quinta-feira, dezembro 29, 2022

O MEU DESEJO PARA 2023

RECUPERAR A NOSSA ZONA HISTÓRICA

Com o ano de 2022 a dar as últimas e com um novo ano a surgir no horizonte, este albicastrense mostra aqui a tristeza existente na nossa zona histórica.

A imagem hoje captada na rua dos Ferreiros, mostra o interior de uma casa adquirida recentemente pela nossa autarquia, (a referida imagem foi captada através de um buraco existente numa das portas).
Ao expor esta triste imagem, tenho como propósito alertar a quem comanda a terra albicastrense, que 2023 tem que ser o princípio de uma grande transformação na nossa zona histórica.
O momento não é assim de críticas sobre o passado, mas antes, de apelação, pois o estado miserável em que a nossa zona historia se encontra assim o exige.
O meu desejo para 2023 é que no final do ano, eu possa estar aqui a dar os parabéns pelo trabalho desenvolvido na sua recuperação.
Aos albicastrenses preponho o seguinte: 
Partilhem esta publicação, ao fazê-lo estão a solicitar a quem comanda a terra albicastrense, que 2023 é fundamental para a recuperação da nossa ZONA HISTÓRICA.  
O ALBICASTRENSE

terça-feira, dezembro 27, 2022

PROJECTOS PARA A NOSSA ZONA HISTÓRICA

 VER PARA CRER EM TAL PROMESSA

O jornal Reconquista deu-nos a conhecer na sua última edição, a notícia que aqui escarrapachei para regalo dos visitantes deste blogue.
Tudo o que possa ser uma mais-valia para a nossa zona histórica, terá sempre o meu total apoio, todavia, esta notícia só me faz sorrir, pois conhecendo o andar da carruagem, atreve-me a dizer que nem daqui a 10 anos ela passara do papel à realidade. 
Prometo que se as obras se iniciarem comigo ainda vivinho da silva, peço desculpas públicas ao presidente Leopoldo. Vou aguardar para ver se esta obra alguma vez será uma realidade.

O ALBICASTRENSE

segunda-feira, dezembro 26, 2022

BOAS FESTAS

AOS VISITANTES DESTE BLOGUE, 
O ALBICASTRENSE DESEJA UM FELIZ NATAL 
E UM ANO DE 2023 COM MUITA SAÚDE. 
O ALBICASTRENSE

terça-feira, dezembro 20, 2022

ENFORCADO NA DEVESA DA TERRA ALBICASTRENSE EM 1762

 A NOSSA HISTÓRIA

ANTÓNIO LOPES CARAPATOSO


Desta vila e casado com Maria Gomes Bicho, faleceu a 25 de Outubro de 1762 com os sacramentos da confissão e sagrado viático, pois os inimigos castelhanos (que se achavam nesta vila e a arruinaram e deixaram em estado miserável) o criminaram de espia do nosso exército e o mandaram enforcar na forca que levantaram na Devesa da mesma vila. 
E assim morreu, no sobredito dia do ano de 1762 e a favor da sua Pátria, com boa conformidade e muito cuidadoso da sua salvação, de sorte que me deixou muito consolado pela singular paciência com que se dispôs para semelhante morte. Deixou 25 missas pela sua alma e 5 pela de seu pai e 5 pela de sua mãe. Foi sepultado na Colegiada de S. Miguel (de que era freguês) em sepultura de fábrica e teve missa, de que fiz este termo que assinei. O Vig° Frei Filipe Gomes de Santiago.

ALBICASTRENSE

sábado, dezembro 17, 2022

SEGREDOS DA RUA D`EGA

 ZONA HISTÓRICA DA TERRA ALBICASTRENSE

 

Após alguma espera, as obras de recuperação de uma antiga casa da família do poeta António Salvado, tiveram o seu inicio. Fui ao local na passada sexta-feira, confesso que vim de lá bastante agradado com o que observei. 

Falei com gente envolvida neste projeto e declaro que fiquei bastante encantado com o que está pensado para o local. O belo portado que se encontra dentro de casa, parece indicar-nos que em tempos ele dava entrada para a respetiva casa. Espero que seja possível colocá-lo à vista de quem passa pela rua, pois trata-se de uma autêntica beleza. 

Vou acompanhar e participar nesta bela aventura (se assim me deixarem), pois como albicastrense tenho este dever e essa obrigaçãoNão posso terminar sem dizer o seguinte: Quando das obras de requalificação do Largo Postiguinho de Valadares, apareceram no local pequenas ruínas, ruínas que penso serem da antiga hospedaria de S. Eulália (século XVII). Quando tentei captar imagens de uma das janelas da sede do Benfica, ameaçaram chamar a polícia para me impedirem de captar as referidas imagens.

Na passada sexta-feira quanto fui visitar as obras da rua D´ega, fui recebido com um belo sorriso. É caso para dizer: Como são diferentes os tempos do comendador e os tempos de hoje na terra albicastrense!  
O ALBICASTRENSE

quinta-feira, dezembro 15, 2022

A COLEGIADA DE S. MIGUEL

      A NOSSA HISTÓRIA

A Colegiada de S. Miguel do período manuelino, compunha-se de quatro beneficiados simples, acrescida de mais um, pelo rei D. João III, segundo o alvará de 18-VIII-1523, até que em 18-VII-1744. Novo alvará lhes impos “a condição de curas D’almas”, sendo então considerados auxiliares ou coadjuntores dos párocos. Além dos cinco beneficiados, com autorização no régio diploma, havia mais dois capelões para cumprimento integral das missas das capelas e dos ofícios quotidianos do coro.
A sua apresentação cabia ao rei, na qualidade de grão-mestre da Ordem de Cristo e apossa criação da diocese de Castelo Branco, em 1771, passou ao padroado real. 

A Colegiada terminou em 1834.     

                                         O ALBICASTRENSE

terça-feira, dezembro 13, 2022

PARÓQUIA DE SANTA MARIA DO CASTELO

A NOSSA HISTÓRIA

A paróquia de Santa Maria do Castelo compunha-se de uma parte da vila e dos montes ou povos seguintes:
Maxiais, Benquerenças, Taberna Seca, Cebolais, Cebolais de Cima, Retaxo, Repreza, Amarelos e Carapelosa. Contava
novecentos fogos e 3.387 fregueses, em 1849, ano em que foi extinta pelo decreto de 26-VII.
O ALBICASTRENSE

domingo, dezembro 11, 2022

BIBLIOTECA MUNICIPAL

A NOSSA HISTÓRIA À DISTÂNCIA DE UM SIMPLES CLIQUE.

A partir de agora, os albicastrenses  podem (sem sair de casa), consultar a história da sua terra. 
Livros, antigos jornais e revistas podem ser consultados com um simples clique.

Aos autores desta proeza, este albicastrense agradece a façanha, dizendo porem, que continuará a visitá-los, pois ganhei pela nossa biblioteca e pelos seus trabalhadores, um carinho do tamanho do mundo.

O ALBICASTRENSE

quinta-feira, dezembro 08, 2022

OS MUROS DO CEMITÉRIO FORAM FINALMENTE PINTADOS

RECLAMAR É UM DIREITO

Em 2021 reclamei neste blogue contra o facto de terem arranjado o portão do nosso cemitério, e não terem pintado os muros do mesmo. 
Alguém comentou na altura, que a nossa autarquia tinha em mente recuperar os arruamentos do dito cujo e pintar os respetivos muros. 
Um ano depois os muros foram pintados, mas… os arruamentos no interior do cemitério continuam uma desgraça.




A questão que aqui deixo aos nossos autarcas é a seguinte: Então pintam os muros e esquecem-se dos arruamentos?


Palavra que não consigo entender este; “hoje pintamos os muros, amanha... logo se verá”.
O ALBICASTRENSE 

sexta-feira, dezembro 02, 2022

O AMOR E A MORTE... NOS ANTIGOS REGISTOS PAROQUIAIS ALBICASTRENSES – (17)


Por Manuel da Silva Castelo Branco

XIII - QUANDO A GUERRA BATE À PORTA. II Parte - A Guerra da Sucessão de Espanha (1704).  

Nos seis Assentos acima transladados, o vigário de Santa Maria, Frei António Gomes Assores, dá-nos algumas notícias sobre os acontecimentos vividos em Castelo Branco ( e em particular na sua freguesia), a quando da ocupação da vila pelas tropas espanholas e francesas que apoiavam Filipe, duque de Anjou ( e já aclamado Filipe V), na sucessão ao trono de Espanha.
(Continuação)
Assento 30
- A 24.1.1704, se fecharam as portas de Santiago per mandado do Senhor marquês das Minas, general e governador das Armas da Província.
- Entrou o inimigo francês e castelhano a conquistar esta vila Dia do Corpo de Deus, que foi em 22.5.1704, e se rendeu-a no dia seguinte. Esteve nela 40 dias, tempo bastante para a deixar assolada (como deixou), a igreja de Santa Maria queimada, o castelo e muro arruinados.
- Publicaram-se as pazes nesta vila, entre o senhor rei de Portugal D. João V e o senhor rei de Castela D. Filipe V, a 6.5.1715, governando a Igreja o S. Clemente XI e o Bispado o Ex.mo Senhor João de Mendonça que, a 11 do dito mês, benzeu o sítio e pôs a fundamental pedra no Recolhimento que novamente ergueu na dita vila, acompanhando-o o eclesiástico, nobreza e plebe da terra / (Letra de Frei António Gomes Assores, Vig° de Stª Maria).
Assento 31
- Os baptizados, que se seguem, o foram na igreja de S. Miguel por me queimarem os hereges franceses e um ladrão castelhano a igreja, deixando-ma incapaz de se baptizar nela.
Assento 32
- No ano de 1704, governando a Igreja de Deus o S. Papa Clemente XI, o reino D. Pedro II, a província o marquês das Minas, o bispado D. Rodrigo de Moura Teles (eleito já arcebispo primaz), se fecharam as portas desta vila, a 24 de janeiro.
- Mas também, a 7 de Julho seguinte, se abriu a de S. Tiago e fui eu o primeiro que, com a nossa mão sagrada, a comecei a abrir.
 Assento 33
- A 22.5.1704, dia em que caiu 5ª feira do Corpo de Deus, entrou nesta vila o inimigo frencês e castelhano deixando-a roubada e por fim, em paga de 40 dias que aqui moraram com alcantrão me puseram fogo à Igreja. Deus vingue tão grande desacato.
Assento 34
- Em Junho de 1704, matou o inimigo a Pedro Simão, do Cebolal, monte desta freguesia de Santa Maria. Foi sepultado na igreja do dito monte e teve oficio, de que fiz este termo que assinei.
O Vig° Frei António Gomes Assores.
Assento 35
- A 22.6.1704, faleceu Catarina Magro, solteira desta vila e freguesia, não fez testamento. Foi sepultada em Cambas, onde andava (como os demais desta vila) fugida por amor do inimigo; e, no dito lugar de Campas lhe fez o R. do Prior meio oficio. E, por verdade, fiz este termo que assinei.
O Vig° Frei António Gomes Assores.
Comentário
Portugal acabara por aceitar o outro candidato - Carlos, arquiduque de Áustria - proposto pela Inglaterra... Assim, em Maio de 1704, um poderoso exército de Filipe V, reforçado com um contigente francês do comando de Berwick, penetra no país pela Beira e apodera-se de Salvaterra do Extremo, Segura,
Monsanto e Castelo Branco. Do sucedido então na urbe albicastrense temos um relato coevo, que vamos transcrever seguidamente:- “Passou o exército inimigo a invadir a vila de CasteloBranco, a maior de toda aquela procíncia. Achava-se esta vila com pouca ou nenhuma guarnição de soldados e desamparada de muita parte dos paisanos, porque muitos e os de maior suposição se tinham ausentado com suas famílias, justamente atemorizados do poder castelhano e das notícias das entradas que tinha feito nas terras rendidas.
E somentese acharam em Castelo Branco 80 soldados ingleses ou holandeses, que se retiraram ao castelo; ficou a vila defendida com os poucos paisanos que nela ficaram e estes sem cabo nem governador, porque todos tinham despejado a terra. Com tão pouca defensa e com uns muros antigos e menos munições, acharam os castelhanos a vila de Castelo Branco, aondechegaram com o exército Dia do Corpo de Deus, 22 de Maio do dito ano de 1704.
De tarde, lançaram cordão à vila e assestaram duas peças de artilharia aos muros, as quais na noite do dia que chegaram, puseram dentro da igreja de S. Miguel, paróquia da dita vila (fora dos muros e à distância de um tiro de espingarda) e saíam os tiros das peças pelas portas da dita igreja, porém sem dano (ou pouco) dos muros.
Resistiu a praça 24 horas e, como o povo se viu com tão pouca defensa, lançaram bandeiras de paz e fizeram chamada, de que resultou a entrega da praça ou entrarem logo os franceses dentro da vila, saqueando as casas e o que podiam. E em poucas horas se rendeu também o castelo, cuja guarnição egovernador foram prisioneiros para Castela, ficando na vila alguns paisanos com permissão dos castelhanos que, depois da vila entrada, moderaram muito a fúria dos franceses para não prosseguirem o roubo dos paisanos já rendidos”.
O marquês das Minas, reforçado com tropas do Minho e de Trás-os-Montes, sai de Almeida e recupera sucessivamente Segura, Idanha, Zebreira, Ladoeiro, Castelo Branco, Rodão, etc. Berwick, vendo-se ameaçado pelas tropas do marquês da Minas, abandona Portalegre e retira para Espanha. Dura a luta até 1712, ano em que no dia 7 de Novembro se faz o armistício entre Portugal e Espanha.
(Continuativo)
O ALBICASTRENSE

ANTIGAS CAPELAS DA TERRA ALBICASTRENSE - (VII)

CAPELA DE NOSSA SENHORA DA CONCEIÇÃO "MEMÓRIAS DE OUTROS TEMPOS" E xistiu na antiga rua da Bela Vista, atualmente denominada de S...