sexta-feira, março 30, 2007

A NOSSA HISTÓRIA - (I)


A TERRA ALBICASTRENSE ATRAVÉS DOS TEMPOS 
A Carreirinha
(Finais do Século XIX)
A carreirinha era uma enfiada de pequenas casas de um só piso, todas do mesmo estilo e construídas em parte de um terreno que tinha sido abonado por um membro da família Rebelo de Albuquerque, no ano de 1818, como consta na acta da sessão da câmara de 16 de Agosto 1845.
Algumas destas casas foram vendidas pelo Barão de Oleiros, por previa autorização da câmara, passando os subenfiteutas a pagar uma parte da renda devida, sendo a outra parte da responsabilidade daquele titular, seu primeiro enfiteuta.
Nesta enfiada de casas morou o meu avo Grazina.
Com a abertura da avenida Nuno Álvares no início dos anos 30, as casas que constituíam esse bairro “carreirinha” foram deitadas a baixo. Ainda nos anos trinta seria construído no mesmo local, o Hotel de turismo
O Albicastrense

terça-feira, março 27, 2007

A MINHA CIDADE

PRAÇA DO MUNICÍPIO

O centro da cidade como já aqui afirmei por diversas vezes, está hoje muito diferente, as obras ali feitas transformaram por completo a nossa cidade e deram aquele local a dignidade perdida ao longo dos últimos anos.
No entanto existe algo que para mim é um autêntico mistério!
Estou a falar do túnel que desagua mesmo à porta da Câmara Municipal e do Governo Civil, e dos blocos de cimento que ali foram colocados para orientar e controlar o transito no Largo do Município.
Parecia uma situação provisória (pensava eu) mas afinal está a tornar-se definitiva, pois a resolução parece não ter fim à vista.
Ao Presidente da Câmara Municipal de Castelo Branco (Joaquim Morão), colocava aqui uma questão: Para quando a resolução deste triste espectáculo, de ter à porta da nossa Câmara e do Governo Civil todos aqueles blocos de cimento?
Ou será que os referidos barrocos são peças de algum escultor famoso, e estão lá em exposição permanente?
Não quero acreditar que tudo não passa de uma questão de trânsito em estudo para o local, estando as obras da praça dependentes desse facto, pois se assim for recomendo desde já a vinda de um especialista de transito japonês, de preferência da cidade de Tóquio.
Meus senhores que diabo! Esta pequena praça merece outra cara…

O albicastrense

segunda-feira, março 26, 2007

Fotógrafos da minha terra - "O PRIMEIRO - ?"


Fotógrafo em Castelo Branco
(29 de Maio de 1904)

A 29 de Maio de 1904, o semanário “Noticias da Beira”, que se publicou desde o dia 21 de Abril de 1904 a 23 de Março de 1926 “831 números” noticiava nesta edição, a instalação em Castelo Branco, do primeiro estabelecimento de Fotógrafo.
O retratista (como era hábito chamar-lhes nessa altura) era João Esteves Sargento, primeiro aspirante da fazenda, o qual atendia os seus clientes, na sua residência, situada na rua dos Prazeres.
Porem este nosso conterrâneo atendia os respectivos clientes fora das horas de serviço da fazenda pública.
Com a abertura deste estabelecimento de retratista, preenche-se, em Castelo Branco, uma grande lacuna”, lia-se no “Jornal Notícias da Beira”.
Será que algumas das fotografias antigas de Castelo Branco, terão sido tiradas por este albicastrense ?

Ps. A recolha dos dados históricos é de José Dias A compilação é de Gil Reis e foram publicados no Jornal " Reconquista"
O albicastrense

sexta-feira, março 23, 2007

EXPOSIÇÃO - Arte em Alicatado


Visitei hoje a exposição que está patente ao público na Sala da Nora do Cine – Teatro Avenida, gostei e recomendo uma visita a esta bela exposição.

De 15 de Março a 15 de Abril
Na
Sala da Nora do Cine–Teatro Avenida
O Autor - José Freire

É natural do Fundão, e diz a determinada altura no folheto disponível na exposição, que se inspira nas varias correntes da azulejaria e na técnica “alicatado” (em voga nos séculos XVI e XVII) para exprimir a sua arte.
Acrescenta ainda: Que a sua execução assenta no trabalhar azulejos essencialmente com a ajuda de alicate.
A este Beirão chamado José Freire, os albicastrenses só podem fazer uma coisa…
VISITAR A SUA EXPOSIÇÃO
O albicastrense

sexta-feira, março 16, 2007

AS NOSSAS INSTITUIÇÕES

MUSEU
FRANCISCO TAVARES PROENÇA JÚNIOR

97 ANOS DE HISTÓRIA

Em 2010 o Museu Francisco Tavares Proença Júnior irá comemorar 100 anos de existência.
A três anos de distância desta data, aqui ficam algumas das datas mais importantes,
(para o bem e para o mal), desta grande instituição que se chama: Museu Francisco Tavares Proença Júnior.
Aos historiadores da nossa praça lanço aqui um desafio!
A comemoração dos 100 anos de existência do Museu, em 2010, não será a altura ideal para dar a conhecer melhor aos albicastrenses, (e não só), a história do seu Museu? Não seria esta a melhor altura para a publicação de um livro sobre a história dos seus cem anos, e dos homens que deram vida a esta grande instituição? Aqui fica a sugestão.

Datas históricas

1909 - A 2 de Dezembro é aprovado o regulamento do Museu de Archeologia.

1910 – A 17 de Abril é inaugurado, na capela do Convento de Stº António dos
Capuchos, o Museu Municipal.
É nomeado seu primeiro director – Francisco Tavares Proença Júnior.

A 30 de Abril é emitida uma portaria régia de louvor a Tavares Proença pela criação do Museu.

1912 – O Museu é transferido para o edifício da antiga escola normal primaria, escola primaria Conde Ferreira, no Castelo.

1914 – Em Setembro é constituída a Sociedade dos amigos do Museu Francisco Tavares Proença Júnior.

1915 - O Museu reabre no Convento de Stº António dos Capuchos.

1916 – Em 24 de Setembro morre Francisco Tavares Proença Júnior, em Lá Rosiaz na Suiça.
O Museu passa a denominar-se Museu Municipal Francisco Tavares Proença Júnior. É nomeado Director o
Dr. Manuel Paiva Pessoa.

1926 – A assembleia Municipal delibera a transferência do Museu para a dependência da tesouraria da Câmara, edifício onde hoje se encontra o Conservatório Regional.

1927 – A assembleia Municipal delibera fazer obras no segundo andar da cadeia para ai instalar o Museu Municipal.

1929 – O Museu é transferido para as dependências de Repartição das Obras Públicas, continuas ao edifício do Governo Civil de Castelo Branco.
É nomeado Director – Conservador o Major de Cavalaria Elias
Garcia.

1962 – O Museu é encerrado ao publico, após um longo período de instabilidade.

1963 – É nomeado Director D. Fernando de Almeida.

1964 – O antigo Paço Episcopal é alvo de remodelação a fim de ai instalar o espólio do Museu.

1968 – O Museu é assaltado nas suas velhas instalações contínuas ao antigo Solar dos Viscondes de Portalegre (Actual Governo Civil).

1969 – A Museu é assaltado pela segunda vez.

1971 – A 20 de Março o Museu é inaugurado no antigo Paço Episcopal, onde actualmente se encontra.

1973 – O Museu é submetido a um regime técnico e administrativo idêntico a outros Museus do Estado, através do decreto-lei nº 424 de 23 de Agosto.
É nomeado director o Dr. António Forte Salvado.

1976 – É fundada a Oficina-Escola de Bordados Regionais, através do decreto-lei nº 805 de 8 de Novembro.

1982 – O Museu transita para o Ministério da Cultura e Coordenação Cientifica.

1989 – É nomeada directora a Dr.ª Clara Vaz Pinto.

1993 – Em Abril iniciam-se as obras de remodelação do Museu.

1998 – O Museu é reaberto ao público.

1999 – É nomeada directora a Dr.ª Ana Margarida Ferreira.

2000 – A 17 de Abril o Museu completa 90 anos.

2005 – É nomeada directora a Dr.ª Aida Rechena.

2010 – O Museu Francisco Tavares Proença comemorará cem anos de existência.

Ps. Os desenhos são da autoria de Nuno Mata. A este assunto do centenário do Museu voltarei mais vezes.

O Albicastrense

segunda-feira, março 12, 2007

MEMÓRIAS DO MUSEU - F.T.P.J

O VELHO PIANO

Em Setembro de 2005 escrevia neste sítio um pequeno texto sobre o Museu Francisco Tavares Proença, onde a determinada altura escrevia o seguinte:

Que saudades tenho eu do velho piano...

Dois anos após estas afirmações, posso hoje dizer que o velho Piano regressou a casa. A associação dos amigos do Museu, a Fundação Gulbenkian e a actual direcção do Museu conseguíram por fim o seu regresso ao Museu.
Vinte anos após a sua saída do Museu, o velho Piano regressa com algumas mazelas na “alma e no corpo”, o seu regresso requer cuidados e não abandono de má sorte.
Gostaria de aqui lembrar a algumas mentes menos esclarecidas, que não se trata apenas de um velho piano. O seu regresso é acima de tudo o recordar da história do Museu e da Pró-Arte, nas décadas de setenta e oitenta, assim como o evocar de homens como o Eng. Russinho (Já falecido) e António forte Salvado pelo trabalho desenvolvido por ambos, durante essas duas décadas na área da musica.
Aos responsáveis pelo retorno do velho piano ao museu o meu bem-haja.
À actual direcção do Museu um pedido, para que depois de devidamente restaurado, o velho piano não seja apenas mais uma peça decorativa, mas antes um velho contador de histórias musicais.

O Albicastrense

sexta-feira, março 09, 2007

FOTOGRAFIAS DE CASTELO BRANCO


VENDO FOTOGRAFIAS

DE

CASTELO BRANCO

Imagens de Castelo Branco, de 1900 a 2006 a cores ou preto e branco.

Para colocar em Cafés, Restaurantes ou casas particulares.

Seja bairrista e coloque no seu estabelecimento

imagens antigas da nossa cidade.

Quer passar filmes familiares gravados em sistema de:

VHS, Hi-8,VHS-C,VIDEO-8

Para DVD?

Bons preços.


quarta-feira, março 07, 2007

EDIFÍCIOS DA MINHA CIDADE

EDIFÍCIO DO CONSERVATÓRIO

REGIONAL DE CASTELO BRANCO

(Inicialmente baptizado como)

Teatro Príncipe das Beiras

Em 1880 centenas de albicastrenses realizaram uma subscrição pública, que terá juntado a quantia de 6 000$00 réis, para construção de um pequeno teatro na cidade de Castelo Branco, nascia assim aquele que viria a ser o “infeliz” Teatro Príncipe das Beiras.
Porem a existência deste edifício como Teatro, bem poderá dizer-se… foi uma autêntica tragédia grega.
As obras para construção deste teatro, iniciaram-se em 1880 e em 1882 as paredes e o telhado estavam de pé e assim ficaram por alguns anos, ao ponto de a população o ter alcunhado de Teatro da Barraca.
Tal facto não impediu porém que durante a sua parca existência como teatro, tivesses sido inaugurado por dua
s vezes com pompa e circunstância, mesmo sem estar devidamente preparado para tal.
Entre 1882/1894 muitas foram as companhias de Lisboa, Porto, Espanholas e até uma Russa que ali realizaram os seus espectáculos, não esquecendo os amadores locais.
Em 1894 catorze anos após o início da sua construção para teatro, a Câmara Municipal compra o edifício do Teatro para edifício dos Paços do Concelho por 18 000$00 reis.
Em 1901 o edifício teve honras de inauguração como edifício dos Paços do Concelho de Castelo Branco. Era seu presidente na altura Pedro da Silva Martins e vice-presidente José Guilherme Morão.
Em 1935 os Paços do Concelho mudaram-se para o solar dos viscondes de Oleiros, onde aliás ainda hoj
e se encontram.
Com a saída dos Paços do Concelho em 1935, o edifício recebeu a partir dessa altura varias repartições públicas e particulares: Foi Biblioteca, Tribunal Judicial sendo actualmente Conservat
ório Regional.
Como em quase todas as histórias, a história deste bonito edifício tem em meu entender um final feliz. Nasceu para ser teatro e não o foi por muito tempo, depois foi Paços do Concelho, mas também por pouco tempo, de seguida foi Biblioteca e depois Tribunal, por fim dá-nos musica como Conservatório.
Com 127 anos de história, o nome deste bonito edifício bem poderia chamar-se: “Uma casa ao serviço dos albicastrenses”.
Por fim a parte mais dolorosa desta história?
Qual o actual estado deste edifício? Embora o seu exterior possa parecer mais ou menos razoável o seu interior está em muito mau estado. A pergunta que aqui quero deixar só pode ser uma:
Para quando a sua recuperação, senhor presidente da Câmara Municipal de Castelo Branco?

PS. Os dados históricos foram recolhidos no livro ”O Programa POLIS em Castelo Branco – álbum histórico” da Autoria de: António Silveira, Leonel Azevedo e Pedro Quintelo de Oliveira.

O Albicastrense

ANTÓNIO ROXO - DEPOIS DO ABSOLUTISMO - (12)

"MEMÓRIAS DA TERRA ALBICASTRENSE" Espaço da vida político-social de Castelo Branco, após a implantação do regime constitucional. U...