu em Lisboa 1818 e faleceu em Castelo Branco 1894.
Filho de Manuel Malaquias de Lemos e de Maria Silva da Natividade. Casou com segundas em núpcias com Dona Mariana Rita Barbosa de Lemos de Castelo Branco. Teve um filho a quem deu o nome de Jaime Malaquias de Lemos que morreu com 31 anos de idade em Castelo Branco. Sobre Malaquias de Lemos encontrei  ainda o que pode ser lido a seguir.

Registos Paroquiais da freguesia de São Miguel da Sé, 
livro de óbitos de 1894.

Aos trinta dias do mez de novembro do anno de mil oito centos e noventa e quatro, pelas cinco horas da Manhã, n’uma  casa da rua dos Chões d’esta freguezia de São Miguel da Sé, da cidade e concelho de Castello-Branco, Diocese de Portalegre,  faleceu tendo recebido os sacramentos da Santa Madre Egreja um individuo do sexo masculino por nome João Malaquias de Lemos, de setenta e seis annos d’idade, general de divisão, natural da freguezia de Nossa Senhora d’Ajuda, concelho de Belem, cidade e Patriarchado de Lisboa, mora dor n’esta cidade, casado em segundas nupcias com Donna Marianna Rita Barboza de Lemos, filho legitimo de Manuel Malaquias de Lemos e de  Dona Maria Silva da Natividade, já fallecidos, deixou um filho, e foi sepultado  no jazigo de Tavares Proença, no cemitério publico  d’esta cidade. E para constar lavrei, em duplicado, este assento, que assigno. Era ut supra. O coadjuctor Mathias Mourato Grave

Notícia do Diário ilustrado do dia 14 de dezembro de 1894, sobre o falecimento do General.

Honra hoje a nossa galeria este distinctissimo general de cavallaria, antigo commandante da primeira divisão militar e ajudante de campo de el-rei, ha dias fallecido. O illustrado e honradissimo oficial, que falleceu em Castello Branco, victima d’uma pneumonia, era, actualmente, inspector geral de cavallaria. Nascera em 27 de Janeiro de 1818. Aos 19 annos, a 1 de novembro de 1838, assentou praça em cavalaria e dois annos mais tarde, 11 de dezembro de 1940, sahia alferes; a 19 de abril de 1847 foi promovido a tenente; a capitão em 27 de abril de 1851; a major, em 6 de fevereiro de 1867; a tenente-coronel, em 16 de setembro de 1874; a general de brigada, a 29 de março de 1883, e finalmente a general de divisão em 26 de fevereiro de 1890. 
Tinha umas poucas condecorações nacionais e estrangeiras, entre ellas, a gran-cruz da ordem de Aviz. 
                                                 O ALBICASTRENSE

ANTIGAS CAPELAS DA TERRA ALBICASTRENSE - (VII)

CAPELA DE NOSSA SENHORA DA CONCEIÇÃO "MEMÓRIAS DE OUTROS TEMPOS" E xistiu na antiga rua da Bela Vista, atualmente denominada de S...