sexta-feira, setembro 30, 2016

ENCICLOPÉDIA ALBICASTRENSE - (XIX)

                                           UM POUCO DA NOSSA HISTÓRIA

Em 25 de Setembro de 1835, foi mandada demolir a Capela de São João, por uma portaria, ficando o terreno, onde o templo se encontrava erguida, pertença da Câmara Municipal de Castelo Branco, a fim de naquele espaço vir a ser instalado o Mercado Municipal.
Todavia, o terreno só veio a ficar devoluto em 1912, pois os albicastrenses sempre foram  contrários  à demolição desta Capela.
Só 77 anos depois (9 de Outubro de 1912), foram retirados da Capela de S. João, todas as imagens, paramentos religiosos e alfaias de culto, tendo sido transportado todo este recheio eclesiástico, para o edifício do Paço Episcopal, ocupado nessa época, pelo Liceu Nacional de Castelo Branco. 
Esta iniciativa teve lugar para que este templo fosse demolido, no sentido de tornar o largo de S. João mais amplo, a fim de haver mais espaço livre, para mais confortavelmente ali se realizarem os mercados semanais.
(Ps. Recolha de dados: Jornal Reconquista).
O Albicastrense

terça-feira, setembro 27, 2016

ZONA DA ESTAÇÃO DE CASTELO BRANCO

UMA ZONA EM MUDANÇA
As imagens aqui postadas, não têm por intenção qualquer nostalgia, pois a zona da estação da terra albicastrense, à muito que estava moribunda. 
Elas são apenas memórias ou lembranças (como se queira vê-las), de outros tempos, tempos, que irei lembrar e recordar com alguma saudade.







Albicastrense


sábado, setembro 24, 2016

PRIMEIRA PAGINA (XXIII)

JORNAL BEIRA BAIXA 
"CINQUENTA ANOS DEPOIS!...."



25 DE SETEMBRO DE 1966



25 DE SETEMBRO DE 2016


O  Albicastrense

quarta-feira, setembro 21, 2016

UMA PÉROLA INSULTADA

TRISTEZAS NA TERRA ALBICASTRENSE
Um anormal resolveu borrar uma das pérolas mais bonitas da terra albicastrense.
Confesso que o meu velho coração quase parou quando vi tal estupidez, burrice, própria de pessoa ou pessoas que deveriam trajar a pele do animal que tem o nome, animal que é muito mais inteligente que quem cometeu a referida imbecilidade. 
Palavra que não consigo compreender, que alguém por simples brincadeira, possa “divertir-se” a arruinar aquilo que é de todos nós
              Que Deus lhe perdoe, porque eu não sou capaz!
  O Albicastrense

terça-feira, setembro 20, 2016

UM IMPOSTO DO CARAÇAS

CURIOSIDADES DA TERRA ALBICASTRENSE

Na sessão Camarária de 13 de Março de 1655, decidiu a respectiva vereação o seguinte:
Aos três dias de março de mil eseis sentos esincoenta esinco anos estando em Camera odoutor domingos Cajado Rebelo Juis de fora,  Thmaz de Carvalho dasilva vreador, Antonio artins Ruivo procurador  mandarão eseguinte elogo na ditta Camera oderenarão que porquanto os pardais fazião muito dano nas ortas e nos cgois eno pão que está junto avilla e que he necessário acudirlhe com oremedio conveniente mandarão que toda a pesos de qualquer calidade que tiver casas em que viva terá obrigasão de dar simquo cabesas depardais que serão entregues ao escrivão da Camera eas pesoas assim davila como do termo e pera  otermo sepasará mandado pera os juízes omandarem apregoar e fazerm rol…. das que dão os ditos pardais emandarão os rois aesta Camera das pessoas que os derão ou deixarão de dar oque comprirão os ditos juízes com pena deseis mil Reis aplicados pera as obras deste concelho equalquer pesoa que não entregar os ditos Simquo pardais até dia de são João paguará quinhentos Reis de coima pera as despesas do concelho”.  
Este estranho imposto, foi criado em 1655 e manteve-se em vigor durante mais de dois séculos. Nos últimos anos o imposto era de difícil de pagamento, pois os pardais tinham rareado, por isso a Câmara fechava os olhos e deixava passar. 
O texto está escrito,  tal como estava na respectiva acta camarária de 1655. 
Recolha de dados,Subsidios para História Regional de Beira-Baixa” de José Ribeiro Cardoso .
O Albicastrense

sábado, setembro 17, 2016

EFEMÉRIDES MUNICIPAIS – CXI

A rubrica Efemérides Municipais foi publicada entre Janeiro de 1936 e Março de 1937, no jornal “A Era Nova”. Transitou para o Jornal “A Beira Baixa” em Abril de 1937, e ali foi publicada até Dezembro de 1940.
A mudança de um para outro jornal deu-se derivada à extinção do primeiro. António Rodrigues Cardoso, “ARC” foi o autor desde belíssimo trabalho de investigação, (Trabalho que lhe deve ter tirado o sono, muitas e muitas vezes).

(Continuação)
Vem agora a sessão de 3 de Agosto. na qual se passou apenas o seguinte:
Foi presente um aviso da Secretaria de Estado dos Negócios Estrangeiros e da Guerra, do qual constava que tinha sido dispensado do serviço de depositário das terças da comarca o ”Correio assistente” Francisco António Peres de Lourenço. A Câmara fica ciente e diz que já tinha feito isso e nomeado para o cargo, o Dr. Manuel Rodrigues Beja.

Vem depois a sessão de 16 de Agosto.
Foi presente uma ordem expedita pelo “Superintendente Geral da Dessima da Corte e Reyno e Conservador da Real companhia do novo estabelecimento para a fiaçam e torsido das sedas”, para se proceder à nomeação dos inspectores “para a plantação de Amoreiras e mais Arvores e Mattas”. 
Foram nomeados: - Para a cidade, Simão da Costa Caldeira, para Alcains, o capitão da ordenança Agostinho Simões Coelho, para escalos de Cima, Manuel Ferreira; para a Lousa, o alferes Luís Rodrigues; para a Mata, José Neves de Sousa; para os Escalos de Baixo, Joaquim Fernandes Mateiro; para o Salgueiro, Manuel da Silva; para Cafede, José Ribeiro Galveias; para Monforte, o capitão Manuel Dias Farinha; para Malpica, Manuel Lopes Siborro.

Sessão de 22 de Agosto de 1802. 
Nesta sessão aparecem-nos o juiz de fora, os vereadores, o procurador do concelho, os misteres, pessoas da nobreza e do povo. Assunto importante a tratar? Nada menos do que isto:
O alcaide tinha o ordenado de 60.000 réis por ano. Achando que isso não chegava para poder governar-se, requereu ao Príncipe Regente que lhe elevasse o ordenado para 100.000 réis. O Príncipe regente mandou ouvir a Câmara e esta, porque o assunto era de respeito, convidou toda aquela gente, para que dissesse também de sua justiça.
E toda aquela gente achou que a súplica do pobre alcaide era justa e digna de que Sua Alteza Real “pela sua benignidade o atendesse, tanto porque aquelle ordenado de sessenta mil réis não he sufesiente para o recorrente se tratar comodamnete atento a grande carestia dos víveres como porque o recorrente he um oficial muito hábil que dá boa conta de si em todas as Delegensias de que o incumbem e cumpre com muita exatidão e zele as suas obrigaçoins”.
Depois de tudo isto, o alcaide certamente ficou muito contente e os que o ajudaram a ganhar os 100.000 réis por ano não quiseram estar com mais trabalhos e deram a sessão por finda.
(Continua)        

PS. Aos leitores dos postes “Efemérides Municipais: o que acabaram de ler, é uma transcrição fiel do que foi publicado na época.  
O Albicastrense

sábado, setembro 10, 2016

PRIMEIRA PAGINA (XXII)

JORNAL BEIRA BAIXA 
"CINQUENTA ANOS DEPOIS!....



11 DE
SETEMBRO
DE 1966





11 DE SETEMBRO 
DE 2016



O Albicastrense

quarta-feira, setembro 07, 2016

CADERNOS DE CULTURA - "MEDICINA NA BEIRA INTERIOR". (XXIII - ÚLTIMO)

O AMOR E A MORTE... NOS ANTIGOS REGISTOS PAROQUIAIS ALBICASTRENSES.
Por Manuel da Silva Castelo Branco 
Tanta forma de amar e quanta de morrer!...

(Continuação)
Neste último capítulo reunimos cerca de meia centena de registos paroquiais, abrangendo um período compreendido entre meados de Quinhentos e finais de Setecentos, a partir dos quais procuramos apontar algumas das mais diversas formas de morrer e de amar na urbe albicastrense.
Como de costume, alguns dos Assentos acham-se suficientemente explícitos pelo que não necessitam do habitual comentário. Noutros, porém, terei a oportunidade de acrescentar os elementos indispensáveis para justificar a sua inclusão neste capítulo. Entre eles, o leitor encontrará:
- De um lado, a Morte ceifando existências quer na guerra como na paz e pelas mais variadas causas e circunstâncias: acidente, assassínio, suicídio, violência, loucura, parto, doença, ódio e vingança, interesse, etc., etc.
- Pelo outro, terei a oportunidade de abordar algumas interessantes manifestações de Amor, extensíveis a todas as classes sociais. Porém, verificando quanto esta matéria iria alargar o nosso trabalho, achamos melhor reservá-la para próxima comunicação sobre o tema proposto. De qualquer modo e para já, não quero deixar de prestar uma singela homenagem aos homens da Igreja, que ao longo dos séculos e através dos registos paroquiais, deixaram um vivido testemunho das terras e gentes das suas freguesias.
* Eng. Civil. Professor e Investigador.

Notas
(1) - Embora mantendo na generalidade o seu especto formal, em todos os Assentos trasladados procuramos atualizar a ortografia e a pontuação.
(2) - A sua leitura por extenso é a seguinte: S1- igreja e freguesia de Santa Maria do Castelo; 1M-livro 1 Misto (designam-se por livros Mistos os que contêm registos de baptismo, casamento e/ou óbito).
(3) - Manuel Castelo Branco, “Notas e Documentos para a História dos Judeus e Cristãos-Novos de Castelo Branco” (in revista “Estudos de Castelo Branco, nº 10,
1963) e “Assistência aos doentes na vila de Castelo Branco e seu termo, entre finais do séc. XV e começos do séc. XVII- (in Cadernos de Cultura da “Medicina na Beira Interior - Da Pré-História ao séc. XIX, nº2, 1990); José Lopes Dias, “Laços Familiares de Amato Lusitano e Filipe Montalto” (in separata da “Imprensa médica”, Lisboa, Ano XXV-Fevereiro de 1961).
(4) - ANTT- “Chancelaria de D. João III”, liv. 49, fl. 253 v.
(5) - Dela me consta ter havido os seguintes filhos: D. Brites Brandão e Antônio Brandão, cristão-novo e físico em Santarém, que antes de 1575 esteve na Flandres e Bristol (António Baião, “A Inquisição em Portugal e no Brasil. Subsídios para a sua história”, in “Archivo Historico Portuguez”, vol. VII, Lisboa 1909, p.230; Harry Friedenwald, in”Bulletin of the History of Medicine”, vol. 7, nº 2). D. Brites Brandão viveu casada em Penamacor com Jorge Nunes, tendo vários filhos entre os quais o Ldo. Francisco Brandão.
Este cursou Medicina na Universidade de Salamanca desde 31.10.1609. De regresso a Portugal foi examinado pelo físico-mor do reino, de acordo com o Regimento, sendo-lhe passada carta de medicina a 12.7.1616 ANTT- ”Chanc. Filipe II", liv. 31, fl. 230).
Exercitou a sua profissão na terra natal (Penamacor) até Outubro de 1618, fugindo então para a Flandres com receio da Inquisição e levando consigo a mulher e os filhos. No processo deste tribunal contra sua irmã D. Isabel Nunes, presa a 2.2.1619, é descrito como pessoa de meia estatura e seco, barba e cabelo castanhos e com cerca de 28 anos (ANTT- Procº nº 2737).
(6) - Eis a forma pela qual vemos geralmente designado o nosso Poeta. No entanto, convém esclarecer que o nome de Roiz é apenas a abreviatura de Rodrigues e resultante do seu patronímico (com efeito, o pai chamava-se Rui ou Rodrigo). Quanto ao apelido Castelbranco, e, embora designando a mesma família, aparece escrito de várias formas, a saber: Castel Branco, Castelobranco, Castelo Branco.
(7) -Esta capela achava-se também na igreja de Santa Maria do Castelo, junto ao altar.
(8) - Cada uma das duas lajes tumulares, sitas no pavimento da capela-mor da igreja de Sta. Maria do Castelo, tem cerca de 0,40 x 1,80 m. Na do lado do Evangelho (fig.2.1), onde suponho estar sepultado o poeta João Roiz, vemos apenas um escudo, cortado, com as armas dos Carrascos e Sequeiras.
Na do lado da Espístola (fig. 2.2), encimada por um escudo “ao ballon”, com paquife, elmo e timbre e as mesmas armas (tudo pouco perceptível), lemos em baixo o seguinte letreiro: S (EPULTURA) DOS E/RDEIRO/S DE FI/ILIPE VAZ. Este Filipe Vaz Carrasco (irmão de D. Catarina, mulher do nosso poeta) teve os foros de escudeiro-fidalgo, cavaleiro da Guarda d’ EI-Rei e, finalmente, cavaleiro-fidalgo da C. R. com 10 000 réis de tença anual (7.1.1550).
Viveu em Castelo Branco, onde serviu de vereador, juiz pela ordenção e provedor da Misericórdia, e casou na Cortiçada (Proença-a-Nova) com D. Maria Dias Manso, c. g.
(9) - “Lições de Literatura Portuguesa (Época Medieval)”, Coimbra Editores, 1973, 8ª ed. fl. 418.
(10) - ”Tesouros da Poesia Portuguesa”. Selecção, ilustrações de Lima de Freitas. Editorial Verbo, 1983, p.27.
(11) e (12) - ANTT-”Tombo, medição e demarcação de todas as fazendas, foros e dízimos pertencentes à comenda de Sta. Maria do Castelo da notável Vila de Castelo Branco (1753)”, Códice 146.
(13) - A epidemia grassou também na Covilhã, como podemos constatar através dos respectivos registos paroquiais, em finais de 1599.”
(14) - Manuel Castelo Branco, “ Assistência aos doentes na vila de Castelo Branco e seu termo, entre finais do séc. XV e começos do séc. XVII” (In “ Medicina na Beira Interior Da Pré-História ao séc. XIX”, Cadernos de Cultura, nº 2, 1990, p. 11).
(15) e (16) - ANTT- “ Processo da Inquisição de Lisboa contra o Ldo. Francisco de Lona”, Proc”. nº. 3747.
(17) - ANTT-” Corpo Cronológico”, Parte 11, Maço 344, n” 38.
(18) - Jorge Salter de Mendonça,” Nobiliário de Portugal” (in Biblioteca Municipal de Santarém); Diogo Gomes de Figueiredo, “Nobiliário Genealógico”, Tomo IV, fl. 208 (BNI,-Divisão de Reservados, in Arquivo da Casa Tarouca); Diogo Rangel de Macedo,” Nobiliário das famílias de Portugal”, Cód. 387, fl. 199 (BNL-” Colecção Pombalina”).
(19) - Diogo Gomes de Figueiredo, obr. cit., Cód. 240, fl. 155.
(20) - Jorge Salter de Mendonça, tomo 5º ( tít. ”Cabrais”) e tomo 7º (tít. “Castelo Branco”).
(21) - “ Livro de Registos” nº 303, fl. 649v, (in Arquivo da Câmara Municipal). O Provedor e Corregedor da Comarca de Castelo Branco, presentes nesta cerimónia, eram os Drs. António Sã Lopes e Daniel José Inácio Lopes, respectivamente.
(22) - ANTT- “Chanc. D. Maria I”, liv. 67, fl. 254 v.
(23) - ANTT- “Chanc. D. João IV”, liv. 36, fl 375.
(24) –“BNL (Divisão de Reservados)“ - Aditamento à notícia que neste livro escreveu o Rm. Pe. Frei Baltazar dos Reis da fam  ília dos Siqueiras e Avilezes,  de Aronches, etc.... (1724)”(in“Arquivo da Casa Tarouca”), cód. 254, fl. 32 v).
(25)-” Roteiro do Museu Regional de Francisco Tavares Proença Jor.”, Castelo Branco, 1980; Rdo. Dr. José Ribeiro Cardoso, “ Castelo Branco e o seu alfoz “, Castelo Branco, 1953, fl. 152. A inscrição, em latim, reza assim:
VISCERA, SUNT UNUM IMUS VENTER SEXUS,
ET HEPAR: BINAE SUNT ANIMAE CAETERA
BINA QUOQUE ISTIS QUAM VITAM
BONA-DAT-VENTURA GEMELLIS:
ABDON, ET SENNEN RESTITUERE DEO;
AST HORIS SEPTEM LANGUENS IACET
UNA SUPERSTES; SIC SOCIAE SATAGENS,
DUM SEQUITUR
MORIENS 1716.
(26)-No “Tombo da comenda de Santa Maria do Castelo”, executado em 1753, ainda se faz memória deste sucesso ... (ANTT-Cód. 146, fl. 154).
(27) - A inscrição latina é a seguinte:
D. IOANNA/MARIA IOSEPHA/DE MENESES,/COMITIS
DE SANTIAGO/DIGNISSIMA FILIA,/D. BLASII
BALTHASAR DA SYLVEIRA/ HUIUS PROV. ARM. PRAEF.
MAXJ CHARISSIMACONIUX,/EGREGIIS QUIDEM
DOTIBUS/ ILLUSTRI FOEMINA DIGNIS/ ORNATISSIMA,/
SED PIETATE,/ ALUSQUE VIRTUTIBUS/ MATRONAE
CHRISTIANAE/ DIGNIORI ORNAMENTO/
PRAECLARIOR,/ PUERPERIO EXANGUIS/ OBIIT DIE
XXI. NOVEMBR. MDCCXXVI./ ET UNA CUM DOLORIS
FILIO/ H.S.E.
(28) - Manuel Castelo Branco, “Heráldica dos Bispos de Castelo Branco” (in “ Comemorações do Bicentenário 1771-1971).
(29) - Este acontecimento mereceu a curiosidade jornalística. Assim, no “Diário de Notícias”, de 26.10.1943, saiu sobre o caso a seguinte informação, remetida a 25 pelo seu correspondente de Castelo Branco:-”Na Sé Catedral desta cidade, procedeu-se à trasladação dos restos mortais do 2º Bispo da extinta diocese de Castelo Branco, D. Vicente Ferrer da Rocha, a quem se deve a edificação da Capela do Santíssimo e da Grande Sacristia da mesma Sé. A trasladação fez-se com procissão da sepultura do adro, onde se encontrava o Prelado há cerca de duzentos anos, para a Capela do Santíssimo”.
(30) -Luís Pinto Garcia, “ Uma lápide sepulcral biface funerária de um soldado britânico”, Castelo Branco,1975.
(31) - ANTT- “Chanc. D. João VI”, liv. 40, fl. 95v.
(32) - ANTT-”Chanc. D. Maria II”, liv. 36, 11262.
(33) - Francisco Morais e José Lopes Dias, “Estudantes da Universidade de Coimbra, naturais de Castelo Branco”, V. Nova de Famalicão, 1955, p. 273.
(34)-Arquivo da PSP de Castelo Branco- “Testamentos”, Maço 399, fl. 88v.
(35)-António Roxo, “Monografia de Castelo Branco”, Elvas, 1891,fl.30, J.M. dos Santos Simões, “Azelujeria em Portugal no séc. XVIII”, Lisboa, 1979.
(36)-Câmara Eclesiástica de Castelo Branco, “Testamentos”, Maço 2265 (in BNL- Divisão de Reservados).
(37) -  No entanto, vamos trasladar uma breve memória pouco conhecida com a “Relação das atrocidades, procedimentos e insultos cometidos perpetrados pelos malvados franceses na invasão da cidade de Castelo Branco, em finais de 1810.
- “Na noite de 24.12.1810, se veio ao conhecimento que os bárbaros franceses se descobriram desta cidade, pois as Portas e Vigias não o anunciaram, na suposição de que eles não viessem nessa noite muito escura e coberta de uma densa névoa. E, na incerteza de eles virem a invadir esta cidade, houve descuido em se tomarem a tempo as precauções necessárias para segurança e retiro dos indivíduos que se achavam na terra. Porém, na mesma noite, seriam onze horas menos um quarto, veio pelo caminho da Quelha da Granja até à igreja do Espirito Santo, sem que fosse sentido, um esquadrão de cavalaria e aí deixaram uma guarnição; e o mais entrou pela Porta da Rua de Santa Maria e marchou até à Praça, dividindo-se em escoltas pelas ruas e pondo sentinelas às Portas da cidade. Outros dirigiram-se às duas igrejas matrizes afim de pilharem os fregueses na função, por ser noite de Natal.  
Neste barulho, publicavam em vozes portuguesas e espanholas que não fugissem porque eram ingleses e espanhóis. No dia 25, pelas dez horas da manhã, entrou a infantaria e tanto esta como a cavalaria, na mesma noite em que entrou, quebraram e arrombaram todas as portas das casas, que estavam fechadas, roubaram sem se saciarem pão, vinho, carnes, roupas e gados” ... (in “Tombo das capelas da igreja de S. Miguel, matriz de Castelo Branco”, publicado pelo Dr. José Lopes Dias, sob o título de “Velhos Documentos”, no semanário “Reconquista”, em 27.4.1958.
(38) - ANTT- “Portarias do Reino”, liv.3, fl. 160 v..
(39) - ANTT- “Chancelaria da Ordem de Cristo”, liv. 18, fl. 22v.
(40)- Afonso da Gama Palha„ “Relação dos sucessosda Guerra da Liga”, Elvas, 1906
(41) - O título de marquês de Matallana foi concedido em 25.1.1745 a D.Rodrigo Torres y Morales, cavaleiro de S. João de Jerusalém, bem como o viscondado de Barreras pelo Real Despacho de 31 de Agosto do mesmo anu (Julio de Atienza, “Diccionario Nobiliario Español”, Madrid, 1948, p. 1531).
(42) - Manuel Castelo Branco, “Assistência aos doentes em Castelo Branco e seu termo, entre começos dos sécs. XVII e XIX- II Parte” (em prep.).
(43) - Obr. cit. nota 37, em 2.3.1958; transcrita, igualmente, na obr. cit. nota 33, p. 207.
(44) - ANTT- “Chanc. D. Afonso VI”, liv. 43, fl. 358; obr. cit. nota 42.
(45) -ANTT-” Processo da inquisição de Lisboa contra Lázaro Rodrigues Pinheiro”, Proc. n’ 8155.
(46) - Ibid., Processos n’s 6521 e 1073 (Maço 96), respectivamente.
(47) - Efectivamente, por carta de 27.2.1797 foi-lhe passado o seguinte brasão: escudo partido em pala, tendo na 1ª as armas dos Pessoas e, na 2ª, as dos Amorins; timbre de Pessoas e, por diferença, uma brica de prata com um J de negro (ANTT-”Proc” de Justificação de nobreza”, Maço 21-N” 48) Estas armas acham-s actualmente, na fachada da Rua do Pina, nº 8, onde presumivelmente viveu, como consta dos trabalhos que tenho em preparação “Laços ancestrais de Fernando Pessoa à Beira Baixa” e “Tombo Heráldico da Beira Baixa.
(48) - ANTT- “Auto forense que subiu ao Conselho Geral do Santo Ofício”, Maço 13- Doc. n’ 82.
(49) - Obr. cit. nota 28.
(50) - ANTT- “Chanc. D. Maria I”, liv. 71, fl. 376.
(51) - ”Memorial cronológico e descritivo da cidade de Castelo Branco”, Lisboa, 1853, 11.101.
(52) - “Livro de Registos”, nº 52,11.81 (in Arqui. Da Câmara Municipal).
(53) - Entre outros, registamos sumariamente os seguintes diplomas relativos à sua carreira: - Mercê de Moço-Fidaldo da C. R, com 900 réis de moradia 5.12.1630); -Patente de capitão de infantaria, para servir com seu pai em Campo Maior (Lisboa, 2.2.1641); -Patente de capitão de cavalaria na província do Alentejo (Montemor-o-Novo, 20.11.164.5)
 - Carta de quitação ao conde de Vimioso, D. Miguel de Portugal, por o ter armado cavaleiro da Ordem de Cristo na igreja de Nª Sª. Da Conceição, em Lisboa, sendo seu padrinho D. Diogo de Almeida (8.3.1657); - Carta de Governador de Cavalaria da Corte e Comarcas do Ribatejo, com o título de Tenente- -General de Cavalaria da Beira (Lisboa, 14.8.1659).
(54) - “Livro de Registos”, nº 297, fl 147 (in Arq. da Câmara Municipal).
(55) - ”Nobiliário de Frei Flamínio de Sousa” (cópia da Biblioteca do Visconde de Sanches de Baena} Códice 9897, fl. 599 (in BNL- Divisão de Reservados.
(56) - Do seu casamento, Gaspar Mouzinho Magro teve dois filhos, Luís e António, mas morreram novos e s. g.
(57) - Gaspar Mousinho anexou esta capela às duas instituídas por seus irmãos, Jorge e D. Emerenciana Mouzinho, que haviam deixado do mesmo modo todos os bens à Confraria de Nossa Senhora do Rosário.
(58) -ANTT-”Desembargo do Paço-Beira”, Maço 311 - Proc”. nº 23851. Gaspar Mouzinho Magro nomeia por herdeira e testamenteira a mulher, D. Catarina Vilela Leitão, a quem deixa o usufruto dos seus bens,” ficando viúva ou casando com um homem seu igual na qualidade”. Porém, “esquecendo-se ela de quem é e de que foi minha mulher e casar com um homem que tenha parte da nação, cristão-novo por muito pouco que seja, a hei logo por desherdada e não quero que goze nem possua cousa alguma minha um só instante”, passando então tudo a ser administrado pelos mordomos de Nª Sª do Rosário. Aqui se manifesta uma vez mais o espirito intolerante deste ilustre benemérito, mas D. Catarina conservou-se viúva até à data do seu falecimento, em 21.9.1688.
(59) - “Castelo Branco e o seu alfoz”, Castelo Branco, 1953, fl. 111.
(60) - “Castelo Branco na História e na Arte”, Porto, 1958, n. 63 e seguintes; Rdo. Pe. Anacleto Martins, “Castelo Branco- Traços da sua história. A Confraria de Nª Sª. do Rosário.- Os dotes das orfãs” (in semanário “Reconquista”, de 4.2.1977).
(61) e (62) - ANTT - “Chanc. Ordem de Cristo”, liv. 15, fl. 284v.
(63) - ANTT- “ Chanc. Filipe III”, liv. 22, fl. 13v.
(64) - ANTT- “Chanc. Filipe II”, liv. 9, 11. 98.
(65) - ANTT- “Chanc. D. João V”, liv. 80, fl. 164. Aqui se acha registada a carta concedendo a António Feio da Maia e Almeida a propriedade do ofício de escrivão do judicial da vila de Abrantes (6.6.1731)
(66) - Estas casas eram o solar da família, onde actualmente se acha instalada a Câmara Municipal de Castelo Branco.
(67) - ”Livros de Notas dos Tableliães”, vol. 10,11. 27 (in “Arquivo Notarial de Castelo Branco”).
(68) - Manuel Castelo Branco, “Documentos quinhentistas do Arq. da Misericórdia de Castelo Branco” (em prep.).
(69) - ANTT- “Corpo Cronológico”, Parte 1, Maço 70, Doc. 61.
(70) - Ibid., Parte 1, Maço 78, Doc. 15.
O Albicastrense

domingo, setembro 04, 2016

DÉCIMO PRIMEIRO ANIVERSÁRIO


                     ONZE ANOS DEPOIS

No décimo primeiro aniversário do blogue, “Castelo Branco - O - Albicastrense”, não tenho bolos nem champanhe para comemorar a data, porém, tenho agradecimentos a fazer.
 A quem visita o blogue pela primeira vez só posso agradecer a visita, a quem me acompanha desde os primeiros anos (eu sei que existem alguns) o meu muito bem-haja por continuarem a aguentar-me.
Não sei exatamente quantos visitantes já teve o blogue, pois o contador do blogue esteve marado durante muito tempo, todavia, desde que o contador foi colocado novamente (à cerca de dois meses), o blogue teve mais de 30.000 visitas.
Termino esta breve nota festiva, afirmando que vou continuar a falar da terra albicastrense para todo o sempre.
A apelando de seguida ao meu velho computa, para ter cuidado com a sua memória ram e rom e não deixar entrar a ferrugem nos seus  megabys,  para que ele passa aquentar mais uns anos, antes de penetrar na reforma.       
                                    O Albicastrense 

quinta-feira, setembro 01, 2016

O PASSADIÇO ATRAVÉS DOS TEMPOS

FOTO BIOGRAFIA
DO
PASSADIÇO DA TERRA ALBICASTRENSE

“Mais de cem anos de imagens do nosso passadiço”

Uma das maiores pérolas da terra albicastrense é sem qualquer dúvida o seu Passadiço. Das imagens aqui postadas, a imagem mais recente foi captada por mim, uma outra foi captada pela Foto Beleza (como se pode constatar numa das imagens), contudo, estou convicto que algumas das outras imagens poderão ser igualmente da Foto Beleza.  
A Foto Beleza esteve instalada na rua de Santa Teresa, na baixa do Porto até à década de sessenta, período em que era procurada por grande parte da população da região para tirar o retrato. 
Após fechar, o espolio desta casa centenária foi adquirido pelo empresário Mário Ferreira, empresário que terá dito na altura entre outras coisas; “que a compra da Foto Beleza foi-lhe proposto, no início do ano 2000, pelo proprietário daquela casa, por um consultor que sabia do seu gosto pela fotografia. 
Quando entrou nas instalações, já bastante degradadas (na altura fechadas) da Foto Beleza, Mário Ferreira deparou com uma impressionante colecção de mais de meio milhão de chapas em vidro”. 
Resta acrescentar, que entre essas muitas chapas de vidro, poderão estar com certeza, muitas imagens da terra albicastrense. 

A pergunta que aqui deixo só pode ser a seguinte:





Não 

deveria
 a autarquia albicastrense,


 adquirir
 essas 
chapas?
 



Albicastrense

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