sábado, outubro 31, 2009

COMENTÁRIOS - VI


CARLOS VALE DISSE...
Não sei a que horas o Veríssimo fotografou a nossa cidade.Estranhamente (ou talvez não) não há pessoas. Não sei se alguns "pontinhos" serão pessoas. Mas, se forem são muito poucas! Foi coincidência ou quis dizer algo? Foi algum presságio para o futuro? Longe vá o agouro... De facto as cidades começaram a existir para as pessoas viverem, para as fixar. Sem as pessoas as cidades morrem. Há muitos exemplos ao longo da História de grandes cidades que desapareceram ou ficaram em ruínas. É que, por enquanto, "ainda" vamos por cá andando uns poucos, alguns teimosos... Embora, o INE diga que a Beira Interior (Castelo Branco, Guarda) voltou a perder população, incluindo o concelho de C. Branco. (Jornal do Fundão desta semana). É mais um sinal de alarme! Na 6ª-feira, a Alma Azul promoveu um debate sobre as cidades do séc. XXI, que decorreu com agrado. Tendo em conta a situação preocupante de desertificação e despovoamento, que se arrasta há décadas, muitos mais serão necessários realizar e com mais participação. Com as loas que nos andam cantar não vamos lá. É mais do mesmo... Até é caso para dizer: Cantam bem, mas não nos alegram...
O Albicastrense

terça-feira, outubro 27, 2009

CURIOSIDADES DO PASSADO

ACONTECIMENTOS DO PASSADO

(27 - 10 -1808 / 27 - 10 - 2009)

A 27 de Outubro de 1808, deu entrada em Castelo Branco, um regimento de infantaria escocesa, o qual surpreendeu os albicastrenses, provocando grande escândalo, tanto nos homens como nas mulheres, ferindo a sua susceptibilidade, especialmente do sector feminino, que não gostou de ver os militares envergando saiotes, o que se tornou um grande e melindre ofensivo do pudor e bons hábitos das gentes albicastrenses, e um verdadeiro sacrilégio para os padre da época.
Apesar de se apresentarem irrepreensivelmente fardados, esmeradamente limpos e muito asseados e serem deveras correctos, delicados e respeitadores, mesmo assim não agradaram ao povo albicastrense, nem conseguiram granjear as simpatias dos albicastrenses. E se calhar nem sabiam que quando rigorosamente vestidos, não podiam usar cuecas nem ceroulas, por baixo do saiote.
Este corpo expedicionário, era composto por um coronel, um tenente-coronel 15 capitães, 36 oficiais subalternos e por 1050 praças. Ficaram instalados no Convento de Santo António, na Igreja da Rainha Santa e na Capela de São Pedro. Abandonaram Castelo Branco, no dia 29 de Outubro. Estes militares, que eram muito gentis e altamente disciplinados, deixaram a cidade sem terem provocado o mais leve desvario ou qualquer distúrbio.
PS. A recolha dos dados históricos é de José Dias.
A compilação é de Gil Reis e foram publicados no Jornal ”A Reconquista”
O Albicastrense

domingo, outubro 25, 2009

EFEMÉRIDES MUNICIPAIS - XXIII


A rubrica Efemérides Municipais foi publicada entre Janeiro de 1936 e Março de 1937, no jornal “A Era Nova”. Transitou para o Jornal “A Beira Baixa” em Abril de 1937, e ali foi publicada até Dezembro de 1940. A mudança de um para outro jornal deu-se derivada à extinção do primeiro. António Ribeiro Cardoso, “ARC” foi o autor desde belíssimo trabalho de investigação, que lhe deve ter tirado o sono, muitas e muitas vezes.
O texto está escrito, tal como publicado em 1937.
Os comentários do autor estão aqui na sua totalidade.
Nota do autor: Em sessão de 1 de Julho de 1786 a Câmara disse e tornou a dizer coisas e respeito dos expostos no intuito de ”continuar com inteira observância que principiou (como devia) a dar á ordem de S. Majestade expedita pelo Intendente Geral da Policia”, fala e torna a falar do grande trabalho que representa o facto de ter escriturar dois livros, “hum para os novos assentos dos mesmos expostos em que todas se juntão e apontão”, outro não se sabe bem para o que, e por fim, porque o dinheiro faltava para pagar os ordenados das amas, resolveu lançar uma finta, que aparece com desigualdades que não somos capaz de explicar.
Assim é que nos aparece Monforte a pagar 110.000 reis, Malpica a pagar 50.000 reis, Escalos de Baixo com 33.000 reis.
Já perguntamos, a propósito de outra finta lançada para fim idêntico, porque seria que Monforte é que aparecia á cabeça do rol com a quantia mais avultada e hoje estamos como então. Pagaria Monforte mais por ter lá o chaparral que tanto deu que falar? Seria porque de lá vinham mais enjeitados do que de outra qualquer povoação? Não sabemos! O que sabemos é que é assim e o facto se repete varias vezes, como teremos ocasião de ver, se não nos faltar a saúde nem a pachorra para levar ao fim estas notas.
Em sessão de 15 de Junho é lida uma carta da Rainha, D. Maria I, que nomeia “primeiro vereador da Câmara” José Carlos de Sousa e Castro em substituição de Manuel de Oliveira da Silva Castelo Branco, que tinha falecido. O que, porém, é interessante é que a carta diz que a comunicação da morte deste último vereador e o pedido da nomeação de outro que o substituísse foi feita em 15 de Maio e o deferimento do pedido aparece precisamente dois meses depois. Devemos assim reconhecer que naqueles tempos as coisas corriam um pouco mais devagar que hoje.
Também é verdade que, por esses tempos, quem tinha que ir daqui até Lisboa acautelava-se fazendo testamento. Lisboa ficava então longe… Nesta mesma sessão os vereadores, “determinarão que do dia dezasseis para diante dão licença para se acarretar o pam da folha para as Lages e Eyras em que se hade malhar e que para isso se lansem pregoens”.
Os trabalhos agrícolas obedeciam a regras que ainda hoje podem parecer despropositadas a quem não souber que a questão das “ervagens” tinha então grande importância e que, se a Câmara as não dirigisse com pulso de ferro, poderia haver grandes prejuízos para a economia do concelho.
(Continua)
Ps – Mais uma vez informe os leitores dos postes, “Efemérides Municipais” que o que acabou de ler é uma transcrição fiel do que saiu em 1937.
O Albicastrense

sexta-feira, outubro 23, 2009

Os Nossos Deputados

O jornal “reconquista” publica esta semana um pequeno texto que tem por título: “Cabeças de Listas com destaque na Assembleia da República
Entre outras coisas podemos ler nesse pequeno artigo o seguinte: Embora tenha sido eleito pelo círculo de Castelo Branco pelo PSD, Costa Neves admite; “reforçar o lobbie açoriano na Assembleia da Republica”, prometendo “ajudar os deputados eleitos pelo círculo dos Açores nas questões decisivas para a autonomia, como sejam a revisão constitucionais ou a revisão da lei de finanças das regiões autónomas, cuja proposta de alteração vai ser apresentada pela Madeira ”.
Perante estas declarações de amor pela sua terra, (Açores) que Bigodes e Companhia não contestam e até admiram, os mesmos propõem ao deputado Costa Neves que demonstre o mesmo interesse pela região que o elegeu para deputado.
A dupla "Bigodes e Companhia" propõe a Costa Neves a criação doutro lobbi, (este albicastrense) entre os deputados do PS e PSD para ajudar a resolver muitos dos problemas da região que os fez deputados.
O Albicastrense

terça-feira, outubro 20, 2009

CAPITÃES DE MILÍCIA DE CASTELO BRANCO


BREVE NOTA HISTÓRICA
SOBRE OS CAPITÃES DA MILÍCIA DE CASTELO BRANCO,
EM TEMPOS DO REI D. JOÃO III (1527)

Por Manuel Rosado de Camões e Vasconcelos

Do livro das Ordenanças da milícia que se guardava no cartório da Vila de Castelo Branco, constava que o Rei D. João III mandou fazer as ordenanças por António Chanoca, a quem fez Capitães delas, o qual procedeu à eleição em 24 de Março de 1527 dos demais Capitães, a saber;
- Rua de S. Maria até á praça, (sem as travessas) capitão António Vaz Magro e Marco Gil seu genro.
- Rua do Cavaleiro e praça até á porta da estalagem capitão António de Goes.
- Rua dos Ferreiros e Bispo capitão Jorge de Sousa.
- Rua dos Peleteiros capitão Diogo Paes.
- Rua dos Oleiros capitães Simão Alvares e Fr. o Moço.
- Rua D’ega capitães Fernão Vaz fidalgo e Simão da Costa.
- Rua do pé do Muro até á porta de Rui Lopes e Rua Álvaro Sola capitão Martim de Oliveira.
- Rua de João Afonso até á porta de Pêro Vaz Frazão, (com todas suas travessas e porta de S. Tiago) capitães Jorge Boino e Álvaro Cardoso.
- Rua Nova capitão Francisco de Siqueira.
- Rua do Arressario desde porta de Pêro Vaz Frazão até á Rua pequenina, (com todas as travessas da Rua de S. Maria) capitães Simão de Sousa Idanha Francisco Trancoso e João do Couto.
- Rua do Mercado e Arrabalde de Pêro Vaz de Frazão até á porta de Rodrigo Rebelo, descendo pela rua de João Moutoso e pela Moreira capitão Andree da Couto.
- Do Arrabalde capitão Gregório Pires escrivão dos órfãos.
O rol dos capitães da milícia tem o mérito de nos enunciar os arruamentos da antiga vila de Castelo Branco, no começo de segundo quartel do séc. XVI. 
Advinha-se o coração do burgo na Praça Velha, de que irradiavam, como ainda hoje, as ruas de Santa Maria, dos Ferreiros, dos Peleteiros, do Cavaleiro e a Rua Nova. 
No gaveto ou vizinhança da Praça, com a rua do Cavaleiro, ficava a estalagem. Para leste, havia as ruas dos Oleiros, D’ Ega e Do pé do Muro e, para Oeste, a Rua de João Afonso, até à porta de S. Tiago, e a do Arressario até à Rua Pequena. 
Fora deste conjunto, ficavam a Rua do Mercado e o Arrabalde, sem esquecer o Convento de Franciscanos, que em 1526 passara à Ordem de Santo Agostinho ou da Graça e em que actualmente se encontra a Santa Casa da Misericórdia.
Estas notas constam na obra do célebre geneologista albicastrense, Miguel Achioly da Fonseca, hoje em poder do seu descendente, Sr. Domingos Acciaióli de Sá Nogueira.
PS. Publicado no primeiro volume dos estudos de 
Castelo braço em 1961.
O ALBICASTRENSE

segunda-feira, outubro 19, 2009

Carteiras de Fotografias



CARTEIRAS COM FOTOGRAFIAS ANTIGAS DE CASTELO BRANCO.
12 fotos - (10x15).
(Três versões)
CARTEIRAS COM FOTOGRAFIAS DE BORDADOS DE CASTELO BRANCO.
12 fotos - (10X15).
(Duas versões)
CONTACTOS: "antbispo@gmail.com"

O Albicastrense

domingo, outubro 18, 2009

CASTELO BRANCO NA HISTÓRIA E NA ARTE - LXI


MONUMENTOS DE CASTELO BRANCO

CONVENTO DA GRAÇA (VI)

(Continuação)
Em 23 de Fevereiro de 1690 o Bispo da Guarda D. Frei Luís da Silva, estando em Castelo Branco onde tinha residência de inverno, fez à irmandade dos Passos a doação de um pálio e de todos os paramentos e alfaias necessários para o Enterro do Senhor, “considerando e vendo que a pobreza da Irmandade dos Passos desta vila de Castelo Branco não podia fazer a sua procissão com aquela decência e esplendor que era bem que se fizesse”. A Irmandade subsistiu com a extinção das Ordens religiosas em 1934, vivendo independente na igreja do convento da Graça até ao ano de 1842 em que foi incorporada na Misericórdia. A procissão dos Passos e outras cerimónias religiosas passaram a ser organizadas pela Mesa, conforme estatuía o respectivo compromisso. Na véspera do dia em que se realizava a procissão dos Passos fazia-se, á noite, outra denominada das lanterninhas, para levar a imagem do Senhor dos Passos até ao convento de Santo António dos Capuchos, onde ficava em exposição até ao dia seguinte. A imagem era sempre acompanhada pelos Irmãos da Irmandade dos Passos e da Misericórdia. O povo e principalmente as crianças concorriam com numerosas lanternas acesas, de varias formas e cores, algumas das quais decoradas com os emblemas da Paixão de Cristo, produzindo um efeito deslumbrante. Após a extinção das Ordens religiosas continuou a fazer-se a procissão mas a imagem passou a ser conduzida da igreja da Graça para a de S. Miguel da Sé, onde ficava em veneração até ao dia seguinte em que se realizava a procissão dos Passos. O itinerário era o seguinte: Largo da Sé, Ruas de S. Sebastião e da Ferradura até ao Espírito Santo, Rua da Santa Maria, Praça Velha, Rua dos Ferreiros e Rua da Corredoura (hoje Bartolomeu da Costa) até à da Graça. A Irmandade dos Passos fazia também a procissão do Enterro do Senhor na noite de sexta-feira da Paixão, saindo da igreja da Graça e seguindo um itinerário inverso do mencionado. Nesta procissão era conduzido o Senhor Morto e a Senhora das Lagrimas que costumava ser vestida pelas senhoras da família Ordaz, dos barões de Castelo Novo. Durante duas décadas, após a implantação da Republica não se realizaram as procissões. Voltaram e efectuar-se há poucos anos com muita simplicidade mas dando, todavia, a impressão nítida que não afrouxou a devoção do povo de Castelo Branco pelo Senhor dos Passos da Graça.

PS. O texto é apresentado nesta página, tal qual foi escrito na época.
Publicado no antigo jornal "Beira Baixa" em 1951
Autor. Manuel Tavares dos Santos.

O Albicastrense

sexta-feira, outubro 16, 2009

COMENTÁRIOS - V


EXPLICAÇÃO

Os comentários deixados pelos visitantes neste blog são para mim algo de fundamental, no dia em que eles deixarem de aparecer é sinal que o blog deixou de fazer sentido, ou que se afastou dos objectivos traçados inicialmente.
Os comentários são portanto uma pedra basilar, para que este ou qualquer blog possa existir. Ultimamente apercebi-me que certos comentários aqui deixados mereceriam, muito mais que a pequena caixa dos comentários onde são colocados. A partir de hoje, “O Albicastrense”, irá prestar homenagem aos visitantes que fazem esses comentários, transformando-os em postes de forma a dar-lhe o correspondente destaque.
O título dos postes terá sempre o nome ou apelido que o visitante deixou no seu comentário.

JOÃO DISSE...

Será que toda a gente que visita este blog não bate bem da cabeça? É tudo maluco? Meus senhores digam-me lá outra cidade do interior que tenha evoluído tanto em tão pouco tempo como Castelo Branco. Ou outro presidente que tenha feito mais pela cidade e pelo concelho que o actual. Acordem para a vida! Quando é que a CDU, O BE, o CDS ... fizeram alguma coisa que se veja pelos albicastrenses???? Desde quando é que eles fizeram alguma coisa de útil que justificasse o voto dos cidadãos de Castelo Branco???? Eu ainda sou do tempo em que se tinha que acordar de manhã para encher os garrafões de água porque este era um bem que escasseava durante o Verão (digno de um país de 3º mundo). E também me lembro da rede de esgotos que era uma miséria. Castelo Branco era uma cidade parada no tempo. Agora é uma cidade evoluída, bonita, atractiva e é nada mais que a 5ª localidade do país de e a 21ª capital de distrito europeia com melhor qualidade de vida! E sabem graças a quem? Àquele que vocês chamam de ditador e de quem se queixam como se fosse alguém que tivesse destruído a cidade. Mais uma vez pergunto: Está tudo maluco???? O que vale é que nem toda a gente pensa como vocês e a vitória com 69% dos votos espelha bem isso. A maioria dos albicastrenses não são cegos, apenas alguns.
PS: Gostava que alguém tivesse argumentos para me contrariar em tudo o que disse e que justificasse os seus apoios a "fulano tal" com algo plausível, mas sei que isso não vai acontecer e que tudo o que se lê aqui é puro fanatismo eleitoral... Mal vamos.
O Albicastrense

quinta-feira, outubro 15, 2009

Conversas da Chacha - IV


BIGODES E COMPANHIA
Esmiuçando a campanha autárquica.
Passadas as eleições, os nossos amigos “Bigodes e Companhia” especialistas da chacha em análises políticas, resolveram botar meia dúzia de postas de pescada sobre os resultados das eleições autárquicas da nossa cidade.
Bigodes para Companhia.
- Companhia agora que já despachámos três actos eleitorais é altura de esmiuçarmos o resultado das eleições para a nossa autarquia.
- Sobre este assunto quero desde já apresentar o meu mais brutal protesto!
- Calma homem! Ainda nem começámos e tu já estás a protestar?
- Calma uma porra! Estou indignadíssimo...
- Vamos por partes Companhia! afinal de que protestas tu?
- Do resultado destas eleições!

- Do resultado das eleições autárquicas?
- Sim! O resultado de “oito a um” foi vergonhoso e poderá fazer com que a oposição não compareça em campo no próximo jogo eleitoral.

- Companhia o meu presidente não tem culpa das maletas dos adversários.
- Pois não! Mas bater em coxos não dá gozo nenhum.

- Agora culpas o meu presidente das fraquezas dos adversários?
- Quem é que tu pensas que mexeu os cordelinhos para que o “PSD” fosse buscar para candidato um tal Eusébio, que mais parecia um jogador a jogar pela equipa adversária!

- A teoria da conspiração já chegou aos teus miolos Companhia?
- Quem foi que baralhou as linhas do “Bloco”, para que tivesse como candidato um tal Fabrício, que ainda hoje ninguém sabe quem é?

- Calma homem... não tarda nada estás a dizer que o meu presidente também é responsável pela nomeação do Costa.
- Não desvies a conversa! Quem é que tu pensas que deu indicações ao Paulinho das feiras, para que o candidato pelo “CDS” fosse um homem sem paixão nenhuma!

- Companhia tu não estás bom do cabeçalho! Agora culpas o meu presidente, pelas escolhas da oposição!
- Claro! ele até disse; “Nós sabíamos o trabalho que tínhamos feito ao longo dos quatro anos”. Como vês ele confirma! Andou quatro anos a minar a oposição e no dia das eleições, torpedeou a concorrência de uma forma arrasadora.

- Companhia tens alguma razão! O problema da oposição foi que ficaram quatro anos a ouvir e ver o maestro a dirigir a orquestra, (alguns até se sentaram na primeira fila a bater palmas) depois queriam derrubá-lo da direcção da orquestra, sem que tivessem denunciado as falhas de orquestração ao longo desses quatro anos.
- Bigodes esta história de maestres, orquestras e orquestrações estão a deixar-me sem inspiração musical e com a boca a saber-me a pautas de musica, vamos ao café do Daniel beber dois ou três traçadinhos e um dia destes voltamos para orquestrar-mos o resto da sinfonia.
Bigodes e Companhia

terça-feira, outubro 13, 2009

CURIOSIDADES DO PASSADO

NOTÍCIAS DE OUTROS TEMPOS
(98 anos depois)
Com a saída do liceu do edifício situado no largo da sé, (14/10/1911) o qual foi pertença de D. José Saldanha, para o Palácio do antigo Paço Episcopal, foi instalado no bloco arquitectónico do largo da sé, o internato Nacional.
Esta instituição destinava-se a dar apoio e protecção aos alunos mais desfavorecidos de posses económicas, que frequentavam o Liceu. Para tanto este alojamento, estava equipado de camaratas, amplas e arejadas; confortáveis salas de estudo, bem como aprazíveis recreios. Tudo isto já era iluminado a luz eléctrica.
PS. A recolha dos dados históricos é de José Dias.
A compilação é de Gil Reis e foram publicados no Jornal ”A Reconquista
Albicastrense

domingo, outubro 11, 2009

POETAS DA MINHA TERRA

O poeta Albicastrense António Forte Salvado apresentou na passada terça-feira, na Universidade de Salamanca, o seu ultimo livro “Outono”. Este livro foi recentemente publicado em Espanha e conta com desenhos do mestre japonês Kousei Takenaka.
A apresentação decorreu na sala do reitorado da universidade, uma das que mantém elos mais fortes com Portugal, contando com a presença dos dois tradutores da obra, o professor espanhol Alfredo Pérez Alencarte e a japonesa An Osihiro. Ao poeta António Salvado “O Albicastrense” só pode pedir que continue a dar-nos muita poesia.
Pela segunda vez, coloque aqui a seguinte questão....
Às entidades da nossa “santa terrinha” uma pergunta: para quando a atribuição do nome deste grande homem a um espaço nobre da nossa cidade? Ou será que é mais importante perpetuar nomes nas nossas praças e ruas, de políticos cuja única virtude que se lhes conhece, foi fazer o trabalho, (muitas vezes mal feito) para o qual foram eleitos, e a quem pagaram muito bem, para o fazer?
Responda quem souber e quiser....
O Albicastrense

sexta-feira, outubro 09, 2009

CASTELO BRANCO NA HISTÓRIA E NA ARTE - LX



MONUMENTOS DE CASTELO BRANCO
CONVENTO DA GRAÇA (V)
(Continuação)
O produto da venda dos imóveis foi convertido em papeis de credito cujo rendimento veio a produzir um importante aumento de receitas. No ano económico de 1866-1867 a receita foi de 4.063$820 reis, ao passo que nos anos seguintes foi aumentando sempre ate atingir a quantia de 11.494$854 reis no ano de 1871-1872.
Em 1890 possuía a Misericórdia, a importância de 205.350$000 reis em papeis de credito e 5.999$260 reis mutuados ao juro de 5 e 6%.
Os rendimentos anuais haviam baixado para uma importância de 6.560$430 reis e as despesas com a botica privativa e com o pessoal da secretaria, do hospital e da igreja perfaziam a quantia de 3.106$800 reis. O saldo de 3.453$630 reis era insuficiente para custear todos os encargos da hospitalização dos doentes, do culto religioso, da conservação do edifico e das festividades, etc... A situação financeira da Misericórdia agravou-se considerávelmente no século XX com a enorme desvalorização da moeda, causada pelas crises económicas que se seguiram as guerras mundiais de 1914-1918 e 1939-1945.
Todavia, mercê da competência e dedicação dos últimos provedores, comerciante António Ferreira Pinto e advogado Dr. Frederico da Costa, a Misericórdia consegui ampliar os benéficos da assistência clinica e hospitalar a um grande numero de necessitados . Sob a gerência do primeiro dos citados provedores foi construído na cerca, em 1937, um edifício com novas enfermarias e solários, com o qual melhorou considerávelmente a hospitalização dos doentes. A concepção do edifício não obedeceu, porem, às regras modernamente aconselhadas na construção de hospitais e arquitectonicamente, constitui esse pavilhão uma deformidade que pode emparceirar com outras que ultimamente tem surgido na cidade prejudicando lamentavelmente a sua estética.
Com as receitas obtidas por meio de legados, subsídios do Estado e donativos e donativos de particulares consegui também a Misericórdia, em 1947, sob a gerência do Dr. Frederico da Costa, fazer a adaptação a policlínica de um edifício na cerca. Os serviços externos e o internamente do hospital funcionam, desde o ultimo quartel do século XIX, em boas condições higiénicas e, no livro de registos dos visitantes, iniciado em 16 de Outubro de 1888,podem ler-se algumas frases de pessoas ilustres que traduzem agradáveis impressões colhidas na sua visitas. O Rei D. Carlos, que esteve em Castelo Banco nos dias 5 e 6 de Setembro de 1891 para inaugurar a linha férrea da Beira Baixa, escreveu o seguinte:
“Ao acabar a minha visita a este hospital desejo deixar aqui consignado a todos os que o dirigem o meu sincero elogio pelo estado em que encontrei tudo. – el-rei D. Carlos I. – 6 de Setembro.” Seguem-se as assinaturas da Rainha D. Maria Amélia e dos conselheiros Mariano de Carvalho e João Franco Castelo Branco, que acompanharam o soberano na sua visita. Na igreja do antigo convento da Graça existia a Irmandade dos Passos, que foi sempre muito pobre.
(Continua)
PS. O texto é apresentado nesta página, tal qual foi escrito na época.
Publicado no antigo jornal "Beira Baixa" em 1951
Autor. Manuel Tavares dos Santos.
O Albicastrense

quarta-feira, outubro 07, 2009

Eleições autárquicas


Domingo é dia de votar para a nossa autarquia. Não vou aqui apelar ao voto em sicrano ou beltrano, pois a escolha pertence a cada um de nós.
No entanto posso e devo apelar a todos os albicastrenses e não só, para que no próximo domingo não façam como o outro, que criticava tudo e todos, porém quando podia manifestar-se pela continuidade ou não de quem criticava, dizia sempre que eram todos uma cambada de chulos e que só criam poleiro.
Votar é escolher quem queremos…
Não votar é dizer aos outros, para escolherem por nós…

O Albicastrense.

segunda-feira, outubro 05, 2009

TOPONÍMIA ALBICASTRENSE - (XXI)

"RUA DO ARRESSARIO"
Esta rua começa no final da rua dos Chões e desagua num cotovelo que dá para a rua do Mercado e rua do Sobreiro. Sobre o nome dela, Manuel da Silva Castelo Branco diz no seu livro: “Toponímia Albicastrense do séc. XVI”, o seguinte;
Segundo o Dr. David Lopes este topónimo significa lomba, cumeada, elevação, elevação de terreno entre dois vales, derivando do vocábulo “arreç”, que em árabe quer dizer cabeço e pelo que se devia escrever “arreçário”. O Dr. Joaquim da Silveira afirma, porém, que o termo á uma alteração popular de “Ressaio” (lugar soalheiro, em que dá o sol), donde ser correcta a ortografia com os dois “ss”, opinião perfilhada pelo professor, Diogo Correia. E com efeito, encontre esta última forma em várias escrituras antigas, que sumario a seguir.
-- Carta de venda de João Rodrigues e sua mulher Maria Esteves, vizinhos e moradores em Castelo Branco, na rua do Arressayo de certos bens a Rodrigo Anes e Maria Afonso, sua mulher, moradores em S. Vicente da Beira, (20.03.1351).
-- Carta de venda dos mesmos aos mesmos, com idêntica morada, (21.08.1356).
-- A 28.04.1574 faleceu Diogo Alvares, da rua de Ressayo, não fez testamento e jaz no adro.
-- Gaspar de Queiroz, por testamento feito em 01.09.1615, no Campo de Santa Ana em Lisboa, nos aposentos em que vivia o Dr. Bartolomeu da Fonseca, inquisidor-mor do Santo Oficio, deixa à Misericórdia de Castelo Branco uma morada de casas na R. do Arressario, aos Arcos de Baltazar de Sequeira, com a obrigação de uma missa todos os anos.
Depois desta explicação… passemos ao presente e falemos do actual estado desta rua.
Com pouco mais de trezentos metros de comprimento e aproximadamente oitenta portados na soma dos dois lados, esta rua é hoje uma tristeza de lugar, mais de metade das casas ali instaladas, estão desertas por falta de condições habitacionais e a outra metade vai caminho se não forem tomadas medidas mais enérgicas.
Se morarem na rua do Arressario dúzia e meia de pessoas, já será muito!.. Porém nem tudo é negativo, nesta rua nos últimos tempos, (conforme se pode numa das fotos), tem sido feito um bom trabalho de recuperação de velhas casas, pena é, que essa recuperação seja uma “espécie de caracol” a recuperação anda… mas anda demasiadamente devagar e por esse andar, serão necessários muitos e muitos anos para que possamos ver o resultado final.
No entanto seria desonesto da minha parte se não louvasse aqui o trabalho desenvolvido ultimamente pela nossa autarquia, trabalho que só peca pela lentidão com que está a ser feito, (como disse anteriormente).
Para terminar… diria que a perspectiva de recuperação desta pobre zona, já não está ao fundo do túnel, (como é hábito dizer-se), diria antes… que o trabalho desenvolvido esta a dar frutos, necessitando apenas que a lentidão deixe de ser dona e senhora deste restabelecimento e dê lugar a uma aceleração controlada.
O Albicastrense

sábado, outubro 03, 2009

Tiras Humoristicas - 47

Bigodes e Companhia comentam as declarações feitas pela nossa governadora ao jornal “Reconquista".
O Albicastrense

sexta-feira, outubro 02, 2009

EXPOSIÇÃO - " Depois da Paisagem "



LUIS FERNANDES

Na Sala da Nora do Cine Teatro Avenida, está patente ao público até 31 de Outubro uma exposição da autoria do pintor Luís Fernandes.
Estive na inauguração e confesso que gostei de alguns dos quadros que ali se encontram expostos.
Exposição… onde a cor e a luz das telas, transformam a “Sala da Nora” numa espécie de gruta encantada e onde até parece que as telas se preparam para nos contar histórias de encantar.
Gostaria de realçar um dos trabalhos presentes nesta exposição, que por sinal escolhi para colocar neste blog. Trata-se de num conjunto de dezoito pequenas telas, que juntas se completam e nos dão uma panorâmica belíssima sobre a nossa cidade. Ao pintor os meus parabéns por esta bonita exposição.
Aos visitantes deste blog só posso dizer mais uma vez! Toca a levantar o rabiosque do banco e meter pernas a caminho para visitar esta linda exposição.

Depois pode comentá-la aqui…

O Albicastrense

ANTÓNIO ROXO - DEPOIS DO ABSOLUTISMO - (12)

"MEMÓRIAS DA TERRA ALBICASTRENSE" Espaço da vida político-social de Castelo Branco, após a implantação do regime constitucional. U...