terça-feira, junho 30, 2015

EURICO SALES VIANA

No seguimento dos postes sobre o velho prédio "Ferrinho de Engomar", não podia deixar de publicar aqui, um poste sobre Eurico de Sales Viana.
Eurico de Salles Viana nasceu em Coimbra no dia 31 de Janeiro de 1891, e fez em Coimbra toda a sua escolaridade. Terá chegado a Castelo Branco por volta de 1912, cidade onde passou praticamente toda a sua vida. Foi professor do liceu e da Escola Normal, tendo desempenhado os cargos de Chefe da Repartição de Obras da Câmara Municipal e director Delegado dos Serviços Municipalizados, sendo de destacar a acção preponderante por ele desenvolvida nas obras de abastecimento de água à cidade.
Para além disse era dotado de rara sensibilidade Artística, dedicou-se especialmente ao estudo do folclore, etnografia e arqueologia da Beira Baixa, tendo colaborado em vários jornais e noutras publicações sobre temas dessa especialidade.
Mas a herança maior, que nos coube em sorte acolher e preservar, consiste indubitavelmente num vasto acervo arquitectónico espalhado pela cidade de Castelo Branco. Ao olharmos nos dias de hoje, para o património deixado por “Sales Viana”, mesmo que essa observação seja apenas um virar de cara, podemos contemplar peças de arte em áreas tão diferenciadas como: a arte pública, arquitectura civil e religiosa, urbanismo e jardinagem.
Como autoridade reconhecida na matéria, colaborou na Exposição Colonial do Porto, no Congresso Beirão e no Concurso da Aldeia mais Portuguesa cujo título recaiu em Monsanto da Beira. 
Organizou cortejos etnográficos apresentados concretamente em Castelo Branco, em Lisboa e em Évora. Dedicou-se ainda ao estudo dos bordados de Castelo Branco tendo promovido exposições dos mesmos nesta cidade e em Lisboa.
Como jornalista fundou e dirigiu largos anos o jornal “Era Nova”. Promoveu e impulsionou a realização de alguns cortejos de oferendas a favor da Santa Casa da Misericórdia de Castelo Branco. Faleceu em Lisboa no dia 10 de Fevereiro de 1973.
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Leonel Azevedo publicou em 2011 um livro sobre Sales Viana, livro que nos conta muito do seu percurso na terra albicastrense e que tem por titulo: “BREVE HISTÓRIA DE UMA LONGA VIDA – (Catalogo Incompleto das Actividades de, Eurico de Sales Viana), obra que ainda não comprei, (a reforma não chega para tudo), mas que já consultei na nossa biblioteca.
Embora já conhecesse alguma coisa sobre Sales Viana, confesso que fiquei impressionado com o seu percurso na terra albicastrense e, com mais este grande trabalho, de Leonel Azevedo.
PALAVRAS DE LEONEL AZEVEDO             
O ALBICASTRENSE

sexta-feira, junho 26, 2015

quarta-feira, junho 17, 2015

UM PRÉDIO CENTENÁRIO – (II)

Quando da publicação do poste sobre o prédio que se pode ver nas imagens aqui postadas, congeminei eu, que os albicastrenses que visitam este blogue, iriam dizer da sua justiça em relação ao referido tema.
Engano meu, pois tirando os comentários de Cristina e José Augusto, nenhuma outra alma se interessou pelo assunto. Todavia nem tudo foi negativo, pois os dois comentários deixados na caixa embora sendo muito pessoais, laçaram novos dados sobre o "Ferrinho de Engomar", informação que nos dá conta que Eurico de Sales Viana viveu no primeiro andar do prédio, durante quase meio século.
Se na altura defendia a compra do edifício pela autarquia albicastrense derivado à sua singularidade quase única na terra albicastrense, à sua centenária existência e beleza, não posso agora deixar de mencionar o facto de ali vivido uma das personagens mais marcante da terra albicastrense desse tempo. 
Como não sou de deixar tombar aquilo em que acredito, os apaixonantes comentários de Cristina e José Augusto, saíram da caixa de comentários e passaram a poste na esperança de que desta vez, os albicastrenses possam interessar-se pelo futuro do velhinho "Ferrinho de Engomar". O passado, presente e futuro da terra albicastrense é património de todos nós, considerar que nada disto é da nossa responsabilidade é deixar que os outros façam na nossa terra e dos nossos antepassados, aquilo que eles entendam a não aquilo que gostaríamos que fosse feito.

Cristina disse…
O meu Avô Eurico de Sales Viana viveu no 1º andar desta casa durante 40 ou 50 anos. Eu própria tenho muito boas recordações dela. É um prédio muito bonito e é de facto uma pena. Tentei falar para a Prisma mas sem sucesso. Não quero deixar de lhe dar os meus parabéns pelo seu blog. É com imensa alegria que o visito com frequência pois não vou à terra albicastrense há 13 anos por razões pessoais. Por favor continue o bom trabalho. Acho que somos da mesma idade e portanto se calhar até nos conhecemos. Um grande abraço e até sempre.
Cristina de Sales Viana Serôdio Sernadas
José Augusto disse...
Também concordo totalmente consigo e com a minha prima Maria Cristina. O prédio é muito bonito, completamente diferente do habitual e faz parte do enquadramento daquela zona da cidade.
Pertence a todos os albicastrenses! Embora sempre tenha residido em Lisboa, também tenho muitas recordações da casa do meu Avô materno. Lembro-me perfeitamente da sua divisória interior - muito original, das escadas de acesso, de quase tudo!
Seria uma pena o seu desaparecimento de Castelo Branco. Julgo ser do maior importância alertar o Exmo Senhor Presidente da Câmara Municipal de Castelo Branco, com a finalidade de se encontrar uma solução que agrade a todos os albicastrenses (petição?) preservando este edifício, à semelhança do ocorrido com outros (interesse para a Cidade) recordando a obra e a figura do meu Avô em prol desta Cidade.
 O Albicastrense

segunda-feira, junho 15, 2015

EFEMÉRIDES MUNICIPAIS – XCIX

A rubrica Efemérides Municipais foi publicada entre Janeiro de 1936 e Março de 1937, no jornal “A Era Nova”. Transitou para o Jornal “A Beira Baixa” em Abril de 1937, e ali foi publicada até Dezembro de 1940.
A mudança de um para outro jornal deu-se derivada à extinção do primeiro. António Rodrigues Cardoso, “ARC” foi o autor desde belíssimo trabalho de investigação, (Trabalho que lhe deve ter tirado o sono, muitas e muitas vezes).
O texto está escrito, tal como foi publicado.
Os comentários do autor estão aqui na sua totalidade. 
(Continuação)
A sessão seguinte realizou-se no dia 4 de Maio e nela não e fez mais nada do que nomear os almotaceis para os três meses seguintes. Foram nomeados para o exercício do cargo o Dr. João Antunes Pelejão e José da Silva Castelo Branco.
O pior era se os três meses destes eram do tamanho dos três meses dos que serviram antes deles. Nomeados em 18 de Novembro para servir nos “três meses futuros”, só foram substituídos agora, quase passados seis meses!
Só torna a Câmara a dar sinal de si um mês e quatro dias depois, em 8 de Junho, mas desta vez foi para ceder os lugares aos novos vereadores, que eram Francisco da Fonseca Coutinho, Diogo da Fonseca Barreto e Mesquita e Francisco José de Carvalho Freire. Para procurador do conselho vinha nomeado José Vaz da Cunha.
Mas os novos vereadores vinham com um coragem de primeira categoria para fazer entrar tudo na ordem, e tanto que no mesmo dia em que tomaram conta das poltronas senatoriais fizeram… 
Ora façam favor de ler, se querem ver: 
Nesta determinarão que visto constar a confuzam de contas e atrazamento de pagas em que se acha o Depositário do Conselho tanto pelo que respeita a este como ao depozito dos beins de raiz e dinheiros dos Ingeitados não querendo os Actuais Vereadores e Procurador daqui por diante abonalo nem aprovalo em quanto se não liquidarem as suas contas e se mostrar capaz de pagar o atrasado e o for cobrado. Determinarão que seja o dito Manoel António de Carvalho notheficado para de hoje em diante não receber dinheiro algum pertencente a qual quer dos referidos depozitos emquanto se lhe não tomarem contas e se tomar arrezulçam conveniente nesta Camara”.
Chama-se a isto entrar com fúrias de leão. Veremos se tinham razão para desconfiar do tesoureiro ou se tudo aquilo não foi mais que o resultado de más vontades ou de intrigas de soalheiro.

PS. Aos leitores dos postes “Efemérides Municipais”: O que acabaram de ler, é uma transcrição fiel do que foi publicado na época. 
O  Albicastrense

quinta-feira, junho 11, 2015

PLACAS TOPONÍMICAS

                     
DOS BAIRROS DA TERRA ALBICASTRENSE
Andando eu a postar neste blogue o trabalho de Manuel da Silva Castelo Branco sobre a Toponímia Albicastrense do Século XVI, e tendo eu conhecimento do estado lastimoso em que se encontram muitas das placas toponímicas colocadas nos últimos anos nas ruas dos bairros da terra albicastrense, não posso deixar de aqui aflorar um assunto que já aqui abordei variadas vezes, mas que infelizmente nada foi feito.
A contenda que gostaria de colocar aos responsáveis da autarquia albicastrense sobre as deploráveis placas toponímicas, são as seguintes:
- Admitindo que na época pouco ou quase nada se sabia da resistência destas placas de plástico.
- Admitindo que são com certeza muito mais baratas que as placas de granito que podemos ver na cidade.
- Admitindo que é necessário poupar e que o dinheiro não dá para tudo.
Independentemente de ter admitido tudo o que admiti anteriormente, não posso deixar de me questionar, sobre algo que não me larga a cabecinha.
- Será que aqueles a quem solicitaram os nomes para colocar nas respetivas placas de plástico, não são tão merecedores como aqueles que podemos ver nas placas de granito na cidade?
Como não acredito em tal hipótese, pois os ilustres homenageados serão com certeza todos de primeira e não uns de primeira e outros de segunda, só posso concluir que os responsáveis pela escolha das placas fizeram um desastroso negócio com estas placas e que mais uma vez, o velho proverbio tem razão de ser: “O que é barato sai caro, e o que é bom custa dinheiro”.  
Perante tal constatação, só posso mesmo pedir a quem de direito, que é hora de dar a mão á palmatória e mandar estas miseráveis placas de plástico para o lixo, resolvendo de uma vez por todas, o triste caso das placas toponímicas de plástico rasca.
                                         O Albicastrense

domingo, junho 07, 2015

ENCICLOPÉDIA - (X)

No dia 6 de junho de 1808, o famigerado general francês, Loison, mais conhecido pelo “maneta”, ordenou que fosse saqueada a Vila de Alpedrinha, semeando o terror por toda a região da serra da Gardunha, à boa maneira de um exército invasor.
De imediato dirigiu-se para a cidade de Castelo Branco, a fim de juntar as tropas que estavam sobre o seu comando, ao exército de Junot, estacionado em Castelo Branco.
No trajeto, entre Alpedrinha e Castelo Branco, passou por Tinalhas, indo acampar junto de Chão de Vã. Segui depois para as Sarzedas, rumo a Castelo Branco. 
Ao entrar na cidade, encontrou uma urbe totalmente despovoada, pois os Albicastrenses ao terem conhecimento da aproximação das tropas de Loison a das atrocidades praticadas pelas hortas do “maneta” nas terras por onde passavam, abandonaram as suas casas, que trancaram e fugiram em debandada para os campos, com receio das tropas invasoras.
(Recolhe de dados, Jornal “Reconquista”). 

O Albicastrense

sexta-feira, junho 05, 2015

PRIMEIRA PAGINA - (XV)

JORNAL BEIRA BAIXA
    50 ANOS DEPOIS.....
(6 DE JUNHO DE 1965 - 6 DE JUNHO DE 2015)
O Albicastrense

ANTÓNIO ROXO - DEPOIS DO ABSOLUTISMO - (12)

"MEMÓRIAS DA TERRA ALBICASTRENSE" Espaço da vida político-social de Castelo Branco, após a implantação do regime constitucional. U...