quarta-feira, janeiro 30, 2008

Castelo Branco na História XIII

(Continuação do número anterior)

Com o aprovisionamento e o aboletamento obrigatório das tropas francesas, que constantemente entravam e se detinham em Castelo Branco durante alguns dias, a população indefesa teve de suportar hórridas inclemências.
Os ímpios invasores saquearam igrejas e conventos cometendo execráveis sacrilégios, incendiaram a igreja de Santa Maria do Castelo e varias casas de habitação, violaram mulheres e praticaram nefandos assassínios com ignóbeis requintes de perversidade.
Nas suas proclamações, o general Junot e o governador militar Peyre Ferry prometeram, pela sua honra, reprimir os desmandos e garantir a paz e a amizade entre o exercito e o povo, mas não obstaram a que a soldadesca desenfreada exercesse, sobre a população, as mais torpes e selváticas violências. E não cessaram as calamidades quando as tropas inimigas abandonaram a cidade para perseguir a sua marcha sobre Lisboa.
Após a revolta de Portugal e de Espanha contra o domínio francês, entrou em Castelo Branco, no espaço de tempo que mediou entre 21 de Julho e 8 de Outubro de 1808, um exercito Português de observação, constituído por cerca de 10.000 homens, que fez agravar a crise de mantimentos sobrevinda à invasão.
No período decorrido entre 25 de Outubro e 17 de Novembro de 1808 entrou também na cidade um exercito inglês na luta contra os francês, que era formado por cerca de 10.000. Os nossos aliados, exasperados com a mingua dos aprovisionamentos e sem atenderem à circunstancia de se encontrarem despojados os celeiros e exterminados os gados, saquearam a cidade que havia sido assolada pelos franceses no ano anterior.
Como nos anos de 1381 e 1382, no reinado de D. Fernando I, quando vieram tomar parte na guerra contra os espanhóis e como em 1599, no reinado de D. Filipe I, quando desembarcaram em Peniche par apoiarem a pretensão de D. António Prior do Crato ao trono de Portugal dando origem ao apoio de “amigos de Peniche” com o qual o povo Português ainda hoje designa os falsos amigos, os nossos velhos aliados, ao ocuparem a cidade de Castelo Branco em 1808, não se distinguiram dos inimigos, perpetraram impiedosamente múltiplas vilanias.
O abastecimento das tropas e os frequentes saques deram azo a uma grave crise alimentícia que só
morosamente foi debelada com o passar dos anos.
Profundamente mergulhada na desolação e no sombrio, a população abominava então todos os estrangeiros, enfeixando no seu ódio justificado, os aliados com inimigos da Pátria.

13/103

PS. O texto é apresentado nesta página, tal qual foi escrito na época.
Publicado no antigo jornal Beira Baixa em 1951
Autor.
M. Tavares dos Santos

O Albicastrense

terça-feira, janeiro 29, 2008

TOPONÍMIA ALBICASTRENSE - (XV)

Ruas e Praças Da Terra Albicastrense

Esta avenida é uma das mais recentes vias da nossa cidade, nela tem morada a nova coqueluche da cidade: “O Fórum de Castelo Branco”. Para esta avenida, decidiram os responsáveis da autarquia albicastrense, atribuir o nome de um dos mais ilustres Portugueses dos finais do séc. XIX e primeira metade do séc. XX: “Avenida Professor Doutor Egas Moniz– Prémio Nobel de Medicina”. 
Em meu entender a escolha não podia ser melhor, (os parabéns à nossa autarquia pela escolha do nome), e uma pergunta para o nosso presidente: Para quando na cidade de Castelo Branco uma rua com o nome do outro Nobel Português? Espero que não estejam à espera da sua morte, para depois colocar o seu nome numa das ruas da cidade de Castelo Branco.
     
QUEM FOI.
António Caetano de Abreu Freire Egas Moniz
Médico Neurologista Português
1874 – 1955

Nasceu a 29 de Novembro de 1847 em Avança e foi-lhe dado o nome de: António Caetano de Abreu Freire no seio de uma família aristocrata rural, seu tio e padrinho, o padre, Caetano de Pina Resende Abreu Sá Freire, insistiria para que ao apelido fosse adicionado Egas Moniz, em virtude da família, descender em linha directa de Egas Moniz, o aio de Dom Afonso Henriques. Completou a instrução primária na Escola do Padre José Ramos e o Curso Liceal no Colégio de S. Fiel, dos Jesuítas.
Formou-se em Medicina na Universidade de Coimbra, onde começou por ser lente substituto, leccionando anatomia e fisiologia. Em 1911 foi transferido para a recém-criada Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa onde foi ocupar a cátedra de neurologia como professor catedrático. Jubilou-se em Fevereiro de 1944. Egas Moniz contribuiu decisivamente para o desenvolvimento da medicina ao conseguir pela primeira vez dar visibilidade às artérias do cérebro. A Angiografia Cerebral, que descobriu após longas experiências com raios X, tornou possível localizar neoplasiasaneurismashemorragias e outras mal formações no cérebro humano e abriu novos caminhos para a cirurgia cerebral.
As suas descobertas clínicas foram reconhecidas pelos grandes neurologistas da época, que admiravam a acuidade das suas análises e observações.
Egas Moniz teve também papel activo na vida política. Foi fundador do Partido Republicano Centrista, dissidência do Partido Evolucionista; apoiou o breve regime de Sidónio Pais, durante o qual exerceu as funções de Embaixador de Portugal em Madrid (1917) e Ministro dos Negócios Estrangeiros (1918); viu entretanto o seu partido fundir-se com o Partido Sidonista. Foi ainda um notável escritor e autor de uma notável obra literária, de onde se destacam as obras "A nossa casa" e "Confidências de um investigador científico".
Egas Moniz foi proposto cinco vezes ao Prémio Nobel de Medicina ou Fisiologia 1928, 1933, 1937, 1944 e 1949), as primeiras quatro sem êxito. Morreu em Lisboa, a 13 de Dezembro de 1955
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
O Albicastrense

segunda-feira, janeiro 28, 2008

A Minha Cidade

Castelo Branco
Virado para o futuro

A cidade de Castelo Branco sofreu ao longo dos seus mais de setecentos anos de existência, (mais de 500 anos como vila e mais de 230 anos como cidade), muitas transformações, da velha e muito nobre vila de Castelo Branco, até chegar a cidade nos anos setenta do século XX, muitos acontecimentos aqui se deram e muitas mudanças se verificaram.
Sou como já aqui afirmei por varias vezes, descendente de uma família, (família Bispo), que vive segundo dados pesquisados por mim no arquivo distrital da nossa cidade, à mais de quatrocentos anos, em Castelo Branco, posso portanto afirmar que familiares meus terão vivido muitos desses acontecimentos e assistido a muitas das mudanças que a nossa cidade sofreu ao longo desse tempo.
Vem esta conversa a propósito das muitas transformações que ultimamente têm acontecido na nossa cidade e às quais eu felizmente tenho assistido, tal como os meus antepassados assistiram as mudanças das épocas em que viveram na cidade.
A cidade de Castelo Branco era até há bem pouco tempo uma, "espécie de lago de agua tranquila", onde a pratica do deixa andar, e o não te chateies era a palavra de ordem.
A chegada de Joaquim Morão à autarquia albicastrense alterou profundamente esse estado de conduta podendo hoje dizer-se que a cidade de Castelo Branco está com os "olhos", bem virados o futuro.

A segunda fase das obras agora iniciadas, ou a iniciar brevemente, na nossa cidade, são as seguintes:
"
Av. 1º Maio, Praça Postiguinho de Valadares, Recuperação do Edifício do Conservatório, Largo de S. João, Miradouro de S. Gens, Aproveitamento do espaço traseiro do edifício da autarquia, e muitas outras que me escuso de mencionar, isto para não falar de algumas obras em fase de acabamento"
Estas obras, são a prova de que a nossa cidade pode aspirar a ser algo mais, daquilo que foi durante muitos anos, (um ponto de passagem a caminho da Serra da Estrela). No entanto, nem tudo são flores!!!
E como já o aqui afirmei por varias vezes, a nossa cidade tem ainda por resolver um grave problema chamado: "Zona Histórica da cidade de Castelo Branco". È certo que também aqui já foi feito algum trabalho, porém existe ainda muito trabalho por realizar nesta zona, a quem eu chamaria o "parente pobre da nossa cidade". Eu sei por experiência própria que ninguém é insubstituível, porém desde já gostaria de aqui lançar um apelo ao homem que dirige a nossa autarquia.

Como albicastrense que vive e ama esta terra, dir-lhe-ei que terá o meu voto, para que continue por mais alguns anos à frente da nossa autarquia, dizendo desde já que continuarei a critica-lo ou a elogia-lo, sempre que tal for necessário, ou entender não serem os seus projectos os melhores para Castelo Branco.

O Albicastrense

quinta-feira, janeiro 17, 2008

Castelo Branco na História XII


(Continuação do número anterior)

Por alvará de 20 de Março de 1770, publicado em 15 de Abril do mesmo ano, concedeu o Rei D. José o titulo e foros de cidade à vila de Castelo Branco, por haver solicitado do Papa Clemente XIV que nela fosse criada uma diocese para que mais se pudesse mais dignamente estabelecer a respectiva catedral.
O alvará justifica a criação da dioceses ”Por estar impossibilitada no Bispado da Guarda a boa administração do passo Espiritual e Justiça que o prelado dele não podia estender ao excessivo número dos seus Diocesanos”.
Em 17 de Junho de 1771 foi, por Breve Apostólico, criado o Bispado de Castelo Branco. O primeiro bispo, na mesma data, foi o preceptor dos filhos do Marquês de Pombal, D. Frei José de Jesus Maria Caetano, da Sagrada Ordem dos Pregadores. Tendo tido apenas três bispos e depois de estar durante cinquenta anos sem regente, a dioceses foi extinta em 30 de Outubro de 1881, por Letras Apostólicas de Leão XIII, sem qualquer reacção da população da cidade.
Quando Napoleão Bonaparte, Imperador dos Franceses, decidiu, pelo tratado de Fontainebleau que celebrou com a Espanha, dividir o nosso pais em três estados e banir do reino a dinastia de Bragança, ordenou a sua invasão por um corpo do exercito comandado pelo general Junot, que foi incumbido de por em execução aquele tratado.
Esse corpo do exército, que foi organizado em Baiona, e se denominou da Gironda, era formado por três divisões de infantaria comandadas por Delaborde, pelo conde de Loison e pelo barão de Travos e por uma divisão de cavalaria comandada por Kellermann.
O exercito francês, tendo transposto a fronteira da Beira, iniciou a sua entrada em Castelo Branco no dia 20 de Novembro de 1807, abolachando-se nas casas de habitação e nos conventos.
O general Junot e o conde de Lolson hospedaram-se no Paço Episcopal, onde foram tratados com as maiores deferências pelo bispo D. Frei Vicente Ferrer da Rocha.
Cumprindo-se as instruções de D. João VI, então ainda príncipe regente, que foi fixar residência na nossa colónia do Brasil, não se organizou a resistência ao exercito invasor não obstante ele vir fragmentado, estropeado e faminto e por conseguinte em condições de ser facilmente repelido.
Numa pastoral, dirigida ao clero e ao povo de Castelo Branco, o bispo D. Vicente exortou a população a socorrer os “nossos bons aliados e bons amigos” e a não os ofender nem de leve, para não ser manchada da mais feia ingratidão e de um crime atrocíssimo.

12/103

PS. O texto é apresentado nesta página, tal qual foi escrito na época.
Publicado no antigo jornal Beira Baixa em 1951
Autor.
M. Tavares dos Santos

O Albicastrense

terça-feira, janeiro 15, 2008

ALBICASTRENSES ILUSTRES - I

FREI MANUEL DA ROCHA
(1676-1744)
Se existem, ou existiram albicastrenses a quem possamos designar de ilustres ao longo da nossa história, Frei Manuel da Rocha é um desses casos.
Este homem, é um dos maís ilustres albicastrenses e dos maiores Portugueses da sua época, no entanto, é hoje um ilustre desconhecido para a grande maioria dos albicastrenses, independentemente de ter o seu nome numa das novas ruas da nossa cidade.
Nasceu em Castelo Branco em 1676. Em 1693 entra no convento de Alcobaça, professando no ano seguinte. Estuda nos conventos da sua ordem as disciplinas da escolástica que, depois ensinou.
A fama granjeada no Mosteiro de Salzedas como professor de filosofia e no colégio de Coimbra como mestre de teologia deve ter contribuído para a sua nomeação, em 1726, para lente de teologia na Universidade de Coimbra. Foi membro da Academia Real da Historia Portuguesa, criada por D. João V. Pertencia assim ao número dos cinquenta académicos que formaram de inicio esta agremiação que tão importante papel desempenhou na cultura portuguesa do século XVIII. Em 1731 foi eleito Geral da sua ordem, cargo que acumularia com o de lente da Universidade de Coimbra.
Em 1740, e por morte do cronista – mor do reino Frei Manual dos Santos, sucede a este no cargo historiográfico. Foi com a publicação do
Portugal Renascido que Manuel da Rocha se guindou a lugar cimeiro na historiografia portuguesa.
O livro pretendia ser (segundo as palavras do autor) um “tratado histórico, crítico e cronológico” sobre os “ sucessos de Portugal durante o século X”.
Alem de Portugal Renascido Frei Manuel da Rocha deixou-nos um grande número de outras obras importantes.
Morreu em Coimbra no ano de 1744, com 68 anos de idade.
Duzentos e sessenta e quatro anos após a sua morte, aqui fica um pequeno apontamento da vida deste grande Português nascido em, Castelo Branco no ano de 1676.
Se quer conhecer melhor este homem, consulte o livro citado.

A recolha dos dados referentes a Frei Manuel da Rocha foi feita no livro: Autores nascidos no distrito de Castelo Branco, Século XV a 1908. Da autoria de António Forte Salvado.
O Albicastrense

domingo, janeiro 13, 2008

Obras na Minha Cidade

Largo Postiguinho de Valadares

Depois de alguns projectos, de avanços e recuos nas obras na Praça Postiguinho de Valadares, “parece” que as ditas cujas vão finalmente arrancar segundo reportagem do jornal “Reconquista”.
Não sendo este, a meu ver o melhor projecto para o local, o meu passaria em primeiro lugar por deitar abaixo o mamarracho que ali tem habitação permanente “Edifício da Portugal Telecom”, podendo depois discutir-se os restantes pormenores do projecto.
A justificação, anunciada no jornal “Reconquista” pelo presidente da autarquia albicastrense, em relação a este edifício não deixa lugar a dúvidas: “A destruição desta edifício é neste momento inviável e obrigaria a um investimento bastante elevado por parte da autarquia albicastrense”.
Tal argumento, é seguramente uma razão de peso e contra a qual muito dificilmente poderemos alegar seja o que for, transformando deste modo o projecto da nossa autarquia no projecto de todos os albicastrenses para aquele local.
O referido largo, é hoje local de passagem sem grande significado para os albicastrenses, porém em tempos passados, ali existiu uma das antigas portas da cidade, sendo ainda visível no local parte da antiga muralha que cercava toda a cidade de Castelo Branco.

“As antigas muralhas tinham as seguintes portas: a de S. Tiago, a do Ouro, a da Traição e a do Pelame. A vila foi ampliada em 1319 para os lados do sul e do nascente e a nova muralha possou a ter sete portas.
Foram mantidas as portas de S. Tiago, do Ouro e da Traição e acrescentadas as portas da Vila de Santarém, do Espírito Santo e do Esteval. A antiga porta de Pelame, próxima da rua dos Peleteiros e cujo arco ainda existe na Praça Velha (hoje praça Luís Vaz de Camões) ficou dentro do novo perímetro. Para facilitar a entrada e a saída da população foram mais tarde abertas, nas muralhas, a porta do Relógio, o Postigo e Postiguinho de Valadares cuja designação se mantêm numa travessa que liga o actual Largo da Sé
com a rua de Santa Maria”.

O largo Postiguinho de Valadares, situa-se numa das zonas mais degradadas da nossa cidade, (A chamada zona histórica de Castelo Branco), as obras, agora anunciadas vêem na continuação de outras já feitas e outras em curso e serão certamente, o início de um novo ciclo nesta parte tão desprezada da cidade de Castelo Branco ao longo dos tempos.

O Albicastrense

quinta-feira, janeiro 10, 2008

TOPONÍMIA ALBICASTRENSE - (XIV)


Ruas e Praças 
Da
Terra Albicastrense


Dos muitos nomes de pessoas que constam nas placas toponímicas da nossa cidade, este será seguramente um dos que pouco ou nada dizem aos albicastrenses.
Se perguntar-mos a um qualquer morador da nossa cidade, onde fica, ou quem foi a personagem que deu nome a esta rua, a resposta será seguramente: 
Não sei!
Esta rua situa-se no Bairro do Cansado, (é também conhecida pela rua da Escola do Cansado), o nome foi-lhe atribuído por volta de 1950, quando das alterações toponímicas na nossa cidade.

QUEM FOI JOÃO VELHO?
(Ministro e Procurador de D. Dinis 1279-1325?)

Deste homem, apenas consegui descobrir que foi ministro de D. Dinis e foi um dos procuradores, (juntamente com João Martins e Vasco Pires), na corte de Castela para com o fim especial do pedido de casamento da princesa Isabel, mais tarde, “Rainha Santa Isabel”. 
Terá João Velho nascido em Castelo Branco? 
Será este o seu nome completo?
 Quem foi realmente esta personagem?

(AOS VISITANTES DO BLOGUE)
Se tem conhecimento de dados sobre a vida de João Velho, partilhe-os connosco, colocando-os na secção de comentários, desde já o meu bem-haja.
O Albicastrense

terça-feira, janeiro 08, 2008

Fotografias Antigas de Castelo Branco

FOTOGRAFIAS ANTIGAS DE CASTELO BRANCO
(Medidas:58X43)

Por: Veríssimo Bispo

Para colocar em Cafés, Restaurantes ou casas particulares

Seja bairrista e coloque no seu estabelecimento

Imagens antigas da nossa cidade

Bons Preços

(Contactos - 963305893)

O Albicastrense

sábado, janeiro 05, 2008

Edifícios da Minha Cidade

O Ferrinho de Engomar

Dos muitos edifícios de Castelo Branco que já aqui falei, este é sem qualquer dúvida um dos mais emblemáticos da nossa cidade. Durante muito tempo este edifício foi conhecido por “ O Ferrinho de Engomar”.
Foi mandado construir no início do século XX (1913-1916), por Gonçalo Xavier de Almeida Garrett (passados quase cem anos este edifício continua a pertencer à família Garrett), o autor do projecto foi Manuel dos Santos Sal.
A sua construção deve-se em parte às obras realizadas naquela zona da cidade no início do século XX, em 1911, Alexandre de Proença de Almeida Garrett envia à autarquia albicastrense uma carta, onde pedia autorização e se justificava para a construção deste bonito edifício.
Aqui fica um p
equeno extracto da carta enviada em 1911:

Achando-se em construção nesta cidade, uma série de casas novas, no quarteirão de que faz parte uma casa de que é possuidor, que tem frentes para a Praça Nova e Becco da Paqueixada, que tendo conhecimento do desejo de V.Ex. em aformosear este local, para o que seria necessário demolir esta casa, afim de a reconstruir de novo, segundo as cotas e alinhamento aprovados pela Câmara; que sendo seu maior empenho contribuir, quanto em suas forças caiba para o aformoseamento e beneficiamento desta cidade, alem de estimar satisfazer aos desejos da Comissão Municipal de Castelo Branco”. (Escrito em Português da época)

Passados quase cem anos, após a sua construção, “O Ferrinho de Engomar” encontra-se actualmente em estado de degradação avançada, as fotografias aqui apresentadas são demonstrativas do seu precário estado de saúde, dos quatro pisos do nosso prédio apenas o rés-do-chão onde existe um estabelecimento comercial e o primeiro andar onde mora uma viúva são habitáveis o resto esta ao mais completo abandono. Estarão os albicastrenses condenados a ver os edifícios da sua cidade a cair de podre? Até parece que os nossos edifícios são frutos de uma qualquer árvore a morrer de velhice e os seus frutos contaminados por falta de vitaminas…

O Albicastrense

sexta-feira, janeiro 04, 2008

A NOSSA HISTÓRIA - (IV)



A TERRA ALBICASTRENSE ATRAVÉS DOS TEMPOS
O primeiro telefone que existiu na cidade de Castelo Branco, foi particular e precedeu, em bastantes anos o funcionamento dos telefones públicos. A instalação deste telefone foi feita na residência de Francisco Tavares Proença, e terá acontecido no ano de 1883, tal facto é aliás, referido na obra de Eça de Queiroz no seu livro: ”A Cidade e as Serras”
O Albicastrense

ANTÓNIO ROXO - DEPOIS DO ABSOLUTISMO - (12)

"MEMÓRIAS DA TERRA ALBICASTRENSE" Espaço da vida político-social de Castelo Branco, após a implantação do regime constitucional. U...