quinta-feira, dezembro 29, 2022

O MEU DESEJO PARA 2023

RECUPERAR A NOSSA ZONA HISTÓRICA

Com o ano de 2022 a dar as últimas e com um novo ano a surgir no horizonte, este albicastrense mostra aqui a tristeza existente na nossa zona histórica.

A imagem hoje captada na rua dos Ferreiros, mostra o interior de uma casa adquirida recentemente pela nossa autarquia, (a referida imagem foi captada através de um buraco existente numa das portas).
Ao expor esta triste imagem, tenho como propósito alertar a quem comanda a terra albicastrense, que 2023 tem que ser o princípio de uma grande transformação na nossa zona histórica.
O momento não é assim de críticas sobre o passado, mas antes, de apelação, pois o estado miserável em que a nossa zona historia se encontra assim o exige.
O meu desejo para 2023 é que no final do ano, eu possa estar aqui a dar os parabéns pelo trabalho desenvolvido na sua recuperação.
Aos albicastrenses preponho o seguinte: 
Partilhem esta publicação, ao fazê-lo estão a solicitar a quem comanda a terra albicastrense, que 2023 é fundamental para a recuperação da nossa ZONA HISTÓRICA.  
O ALBICASTRENSE

terça-feira, dezembro 27, 2022

PROJECTOS PARA A NOSSA ZONA HISTÓRICA

 VER PARA CRER EM TAL PROMESSA

O jornal Reconquista deu-nos a conhecer na sua última edição, a notícia que aqui escarrapachei para regalo dos visitantes deste blogue.
Tudo o que possa ser uma mais-valia para a nossa zona histórica, terá sempre o meu total apoio, todavia, esta notícia só me faz sorrir, pois conhecendo o andar da carruagem, atreve-me a dizer que nem daqui a 10 anos ela passara do papel à realidade. 
Prometo que se as obras se iniciarem comigo ainda vivinho da silva, peço desculpas públicas ao presidente Leopoldo. Vou aguardar para ver se esta obra alguma vez será uma realidade.

O ALBICASTRENSE

segunda-feira, dezembro 26, 2022

BOAS FESTAS

AOS VISITANTES DESTE BLOGUE, 
O ALBICASTRENSE DESEJA UM FELIZ NATAL 
E UM ANO DE 2023 COM MUITA SAÚDE. 
O ALBICASTRENSE

terça-feira, dezembro 20, 2022

ENFORCADO NA DEVESA DA TERRA ALBICASTRENSE EM 1762

 A NOSSA HISTÓRIA

ANTÓNIO LOPES CARAPATOSO


Desta vila e casado com Maria Gomes Bicho, faleceu a 25 de Outubro de 1762 com os sacramentos da confissão e sagrado viático, pois os inimigos castelhanos (que se achavam nesta vila e a arruinaram e deixaram em estado miserável) o criminaram de espia do nosso exército e o mandaram enforcar na forca que levantaram na Devesa da mesma vila. 
E assim morreu, no sobredito dia do ano de 1762 e a favor da sua Pátria, com boa conformidade e muito cuidadoso da sua salvação, de sorte que me deixou muito consolado pela singular paciência com que se dispôs para semelhante morte. Deixou 25 missas pela sua alma e 5 pela de seu pai e 5 pela de sua mãe. Foi sepultado na Colegiada de S. Miguel (de que era freguês) em sepultura de fábrica e teve missa, de que fiz este termo que assinei. O Vig° Frei Filipe Gomes de Santiago.

ALBICASTRENSE

sábado, dezembro 17, 2022

SEGREDOS DA RUA D`EGA

 ZONA HISTÓRICA DA TERRA ALBICASTRENSE

 

Após alguma espera, as obras de recuperação de uma antiga casa da família do poeta António Salvado, tiveram o seu inicio. Fui ao local na passada sexta-feira, confesso que vim de lá bastante agradado com o que observei. 

Falei com gente envolvida neste projeto e declaro que fiquei bastante encantado com o que está pensado para o local. O belo portado que se encontra dentro de casa, parece indicar-nos que em tempos ele dava entrada para a respetiva casa. Espero que seja possível colocá-lo à vista de quem passa pela rua, pois trata-se de uma autêntica beleza. 

Vou acompanhar e participar nesta bela aventura (se assim me deixarem), pois como albicastrense tenho este dever e essa obrigaçãoNão posso terminar sem dizer o seguinte: Quando das obras de requalificação do Largo Postiguinho de Valadares, apareceram no local pequenas ruínas, ruínas que penso serem da antiga hospedaria de S. Eulália (século XVII). Quando tentei captar imagens de uma das janelas da sede do Benfica, ameaçaram chamar a polícia para me impedirem de captar as referidas imagens.

Na passada sexta-feira quanto fui visitar as obras da rua D´ega, fui recebido com um belo sorriso. É caso para dizer: Como são diferentes os tempos do comendador e os tempos de hoje na terra albicastrense!  
O ALBICASTRENSE

quinta-feira, dezembro 15, 2022

A COLEGIADA DE S. MIGUEL

      A NOSSA HISTÓRIA

A Colegiada de S. Miguel do período manuelino, compunha-se de quatro beneficiados simples, acrescida de mais um, pelo rei D. João III, segundo o alvará de 18-VIII-1523, até que em 18-VII-1744. Novo alvará lhes impos “a condição de curas D’almas”, sendo então considerados auxiliares ou coadjuntores dos párocos. Além dos cinco beneficiados, com autorização no régio diploma, havia mais dois capelões para cumprimento integral das missas das capelas e dos ofícios quotidianos do coro.
A sua apresentação cabia ao rei, na qualidade de grão-mestre da Ordem de Cristo e apossa criação da diocese de Castelo Branco, em 1771, passou ao padroado real. 

A Colegiada terminou em 1834.     

                                         O ALBICASTRENSE

terça-feira, dezembro 13, 2022

PARÓQUIA DE SANTA MARIA DO CASTELO

A NOSSA HISTÓRIA

A paróquia de Santa Maria do Castelo compunha-se de uma parte da vila e dos montes ou povos seguintes:
Maxiais, Benquerenças, Taberna Seca, Cebolais, Cebolais de Cima, Retaxo, Repreza, Amarelos e Carapelosa. Contava
novecentos fogos e 3.387 fregueses, em 1849, ano em que foi extinta pelo decreto de 26-VII.
O ALBICASTRENSE

domingo, dezembro 11, 2022

BIBLIOTECA MUNICIPAL

A NOSSA HISTÓRIA À DISTÂNCIA DE UM SIMPLES CLIQUE.

A partir de agora, os albicastrenses  podem (sem sair de casa), consultar a história da sua terra. 
Livros, antigos jornais e revistas podem ser consultados com um simples clique.

Aos autores desta proeza, este albicastrense agradece a façanha, dizendo porem, que continuará a visitá-los, pois ganhei pela nossa biblioteca e pelos seus trabalhadores, um carinho do tamanho do mundo.

O ALBICASTRENSE

quinta-feira, dezembro 08, 2022

OS MUROS DO CEMITÉRIO FORAM FINALMENTE PINTADOS

RECLAMAR É UM DIREITO

Em 2021 reclamei neste blogue contra o facto de terem arranjado o portão do nosso cemitério, e não terem pintado os muros do mesmo. 
Alguém comentou na altura, que a nossa autarquia tinha em mente recuperar os arruamentos do dito cujo e pintar os respetivos muros. 
Um ano depois os muros foram pintados, mas… os arruamentos no interior do cemitério continuam uma desgraça.




A questão que aqui deixo aos nossos autarcas é a seguinte: Então pintam os muros e esquecem-se dos arruamentos?


Palavra que não consigo entender este; “hoje pintamos os muros, amanha... logo se verá”.
O ALBICASTRENSE 

sexta-feira, dezembro 02, 2022

O AMOR E A MORTE... NOS ANTIGOS REGISTOS PAROQUIAIS ALBICASTRENSES – (17)


Por Manuel da Silva Castelo Branco

XIII - QUANDO A GUERRA BATE À PORTA. II Parte - A Guerra da Sucessão de Espanha (1704).  

Nos seis Assentos acima transladados, o vigário de Santa Maria, Frei António Gomes Assores, dá-nos algumas notícias sobre os acontecimentos vividos em Castelo Branco ( e em particular na sua freguesia), a quando da ocupação da vila pelas tropas espanholas e francesas que apoiavam Filipe, duque de Anjou ( e já aclamado Filipe V), na sucessão ao trono de Espanha.
(Continuação)
Assento 30
- A 24.1.1704, se fecharam as portas de Santiago per mandado do Senhor marquês das Minas, general e governador das Armas da Província.
- Entrou o inimigo francês e castelhano a conquistar esta vila Dia do Corpo de Deus, que foi em 22.5.1704, e se rendeu-a no dia seguinte. Esteve nela 40 dias, tempo bastante para a deixar assolada (como deixou), a igreja de Santa Maria queimada, o castelo e muro arruinados.
- Publicaram-se as pazes nesta vila, entre o senhor rei de Portugal D. João V e o senhor rei de Castela D. Filipe V, a 6.5.1715, governando a Igreja o S. Clemente XI e o Bispado o Ex.mo Senhor João de Mendonça que, a 11 do dito mês, benzeu o sítio e pôs a fundamental pedra no Recolhimento que novamente ergueu na dita vila, acompanhando-o o eclesiástico, nobreza e plebe da terra / (Letra de Frei António Gomes Assores, Vig° de Stª Maria).
Assento 31
- Os baptizados, que se seguem, o foram na igreja de S. Miguel por me queimarem os hereges franceses e um ladrão castelhano a igreja, deixando-ma incapaz de se baptizar nela.
Assento 32
- No ano de 1704, governando a Igreja de Deus o S. Papa Clemente XI, o reino D. Pedro II, a província o marquês das Minas, o bispado D. Rodrigo de Moura Teles (eleito já arcebispo primaz), se fecharam as portas desta vila, a 24 de janeiro.
- Mas também, a 7 de Julho seguinte, se abriu a de S. Tiago e fui eu o primeiro que, com a nossa mão sagrada, a comecei a abrir.
 Assento 33
- A 22.5.1704, dia em que caiu 5ª feira do Corpo de Deus, entrou nesta vila o inimigo frencês e castelhano deixando-a roubada e por fim, em paga de 40 dias que aqui moraram com alcantrão me puseram fogo à Igreja. Deus vingue tão grande desacato.
Assento 34
- Em Junho de 1704, matou o inimigo a Pedro Simão, do Cebolal, monte desta freguesia de Santa Maria. Foi sepultado na igreja do dito monte e teve oficio, de que fiz este termo que assinei.
O Vig° Frei António Gomes Assores.
Assento 35
- A 22.6.1704, faleceu Catarina Magro, solteira desta vila e freguesia, não fez testamento. Foi sepultada em Cambas, onde andava (como os demais desta vila) fugida por amor do inimigo; e, no dito lugar de Campas lhe fez o R. do Prior meio oficio. E, por verdade, fiz este termo que assinei.
O Vig° Frei António Gomes Assores.
Comentário
Portugal acabara por aceitar o outro candidato - Carlos, arquiduque de Áustria - proposto pela Inglaterra... Assim, em Maio de 1704, um poderoso exército de Filipe V, reforçado com um contigente francês do comando de Berwick, penetra no país pela Beira e apodera-se de Salvaterra do Extremo, Segura,
Monsanto e Castelo Branco. Do sucedido então na urbe albicastrense temos um relato coevo, que vamos transcrever seguidamente:- “Passou o exército inimigo a invadir a vila de CasteloBranco, a maior de toda aquela procíncia. Achava-se esta vila com pouca ou nenhuma guarnição de soldados e desamparada de muita parte dos paisanos, porque muitos e os de maior suposição se tinham ausentado com suas famílias, justamente atemorizados do poder castelhano e das notícias das entradas que tinha feito nas terras rendidas.
E somentese acharam em Castelo Branco 80 soldados ingleses ou holandeses, que se retiraram ao castelo; ficou a vila defendida com os poucos paisanos que nela ficaram e estes sem cabo nem governador, porque todos tinham despejado a terra. Com tão pouca defensa e com uns muros antigos e menos munições, acharam os castelhanos a vila de Castelo Branco, aondechegaram com o exército Dia do Corpo de Deus, 22 de Maio do dito ano de 1704.
De tarde, lançaram cordão à vila e assestaram duas peças de artilharia aos muros, as quais na noite do dia que chegaram, puseram dentro da igreja de S. Miguel, paróquia da dita vila (fora dos muros e à distância de um tiro de espingarda) e saíam os tiros das peças pelas portas da dita igreja, porém sem dano (ou pouco) dos muros.
Resistiu a praça 24 horas e, como o povo se viu com tão pouca defensa, lançaram bandeiras de paz e fizeram chamada, de que resultou a entrega da praça ou entrarem logo os franceses dentro da vila, saqueando as casas e o que podiam. E em poucas horas se rendeu também o castelo, cuja guarnição egovernador foram prisioneiros para Castela, ficando na vila alguns paisanos com permissão dos castelhanos que, depois da vila entrada, moderaram muito a fúria dos franceses para não prosseguirem o roubo dos paisanos já rendidos”.
O marquês das Minas, reforçado com tropas do Minho e de Trás-os-Montes, sai de Almeida e recupera sucessivamente Segura, Idanha, Zebreira, Ladoeiro, Castelo Branco, Rodão, etc. Berwick, vendo-se ameaçado pelas tropas do marquês da Minas, abandona Portalegre e retira para Espanha. Dura a luta até 1712, ano em que no dia 7 de Novembro se faz o armistício entre Portugal e Espanha.
(Continuativo)
O ALBICASTRENSE

quarta-feira, novembro 30, 2022

PATRIMÓNIO DA TERRA ALBICASTRENSE – “Ferrinho de Engomar”.

  UMA PÉROLA COM MAIS DE CEM ANOS FINALMENTE RECUPERADA

Muitas foram as vezes que aqui barafustei, contra a miserável condição em que se encontrava o bonito prédio que pode ser  observado nas imagens.

Hoje ao passar pela alameda, captei algumas imagens do dito cujo, para aqui postar e poder mostrar aos albicastrenses a sua recuperação. 

Este prédio centenário, prédio que  no passado designaram de “Ferrinho de Engomar”, está pronto para aguentar mais cem anos.

A quem o recuperou, este albicastrense só pode mesmo dizer, Bem-haja.







ALBICASTRENSE

quinta-feira, outubro 27, 2022

INAUGURAÇAO DO ESTÁDIO MUNICIPAL VALE DO ROMEIRO - 1956

MEMÓRIAS DA TERRA ALBICASTRENSE


ESTÁDIO MUNICIPAL
VALE DO ROMEIRO

O antigo jornal “Beira, Baixa” publicou na sua edição de 9 de Setembro de 1956, a reportagem  que podem ver sobre a inauguração do estádio municipal de Castelo Branco. 


O ALBICASTRENSE

terça-feira, outubro 25, 2022

ORATÓRIOS DA TERRA ALBICASTRENSE

ORATÓRIO DA RUA J. A. MORÃO

Em Castelo Branco existem dois oratórios de grande dimensão, um no largo Fernão Sanches (zona histórica), e outro na rua J. A. Morão. Existe um terceiro (em tamanho mais pequeno), na rua João Carlos Abrunhosa.

Três belos oratórios da terra albicastrense que bem merecem ser destacados. Hoje destaco o da rua de J. A. Morão, depois serão os outros. 
Tentei saber quando ele foi colocada na rua ou o porquê do local,  infelizmente nada consegui descobrir. 

O ALBICASTRENSE

domingo, outubro 23, 2022

MEMÓRIAS DA TERRA ALBICASTRENSE

PORMENORES DO ANTIGO JARDIM DA SÉ



REQUALIFICAÇÃO DO 
LARGO DA SÉ 


Se a irritação abafasse, estou convicto que quem
transformou este jardim naquilo que hoje lá existe, já tinha sido abafado pelos albicastrenses à muito muito tempo.

O ALBICASTRENSE

sexta-feira, outubro 21, 2022

ZONA HISTÓRICA

RUA DO RELÓGIO 

“AMA-LA É A ÚNICA MANEIRA DE A RECUPERAR”

Nos últimos tempos tem existido por parte de quem comanda a terra albicastrense, a preocupação de dar vida a nossa zona histórica, não reconhecer esse trabalho seria uma grande injustiça.  
A recuperação da Casa da Forno obtém os aplausos de grande parte  dos albicastrenses, porem, o arrastar da recuperação da casa dada por António Salvado para nela funcionar um “sítio” dedicado ao poeta, faz doer o coração aos muitos amigos de António Salvado.


A nossa zona histórica não pode nem deve ser unicamente um local onde organizamos anualmente um festejo dedicado aos templários, passeios temáticos ou outras atividades. 
A prioridade das prioridades na nossa zona histórica, passam por recuperar casas e colocar nelas gente que ali queira viver, só assim, conseguiremos dar vida a uma zona onde ela quase deixou de existir.
O arrastar de obras prometidas na nossa zona histórica, é no entender deste albicastrense, uma verdadeira calamidade, è fundamental que as promessas feitas por parte de quem comanda a terra albicastrense, sejam para ontem e não para o dia de S. Nunca. As imagens desta publicação mostram-nos a rua do Relógio, local onde a tristeza se instalou e onde a vida parece ter sido extinta.  

O ALBICASTRENSE

terça-feira, outubro 18, 2022

ANTIGA CÓLONIA DE FÉRIAS DA SERRA DA GARDUNHA


"Castelo Branco reavalia projeto para instalação de um hostel na Serra da Gardunha".

Em Abril de 2019 Luís Correia presidente da Câmara de Castelo Branco, dizia estar a reavaliar o projeto turístico que tinha para a colónia de férias de média altitude na Serra da Gardunha. O presidente do município, Luís Correia prometia, "Um projeto, de perspetiva turística, para a colónia de média altitude. 
A colónia tanto pode vir a ser um alojamento local, como integrar uma atividade que estamos a avaliar", afirmava ele. 
Um ano antes, o município tinha anunciado a
intenção de instalar um hostel na antiga colónia de férias de média altitude, situada em plena Serra da Gardunha, na freguesia de Louriçal do Campo. 
O projeto previa que a construção desta infraestrutura fosse feita pela própria Câmara de Castelo Branco. Agora, com o processo em reavaliação, o autarca não exclui a hipótese de instalar naquele local um projeto ligado à investigação e à Serra da Gardunha.
Ps. Tudo tretas e mentiras, patranhas que deviam levar a tribunal quem não cumpre o prometido, isto para não dizer coisa pior.
----------------------------------------------

Eu frequentei em criança esta colónia, estou pois à vontade para dizer que guardo dela as melhores recordações da minha infância. Gostava tanto de ir para lá, que cheguei a mudar a data de nascimento na cédula para poder ir mais um ano para lá. 
A incúria dos homens e os incêndios na serra da Gardunha, transformaram um local onde muitas e muitas crianças forem felizes, num monte de ruínas
Confesso que se me saísse o euro milhões, a primeira coisa que faria era adquirir o antigo edifico da colónia, e fazer renascer o local onde muitas  e muitas crianças foram felizes. 

O ALBICASTRENSE

domingo, outubro 16, 2022

O AMOR E A MORTE... NOS ANTIGOS REGISTOS PAROQUIAIS ALBICASTRENSES – (16)


Por Manuel da Silva Castelo Branco

XIII - QUANDO A GUERRA BATE À PORTA. 
I PARTE - AS LUTAS DA RESTAURAÇÃO  
 E A INVASÃO FRANCESA.
(Continuação)
Assento 23
- Frei António Estaço, capitão de cavalos e cavaleiro da nossa Ordem, faleceu em o mesmo dia que a sua mãe (a 17.11.1663) e está enterrado em túmulo dos leões.
Assento 24 
- Aos 16 de Maio de 1666, morreram no choque que houve em Ferreira Diogo Pires, do Cebolal; Gaspar Mendes, da 1666, morreram no choque que houve em Ferreira Diogo Pires, do Cebolal; Gaspar Mendes, da Benquerença de Baixo e Francisco de Oliveira, dos Maxiais/ Barroso.
Assento 25
- Pelo Mestre de Campo Estevão Pais da Costa, que morreu na ocasião em que se arrasou a Sarça, se tem satisfeito com todo o cumprimento da Alma, que ele deixou em seu testamento / Barroso ( Maio, 1666).
Assento 26
- David Horsecraff, soldado do Regimento 32 de EI-Rei da Grã-Bretanha, faleceu com o sacramento da extrema-unção (por mostrar ser Católico Romano) no Hospital desta cidade, em os 15 de Novembro de 1808. Foi sepultado no adro desta igreja, de que fiz este termo que assinei.
O Vig° Manuel Martins Pelejão.
Assento 27
- Cristiano Bergmann, sargento do 5° Batalhão Alemão, faleceu em os 17 de Julho de 1809 e foi sepultado no adro desta igreja, de que fiz este termo que assinei.
 O Vig° Manuel Martins Pelejão.
Assento 28
- Inácio da Silva Delgado, alferes do 1 ° Batalhão da Leal Legião Lusitana, faleceu com todos os sacramentos e sem testamento em o 1° de Outubro de 1809. Foi sepultado no adro desta igreja, de que fiz este termo que assinei. 
O Vig° Manuel Martins Pelejão.
Assento 29
- José Lopes, soldado espanhol da 4ª Companhia do Batalhão de Mérida, faleceu com todos os sacramentos e sem testamento em os 9 de Outubro de 1809. Foi sepultado no adro, de que fiz este termo que assinei.
O Vig° Manuel Martins Pelejão.
Comentário.
As guerras em que o país se envolveu «bateram» quase sempre às portas da urbe albicastrense, nela deixando indeléveis marcas de destruição e morte, como podemos constatar através dos registos apresentados e relativos às lutas da Restauração (os três primeiros) e à invasão francesa (os restantes).
No 1° caso, eles confirmam que no território correspondente actualmente ao da província da Beira Baixa a guerra desenrolou-se por largo período quer em acções de saque e retaliação como pelo assalto às fortalezas e povoações mais próximas da fronteira... Quanto à entrada dos franceses em Castelo Branco e aos sucessos que ali tiveram lugar, foram objecto de narrativas coevas já publicadas pelo que nos abstemos de qualquer comentário sobre o assunto.
Frei António Estaço da Costa, que morreu dos ferimentos sofridos na guerra em 17.11.1663 (Assento 23), foi baptizado na igreja de Santa Maria a 1.2.1618, sendo filho de Manuel Oliveira de Vasconcelos e D.Helena da Costa de Lemos. Ainda jovem tomou parte nas lutas da Restauração, sendo-lhe concedida a patente de capitão dos Auxiliares da comarca de Castelo Branco, em 27.9.1647. Prestou assinalados serviços não só na dita vila como nos mais diversos lugares e ocasiões: na entrada da vila de Ferreira e socorro a Salvaterra do Extremo, Penamacor e à província do Alentejo; na queima dos lugares de Pedras Alvas e Estorninhos, Fuente Guinaldo, Perosi e Penhaparda; na peleja que se travou com o inimigo em Alcântara e assistência ao forte da Zebreira; na presa de gados em terras de Castela, entrada do campo de Cória e recontro de Penha Garcia, em que foi ferido. Por tudo isto, teve a mercê de cavaleiro da Ordem de Cristo com 40000 réis de tença, em 29.5.1655.
Estevão Pais Estaço (ou da Costa), primo-irmão do anterior e a quem se refere o Assento 25, foi baptizado a 10.3.1611 na igreja de Santa Maria, sendo filho de António Pais e D. Violante Estaço da Costa. Teve uma vida muito acidentada... Assim, matou por adultério a 1ª mulher D. Marta Frazão bem como o amante, o L. do Francisco Rodrigues Barriga, cunhado de seu irmão Diogo Pais da Costa. Portal motivo esteve preso no Limoeiro, onde matou outro homem, tendo sido condenado a pena de degredo para o Brasil. Depois da aclamação de D. João IV tornou ao reino e distinguiu-se como valoroso soldado, ocupando os postos de capitão de infantaria em Elvas, sargento-
-mor dos Auxiliares na Comarca de Avis e, finalmente, Mestre de Campo de um terço que arrasou Sarça, acção em que morreu no mês de Junho de 1665. Casou 2ª vez com D. Amónia de Mendanha de Sande (irmã de Sebastião Caldeira de Mendanha, morto pelos castelhanos em Salvaterra) e, por este casamento, teve a propriedade do oficio de almoxarife e juíz dos Maninhos de Castelo Branco e sua comarca, bem como das vilas do Campo das Idanhas (23.6.1663).
(Continua)
O ALBICASTRENSE

quinta-feira, outubro 13, 2022

O AMOR E A MORTE... NOS ANTIGOS REGISTOS PAROQUIAIS ALBICASTRENSES – (15)

Por Manuel da Silva Castelo Branco


XII - Quando neste mundo só era feliz
 o que aceitava morrer bem. 

(Continuação)
Assento 22 
- OL. do Francisco Rafeiro, natural desta vila, faleceu com todos os sacramentos em os 26 do mês de Janeiro de 1738. Fez testamento, em que deixou 1500 missas por sua alma e outras mais por parentes, e outros legados mais; e, ultimamente, instituiu a sua alma por herdeira e vinculou a sua fazenda com obrigação de missas por sua alma, como consta do mesmo testamento. E, para constar, fiz este assento que assinei dia, mês e ano «ut supra». (Declaro que foi sepultado nesta igreja em cova de fábrica)
 O Vig° Frei Manuel Rodrigues Corugeiro.

Comentário.
Francisco Rafeiro, natural de Castelo Branco e baptizado na igreja de Santa Maria a 21.2.1661, era filho do boticário António Vaz Mendes e de sua mulher D. Branca Rafeiro Frequentou a Universidade de Coimbra, onde se matriculou em Medicina a 1.10.1681 e concluiu o seu curso a 26.6.1687, passando ao exercício da clínica médica na terra natal e ali falecendo, solteiro, a 26.1.1738 (Assento 22). Seguindo a inspiração e o exemplo de outros varões ilustres, o Dr. Francisco Rafeiro deixou o seu nome ligado a diversas acções de benemerência.
Assim: legou à Misericórdia de Castelo Branco todos os bens de raiz; instituiu ainda um legado de 100000 réis para dote de casamento de 5 órfãs; doou as suas casas «novas e nobres», sitas na Rua do Postiguinho de Valadares, para vivenda dos párocos de S. Miguel; custeou a magnífica obra de azulejo, levada a cabo na antiga ermida de S. Gregório  (actualmente, capela de Nossa Senhora da Piedade).
Por tal motivo, no pavimento da referida capela e defronte da porta travessa, foi gravado em azulejo o seguinte letreiro: - Esta obra de azulejo e /Pavimento se fez com o /dinheiro do doutor Francis/co Rafeiro já defunto p/edese um P. Nosso Ave Maria pela sua alma/1739.
Por se encontrar doente e «com excessiva dor no braço direito», não pôde o Dr. Francisco Rafeiro redigir o seu testamento, lavrado a 26.12.1737 pelo patrício e amigo, o Padre - Mestre Frei Manuel da Rocha, doutorado em teologia pela Universidade de Coimbra, Abade Geral dos monges de Alcobaça, membro da Academia Real da História, etc. Dele extraímos uma parte que consideramos muito significativa. -«Em nome de Deus trino e uno, Amen. 
Este é o testamento que faço eu Francisco Rafeiro, estando enfermo na cama e em meu juízo perfeito, qual o mesmo Senhor foi servido de me dar. Primeiramente, encomendo a minha alma a Deus, que a criou e a remiu com o seu preciosíssimo sangue e em cuja santa fé cristã fui criado, vivi e determino morrer, recorrendo às chagas de meu Senhor Jesus Cristo para que, mediante elas, consiga perdão das minhas grandes culpas. Da mesma sorte, rogo e peço à Virgem Santíssima da Piedade a queira ter comigo, sendo minha advogada e intercessora diante de seu unigénito Filho para que, quando a minha alma se afastar do meu corpo e for chamada ajuízo, me assista a valha; para que, por sua infinita misericórdia, se me conceda aquele sumo bem e felicidade eterna de que gozam os seus escolhidos e santos ... Considerando a pouca duração do mortal e que neste mundo só é feliz o que acerta morrer bem que o corpo se deve dar à terra de que foi formado, ordeno e mando que, quando Deus for servido de me chamar para si, seja o meu corpo amortalhado no hábito de S. Francisco e sobre ele a véstia de meu Padre S. Pedro, de que sou indigno irmão; e, assim, que me levem à igreja de S. Miguel e nela me sepultem, junto quanto for possível das sepulturas em que jazem minha mãe e minha irmã e minha sobrinha, que é junto do degrau do altar de S. Francisco Xavier... 
Mais mando que, no dia do meu oficio, se dê a cada preso dos que se acharem na cadeia um tostão de esmola e a cada enfermo, que então se achar no Hospital, outro tostão ... À Senhora da Piedade, minha especial advogada, deixo uma moeda de ouro, que o meu testamento aplicará para aquilo que julgar mais necessário para o seu altar” ...
 (Continua) 
O ALBICASTRENSE

ANTIGAS CAPELAS DA TERRA ALBICASTRENSE - (VII)

CAPELA DE NOSSA SENHORA DA CONCEIÇÃO "MEMÓRIAS DE OUTROS TEMPOS" E xistiu na antiga rua da Bela Vista, atualmente denominada de S...