domingo, setembro 30, 2012

JOÃO MOURATO GRAVE

FARMACÊUTICO E INTELECTUAL
EM
CASTELO BRANCO
Se saíssemos à rua e perguntássemos a um qualquer albicastrense que por ali passasse, quem foi João Mourato Grave, estou certo que a quase totalidade diria: Não faço a mínima ideia! ou então, talvez respondesse (tal como eu...), João Mourato Grave! Terá alguma coisa a ver com a farmácia Grave? Vem esta conversa a propósito dum comentário deixado num post que aqui postei, sobre a farmácia Higiene.
O comentário dizia o seguinte; “ a farmácia Grave abriu em 1907! Se quiser saber mais sobre quem foi o fundador, encontra um artigo muito curioso... 
Cliquei no dito cujo (que já conheço à muito), e dei com um artigo da Dr. Maria Adelaide Neto Salvado, sobre a vida deste homem. À Dr. Adelaide Salvado autora do referido artigo, este albicastrense só pode mesmo dizer, (mais uma vez), muitíssimo Bem-haja por nos dar a conhecer pessoas que caíram no esquecimento colectivo, mas a quem a terra albicastrense e os albicastrenses muito devem. 
Ps. Com a devida vénia da autora, aqui fica a primeira página do artigo para desta forma abrir a curiosidade aos visitantes, podendo depois clicar no referido site (Vol. 18), para o poder ler na sua totalidade.
O Albicastrense

sexta-feira, setembro 28, 2012

O HIPÓLITO COMENTA VI



Cerca de quarenta anos depois, da publicação destes desenhos no antigo jornal “Beira Baixa”, aqui ficam mais dois desenhos do Hipólito.






Desenhos de Amato Estriga. Textos de João de Mendonça.

O Albicastrense

terça-feira, setembro 25, 2012

UMA DECLARAÇÃO DE AMOR



AMO-TE EUNICE”
Confesso que me emocionei, quando ao passar pela Praça Rainha D. Amélia vi esta inscrição num prédio que dá para a rua Pedro da Fonseca.
- Num país onde um tal Coelho, chama piegas aos portugueses e lhes diz, que este é o momento para procurar novas oportunidade lá fora.
- Num país onde um tal Portas acha muito mais “sensato” meter a viola no saco, e ficar calado que nem um rato perante as muitas desgraças que apoquentam os portugueses.
- Num país onde um tal Macedo diz que existem por cá "Muitas cigarras e poucas formigas". (No entanto, esta cigarra desembocada que se julga formiga, não diz que ainda não há muito tempo, recebia 1400 euros de subsidio mensal para residir em Lisboa, quando tinha residência ali bem perto).
- Num país onde os portugueses estão cada dia mais pobres e nas ruas da amargura.

Existe alguém que escreve numa parede:AMO-TE EUNICE
Não sei quem é a Eunice!...
Não sei quem ama a Eunice!...
Não sequer se o amor é correspondido!...

Num momento tão difícil como o que atravessamos, só mesmo esta declaração de amor me faria sorrir e pensar, que vale sempre a pena expressar os nossos sentimentos. Não só no amor, mas também nas desgraças que diariamente alguns inúteis ditos muitos competentes, nos querem impor todos os dias.
O Albicastrense

domingo, setembro 23, 2012

JORGE DE SEABRA


RECORDANDO O PASSADO - V

Espancado por bem fazer...


Crónicas publicadas nos primeiros anos da década de 40, no Jornal A Beira Baixa”.

Em 1945, o autor publicou essas crónicas num pequeno livro, ao qual deu o título: RECORDANDO O PASSADO.

O Albicastrense


quinta-feira, setembro 20, 2012

EFEMÉRIDES MUNICIPAIS - LXV


A rubrica Efemérides Municipais foi publicada entre Janeiro de 1936 e Março de 1937, no jornal “A Era Nova”. Transitou para o Jornal “A Beira Baixa” em Abril de 1937, e ali foi publicada até Dezembro de 1940. A mudança de um para outro jornal deu-se derivada à extinção do primeiro. António Rodrigues Cardoso, “ARC” foi o autor desde belíssimo trabalho de investigação, (Trabalho que lhe deve ter tirado o sono, muitas e muitas vezes).

O texto está escrito, tal como foi publicado.
Os comentários do autor estão aqui na sua totalidade.

(Continuação)
Passam agora os meses de Maio, Junho, Agosto e Setembro sem que a Câmara se reuna uma só vez para amostra. Pelo menos não apareceram  vestígios de actas durante todos estes meses. Porque seria isto?
A explicação é talvez esta:
Executado Luiz XVI e proclamada a república em França, o ministro francês em Portugal, que era o conde de Chalons, deixou de considerar-se representante da sua nação em Portugal e interromperam-se as  relações diplomáticas entre os dois países.
Em Março de 1793 a França, que tinha de fazer frente a diversas nações, quis ver se reatava as relações com o nosso país e mandou para Lisboa Mr. D’ Arbaud, que com dificuldade encontrou uma estalagem onde se hospedou e andou sempre vigiado pela policia, de que era intendente o celebre Pina Manique, mas o ministro Luís Pinto, que era afinal quem em Portugal dava cartas, nem por isso deixou de o receber com toda a polidez, embora não quisesse abrir a carta credencial que ele lhe apresentou.
Mr. D’ Arbaud não deixou de insistir para ser recebido como representante de França em Portugal e foi-se deixando estar em Lisboa; mas Pina Manique notou que as visitas que o francês recebia eram suspeitas de jacobinismo, receou que na capital rebentasse qualquer tumulto provocado por ele, e por isso, em 16 de Abril, intimou-o a sair de Portugal com modos rudes, nada diplomáticos, que o homem não teve outro remédio senão sair.
Por sinal que no caminho foi preso pelos ingleses. O resultado foi metermo-nos na guerra que a maior parte dos estados europeus faziam à França, ir a nossa Marinha de Guerra com a Espanhola, numa expedição até Tripoli, em que os nossos marinheiros  fizeram boa figura, e pouco depois andaram as nossas tropas com os do pais vizinho na campanha do Roussillon, que pelo ano 1794 fora e nos custou muito dinheiro e muita vidas.
No meio da embrulhada da guerra, quem pensava lá nas coisas mínimas da administração municipal. Tudo era pouco para acudir às exigências da campanha e ninguém pensava noutra coisa.
Se o motivo da longa interrupção das sessões da Câmara não foi este, não sabemos como explicá-lo.
(Continua)

PS. Mais uma vez informe os leitores dos postes “Efemérides Municipais”, que o que acabou de ler é, uma transcrição fiel do que foi publicado na época. 
O Albicastrense

domingo, setembro 16, 2012

CRUZ VERMELHA EM CASTELO BRANCO


NOVAS INSTALAÇOÊS

DA

CRUZ VERMELHA EM CASTELO BRANCO


Em março do corrente ano, coloquei aqui um “post” onde dava conta das péssimas condições da delegação da Cruz Vermelha em Castelo Branco. Seis messes depois, a Cruz Vermelha inaugura em Castelo Branco no Largo de S. João, a sua nova casa. 
Se acreditasse em milagres poderia acreditar neste momento, que a chamada de atenção que aqui fiz aos responsáveis pela autarquia da minha terra sobre as péssimas condições em que a Cruz Vermelha estava instalada em Castelo Branco, pode ter contribuindo para a resolução deste caso. No entanto, mais que saber se a chamada de atenção serviu para o que quer que seja, interessa dizer neste momento, que a minha terra tem finalmente uma delegação da Cruz Vermelha com dignidade para  prestar serviços médicos a quem ali se dirigir.
Aos responsáveis por este bom trabalho, (a autarquia albicastrense), este albicastrense só pode mesmo dar os  parabéns, extensivos a todos os albicastrenses e a todos aqueles que a partir de agora podem beneficiar das novas instalações da CRUZ VERMELHA  em Castelo Branco.
O Albicastrense

sábado, setembro 15, 2012

DIREITO À INDIGNAÇÃO



CASTELO BRANCO 
TAMBÉM PARTICIPA NESTA LUTA



NÃO 
QUEREMOS  MAIS 
DO 
MESMO.



Passar ao lado deste luta, é dizer que tudo está bem.
Não participar nela, é deixar que os outros lutem por nós.
Olhar para o lado e dizer que tudo está bem, é sermos conviventes com a desgraça que alastra por todo o nosso Portugal.

PARTICIPA POIS TODOS SOMOS IMPORTANTES NESTE DIA!

O Albicastrense

quinta-feira, setembro 13, 2012

AVENIDA NUNO ÁLVARES


A NOSSA MAIS BONITA PRINCESA"

Após o diz que faz ou diz que nunca disse sobre o futuro da Avenida Nuno Álvares, “parece” que finalmente  se decidiu sobre o  futuro da nossa mais bonita princesa.
As imagens que ilustram este “post”, mostram-nos os velhos passeios e espaços ajardinados da   Avenida Nuno Álvares a serem recuperados (ou será requalificados, como agora parece ser chique dizer-se !?).
Perante os muitos projectos anunciados e nunca desmentidos por quem de direito, este albicastrense só pode mesmo congratular-se, por finalmente o bom senso ter subido à caixinha dos pirolitos de certos “senhores”.
Talvez possamos dizer, que tudo está bem quando acaba bem, contudo será bom não nos esquecer-mos, que o bom senso só chega à caixinha dos pirolitos dos tais “senhores”, (na maioria  das vezes) através da repulsa e do  descontentamento dos projectos anunciados aos quatro ventos, mas nunca assumidos publicamente na praça pública por esses mesmos senhores.
Mais que alimentar qualquer polémica, interessa afirmar que a nossa princesa está hoje muito mais catita, depois das vivendas recuperadas, (consta que vão ser recuperadas mais três) chegou a vez dos passeios,  jardins e bancos da nossa princesa.
Jardins que espero ver florir para dar cor à nossa princesa, bancos que espero ver bem alindados para ali poder ver namorados beijando-se, passeios que espero ver limpos para ali poder ver os albicastrenses passeando.  
O Albicastrense

segunda-feira, setembro 10, 2012

DIREITO À INDIGNAÇÃO

O BANDO 
Uma quadrilha de malandros devidamente conhecida, cometeu na noite de sexta para sábado o maior assalto de que à memória em Portugal, (mais de dois mil milhões de euros).
O bando devidamente legalizado, não utilizou a sombra da noite para praticar esta malfeitoria, mas antes os holofotes da ribalda. 
O chefe do “bando” veio a publico informar os assaltados, (veja-se o descaramento), que o  assalto praticado tinha que ser entendido não como uma malfeitoria, mas antes como um acto de protecção aos próprios assaltados e do país em geral.
O dito cujo argumentou ainda em sua defesa, que o assalto que estava a praticar, era motivado pelos gastos excessivos dos malandros que anteriormente ocuparam o lugar que ele agora ocupa.
Segundo ele, os malandros que o antecederam no cargo, gastaram o que tinham e o que não tinham e ele agora é que tinha que pôr os Portugueses a pão e água. Disse ainda o mesmo marmanjo, que agora só assaltava os pobres e os remediados. Quanto aos ricos, irá coçar a cabeça para encontrar a melhor formula para lhes pedir meia dúzia de cêntimos.

Nota de ultima hora.

O chefe do “bando” também conhecido por; “Coelho que nunca se engana e que tem sempre a certeza das medidas que toma”,  declarou no dia seguinte na sua página no Facebook, que o discurso feito no dia anterior tinha sido muito ingrato, dizendo de seguida: “não era o que gostaria de poder vos dizer, e sei que não era o que gostariam de ouvir”. E dizia a terminar:Queria escrever-vos hoje, nesta página pessoal, não como primeiro-ministro mas como cidadão e como pai, para vos dizer apenas isto, esta história não acaba assim”. As reacções a estas declarações não se fizeram esperar.

Zé da Mula, trolha com mais de mais 50 anos de descontos para a Segurança Social,  acusado (pelos invejosos) de estar sempre contra tudo e contra todos, veio a público afirmar que está sem pachorra (e sem caroço) para gramar esta maralha,  vai daí propôs contribuir com o seu subsidio de natal, (300 euros) para um fundo destinado a contratar a malta do filme Mercenários 2, para fazer Mercenários 3. O guião do filme será da sua autoria e teria como subtítulo: “Massacre em São Bento”.

Contactos feitos por Zé da Mula em Hollywood com Stalone, Statham, Jet Li, Dolph Lundgren, Norris, Bruce Willis, Schwarzenegger e mais um bando de durões aposentados,  tiveram resposta positiva de imediato, os ditos cujos apenas impuseram como condição para aceitar este massacre, (perdão! Filme...) que  o massacre teria que ser total, objecção à qual o Zé da Mula não colocou qualquer resistência e até agradeceu. 
Zé da Mula aceita na sua conta da “B.Z.M”, (Banco Zé Mula) conta nº 0111222333 donativos para a realização do terceiro filme desta saga. O filme vai custar uma pipa de massa, massa que não vai sair do orçamento de 2013, mas antes dos bolsos de todos aqueles que quiserem encher os bolsos do Zé da Mula.
                                       O Albicastrense

domingo, setembro 09, 2012

DOCUMENTAÇÃO HISTÓRICA DA MINHA TERRA

            


               
                                                                           
          O Albicastrense

sexta-feira, setembro 07, 2012

O HIPÓLITO COMENTA V



Cerca de quarenta anos depois, da publicação destes desenhos no antigo jornal “Beira Baixa”, aqui ficam mais 
dois desenhos do Hipólito.




Desenhos de Amato Estriga. Textos de João de Mendonça.

O Albicastrense

terça-feira, setembro 04, 2012

EFEMÉRIDES MUNICIPAIS - LXIV


A rubrica Efemérides Municipais foi publicada entre Janeiro de 1936 e Março de 1937, no jornal “A Era Nova”. Transitou para o Jornal “A Beira Baixa” em Abril de 1937, e ali foi publicada até Dezembro de 1940. A mudança de um para outro jornal deu-se derivada à extinção do primeiro. António Rodrigues Cardoso, “ARC” foi o autor desde belíssimo trabalho de investigação, (Trabalho que lhe deve ter tirado o sono, muitas e muitas vezes).


O texto está escrito, tal como foi publicado.
Os comentários do autor estão aqui na sua totalidade.
(Continuação)
Em compensação, houve em 21 de Abril uma sessão em que se tratou da reunião de fundos para ocorrer ás despesas a fazer com as aludidas festas, que ainda se não sabia quando se realizariam, mas em que, em suma, era bom ir pensando, porque homem prevenido vale por dois.

A respectiva acta começa assim:
Anno do Nascimento de Nosso Senhor Jesus Cristo de mil sete centos noventa tres annos aos vinte e hum dias de Abril do dito anno nesta Cidade de Castelo Branco e Casas do Concelho sendo juntos o Doutor Corregedor da Comarca que tambem serve de Provedor com o Doutor Juiz de Fora e mais officiais da Comarca por todos foy dito que tendosse proposto não só em razão dos seus officios mais ainda como leais e fieis vassalos dar as mais vivas e sinceras demostrassoens de contentemento e alegria na ocazião do feliz parto que esperarão da Princesa Nossa Senhora: e considerando do mesmo passo que os Povos deste Destricto revestido de iguais sentimentos se offeresserão voluntários a unir as suas forças ás desta Capital afim de que com a possível dessencia se haja de preencher hum tão digno e importante objeto: Determinarão que cada hum das referidas Povoações contribuísse proporcionalmente pellos rendimentos do Consello ou Povo pella maneira seguinte”:

Salgueiro, que dos rendimentos do ano que corria e sobras do antecedente tinha 233.093 réis, contribuiria para as festas com a quantia de 90.275 réis,
Cafede, que tinha das mesmas proveniências 250.826 réis, contribuiria com 98.125 réis.
Alcains, que tinha 600.532 réis, daria para as estas 215.550 réis.
Escalos de Cima, que tinha 242.071 réis, havia de dar 94.200 réis.
Mata, que tinha 226.7722 réis, daria 82.425 réis.
Louza, que tinha 445.538 réis, havia de dar 172.700 réis
Escalos de Baixo, que tinha 350.619 réis, havia de dar 137.375 réis.
Malpica, que tinha 87.648 réis, contribuiria com 26.400 réis.
Monforte, que tinha 1. 425.883 réis, tinha que dar 285.réis.

Depois de colectados assim as povoações que tinham rendimentos dos bens do “Povo” ou do Povo e Concelho, a acta continua.

... as quais quantias mandarão se cobrasse e depositassem.... para que com oito centos mil que se arbitrarão a esta cidade constituam um fundo de dois contos de reis...”

Deviam ser festas rijas para custarem dois contos de réis, quantia que equivaleria hoje, a mais de dois centos de contos.
(Continua)
PS. Mais uma vez informe os leitores dos postes “Efemérides Municipais”, que o que acabou de ler é, uma transcrição fiel do que foi publicado na época.
O Albicastrense

sábado, setembro 01, 2012

MUSEU FRANCISCO TAVARES PROENÇA JÚNIOR


UMA INSTITUIÇÃO CENTENÁRIA 

Os artigos postados neste post, foram publicados esta semana nos jornais da cidade de Castelo Branco.


Diz Artur Corte Real, director de Serviços de bens Culturais na (DRCC), “é necessário dar vida aos museus”, e “os museus não podem estar distantes das regiões” ou “uma mudança de paradigma, com horários alargados e o não encerramento na hora de almoço”, por fim, “é preciso criar uma rede entre os museu que levem, nomeadamente, à realização de exposições e espetáculos transregionais. Por sua vez, a directora Regional de Cultura do Centro (DRCC), diz o seguinte; “os espaços de Castelo Branco e da Guarda são dois museus com poucas visitas e portanto estavam em iminência de serem encerrados" e “os museus passam a ser geridos a partir de Coimbra com o apoio das câmaras que estão muito interessadas que os museus se abram à cidade".
Como ex-trabalhador do museu (durante quase trinta anos), confesso que fiquei tristíssimo com a situação que o museu Francisco Tavares Proença Júnior atravessa. Não vou aqui lavar roupa suja, (embora o pudesse fazer), porque não é isso que o meu “querido” museu agora precisa. Contudo, algumas das afirmações agora feitas, só vêem dar-me razão naquilo que sempre defendi em relação ás opções tomadas por um conjunto de lerdaços.
Lerdaços, que aproveitando as obras no velho edifício, resolveram estilhaçar o que muito tinha custado a erguer. Perante estas afirmações, este albicastrense só pode mesmo dizer: será que estamos perante um regresso aos bons anos oitenta?!

Tempo em que a Etnografia apaixonava os visitantes.
Tempo em que as exposições aliciavam os albicastrenses.
Tempo em que os albicastrenses namoravam como seu o museu.
Tempo em que a Arqueologia e os estudantes das escolas da minha terra, não passavam um sem outro.
Tempo em que os concertos, palestras e conferências cortejavam os albicastrenses.
Tempo em que o sorriso dos visitantes à saída do museu, era a constatação do bom trabalho realizado por quem ali trabalhava.

Tempos passados, dirão alguns! Talvez... Todavia, por vezes torna-se necessário perdermos aquilo que muito nos custou a erguer, para que nos apercebamos do seu real interesse. O que mais me entristecesse nesta triste história, é que os albicastrenses tenham ficado sentados nos seus cadeirões a assistir sossegadamente a esta devastação, sem nada expressar.
Celeste Amaro diz, “o museu é hoje um museu com poucas visitas”. Eu acrescentaria que o museu se tornou um museu triste, tristeza motivada por promessas não cumpridas, consternação motivada pelo abandono dos jovens estudantes, desalento motivado pelo desinteresse dos visitantes e acima de tudo, pelo desencanto de um namoro não correspondido “actualmente” por parte dos albicastrenses.
As palavras agora pronunciadas pelos atuais responsáveis, são apenas palavras a nada mais que palavras, todavia, este albicastrense quer acreditar que o caminho se faz caminhando e não olhando demasiado para o passado, portanto só posso desejar a quem agora parece querer ligar elos quebrados.

Bom trabalho em prol do museu, da cidade e dos albicastrenses.

PS – Convém aqui dizer, que a situação actual do museu só não é mais grave, graças à trabalho da liga dos amigos do museu, que nos últimos anos se portaram como seus verdadeiros amigos.
O Albicastrense

ANTÓNIO ROXO - DEPOIS DO ABSOLUTISMO - (12)

"MEMÓRIAS DA TERRA ALBICASTRENSE" Espaço da vida político-social de Castelo Branco, após a implantação do regime constitucional. U...