terça-feira, outubro 31, 2017

PASSEANDO…. PELA DEVESA DO SÉCULO XIX – (3)

                        
                    A TERRA ALBICASTRENSE NO PASSADO 

(Continuação)
1887 - O pintor Carmo Reis, com atelier no quintal do Visconde de Portalegre e Castelo Branco, executa retratos fotográficos, óleo e a crayon.
1888 – A charanga de Cavalaria toca no passeio público (ainda sem coreto) no final das tardes de verão.
1889 – O mercado do gado vacum, que se realizava na devesa, é transferido para o Saibreiro.
1889 – Uma força de Cavalaria sai para Vila Velha em uma tentativa de por cobro a desacatos surgidos entre trabalhadores que construíam a linha do caminho-de-ferro.
1891 – Decoração “à veneziana” do passeio público, aquando da inauguração da linha do caminho-de-ferro.
1891 – Início da construção da praça metálica.
1891 – O Grémio dos Artistas faz bazar no passeio público.
1892 – Eduardo Barbagelato monda no largo D. Luís I uma barraca de lona com 18 metros de comprido por 7 de largo, destinado a exposição de feras.
1896/1897 – Grandes obras de aformoseamento do passeio público e largo D. Luís. 
(Continua)
RECOLHA DE DADOS
O Programa POLIS em Castelo Branco”.
Autoria de António Silveira, Leonel Azevedo
 e Pedro Quintela d`Oliveira.
O ALBICASTRENSE

segunda-feira, outubro 30, 2017

PASSEANDO…. PELA DEVESA DO SÉCULO XIX – (2)

                               
                              A TERRA ALBICASTRENSE NO PASSADO 

(Continuação)
1851/1852 – Grandes obras na devesa. Construção do passeio público, arranjo do local do mercado.
1855 – Está em construção a estrada que passa junto ao passeio público.
1855 - Início da construção do palácio Fevereiro.
1862 – O largo da devesa passa a denominar-se praça d´El-Rei D. Luís, a rua que da devesa vai para S. Marcos rua Formosa. 
Surgem ainda as ruas das Flores, da Bela Vista e do Jasmim.
1863/1864 - Obras de terraplanagem e quebramento de pedra, realizada pelos soldados do regimento de Cavalaria.
1866 – Terraplanagem do terreno frente as casas da Carreirinha pelos soldados do Regimento da Cavalaria.
1879 – A Câmara rejeita uma proposta para construção do teatro na devesa, no local onde está o poço, entre quartel de Cavalaria e a Hortinha.
1882 – Aformoseamento do espaço envolvente ao poço da devesa, terraplanando-se o local e plantando-se árvores.
1885 – Demolição do curral do Concelho.
(Continua)                                    
                                                      
                                           RECOLHA DE DADOS
“O programa POLIS em Castelo Branco”.
Da autoria de, António Silveira, Leonel Azevedo e
Pedro Quintela d`Oliveira.
O ALBICASTRENSE

domingo, outubro 29, 2017

PASSEANDO…. PELA DEVESA DO SÉCULO XIX – (1)


A TERRA ALBICASTRENSE NO PASSADO 

1807 - Defende-se a plantação de amoreiras na devesa
1807 - A 20 de Novembro formam na devesa ao som da “Marselhesa” as tropas francesas de Delabort.
1816 - Construção do quartel de Cavalaria
1821 - Por não haver suficiente motivo que o justifique os mercados que se realizam no largo de Santo António voltam a realizar-se na devesa, em frente dos quartéis e das estalagens
1822  - Construção da Carreirinha
1842  - Plantam-se amoreiras na devesa
1844  - Inicio das grandes obras de ampliação do quartel de Cavalaria.
(Continua)  
                                                   
 RECOLHA DE DADOS
O Programa POLIS em Castelo Branco”.
 Da autoria de António Silveira, Leonel Azevedo
 e Pedro Quintela d`Oliveira.
             O ALBICASTRENSE            

quinta-feira, outubro 26, 2017

BORDADO DE CASTELO BRANCO

A MINHA HOMENAGEM 
"Oficina-Escola de Bordados do Museu 
Francisco  Tavares Proença Júnior". 
(1976-2015)
Colocar aqui o artigo publicado na revista de cultura, “Estudos de Castelo Branco” por António Forte Salvado, e nada dizer, seria de muito mau gosto, por isso, não posso deixar de afirmar o seguinte.
Muito se tem falado dos nossos bordados nos últimos tempos, (e fico muito feliz com isso), contudo, seria bom para muitos daqueles que hoje tentam ganhar notoriedade à custa deles, não esqueceram o papel que a Oficina-Escola de Bordados do Museu teve na sua proteção e preservação.
Nem sempre foram muitas as vozes na defesa do nosso bordado, porém, pode afirmar-se que entre 1976 e 2010 através da sua Oficina-Escola, o museu desenvolveu um fantástico trabalho na defesa e na divulgação do Bordado de Castelo Branco.   
                                           O Albicastrense

sábado, outubro 21, 2017

AO PRESIDENTE DA AUTARQUIA ALBICASTRENSE - (II)

Hoje ao passear pela rua Mousinho Magro, dei comigo a olhar para os dois portados que se podem ver na imagem aqui postada e a perguntar a mim próprio:

PARA QUANDO A RECUPERAÇÃO DESTA
 CASA E DOS SEUS PORTADOS?

Palavra que depois de ouvir vezes sem conta, que a terra albicastrense é actualmente uma cidade moderna e virada para o futuro, não posso deixar de ficar pasmado ao passar pela rua e ver o pobre espectáculo ali existente, situação que os meus pobres neurónios se recusam a compreender.
Se não tivesse conhecimento que o patrono da rua (Mousinho Magro), foi sepultado no antigo convento de Santo António em 1685, ao olhar para os portados ali especados, era bem capaz de pensar que se tratava de uma espécie de monumento a homenagear Mousinho Magro.
Como este infeliz assunto não tem nem pretende ter graça, só posso afirmar, que estamos perante uma vergonhosa situação, facto que envergonha a tal cidade moderna e nos entristece a todos.
Aqui fica o meu segundo rogo ao presidente Luís Correia. Senhor presidente, vá ao local e veja com os seus próprios olhos, o triste espectáculo que por ali mora.

UM POUCO DE HISTÓRIA
(Gaspar Mousinho Magro)

Gaspar Mousinho Magro, nasceu em Castelo Branco na primeira metade do século XVII, filho de um casal de albicastrenses, António Magro Mousinho e Isabel Pires.
Desempenhou em Castelo Branco, (sua terra natal) vários lugares importantes, entre os quais o de Procurador às cortes em 1669. 
Casou com Catarina Vilela Leitão, deste casamento não houve filhos. Talvez por isso e também por ser homem possuidor de avultados bens, institui "uma capela na igreja Santa Maria cuja administração confiou, por disposição testamentária, à confraria de Nossa Senhora do Rosário, para que, com o seu rendimento, se distribuíssem dotes às raparigas "pobres, casadoiras, de boa vida e costumes". 
Gaspar Mousinho Magro faleceu em Castelo Branco a 29 de Abril de 1685. Está sepultado no convento de Santo António. Fez testamento e instituiu capela na igreja de Santa Maria, com missa quotidiana.
Não tendo descendência do seu casamento com D. Catarina Vilela Leitão e possuindo avultados bens, instituiu uma capela na igreja de Santa Maria, cuja administração confiou à Confraria de Nossa Senhora do Rosário (por disposição testamentária de 29.8.1684 e codicilo de 28.4.1685) e que do seu rendimento se distribuíssem dotes a cinco raparigas pobres daquela freguesia, que fossem casadoiras, de boa vida e costumes mas sem raça de cristãos-novos...
A pedido dos mordomos da dita Confraria, a importância de 12000 réis, correspondente a cada dote, foi aumentada para 24000 réis por breve pontifício de 7.5.1803, com o fundamento Gaspar Mousinho anexou esta capela às duas instituídas por seus irmãos, Jorge e D. Emerenciana Mousinho, que haviam deixado do mesmo modo todos os bens à Confraria de Nossa Senhora do Rosário.
Gaspar Mousinho Magro nomeia por herdeira e testamenteira a mulher, D. Catarina Vilela Leitão, a quem deixa o usufruto dos seus bens, ”ficando viúva ou casando com um homem seu igual na qualidade”.
Porém, “esquecendo-se ela de quem é e de que foi minha mulher e casar com um homem que tenha parte da nação, cristão-novo por muito pouco que seja, a hei logo por dês herdada e não quero que goze nem possua cousa alguma minha um só instante”, passando então tudo a ser administrado pelos mordomos de Nª. Sª. do Rosário. 
Aqui se manifesta o espírito intolerante deste ilustre benemérito, mas D. Catarina conservou-se viúva até à data do seu falecimento, em 1688.
O Albicastrense

terça-feira, outubro 17, 2017

A RUA DA MINHA ESCOLA – (VII)

       (ESCOLA DA SENHORA DA PIEDADE)
                       O que sabemos nós da rua da nossa escola primária?

João Evangelista de Abreu, nasceu em Castelo Branco, em 1828. Filho de Manuel Mendes, cirurgião Municipal, assentou praça como voluntario no Regimento de Cavalaria nº 8, em 1845.
Em 1846 matriculou-se na Universidade de Coimbra, no curso de matemática. Contudo, o clima de profunda agitação política que se vive neste período, acabará por suspender a carreira académica do jovem.
O país caminhava, rapidamente e entre levantamentos populares, para a guerra civil da Patuleia, cujo facão anti cabralista era liderada pelos Setembristas da Junta do Porto. 
João Evangelista, então com apenas 20 anos, junta-se às tropas Setembristas contra o governo de Costa Cabral e, rapidamente, atinge o posto provisório de alferes.
Durante este período, e por razões de afinidade política, conhece nomes de grande relevo da primeira geração de engenheiros civis portugueses, como Vitorino Damásio, Carlos Ribeiro e Francisco Maria de Sousa Brandão.
Voltou a Coimbra, terminando o curso de Engenharia, sendo professor substituto da Escola do Exercito. Convidado a cursar na Universidade de Paris, aí se torno muito conhecido. As grandes obras de engenharia da época passaram pelas suas mãos. Faleceu em Lisboa, com a idade de 41 anos, no dia 3 de Fevereiro de 1869.
PS.  A imagem publicada neste poste, foi retirado do livro, "A Rua da Minha Escola" editado pela Câmara Municipal de Castelo Branco. 
O Albicastrense

domingo, outubro 15, 2017

PORTADOS QUINHENTISTAS

"PÉROLAS DA TERRA ALBICASTRENSE" 

Castelo Branco guarda na sua zona histórica, e não só, o  mais notável acervo de portas e janelas quinhentistas do nosso Portugal.
A terra albicastrense é possuidora de um agregado de valores artísticos medievais que causam inveja a muitas cidades do nosso país.
Existem portados, chanfrados ou biselados, ao sabor e segundo o estilo da época, alguns deles com lintéis trabalhados, com belos ornatos manuelinos, muitos foram alterados, concretamente, no caso muito frequente, dos portados geminados, em que uma das portas foi transformada em janela.
Contudo, estes tesouros que nos deviam orgulhar a todos, estiveram durante anos e anos ao abandono, desleixo que permitiu o derrube de alguns e à agressão a muitos outros.
Felizmente algumas coisas mudaram nos últimos anos, hoje os nossos portados são mais protegidos e acarinhados.
O mapa que ilustra este poste é o exemplo disse. O Mapa dá-nos a localização dos portadas rua  a rua, porta  a porta, tendo sido elaborado pela nossa autarquia num projeto designado por; “Rota dos Portados Quinhentista de Castelo Branco”. 
O referido mapa,  foi colocado em vários locais da terra albicastrense, de modo, a que quem nos visita possa conhecer a morada destas nossas pérolas.
                                             O ALBICASTRENSE

quinta-feira, outubro 12, 2017

AO PRESIDENTE DA AUTARQUIA ALBICASTRENSE - (I)

AVENIDA NUNO ÁLVARES


Terminadas as 
eleições para a 
nossa autarquia, tenho como primeiro rogo ao nosso presidente, a seguinte questão:

Ontem ao passear na Avenida Nuno Alvares, dei comigo a olhar para os muitos buracos existentes num dos passeios da nossa Avenida. 
Entre o antigo  quartel dos bombeiros e a Caixa Geral de Depósitos, contei  dez buracos (como o que se pode ver, numa das imagens aqui postadas), na calçado de um dos passeios.
Se juntarmos aos buracos existentes, alguns dos  espaços ajardinados que são de uma pobreza franciscana, só posso concluir que a nossa avenida necessita que o  presidente Luís Correia, que tem casa ali bem pertinho, desça as escadas do “seu” palacete e vá ver com os seus próprios olhos, o péssimo estado do passeio da  princesa das avenidas da terra albicastrense.
Caro presidente, as obras importantes que decorrem ou venham a decorrer na terra albicastrense, são com certeza "muito" importantes, porém, as pequenas coisas como a reparação dos passeios na nossa princesa, não são menos importantes. 
O Albicastrense

terça-feira, outubro 10, 2017

MEMÓRIAS DO BLOGUE – (VII)

 
PALACETE DO “BARÃO DO SAL”
DEZ  ANOS  DEPOIS!

A publicação que podem ler a seguir, foi postada neste blogue em 2007.
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O edifício que se pode ver na imagem aqui postada, foi construído na última década do século XIX pelo comerciante Joaquim dos Santos Sal, homem que viria a ficar conhecido pela alcunha do "Barão do Sal". 
Na sessão da Câmara em Outubro de 1890, Joaquim dos Santos Sal apresentou a planta do terreno que possuía entre a rua do Pina e da Amoreirinha, para pedir a construção deste belo edifício. 
Câmara aceitou e convidou o Engenheiro Vaz da Silva, para marcar o alinhamento que devia ter o prédio. 
No rés-do-chão deste belo edifício, Joaquim instalou um grande estabelecimento comercial. A construção deste prédio e dos outros que se seguiriam, tornaram este largo como um dos mais frequentados da nossa cidade no final do século XIX. 
O local tornou-se lugar de culto da sociedade albicastrense, que ali se reunia para conversas de circunstância. 
Passados cento e dez anos, o nosso edifício é hoje um edifício deplorável, no rés-do-chão  (parcialmente ocupado), continua a ter residência um estabelecimento comercial “casa das noivas”, o primeiro andar é sede de um partido político “PSD”. 
O largo onde este edifício está instado é hoje conhecida por Praça Rei D. José. No passado  foi conhecido por Largo das Pinheiras, Largo do Barão do Sal e  Largo do Comércio.       
AO SEU PROPRIETÁRIO UMA PERGUNTA:
Para quando a recuperação deste bonito edifício? De que serviu todo o esforça da nossa autarquia na recuperação da zona central da cidade, quando os proprietários dos prédios ali existentes se estão “Borrifando” para esse esforço.                                                   
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Dez anos depois volto a postar esta publicação, na rubrica "Memórias do blogue". 
O motivo desta publicação é evidente, se  critiquei aqui o estado miserável em que o edifício  se encontrava em 2007, também me parece justo enaltecer quem o está a recuperar em 2017.
O Albicastrense

sexta-feira, outubro 06, 2017

A RUA DA MINHA ESCOLA – (VI)

 (ESCOLA DO CELEIRO)
                     O que sabemos nós da rua da nossa escola primária?

Este arruamento faz ligação entre a Praça Rainha D. Leonor e o Largo do Rei D. Carlos, também conhecido por largo da Estação.
A vida deste beirão ilustre permanece em esquecimento quase total. Nasceu em Proença-a-Nova (antigamente chamava-se Cortiçada) mas tinha muitos laços familiares e de amizade em Castelo Branco, sendo seu pai, Pedro da Fonseca, natural de Castelo Branco e figura de muito prestígio.
Depois de ter realizado estudos em Coimbra e Évora, sendo conhecido como um bom professor de Filosofia, Ciência que o tornou conhecido em toda a Europa, estudou na maioria das Universidades Europeias.
Foi também benemérito, fundando vários estabelecimentos de assistência e solidariedade para com as pessoas de todas as idades, em situação de graves carências económicas e de saúde. Morreu em Lisboa no dia 4 de Novembro de 1599.

PS. Ernesto Pinto Lobo, era na altura o responsável pelo Departamento Cultural da Câmara Municipal. A imagem publicada neste poste, foi retirado do referido livro.                                                     
                                                                O Albicastrense

domingo, outubro 01, 2017

DESCOBRINDO CASTELO BRANCO ANTIGO – (XI)

Esta imagem vem no seguimento de outras já aqui postadas, ou seja, o local é o mesmo, porém, visto de um ângulo muito diferente. 
A imagem terá sido captada na primeira metade do século XX, curiosamente a casa que podemos ver  à direita da imagem, ainda lá mora.

ONDE FICA ATUALMENTE NA TERRA ALBICASTRENSE, ESTE LOCAL? 

Não será fácil para os mais jovens identificar o local, todavia, para quem tiver a minha idade ou andar por lá próximo, facilmente descobrirá o local.     
                                                      O Albicastrense

ANTÓNIO ROXO - DEPOIS DO ABSOLUTISMO - (12)

"MEMÓRIAS DA TERRA ALBICASTRENSE" Espaço da vida político-social de Castelo Branco, após a implantação do regime constitucional. U...