terça-feira, março 29, 2016

TOPONÍMIA ALBICASTRENSE - (XXXIV)

RUA DO MURO
(ANTIGA RUA DO PÉ DO MURO)

RUA DO CAQUELÉ
(ANTIGA RUA DE JORGE BOINO E RUA DO CAQUELHE)

Tenho notícia da Rua do Pé do Muro (hoje conhecida por Rua do Muro) a partir de vários documentos quinhentistas, alguns dos quais irei sumariar por ordem cronológica.
Constituía então um arruamento que “corria” junto ao troço da cerca amuralhada da vila (o “muro”) virado ao Norte e compreendido entre as Portas de S. Tiago e da Vila, sem contudo estas serem atingidas pelas suas extremidades… 

Com efeito, a “ponta” inferior terminaria talvez na atual Travessa do Muro, que antes teria tomado várias designações (Rua de Álvaro Sola, Rua de Pedro Homem). Quando à “ponta” superior há várias hipóteses:
A) Acabaria no local, onde chega hoje a Travessa da Rua D’ Ega, correspondendo assim, inteiramente, à atual Rua do Muro.
B) A cerca de 80 metros daquela travessa, derivaria para a direita e depois à esquerda em direção à Porta de S. Tiago, mas sem a alcançar por ali se achariam então casas quintais e lagares…
De todos estes topónimos só o 1º aparece no rol de 1527. Dos dois restantes apenas tenho notícia documental a partir de 1761, mas tal facto não se pode considerar significativo, pois, como já vimos, Jorge Boino viveu em Castelo Branco e naquela zona durante o século XVI, sendo um dos capitães das ordenanças, organizadas em 1527…. Segundo o Cónego Anacleto Pires Martins, a Rua de Jorge Boino (assim chamada até 1834), correspondia ao troço superior da atual Rua do Muro.
Neste caso e de acordo com a hipótese a), ela substituiu a dita “ponta” da Rua do Pé do Muro (talvez a partir de meados do século XVI); seguindo, porém a hipótese b) somos levados a pensar que a referida derivação passaria a assumir (total ou parcialmente) um nome semelhante ao que ainda hoje ostenta (Rua do Caquelé), pois, em documentos do século XVIII, vai sempre mencionada por Rua do Caquelhe e antecedida pelas ruas de Jorge Boino, do Pé do Muro e de Pedro Homem.
Recolha de dados: “Subsídios para o Estudo da Toponímia Albicastrense do Século XVI”, de Manuel da Silva Castelo Branco.
O ALBICASTRESNE

quarta-feira, março 23, 2016

TESOUROS DA NOSSA ZONA HISTÓRICA



OS 
NOSSOS 
TESOUROS
Na Zona Histórica da terra albicastrense existem algumas centenas de casas, contudo, poucas são aquelas que possamos olhar para elas e dizer: “Aqui temos um bonito Solar.
Todavia existem algumas excepções, raridades que infelizmente se vão deteriorando pouco a pouco, sem que ninguém se preocupe em saber do seu passado ou do seu futuro.
A pérola de hoje, é um bonito solar com residência na rua do Muro. Tentei saber um pouco da história do bonito edifício, por isso, bati à sua porta e falei com D. Aurora Crisóstomo (atual proprietária), que me contou o que sabe da história do Solar. A casa foi-lhe deixada pelo pai, que a terá comprado na década de 30 do passado século à família Beja e Sousa, família que vivia na rua D`Ega e nada mais sabe sobre o edifício.
Passei pela rua D`Ega e tentei saber se esta família ainda por ali morava, falei com uma pessoa que ali tem um pequeno estabelecimento comercial.
Segundo ela, os Beja e Sousa tinham morado na referida rua mas já tinham falecido há alguns anos, adiantando que eles tinham várias casas na zona histórica de Castelo Branco e, um armazém de ferro na rua do Pina.
A conclusão a que cheguei é que a família Beja e Sousa terá comprado o palacete da rua do Muro (não sei a quem), e depois o terá vendido aos pais da D. Aurora.
Para um edifício que penso ser do seculo XV ou XVI é realmente muito pouco aquilo que sabemos dele, por isso, recorro a quem visitar este blogue e que tenha dados sobre o solar cujas imagens ilustram este poste, que os partilhem comigo e com todos os visitantes. 
O Albicastrense

domingo, março 20, 2016

CASTELO BRANCO (245 ANOS COMO CIDADE)

EXPOSIÇÃO





No dia em
que a terra
albicastrense
celebra 245 anos
como cidade,






só podia
mesmo postar neste
blogue, imagens
da mais formosa
terra de Portugal.


O Albicastrense

sexta-feira, março 18, 2016

PRIMEIRA PAGINA (XVIII)

JORNAL BEIRA BAIXA
CINQUENTA ANOS DEPOIS...
(20 de Março de 1966 - 20 de Março de 2016)
O Albicastrense

terça-feira, março 15, 2016

APONTAMENTOS PARA A HISTÓRIA DE CASTELO BRANCO - (1)

A TERRA ALBICASTRENSE

A revista “Estudos de Castelo Branco”, foi durante muitos e muitos anos, fonte de divulgação da história de Castelo Branco, fonte onde este albicastrense foi e vai muitas vezes beber informação sobre a terra albicastrense. 
Numa das minhas visitas e essa fonte, encontrei o artigo que aqui vou postar em vários postes.
O artigo tem como não podia deixar de ser, a história da terra albicastrense. É autor deste belo trabalho: Eloy Cardoso (1882/1955).
 (Continua)
 O Albicastrense

sexta-feira, março 11, 2016

TESOUROS DA NOSSA ZONA HISTÓRICA


       OS NOSSOS TESOUROS - VIII

 Na continuação da publicação
 dos nossos tesouros, aqui
 ficam  mais  duas
 bonitas pérolas.









Pérolas que podem ser
 observadas da rua 
de Santa Maria.

O Albicastrense

terça-feira, março 08, 2016

A TERRA ALBICASTRENSE

ANTIGO POSTO DA GNR 
As imagens aqui postadas mostram-nos o antigo posto da GNR na rua Vaz Preto, o velho edifício foi requalificado para nele ser inaugurado o Museu do Brinquedo da terra albicastrense, tal como é possível ler-se num placar ainda hoje afixado perto da porta do edifício.
Foram gastos na requalificação deste bonito edifício, a quantia de 848.732.45 euros, dois anos depois das obras terminadas, o dito cujo está às malvas! (Ou será ás moscas?).
Uma ave aguarenta murmurou-me ao ouvido que o projeto do Museu do Brinquedo foi vítima de um trambolhão e terá ficado sem concerto, este albicastrense que duvida de rumores lançados por aves linguarudas confessa que a ser verdadeiro tal sussurro, está disposto a lançar foguetes e pedir ao Zé da Esquina para apanhar as respetivas canas.
Perante o impasse sobre o futuro deste bonito edifício, quero aqui explanar o seguinte: Se eventualmente alguém perguntasse aos albicastrenses se estão satisfeitos com o atual presidente da sua autarquia, estou convicto que a grande maioria diria que sim, entre essa maioria está este albicastrense.
Perante tal confissão, não posso deixar de colocar a Luís Correia a seguinte questão:

- Será que o baque do Museu do Brinquedo deixou os responsáveis pela autarquia albicastrense, bloqueados de ideias sobre o futuro deste bonito edifício?

Como não acredito em tal possibilidade, só me resta apelar ao presidente, para que este belo edifício seja colocado o mais rapidamente possível ao serviço da terra albicastrense, pois os muitos euros ali gastos, assim o exigem.

O Albicastrense

sábado, março 05, 2016

LARGO DA SÉ

UM LARGO BEM TRISTONHO




Palavra que não consigo passar pelo Largo da Sé, sem perguntar a mim próprio: 






Que diabo! 
Onde estava o bom gosto quando derrubaram o velho largo, para aqui colocarem esta espécie de Jardim.     
 O Albicastrense

ANTÓNIO ROXO - DEPOIS DO ABSOLUTISMO - (12)

"MEMÓRIAS DA TERRA ALBICASTRENSE" Espaço da vida político-social de Castelo Branco, após a implantação do regime constitucional. U...